terça-feira, 21 de julho de 2009

RETRATOS DE BAURU (62)

JOSÉ CARLOS E OGALICI FIGUEIREDO, REINANDO NOS SALÕES DE DANÇA
Olhar para esse casal flanando num salão de dança é um verdadeiro colírio para qualquer par de olhos, cansados após presenciar as repetidas coisas ruins desse mundo. José Carlos de Figueiredo, 68 anos e Ogalici Alves Figueiredo, 66 anos formam um casal com mais de trinta anos dedicados a gastar energias dançando pelos salões de baile da vida. Vieram de São Paulo, capital, há pouco mais de 6 anos e aqui se fixaram para ficar mais perto de uma filha. Ambos aposentados, algo que foram se informar logo na chegada foi sobre os locais para colocar em prática o grande motivador de suas vidas, a dança. Fazem disso uma terapia e repetem algo com muito gosto. "Nunca fizemos aula, aprendemos tudo praticando e nas horas vagas ainda me arrisco tocando pandeiro", diz Ogalici. Hoje são encontrados no SESC, no Luso, nos Aposentados e no Clube da Vovó. Seguem todo um ritual para irem nesses locais. A vestimenta é muito importante e não acham muito adequado ver os mais jovens dançando sem critérios, de bermudões e camisas regatas. O traje é tudo e isso pode ser constatado no olhar fixo que a maioria das pessoas mantém quando estão em ação. Emociona ver a aglutinação em torno deles no final dos bailes, provando que além da terapia, a dança serve também como aproximador de pessoas. Tudo de bom.

Obs: Dois pedidos, deles e de muitos outros outros frequentadores ao SESC. Primeiro o retorno das tradicionais Serestas, que sempre tiveram bom público, casa cheia. Segundo, que fiquem atentos com as Escolas de Dança, elas são ótimas, mas ocupam o salão e inibem os casais que não dançam de forma tão evolutiva a não se arriscarem na pista. No mais, querem se divertir e vivem a vida com mais prazer, extraindo da dança o elixir para a longevidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso é que é viver a vida.
Queria muito que meus pais tivessem essa vitalidade e essa disposição para frequentar todos os salões da cidade.
Quase chorei.
Quero conhecê-los.
Obrigado, Henrique.

Regina