ONDE VAI DAR ESSA QUEDA DE BRAÇO?
Pois bem, a alcaide bauruense Suéllen Rosim, aquela que não tinha intenção nenhuma de ser eleita prefeita, mas o foi e assim sendo, já que o mandato lhe caiu nas mãos assim de bandeja, sem nenhuma planificação ou projeto para realizar, descobre descaminhos e, a partir daí, a infelicidade começa a incidir e penalizar Bauru. "Ninguém mandou votar nela", poderia dizer o gaiato. Pois bem, votaram, aliás, a imensa maioria dos seus eleitores, num protesto, diante de candidatos que não lhe satisfaziam.
Tudo começou assim e hoje, a cidade vivencia uma triste queda de braços entre a alcaide e a sua Câmara de Vereadores, ou melhor, parte dela, mais precisamente oito vereadores, que dentre os dezessete, não concordam com o seu modus operandi de governar, tudo culminando com uma tentativa de aprovar a toque de caixa a privatização do seus sistema de água e esgoto, numa espécie de cheque em branco, quando aprovariam, sem lastro do que vai ser feito, R$ 3,5 bilhões. Diante de outros procedimentos nada recomendáveis, estes oito estão não só com o pé atrás, mas cientes do grande perigo do que está em curso.
Guardião, o super-herói bauruense, sempre atento a tudo o que acontece nas entranhas desta cidade, acompanha com a devida atenção os últimos lances desta intrincada queda de braço. "O bom senso, no mínimo, sugere para não aprovar nada no afogadilho, mas no caso bauruense é algo além disso. Por que tanto interesse na aprovação se existe no caixa da Prefeitura dinheiro suficiente e de sobra para terminar a ETE - Estação de Tratamento de Esgoto? Isso intriga e por si só, diz para tomar cuidado com uma aprovação, ainda mais pela forma inusitada, sem um projeto consistente. Inexplicável. Como alguém pode querer aprovar algo sugerindo que, depois se vê como tudo vai ser feito. Não dá", começa sua fala nosso capa e espada.
A pauta de votação na Câmara foi travada não pela vontade dos vereadores, mas por decisão da alcaide. Ele foi manipulando os movimentos do jogo político, com tudo desembocando na situação atual. Guardião mostra algo como saídas para a situação: "O fato é que a situação beira a um limite de acirramento, onde até censurar os vereadores na sua função primeira, a de fiscalizar e investigar o Executivo já está se consolidando. Lastimável é pouco para definir a situação. A melhor saída é a alcaide retirar o regime de urgência, liberar a Câmara para todas as demais votações numa fila já grande de projetos, mas pelo visto, ela não agirá neste sentido. Prefere jogar a culpa no grupo dos oito vereadores, que pediram vista e assim o projeto dela não é levado à votação. Vereadores sugeriram algo e levar em consideração isso é ir além do confronto. Um deles propôs um plebiscito onde o povo decidiria se quer ou não a privatização e noutro uma grandiosa greve dos servidores municipais, podendo ser estendida para outros segmentos, mostrando pra alcaide a insatisfação com suas atitudes. São dois fantasmas pela frente e ainda existe outro, este também resolvendo tudo, até de forma mais contundente, ou seja, o adentrar em campo do Judiciário, que diante de tanta arbitrariedade e barbaridades, levaria a questão para um plantão policial, enquadraria os excessos e restabeleceria a normalidade na cidade. Qualquer coisa fora disso é o caos estabelecido e isso num ano eleitoral", conclui Gardião.
Até alguns anos atrás as comemorações do Dia do Ferroviário era, sempre lembrada com alguma atividade dentro do Museu Ferroviário Regional de Bauru - MFRB. Por motivos que todos sabemos, infelizmente, nenhum dos nossos três museus municipais teve sequer um dia aberto nessa administração da incomPrefeita Suéllen Rosin. Falta de vontade política neste sentido, daí, com todos fechados, estamos mais e mais perdendo esse importante elo de ligação com quem foi a fonte principal de nosso progresso, a ferrovia e, consequentemente, os ferroviários. Já fui em evento com casa cheia e ampla participação de ferroviários, ainda mais numa cidade onde cresci ouvindo uma frase a demonstrar a importância deste segmento para Bauru: "Difícil uma família por aqui que não tenha alguém com laços férreos". Eu tenho, pai e um dos avôs. Creio eu, por tudo o que ainda está em pé, resistindo ao tempo, edificações grandiosas e muita história por detrás delas, isso precisa ser resgatado e revivido. Tomara essa administração passe rapidamente e possamos resgatar não só nossos museus, como essa parte de nossa história, cada vez mais ofuscada. Eu não me furto de lembrar sempre: VIVA OS FERROVIÁRIOS!