ONDE SE UNE, AS JÓIAS DE BOLSONARO E UM MINI CONTO DE DALTON TREVISANChego até o computador para ler e saber das novidades, hoje trazidas a nós por este meio, o internético, após a derrocada do modal papel.
De cara muita coisa da quase, novamente, prisão do capiroto, o ladrão contumaz de jóias da Coroa. Uma vergonha mais que estabelecida, faltando só o xilindró como ápice da somatória de crimes e delitos graves dele e dos seus.
Ao meu lado um livrinho de Dalton Trevisan, o paranaense que escreve os menores contos que conheço. O danado possui um poder de concisão inimaginável. Não sei como consegue, mas o faz com tamanho brilhantismo e com o "Duzentos Ladrões", mini contos em formato pocket, da gaúcha L&PM, num deles impossível não me lembrar de Seu jair (com minúscula mesmo) e de toda sua famiglia. É o "Quanta jóia":
"- Legal, vó. Quanta jóia bacana. Quando você morrer, deixa pra mim, né?
- Claro, filhinha. É a minha neta do coração.
- E pra morrer, vozinha...
- Sim, anjo.
- ...você não vai demorar, vai?".
Ri muito e como em todos os livros do Dalton, impossível não sentar e querer terminar tudo de só uma só talagada. Seus livros são assim, desgustativos de uma só sentada. Começo e não quero mais parar.
Já do Seu jair (sempre em minúscula), enxergo nele, nitidamente, a tal da netinha, sacana e querendo auferir lucro em tudo que vê pela frente. Aprendeu cedo. Ele idem, pois em seus anos de parlamento, onde fez de tudo, sempre de errado, de rachadinha a negociatas com o mandato, lucrando sempre em espécie -,algo ensinado a todos seus filhos -, inclusive dos tais presentinhos dos árabes. Merecedor de muita cana cana dura, assim como a neta, de uma boa lição.
algo desta Bauru, tampouco, nada varonil
FEIRA DOMINICAL, TRÊS CONVERSAS MUITO POLÍTICAS E PRA LÁ DE ELUCIDATIVASConversa 1 - Essa no balcão do pastel, eu e dois amigos falávamos de eleição e um gaiato ao lado só urubuservando. Ele não aguentou e vendo que falávamos do Gazzetta ter sido introduzido à forcéps como cabeça de chapa da pré-candidatura envolvendo a sigla petista na campanha que se avizinha, pediu licença para se integrar na conversa, preencheu todos os requisitos para tanto, os da galhofa e picardia em primeiro lugar, tendo espaço concedido por alguns minutos. "Meus caros, não querendo se intrometer, mas já me intrometendo, quero lhes dizer uma coisa. Sou observador do cenário político desta cidade. Fico de longe, trabalhador, mas observador. Vocês são loucos? O Gazzetta com a máquina mão, quando se candidatou à reeleição, teve algo em torno de 8 mil votos e agora, sem a máquina e, pelo que ouço, sem militância e o sem que o queiram, acha que terá quanto? Vocês gostam de perder feito, hem!". Quase o aplaudimos de pé, pois era isso mesmo que esperávamos ouvir vindo das ruas, a percepção dos que nela estão e como estão enxergando essa entrada do ex-prefeito pela porta dos fundos.
Conversa 2 - Essa eu ouvi de uma pessoa muito próxima a mim, parente e não devo e nem posso declinar seu nome, pois além de ser funcionário público municipal, não quer ter embaraços ligados ao seu posicionamento político. Mora num bairro periférico na cidade e quando me vê, antes de mais nada, antes mesmo dos cumprimentos de praxe, chega e quase com o dedo em riste me diz: "Que é isso de Gazzetta ser o candidato do PT? Onde estão com a cabeça? Não pensaram em nós? E te pergunto, e agora, vamos votar em quem?". Só isso e para explicar tudo, demorei um bom tempo. Ele entendeu, mas o constrangimento é amplo, geral e irrestrito, algo sem volta se tudo continuar seguindo os trâmites já acertados na calada da noite. Eis o que nos espera na campanha que se avizinha. O povo não é besta, percebe tudo.
Conversa 3 - Essa foi genial é merecedora de ampla divulgação. Subia a feira, arcado pelo peso de cesta com legumes e verduras, quando ela se aproxima sorrateiramente, louca para me provocar, ou seja, mais um cutucada pelo que, felizmente, não tenho a menor culpa, a da escolha do Gazzetta como candidato da federação ao pleito municipal, tendo tudo se dado por grupo de dentro do PT, junto com Majô do PCdoB e um presidente recém empossado do PV, ou seja, conjuntura mais do que estranha, feita para desestabilizar e colocar por terra candidatura própria em curso. "Eu sei como desmontar isso tudo", me diz. Vendo a provacação despontando lhe indago: "Diga então". Ela disse e me assombrei para onde foi sua farta imaginação: "Simples, meu caro, vocês devem lutar para que o partido e nem a coligação não receba um centavo de Fundo Partidário, que façam uma campanha com recursos próprios, sem nadica de nada chegando. Verão como a desistência, desânimo e desapego se instalará nas hostes deles com tudo minguado e, desta forma, até pode vingar a tal da candidatura própria que tanto almejam e, creio eu, se faz necessária neste momento". Rimos juntos.
OBS.: A ilustração é aleatória, colhida ao leú.
algo de uma famiglia ainda solta e aprontando por aí
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