CHEGANDO EM CIENFUEGOS
A viagem é relativamente rápida, pois a distância entre as duas cidades não é muito grande. Partimos as 11h20 e nossa chegada é às 12h50. Fico grudado na janela, como bom observador de
paisagens. O tempo passa muito rápido nessas horas, um vapt-vupt. Não fizemos reserva em nenhum hotel e fomos de táxi (5 pesos)para um tal de Palácio Azul. A primeira impressão é o mar,
muito lindo ao lado da pista e bem defronte o hotel. Não havia vagas. A recepcionista liga em outros dois. Por telefone é feita a reserva para o La Union (110 pesos). Resolvemos ir a pé, pela orla, numa distância de uns dois quilometros. Sol forte, calor e a brisa do mar a nos refrescar. Foi o melhor hotel em toda a estadia. Passamos dos nossos limites econômicos, mas já que assim havia
sido feito, um breve relaxamento e vamos dar a primeira olhada na cidade, que possui um centro histórico dos mais interessantes. Sem contatos na cidade, queríamos nesse primeiro momento olhar bastante e dar uma
reconhecida no local.
Estávamos no Centro Histórico Urbano de Cienfuegos, considerado pela Unesco em 2005 como Patrimônio Cultural da Humanidade. O epicentro é uma grande praça retangular, cercada de prédios históricos por todos os lados.
Caminhamos por todos os lados, nesse primeiro momento somente do lado de fora. Por ali muitos museus e instituições culturais e um grande movimento de turistas. Subimos a rua do boulevard, fechada ao tráfego de carros, até uma larga avenida e por ela outra longa caminhada. Uma parada para um refrigente cubano (refresco de limão). Damos uma volta quase completa em toda parte histórica. Seguimos em frente até uma
muralha à beira mar. Vou segurando o Marcos nos detalhes arquitetônicos e históricos, fazendo uma relação com minha atividade voltada para o patrimônio Cultural de
Bauru. E cada detalhe possuia uma importância específica. Ficamos boa parte do dia envolvidos nesse reconhecimento. Acabamos tendo poucos contatos com cubanos, pois privilegiamos nesse primeiro momento o andar, fotografar, filmar e curiosos, andar muito.
Cansados, quase no final da tarde, sentamos num dos cantos da praça e ficamos a observar as pessoas. O cubano leva uma vida muito menos agitada, sem aquela correria
característica dos países
capitalistas. Com toda a certeza devem viver muito mais que nós, envolvidos dos pés à cabeça num pega pra capar desde que nascemos. Divagamos sobre isso. Começo a ouvir um som diferente vindo não sei de onde. Algo como uma banda tocando rock. Questiono o Marcos e após uma averiguada descobrimos vir de um casarão. Fomos ver do que se tratava e descobrimos muitos jovens ensaiando numa grande sala vazia, no primeiro andar de um desses casarões históricos. Nos juntamos a eles e ficamos a papear por um longo tempo, mas conto tudo só no proximo relato.
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