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Olhar para esse casal flanando num salão de dança é um verdadeiro colírio para qualquer par de olhos, cansados após presenciar as repetidas coisas
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ruins desse mundo.
José Carlos de Figueiredo, 68 anos e
Ogalici Alves Figueiredo, 66 anos formam um casal com mais de trinta anos dedicados a gastar energias dançando pelos salões de baile da vida. Vieram de São Paulo, capital, há pouco mais de 6 anos e aqui se fixaram para ficar mais perto de uma filha. Ambos aposentados, algo que foram se informar logo na chegada foi sobre os locais para colocar em prática o grande motivador de suas vidas, a dança. Fazem disso uma terapia e repetem algo com muito gosto. "Nunca fizemos aula, aprendemos tudo praticando e nas horas vagas ainda me arrisco tocando pandeiro", diz Ogalici. Hoje são encontrados no SESC, no Luso, nos Aposentados e no Clube da Vovó. Seguem todo um ritual para irem nesses locais. A vestimenta é muito importante e não acham muito adequado ver os mais jovens dançando sem critérios, de bermudões e camisas regatas. O traje é tudo e isso pode ser constatado no olhar fixo que a maioria das pessoas mantém quando estão em
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ação. Emociona ver a aglutinação em torno deles no final dos bailes,
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provando que além da terapia, a dança serve também como aproximador de pessoas. Tudo de bom.
Um comentário:
Isso é que é viver a vida.
Queria muito que meus pais tivessem essa vitalidade e essa disposição para frequentar todos os salões da cidade.
Quase chorei.
Quero conhecê-los.
Obrigado, Henrique.
Regina
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