domingo, 1 de março de 2009

COLUNA DO JORNAL BOM DIA (10) e PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (12)


O PROBLEMA É O REGIME - esse texto saiu publicado, ontem, 28/2 no Bom Dia Bauru
(Antes uma observação: Sim, ele teve endereço certo, pois um também colunista da seção "Formador de Opinião", não faz outra coisa se não atacar Lula e tentar reescrever a história do período pós-64 segundo a visão dos militares. Eis minha resposta. No título, uma alusão à música "O Regime", do Léo Jaime, cujo bordão é justamente o título do meu texto. Confiram abaixo):

Reli um livro do Aldir Blanc nos dias de folia, “Rua dos Artistas e Arredores” e lá uma frase que exemplifica muito bem o que escreverei a seguir: “Essa é mais velha do que botar a culpa no comunismo internacional”. Existem pessoas recalcadas, de difícil conversação, convencidas de tudo, daquelas que mesmo cientes de estarem do lado errado, dele não saem. Insistem em reproduzir balelas. Algo doentio, um distúrbio.

Pessoas assim necessitam de ajuda, algo além de uma simples terapia. Colocam a culpa nos adversários e naquilo que se confronta com sua limitada visão de mundo. Gente raivosa, insistindo em pegar no pé do presidente Lula e não aceitando nossa história como de fato ocorreu. Querem reescrevê-la à sua maneira e interpretação. Além da chatice repetitiva, não percebem terem perdido o bonde da história.

Enxergam todos os defeitos em Lula e seus aliados e nenhum nos que os antecederam. Caolhos por natureza, pior que isso, maniqueístas. Será tão difícil assim comparar os evidentes avanços sociais propiciados pelo Governo atual e constatar que nunca tivemos uma situação similar? A história não pode ser manipulada por gente raivosa e inescrupulosa.

Lula tem lá seus defeitos, mas é tão grandioso, que em nenhum momento forçou o 3º mandato. E olha que cresce a apreensão com o futuro desse país, no que pode vir por aí sem sua presença. Sem o carisma presidencial, a presença internacional marcante, teme-se pelo pior. Tem quem torça pelo caos. De que lado estarão?

(Aqui outra observação de minha lavra: Recebo coisas iguais a Nostradamus, quase que diariamente pela internet. Publico essa aqui na seção "Preconceito ao sapo barbudo". Os que me enviam acham bonitinho, engraçado, adoram cutucar Lula pela falta de dedos, etc e etc. O mesmo caolhismo citado no texto para o Bom Dia, pensam e agem do mesmo jeito. Nunca entenderão Lula, muito menos aceitarão um metalúrgico dando certo no Governo, muito menos algumas questões sociais sendo atendidas. Pobre tem que continuar o mais pobre possível e nada além disso. E daí, dá-lhe cacetadas. Eu também critico Lula, mas não calcado no preconceito e na baixaria. Publico essa para servir como um alerta. Recebo aberrações muito piores que essa, mas a de hoje encaixa-se como uma luva para o texto do jornal. Baixaria pura e totalmente desnecessária):
NOSTRADAMUS
Em suas Centúrias, Nostradamus escreveu com tanta exatidão que os faz acreditar que conhecia o Lula ou Chaves . Fragmentos de um texto de Nostradamus:

.'e próximo do terceiro milênio uma besta (seria o .....????) barbuda (céus,é ele!!!) descerá triunfante sobre um condado do hemisfério sul (Brasil ou Venezuela???); espalhando desgraça e a miséria .' (acho que se trata da reforma da previdência ou a corrupção institucionalizada ou ainda o mensalão).
'...Será reconhecido por não possuir seus membros superiores totalmente completos.' (epa!!! Cadê o dedinho?)
'...Trará com ele uma horda (faz sentido...Cia Ltda) que dominará e exterminará as aves bicudas (já tô ficando assustado...ave bicuda!!!) ; e implantará a barbárie por muitas datas (REELEIÇÃO???) sobre um povo tolo e leviano.' (PUTA QUE PARIU, é nóiiiiiiis !!!) .

OBS do HPA: Encontrei a saída para tudo isso, uma boa comida com uma pitada de sal grosso e muito alho, como o daí ao lado.

Um comentário:

Anônimo disse...

hENRIQUE
Eu sei o quanto admira Mino Carta e seu posicionamento. Também tenho a mesma admiração. Tomo a liberdade de reproduzir um dos seus últimos textos. Depois faço alguns comentários:

"Não cansei de definir Lula como um conciliador desde os tempos da liderança sindical. No governo, contudo, ele foi muito além das minhas expectativas. Ou, por outra: deu para me decepcionar progressivamente.
O balanço de seis anos de Lula no poder não é animador, no meu entendimento. A política econômica privilegiou os mais ricos e deu aos mais pobres uma esmola. Há quem diga: já é alguma coisa. Respondo: é pouco, é uma migalha a cair da mesa de um banquete farto além da conta. O desequilíbrio é monstruoso. Na política ambiental abriu a porta aos transgênicos, cuidou mal da Amazônia, dispensou Marina Silva, admirável figura, para entregar o posto a um senhorzinho tão esvoaçante quanto seus coletes.
A política social pela enésima vez sequer esboçou um plano de reforma agrária e enfraqueceu os sindicatos. E quanto ao poder político? O Congresso acaba de eleger para a presidência do Senado José Sarney, senhor feudal do estado mais atrasado da Federação, estrategista da derrubada da emenda das diretas-já e mesmo assim, graças ao humor negro dos fados, presidente da República por cinco anos.
Outro que foi para o trono, no caso da Câmara, é Michel Temer, um ex-progressista capaz de optar vigorosamente pelo fisiologismo. Reconstitui-se o “centrão” velho de guerra, uma das obras-primas da conciliação tradicional. Enquanto isso, o Brasil ainda divide com Serra Leoa e Nigéria a primazia mundial da má distribuição de renda, exporta commodities, 55 mil brasileiros morrem assassinados todo ano, 5% ganham de 800 reais pra cima. E 2009 promete ser bem pior que pretendiam os economistas do governo.
Houve, e há, justificadíssima grita quanto às privatizações processadas no governo FHC. E que dizer do BNDES que empresta aos bilionários para armar a BrOi, a qual (é uma modesta previsão) acabará nas mãos de ouro de Carlos Slim? E que dizer da compra pelo governo de 49% das ações do Banco Votorantim à beira da falência?
Em um ponto houve melhoras sensíveis, na política exterior. E aí vem o caso Battisti. Até este serve ao propósito da conciliação, a despeito das críticas bem fundamentadas da mídia. Eu confiei muito em Lula, por quem alimento amizade e afeto. Entendo que o Brasil perde com ele uma oportunidade única e insisto em um ponto: o próximo presidente da República não será um ex-metalúrgico com quem o povo identifica-se automaticamente".

O que queria te dizer e ficou implícito no seu texto é que podemos até criticar Lula, como faz Mino e alguns outros, mas da forma preconceituosa como nossa mídia. Sei separar o que é crítica de aliado, de quem caminho junto e de quem o faz de forma criminosa, sem escrúpulos. É disso que trata os seus escritos do Preconceito ao Sapo Barbudo. Tem quem não entenda isso, não é Henrique? O que não dá é para criticar Lula e se posicionar ao lado dessa legião de besteiras que lemos por aí. Continue nessa trilha.
Reinaldo Prado

Não sou de Bauru, leio você por causa dos Diários de Cuba, que descobri na internet e passei a ler também outros textos. Me identifico com alguns.