segunda-feira, 2 de março de 2009

UM COMENTÁRIO QUALQUER (35)

ESCREVO AQUI DE DOIS AMORES
1. Ontem, 01/03 foi o dia do aniversário da segunda cidade que mais amo, admiro e glorifico, o Rio de Janeiro. Tão incompreendida pelos paulistas, que insistem (alguns arrivistas) em cutucá-la com uma vara curta. O Rio sobrevive a tudo isso, inclusive aos desmandos de gente que a comandou de modo tão vil. Já escrevi aqui sobre Guilberto Carrijo e também presto homenagem a González Rojas, falecido em 2004 aos 80 anos, um argentino que caminhou comigo por todas as ruas possíveis e imagináveis da cidade maravilhosa, vendendo minhas chancelas. Ele, que havia sido guarda pessoal do Peron, estava no Rio há mais de 40 anos. Conheci um outro Rio, o da Zona Norte, tão bom quanto o da Zona Sul. Entre biroscas e pontos de bicho, suei muito por aquelas ruas. Tempos memoráveis que nunca me sairão da mente. Para quem ainda tem dúvida se a data certa é 1º de março ou 20 de janeiro, aqui algo a respeito. Muitos ficam indecisos entre as duas datas. Por isso, inúmeras vezes se tem comemorado o aniversário do Rio de Janeiro no dia do santo padroeiro. “Para afastar quaisquer dúvidas, fica aqui registrado sucintamente o episódio de fundação da cidade. Em 1555, os franceses invadiram o Rio de Janeiro pretendendo aqui fundar uma colônia. Em 1564, os portugueses resolveram, enfim, organizar uma expedição para expulsá-los e fundar uma cidade fortificada com o objetivo de impedir para sempre outras investidas. Estácio de Sá, sobrinho do governador Mem de Sá, chegou em terras cariocas no dia 28 de fevereiro com alguns navios e soldados, desembarcando na praia entre o morro Cara de Cão e o Pão de Açúcar. No dia seguinte, 1º de março de 1565, fundou oficialmente a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em homenagem ao rei menino de Portugal e escolheu o santo de mesmo nome para padroeiro, a quem se presta homenagem no dia 20 de janeiro”. Fico com essa explicação e reverencio o Rio em ambas, ou melhor, nos 365 dias do ann.
2. Sou daqueles noroestinos que não gosta de ficar em casa em dia de jogo no Alfredo de Castilho, mesmo quando o time está por demais chinfrim, como agora. Décima primeira rodada do Paulistão 2009 e não havíamos ganhado jogo algum. Um vizinho que bate cartão comigo nos jogos jogou a toalha: “Não vou mais nesse campeonato. Desisti, muito desmando”. Eu fui, procurei companhia e não encontrei. Liguei para cunhado, amigos, conhecidos e nada. Fui só, eu, meu chapéu e radinho de pilhas. Lá estavam outros mil abnegados. O jogo da redenção teria que ser esse, contra o Santo André. Eles com 16 pontos e nós com ínfimos 3. Foi um sofrimento danado e por fim deixamos a lanterna. Ganhamos de 3 x 2, com um a menos na maior parte do jogo. Vibrei muito ao lado do Pavanello (da Sangue Rubro), do Bruno (que se opõe à atual Diretoria), do Batista (vendedor revistas da Abril), do Au-Au (o do lanche), do Clidnei (o advogado da ferrovia), do Geraldo Bergamo (meu professor comunista), do Ricardo (o engenheiro da Seplan) e do Vicente (sorveteiro). De alma lavada, deixamos a lanterna e estive presente na primeira vitória do ano. Na saída, algo a expressar o momento do time. Uma vela acesa nas arquibancadas e todos ao passar por ela, tendo uma expressão de reverência, afinal ela havia feito o serviço a que foi encomendada. Será o começo da redenção? Sábado o jogo é em Campinas, contra o Guarani. Irei?

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