DOIS DIAS NO RIO E O 'GUIMBAS', DO ALDIR BLANC
Segunda e terça estive à trabalho no Rio. Foi um pega pra capar danado, correrias mil. Porém, estar naquele paraíso e não ir a lugares dos quais se gosta é inconcebível. Encontrei tempo e fui à sebos e lojas de CDs baratos. Trouxe quatro CDs alternativos (Mundo dos CDs - paguei R$ 20) e um livro "Guimbas", do Aldir Blanc (ed. Desiderata - paguei R$ 10), mais os três livros da coleção Álbum de Retratos, da Editòra Folha Seca (do amigo Rodrigo), com Turíbio Santos, Dona Ivone Lara e Jards Macalé (R$ 10 nos três - li todos na viagem de retorno). Escarafunchar esses lugares é algo dos mais prazeirosos. Se puder passo dias inteiros por lá. Também fui visitar meu dileto amigo Tito Madi, em Copacabana, ainda em recuperação de um AVC sofrido há exatos um ano. Tomei chopps na Lapa e conversei com gente pra lá de interessante. Atendi ligações mil sobre o caso do Jocelino, o gaúcho que ajudei a reencontrar a família em Itaqui. Falei até ao vivo, numa rádio gaúcha. No mais foi uma correria sem fim, da Baixada (Campo Grande) para Niterói, depois Alcântara, em São Gonçalo e o centro do Rio. Trouxe uns caraminguás, que certamente me cobrirão o descoberto da conta bancária. E nos ônibus da vida, nas salas de espera, ler é a saída. Li e reli o "Guimbas" (só frases, pequenos drops, todos ácidos-perfuro-cortantes), da lavra do Aldir. Mês passado publiquei aqui frases de outro lido dele, hoje repito a dose e se puder continuarei fazendo como Reinaldo escreveu na orelha desse: "E eu, depois de ler todos os seus livros, tenho uma certeza: mesmo sendo um não-fumante e não sendo um mendigo louco, vou sair por aí sempre atrás do Aldir, catando as guimbas que ele for deixando pelo caminho". Leiam as que recolhi desse:
Segunda e terça estive à trabalho no Rio. Foi um pega pra capar danado, correrias mil. Porém, estar naquele paraíso e não ir a lugares dos quais se gosta é inconcebível. Encontrei tempo e fui à sebos e lojas de CDs baratos. Trouxe quatro CDs alternativos (Mundo dos CDs - paguei R$ 20) e um livro "Guimbas", do Aldir Blanc (ed. Desiderata - paguei R$ 10), mais os três livros da coleção Álbum de Retratos, da Editòra Folha Seca (do amigo Rodrigo), com Turíbio Santos, Dona Ivone Lara e Jards Macalé (R$ 10 nos três - li todos na viagem de retorno). Escarafunchar esses lugares é algo dos mais prazeirosos. Se puder passo dias inteiros por lá. Também fui visitar meu dileto amigo Tito Madi, em Copacabana, ainda em recuperação de um AVC sofrido há exatos um ano. Tomei chopps na Lapa e conversei com gente pra lá de interessante. Atendi ligações mil sobre o caso do Jocelino, o gaúcho que ajudei a reencontrar a família em Itaqui. Falei até ao vivo, numa rádio gaúcha. No mais foi uma correria sem fim, da Baixada (Campo Grande) para Niterói, depois Alcântara, em São Gonçalo e o centro do Rio. Trouxe uns caraminguás, que certamente me cobrirão o descoberto da conta bancária. E nos ônibus da vida, nas salas de espera, ler é a saída. Li e reli o "Guimbas" (só frases, pequenos drops, todos ácidos-perfuro-cortantes), da lavra do Aldir. Mês passado publiquei aqui frases de outro lido dele, hoje repito a dose e se puder continuarei fazendo como Reinaldo escreveu na orelha desse: "E eu, depois de ler todos os seus livros, tenho uma certeza: mesmo sendo um não-fumante e não sendo um mendigo louco, vou sair por aí sempre atrás do Aldir, catando as guimbas que ele for deixando pelo caminho". Leiam as que recolhi desse:
- "Nem todo sujeito pusilânime é gilete".
- "O bispo Tutu é ótimo. E fica melhor ainda com torresmo, couve à mineira e uma braquinha para abrir os trabalhos".
- "No governo Lula, doença infecto-contagiosa é confundida com Presidência do Senado".
- "Dez em cada nove brasileiros são vigaristas. Zum-zum, zum-zum, zum-zum, tá sobrando um!".
- "Desde Okinawa, a primeira coisa que os EUA fazem ao ocupar um território é abrir quartel-general, boca de fumo e puteiro - normalmente no mesmo prédio -, mas não necessariamente nessa ordem".
- "As santas-do-pau oco gostam mesmo é de pau-cheio".
- "Parafraseando Caetano Veloso, o religioso Martelo Roça vive exibindo seus padres poderes".
- "O carnaval foi uma festa do povo. Hoje é um desfile de putas, ou quase isso, ou pouco mais que isso, que se acham celebridades; conduzindo e organizado por viados, que se julgam artistas geniais; todo mundo financiado por um pessoal que vive entrando e saindo da cadeia. Mas, como diz a modinha, "a saudade mata a gente".
- "Pior que a criminalidade dos Zés-Manés são os engodos dos Zé-Manets sorbonnados feito FHC I e II".
- "Sete entre cada dez brasileiros têm medo de bala perdida. O enterro dos outros três foi ontem".
- ""Já comi!" fica no passado porque quando o babaca se refere assim a uma bela mulher, ele já não come mais ninguém".
- "Apesar de oxítona terminada em U, cu tem assento".
- "Fazer dos orifícios um ofício não é só coisa de prostituta, não. Há parlamentares que deram a bunda para a ditadura e hoje pretendem mostrar o pau como se o tivessem".
- "Não se deve confundir o papamóvel com o móvel sobre o qual o padre pedófilo papa os sacristãos".
- "Quando se avaliam alguns oficiais do Estado-Maior de Israel, a gente fica achando que a circuncisão deveria ter sido praticada na cabeça de cima".
- "Já vivemos sufocados pela ditadura, hoje vegetamos enredados pela dita mole".
- "Tesoura e boceta a gente guarda fechadas".
- "Se o papa Bento Calibre XVI, representante de Deus na Terra, é infalível e atirou em mulheres e crianças russas, como soldado da artilharia nazista; comandou o equivalente moreno à Santa Inquisição; menosprezou as outras religiões; ordenou que abafassem os crescentes casos de pedofilia na Igreja Católica e nomeou um agente da KGB cardeal de Varsóvia, por que eu não posso currar minha vizinha?".
PS: Querendo eu empresto, mas tem que ser amigo e prometer de pé junto que devolve.
Em tempo: As fotos todas foram tiradas nos dois dias por lá passados e a última é minha visão da janela do quarto em que fiquei hospedado na rua República do Líbano, na boca de entrada do Saara.
3 comentários:
Henricão, vc ainda compra CD? Hoje já se usa MP3...
Gê
Caro (a) Gê (não sei se é homem ou mulher):
Compro CD e muito, aliás coleciono, tenho quase mil CDs e quase o dobro disso de LPs, o famosos bolachões, que também continuo comprando. O que tenho pouco são CDs piratas, não perfazendo nem 5% da coleção. Ouço música assim e acho que continuare fazendo dessa forma. Gosto de ter em mãos o encarte com as letras das músicas. MP3 ainda não tenho, mas o terei em breve. Não desmereça o passado, pois continuará sendo muito útil, sempre.
Abracitos do HPA, direto do Mafuá
Sobre o livro e cds Me empresta ? eu juro que devolvo! rsrsrs
PS: "caro" Anônimo, vc nem indetidade tem e quer questionar atualidade ??
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