D’INCAO E A HISTÓRIA - Esse texto saiu publicado no Bom Dia de ontem, 28/03
Educação é algo muito sério. O ensino de História mais ainda. Presenciei algo admirável nesses dias, a I Semana Latino-Americana, organizada pelo Colégio D’Incao, com palestras e debates sobre essas questões, muito próximas de todos nós.
Imagine o amontoado de inverdades repassadas via imprensa, tudo isso fermentando na cabeça dos estudantes e sendo repetido na escola. A maioria perderá o espírito crítico e a tendência é serem vaquinhas de presépio pelo resto de suas vidas, mugindo bovinamente.
Não me passa pela cabeça um professor enfatizar as quatro mortes a jagunços, feitas por militantes sem-terra, sem sequer tocar nos mais de mil trabalhadores mortos no campo. A ênfase ao caso isolado do asilo ao boxeador cubano, sem mostrar a Cuba resistente e altaneira dos que não querem sair de lá de jeito nenhum. O cutucar o Governo pela posição no caso Battisti, sem mostrar o papel grandioso de nossa política internacional. O que acontece com Cuba, Bolívia, Equador e Venezuela precisa ser entendido, não execrado.
A História não pode ser caolha. Não deve tomar partido. O ideal é sempre a isenção, o mostrar os dois lados da questão. Isso é difícil, pois interesses estão em jogo, mas não impossível.
Carlos D’Incao, o diretor daquele colégio mostra que isso é possível. Uma das nossas escolas particulares mais modernas, caras, para um poder aquisitivo alto, porém daqueles a não brincar com a História, não falsear os fatos e não ter medo de expor isso aos seus alunos. Parabéns!
Educação é algo muito sério. O ensino de História mais ainda. Presenciei algo admirável nesses dias, a I Semana Latino-Americana, organizada pelo Colégio D’Incao, com palestras e debates sobre essas questões, muito próximas de todos nós.
Imagine o amontoado de inverdades repassadas via imprensa, tudo isso fermentando na cabeça dos estudantes e sendo repetido na escola. A maioria perderá o espírito crítico e a tendência é serem vaquinhas de presépio pelo resto de suas vidas, mugindo bovinamente.
Não me passa pela cabeça um professor enfatizar as quatro mortes a jagunços, feitas por militantes sem-terra, sem sequer tocar nos mais de mil trabalhadores mortos no campo. A ênfase ao caso isolado do asilo ao boxeador cubano, sem mostrar a Cuba resistente e altaneira dos que não querem sair de lá de jeito nenhum. O cutucar o Governo pela posição no caso Battisti, sem mostrar o papel grandioso de nossa política internacional. O que acontece com Cuba, Bolívia, Equador e Venezuela precisa ser entendido, não execrado.
A História não pode ser caolha. Não deve tomar partido. O ideal é sempre a isenção, o mostrar os dois lados da questão. Isso é difícil, pois interesses estão em jogo, mas não impossível.
Carlos D’Incao, o diretor daquele colégio mostra que isso é possível. Uma das nossas escolas particulares mais modernas, caras, para um poder aquisitivo alto, porém daqueles a não brincar com a História, não falsear os fatos e não ter medo de expor isso aos seus alunos. Parabéns!
Em tempo: A Semana do D'Incao extrapolou a semana que findou, nessa segunda, 30/03, Valter Pomar, Relações Internacionais do PT, fala sobre Política Internacional Latino-Americana e no dia 06/04, Beto Maringoni fala sobre o Papel da Venezuela no nosso contexto e claro, sobre Chávez.
A RETAMADA DO FNDC (FÓRUM NACIONAL DEMOCRATIZAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES)
Participo das discussões do Fórum desde sua criação em Bauru, primeiro representando a Secretaria Municipal de Cultura, hoje por conta própria e da Associação Amigos dos Museus de Bauru. Sandra Spósito, do CRP - Conselho Regional de Psicologia - local é nossa dirigente. Na última quinta, 26/03, estivemos novamente reunidos, eu, ela, o Nilton, da Mega Blitz (sabe que não sei seu sobrenome) e uma pessoa revolucionária e das mais interessantes, daquelas que nos surpreendem logo de cara, o Antonio Sardinha. Esse, recém chegado em Bauru, cursando uma pós na área de Comunicação na Unesp local, chega da matogrossense Campo Grande, com um cabedal de impressionar, prontinho para balançar as estruturas do sistema. Nesse reencontro algo de concreto: a data de uma reunião coletiva de reestruturação do movimento na cidade, dia 16/04, com possibilidades mil de ampliação e ramificação. Para quem nem sabe direito o que venha a ser esse negócio de FNDC, um texto abaixo e o site para leituras variadas: http://www.fndc.org.br/ . Lá duas coisinhas das mais interessantes, um Mapa da Mídia nacional e as tratativas sobre o Movimento Pró-Conferência. É que durante o Fórum Social Mundial, realizado em Belém, o presidente Lula anuncia que o Governo Federal irá realizar ainda em 2009 a CNC - Conferência Nacional de Comunicação. Muita gente se vira no túmulo, outros caem das cadeiras só de pensar nisso. Estar antenados e participando disso tudo é algo importantíssimo. A dica está dada.
Quem Somos
Criado em julho de 1991 como movimento social e transformando-se em entidade em 20 de agosto 1995, o Fórum congrega entidades da sociedade civil para enfrentar os problemas da área das comunicações no País. A retomada de suas atividades, a partir do final de 2001, coincidiu com o momento histórico em que um projeto nacional de caráter popular chega ao poder da Administração Pública Federal. Simultaneamente, toda regulamentação da área das comunicações está sendo revista e a sociedade brasileira deve enfrentar o momento histórico de definir qual digitalização das comunicações será mais emancipadora para o Brasil.
Antecipando-se a este cenário, o Fórum formulou e apresentou ao governo federal um programa para a área das comunicações voltado para a construção da democracia, da cidadania e da nacionalidade no Brasil. O texto foi construído durante a realização de sua IX Plenária, ocorrida no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de junho de 2002. De lá para cá, representantes FNDC passaram a atuar na base, com seus 12 comitês regionais instalados em nove estados da federação, e em espaços institucionais como o Conselho de Comunicação Social e o Comitê Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).
Criado em julho de 1991 como movimento social e transformando-se em entidade em 20 de agosto 1995, o Fórum congrega entidades da sociedade civil para enfrentar os problemas da área das comunicações no País. A retomada de suas atividades, a partir do final de 2001, coincidiu com o momento histórico em que um projeto nacional de caráter popular chega ao poder da Administração Pública Federal. Simultaneamente, toda regulamentação da área das comunicações está sendo revista e a sociedade brasileira deve enfrentar o momento histórico de definir qual digitalização das comunicações será mais emancipadora para o Brasil.
Antecipando-se a este cenário, o Fórum formulou e apresentou ao governo federal um programa para a área das comunicações voltado para a construção da democracia, da cidadania e da nacionalidade no Brasil. O texto foi construído durante a realização de sua IX Plenária, ocorrida no Rio de Janeiro, entre 14 e 16 de junho de 2002. De lá para cá, representantes FNDC passaram a atuar na base, com seus 12 comitês regionais instalados em nove estados da federação, e em espaços institucionais como o Conselho de Comunicação Social e o Comitê Consultivo do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD).
3 comentários:
Estimado Henrique, aceite o meu fraternal abraço.
deputado Vicentinho.
Enviado do meu BlackBerry® da TIM
Henrique e demais colegas...
Idenfiquei alguns alunos do jornalismo que tem vínculo com a Enecos (Executiva Nacional De estudantes de Comunicação). Estou enviando recados. Amanhã estarei na Universidade e tentarei falar com alguns para repassar convite.
AViso por mail. Viajo na quarta e retorno no dia 12 em um compromisso de trabalho. Se precisarem de mim. por favor, façam contato, que me organizo ao retornar para ajudar na mobilização para reunião.
Do mais, abraços
Antonio Sardinha
Ato público lembra morte de Jorginho, vítima da violência em Bauru
Pomba da Praça da Paz será coberta em sinal de protesto no evento organizado por familiares e organizações de direitos humanos
O Movimento contra Violência e Violação de Direitos Humanos realiza no próximo sábado, 04 de abril, ato público para lembrar os dois anos da morte de Jorge Luiz Lourenço, o Jorginho, em uma ação da polícia.
Com o tema Pomba da Paz em luto – ato público contra violência pelos dois anos da morte de Jorginho, a atividade na Praça da Paz, região central de Bauru, começa a partir das 20h, com a presença de familiares, amigos e de organizações que atuam na promoção de direitos humanos na cidade.
Entre as organizações que colaboram para a realização do ato estão o Conselho Regional de Psicologia (subsede Bauru), Conselho Regional de Serviço Social, Observatório de Educação em Direitos Humanos e Núcleo pela Tolerância da Unesp, Conselho Municipal da Condição Feminina, Conselho Municipal da Comunidade Negra e Instituto de Acesso Popular.
A proposta é mais uma vez chamar a atenção da sociedade local para a violência cometida contra os jovens no Brasil e cobrar a responsabilização e justiça contra violações de direitos humanos.
O ato terá um momento simbólico, em que os participantes vão cobrir a Pomba da Paz, em sinal de luto pela morte de Jorginho. O caso chamou a atenção da população e entrou para o histórico das ações violentas da polícia na cidade. Em dezembro de 2007, o adolescente Carlos Rodrigues Júnior, 15 anos, foi torturado e morto por policiais militares dentro da própria casa.
A história de Carlos Rodrigues Junior, divulgada no Brasil e no mundo, estimulou a organização da sociedade civil de Bauru para atuar no enfrentamento a violência e violação de direitos humanos, abrindo caminho para a divulgação e denuncia de histórias parecidas de violência cometida contra jovens.
O caso Jorginho
O mecânico Jorge Luiz Lourenço, 22 anos, foi morto no dia 5 de abril de 2007, depois de fugir de uma ação rotineira de fiscalização da polícia, ao voltar do trabalho. Na perseguição policial, foi baleado na cabeça, em um matagal, no Núcleo Habitacional Mary Dota.
Os três policiais militares envolvidos na ação foram demitidos da corporação e ainda respondem processo na Justiça. A família espera agora o julgamento e condenação dos acusados.
Sugestão de Fontes
Cássia Lourenço. Irmã de Jorginho. Fone: 9722 0237/3214 4014
Maria Orlene Daré. Conselho Regional de Psicologia, Subsede Bauru. Fones 3227 1392/3223 3147
Clodoaldo Meneguello. Observatório de Educação em Direitos Humanos/Núcleo de Tolerância da Unesp. Fone: 3234 5365 / 9761 4100
SAIBA MAIS
Conheça o Movimento contra Violência e Violação de DH
O movimento é resultado da reunião de pessoas e grupos da sociedade organizada que se comoveram com a ação violenta que resultou na morte de Carlos Rodrigues Júnior, em 2007. O adolescente foi torturado e morto por policiais. O caso ganhou repercussão nacional e internacional.
Desde então, o Movimento contra Violência e Violação de Direitos Humanos atua no monitoramento de violações de direitos humanos e em ações de sensibilização sobre o tema na cidade e região de Bauru. Saiba mais no http://gvvdh.blogspot.com/
ANTONIO SARDINHA
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