domingo, 5 de julho de 2009

UMA FRASE (38)

A LOUCURA DOS CELULARES e A NOVA ONDA DOS TWITTERS
Primeiro a frase: "Há quem me pergunte se não tenho medo do ridículo. Absolutamente. E digo mais: só os imbecis tem medo do ridículo. Considero um soturno pobre-diabo o sujeito que não consegue ser ridículo de vez em quando", essa é do dramaturgo Nélson Rodrigues (1912/1980) e foi proferida antes da estréia da peça "Perdoa-me por me traires", em junho de 1957.

1. Essa eu não posso deixar passar em branco. Sempre tive celular, mas não preciso desses penduricalhos todos que tentam me empurrar. Uso para receber e para fazer ligações. No mais, muito pouco. Estou bebericando minha cervejinha na sexta à noite e na mesa do lado o sujeito recebe uma ligação. Ele não sabe o que fazer, coloca os três aparelhos em cima da mesa até descobrir qual deles tocava. Enfiou os outros dois no bolso e atendeu em voz alta, compartilhando com todos do bar o motivo da ligação recebida. Gritava para ser entendido. Não entendo essa utilização despropositada e a necessidade pelos vários aparelhos. Depois tentaram me explicar. Um é o normal, só que para fazer ligações para outra operadora o custo sai mais caro, comprou outro para aproveitar as promoções entre as mesmas empresas. Num outro a promoção é por ligações feitas em horários pré-determinados. Naquele mais velho a vantagem é por ter acúmulo de bônus e se utilizar durante o mês vigente paga mais barato. Naquele segundo tem mais uma coisinha, se fizer uma certa quantidade de ligações o desconto é progressivo. Num deles o custo da ligação sai baratinho quando ele indica três outros portadores de celular da mesma operadora e um passa a ligar para o outro. Chega a ter 100 ligações num, noutro menos e assim progressivamente. E para levar alguma vantagem financeira o sujeito acaba comprando vários e precisa ficar ligado, para não perder as oportunidades. Não conseguiria entender isso tudo e assim sendo, continuo com meu celular estilo "carroça", que me atende muito bem, no velho e bom estilo de receber e fazer ligações.
Em tempo: A foto do lado é do meu ex-cunhado e foi feita só para ilustrar. Ele não usa dessa forma maluca, mas também possui três em sua casa. Um dele, outro da esposa e outro para a firma.
2. A nova onda dentro dos penduricalhos e da modernidade, nos quais quem fica de fora é um desatualizado é o tal do TWITTER. Tenho cá meu blog, tento fazer uma atualização diária com textos de minha lavra. Faço tudo com muito custo, pois não quero diminuir o tempo dispensado para a leitura diária. Dessa forma não tenho Orkut, nem MSM. Tenho absoluta certeza de que no momento em que o fizer, acabarei me envolvendo e minhas leituras sairão perdendo. Já não consigo ler como antes, mas continuo tentando. Na mesma roda de botequim na sexta me disseram estar ultrapassado, pois tenho que possuir a novidade. Fui ver de que se trata e a definição é essa: "É um sistema de microblogging que possui a pergunta: “O que você está fazendo” e uma caixa de texto limitada a 140 caracteres. O Twitter permite que você coloque mensagens extremamente curtas, as quais serão enviadas para todos seus seguidores. Parece bobo, mas é SUPER LEGAL, pois você fica atualizado no que o seu amigo está fazendo, o que ele está lendo e o que ele pretende fazer". Quer dizer, teria que ficar atualizando o que faço com uma constância de endoidecer e achar alguém com interesse para me clicar e saber o que faço. Em primeiro lugar teria vergonha de fazer algo desse tipo e pedir para meus amigos me clicarem. Não vi vantagem (pelo menos no meu caso), mas se existirem algumas delas, listem aqui por favor, pois acho melhor continuar de fora desse avanço tecnológico. Continuo com meu blogzinho, aqui no mesmo batcanal, com um post diário. Tá bom assim?
OBS FINAL: Estaria sendo muito (um pouco sei que sou) ridículo em não participar de tudo que me oferecem?

2 comentários:

Anônimo disse...

Ridículo é render-se a todas as maluquices que vão aparecendo. A propósito, vou aparecendo por aqui... de vez em quando, lendo o que vc escreve e achando muito bom mesmo. Espero você em Botucatu para que possamos, junto com o Duka, atualizar as fofocas.
Um forte e fraterno abraço,
Tristan

Anônimo disse...

Henrique, você está ficando velho. Prova disso é que nesse aspecto você e o Beto concordam.
Abraço,

Guto