quarta-feira, 25 de março de 2009

RETRATOS DE BAURU (54)

SEU OSVALDINHO, FUMINHO OU SÓ SEU OSVALDO, MAIS VIVO QUE NUNCA
Conheci seu Osvaldinho não faz tanto tempo assim, mas parece uma eternidade. Pessoa das mais simpáticas, uma espécie de faz tudo no Conselho da Comunidade Negra, um pau-pra-toda-obra, indispensável, por que não dizer daquelas pessoas imprescindíveis. Negro retinto, magro como todos gostariam de ser, vive como um passarinho, flana na vida ao lado das pessoas que ama. Cada reencontro nas ruas é uma festa, abraços, sorriso sempre presente. No último, me pedia informações do Duílio Duka, hoje morando lá em Botucatu. Está inteirão, esbelto e radiante, como as fotos aqui expostas, tiradas no casamento do Duílio, no final de 2008. Lá dançou como ninguém, esbanjando saúde e determinação. Eu, que ainda pretendo aprender o ofício da dança, fiquei durante muito tempo vendo-o voar na pista. Seu Osvaldinho, ou “Fuminho”, ou Osvaldo Santos Souza, ferroviário aposentado, beirando os 80 anos, mesmo sem querer, pregou um susto nos amigos nessa semana.
Roque Ferreira, nosso vereador viu por aí que uma pessoa com o mesmo nome havia falecido, tendo sido enterrado no mesmo dia. A notícia correu entre os amigos e só foi desmentida pela família, que informa galhardamente: Fuminho está pescando no Mato Grosso. Ufa! Que susto. Uma pessoa miúda por fora e imensa por dentro. Um militante da causa negra, da causa dos amigos, da causa social e que não faz pouco caso na defesa dos amigos no que fosse necessário. Ciente de que continua melhor do que todos nós, bato na madeira, posto essas fotos dele e vou trabalhar mais animado, sabendo que qualquer dia o reencontro numa dessas esquinas da vida.

Um comentário:

Anônimo disse...

Henrique
Não sabia da divulgação de que o Osvaldinho tinha morrido, mas só de saber que está bem, dançando como nunca, levanto um brinde à sua saúde.
Sílvio