SANTIAGO DE CUBA E O QUARTEL MONCADA
Às 6h30 (19/03/2008) chegamos em SANTIAGO DE CUBA, uma bela cidade, cheia de histórias sobre a vitoriosa revolução e com algo a mais, sua rica musicalidade. No terminal nossas mochilas já se encontravam no portão de desembarque. Ainda estava um tanto escuro lá fora e fomos direto a um dos taxistas oficiais. A saída para fora do prédio do terminal e o adentrar em mais uma cidade é sempre contagiante, pois é o primeiro contato com seu povo. Gosto dessas aproximações. Muitos nos oferecem hospedagens e até meios de transporte alternativo. O trajeto é relativamente curto, umas quinze quadras e a chegada no local que nos abrigaria pelos próximos quatro dias, o Hotel LA LIBERTAD.
Cansados da viagem e da noite mal dormida, queríamos um longo banho. Não gostamos do apartamento e prontamente trocam para outro mais aconchegante. Sempre um bom atendimento. O horário de adentrar o hotel seria 14h, mas fomos instalados sem nenhum problema às 7h00 no apartamento 211, sem nenhum adicional. Gostamos do hotel, muito parecido com alguns de nosso interior, simples e aconchegante. Algo um tanto estranho foi o chuveiro, um modelo antigo, onde a água não jorra sobre nossas cabeças e sim numa peça de mão que não está fixa. Foi uma luta, num espaço apertado, ter que primeiro molhar o corpo, colocar o mesmo no aparador e depois ensaboar e ir repetindo isso. Cansou um pouco. E saia pouca água. Afinal, nem tudo é perfeito, nem em Cuba.
Saímos para o primeiro reconhecimento das ruas às 9h30, após uma breve olhada em "la carta" (cardápio). Decidimos comer algo na rua. A primeira iniciativa é encontrar o famoso QUARTEL DE LA MONCADA. No caminho nos deparamos com o suntuoso Hotel Santiago e dentro dele um guichê da CUBATUR. Conhecemos Vivian, uma simpática cubana e praticamente deixamos acertado a hospedagem dos últimos dias em Havana. Voltaremos à tarde para sacramentar o pagamento. Atravessando a avenida, algo hilário, um cubano se aproxima com a pergunta característica: "Que necessitas?". É um sujeito prestativo e nos oferece um acompanhamento em três idiomas (Inglês, espanhol e italiano). Não queríamos que nos acompanhesse, mas informa algo precioso, o caminho para o famoso Quartel. Vou tirando muitas fotos pelo caminho.
Num tom ocre, o quartel impressiona pois ainda mantém sua parede frontal toda perfurada das balas da famosa invasão de Fidel e dos revolucionários. Logo na entrada do Museu do Quartel, uma surpresa das mais agradáveis. Conhecemos ALBERTO SÁNCHEZ BELTRÁN, 75 anos e ele nos acompanha por um bom tempo contando as histórias do assalto ao quartel, dos combates e do período de consolidação do novo regime. Conheceu pessoalmente Che e de sua fala extraí algumas frases marcantes: "Hoje a revolução é muito mais difícil. Aprendemos a combater desde o nascimento até a morte. Tive só filhas, todas engenheiras. A revolução abriu caminho para todas estudar e se superarem. Muitos governos tem melhores condições que as nossas, podiam nos ajudar e não o fazem. O capitalismo não se conforma com os milhões que possuem. Querem sempre mais".
Ficaríamos ali por muito mais tempo, mas também queríamos conhecer o museu por dentro. Foi uma visita indescritível, mais pela emoção que senti na reação do Marcos ao ficar próximo de peças que compuseram a história da revolução. Percorrer aqueles corredores, junto dos monitores e ir tomando conhecimento de cada detalhe da luta que transformou a vida de um povo, dando a guinada que humanizou o país foi comovente. Algo sentido em todo o país foi ao sermos identificados. Brasileiros são muito bem recebidos. E aqui não foi diferente. Muita conversa sobre o Brasil.
Na saída outra surpresa, seu Alberto estava a nossa espera. Fez questão de mostrar um livro sobre a revolução em Santiago e sua foto de arma em punho. Queria nos mostrar um monumento famoso na cidade. Não tivemos como recusar tão garboso convite. Saímos a caminhar, ouvindo suas histórias. Um longo caminho, que ele fez todo a pé, muito falante, nos mostrando locais que não teríamos oportunidade de conhecer. O seu relato fica para o próximo Diário.
6 comentários:
Henrique e Marcos
Confesso que não conhecia o trabalho de vocês. Adoro Cuba e tudo o que ela representa para nós, povos latinos ainda sob o regime capitalista. Sou um jovem paulistano e com problema de saúde. Tenho diabetes desde meus treze anos e sofro muitos com a deficiência na saúde brasileira, principalmente a da prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado. Pago caro por tudo e as distâncias são sempre grandes. Quando vejo o que é feito em Cuba e da forma como é feito, fico a imaginar isso acontecendo aqui no Brasil. Nesse final de semana fui procurar na internet algo sobre a saúde em Cuba e acabei meio que sem querer descobrindo algo sobre esse Diário. Vi também algo sobre a viagem do Michael Moore e dos doentes norte-americanos. O padecimento deles é o mesmo nosso. Por que Lula e a nossa saúde não é mais eficiente e não olha mais para o pobre? Será que só uma revolução ou um governo como o cubano para resolver definitivamente essas coisas. Até quando iremos suportar?
Vou ler todos e um abraço a vocês dois.
meu nome é Marcos Luis da Costa, tenho 17 anos e estudo em escola pública na região do Brás.
Camarada e xara Marcos Luis, seu relato emociona e nos dá combustivel para seguir nesta luta dura contra um sistema destruidor como é o capitalismo.
Continue apreciando os diarios e se possivel mande um email para manter contato sempre é bom manter ligações com aqueles que valorizam uma luta e sonham com um mundo diferente, longe das politicas insanas.
Respondendo sua pergunta meu camarada, Lula não é mais eficiente com nossa saúde porque foi eleito dentro do estado capitalista com suas regras e leis deploraveis, para resolver passa pelo o que vc escreveu, uma revolução, o que precisamos ser sinceros, uma luta no Brasil é algo apenas para sonhar, infelizmente, não podemos nos enganar.
Resta a nós seguir lutando e defendendo as conquistas da revolução cubana e enaltecer seus herois e lideres para que sua bravura nunca caia no esquecimento.
Viva Che e viva Fidel Castro
Um abraço com todo fervor revolucionario
Marcos Paulo
MOv. Comunismo em Ação
sercomunista@yahoo.com.br
Querido Henrique só acho uma pena sua companhia ser esse ufanista tresloucado e descrente
voce precisa escolher melhor as companhias.
beijos
Para o anônimo que me chama de QUERIDO:
Não posso concordar com o que me diz. Marcos pode ser chamado de um monte de coisas, mas de tresloucado não, pois é uma das boas cabeças que considero na cidade. Ufanista, talvez, mas isso todos nós somos obrigados a ser.
Não posso acreditar que sua afirmação seja pelo fato dele ser comunista assumido e convicto. Os comunistas querem tão pouco, querem só que os homens sejam iguais de acordo com a capacidade de cada um. Querem que o homem olhe para o outro com fraternidade e não procurando defeito. Acredito que todos nesse mundo estamos de mãos dadas e no mesmo barco. Essa igualdade pregada pelos comunistas, lá no fundo é a mesma pregada por Cristo. Ou não?
Henrique, direto do mafuá
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