BARBOSA, O MOVIMENTO ESTUDANTIL NA USC E A NEURA DO PERÍODO MILITAR
Final dos anos 80 estudava História na USC. Nosso grupo foi um dos mais contestadores de toda universidade. Éramos questionadores, vivíamos intensamente o fim da ditadura militar e queríamos fazer uso de uma liberdade recém adquirida. Fazíamos e acontecíamos naqueles corredores. Boas lembranças. Manifestações variadas era com o pessoal de nossa classe, formada por mim, Paulinho PT, Maria Alice, Fabíola, Barbosa, Tuim, Sônia Fardin, Sônia Itapuí, Silvinha de Garça, Duílio Duka e outros. Quero lembrar aqui de uma história ocorrida numa dessas manifestações. Pátio cheio de cartazes colados em suas paredes e alguns de nós fazendo uso de um alto falante. Num dos cantos um senhor observava tudo em atitude suspeita. Roupas diferentes das nossas, todos com jeans e camisetas. Ele vestindo calça de tergal, boca de sino, com aquele vinco característico, camisa dentro das calças e sapatinho estilo social. Muito suspeito. Barbosa mais exaltado ficou a observar seus passos mais atentamente. Num certo momento foi até o cara, com sua inseparável bolsa a tiracolo e quase o encostando no muro foi claro: “O que quer aqui? Quem é você? É informante da polícia?”. O medo do grupo era a neura de que estivéssemos sendo observados. O cara ficou branco e confessou para Barbosa: “Que isso meu! Venho aqui buscar minha namorada e como ela ainda não saiu estava só observando, olhando o movimento de vocês”. Convenceu a todos e nos dias seguintes passamos a cumprimentá-lo formalmente. E continuamos a fazer nossas manifestações normalmente sem perseguição nenhuma. A única era do Dirceu, o funcionário da USC encarregado de nos vigiar e não deixar que pichássemos as paredes (colávamos cartazes com fita crepe). Essa pessoa, cujo nome não sei até hoje, possui uma loja de materiais elétricos perto da Câmara Municipal e continua usando os mesmos trajes. Algo a ser lembrado com humor.
Final dos anos 80 estudava História na USC. Nosso grupo foi um dos mais contestadores de toda universidade. Éramos questionadores, vivíamos intensamente o fim da ditadura militar e queríamos fazer uso de uma liberdade recém adquirida. Fazíamos e acontecíamos naqueles corredores. Boas lembranças. Manifestações variadas era com o pessoal de nossa classe, formada por mim, Paulinho PT, Maria Alice, Fabíola, Barbosa, Tuim, Sônia Fardin, Sônia Itapuí, Silvinha de Garça, Duílio Duka e outros. Quero lembrar aqui de uma história ocorrida numa dessas manifestações. Pátio cheio de cartazes colados em suas paredes e alguns de nós fazendo uso de um alto falante. Num dos cantos um senhor observava tudo em atitude suspeita. Roupas diferentes das nossas, todos com jeans e camisetas. Ele vestindo calça de tergal, boca de sino, com aquele vinco característico, camisa dentro das calças e sapatinho estilo social. Muito suspeito. Barbosa mais exaltado ficou a observar seus passos mais atentamente. Num certo momento foi até o cara, com sua inseparável bolsa a tiracolo e quase o encostando no muro foi claro: “O que quer aqui? Quem é você? É informante da polícia?”. O medo do grupo era a neura de que estivéssemos sendo observados. O cara ficou branco e confessou para Barbosa: “Que isso meu! Venho aqui buscar minha namorada e como ela ainda não saiu estava só observando, olhando o movimento de vocês”. Convenceu a todos e nos dias seguintes passamos a cumprimentá-lo formalmente. E continuamos a fazer nossas manifestações normalmente sem perseguição nenhuma. A única era do Dirceu, o funcionário da USC encarregado de nos vigiar e não deixar que pichássemos as paredes (colávamos cartazes com fita crepe). Essa pessoa, cujo nome não sei até hoje, possui uma loja de materiais elétricos perto da Câmara Municipal e continua usando os mesmos trajes. Algo a ser lembrado com humor.
OBS.: Esse texto corresponde ao de 09/07. Feriado paulista, viajo à trabalho para outro estado.
Um comentário:
Henrique do céu...
Bons tempos, esses da antiga FAFIL, pois até hoje não consigo chamar aqueles prédios de USC. É FAFIL e pronto. Saudades de todos voces e mais ainda quando comparo com essa estudantada de hoje, sem ideologia e lutando só para ganhar grana. Não pensam em outra coisa. Parabéns.
Márcia
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