ALGO SOBRE CINEMA E “MACHETE”, UM FILME ESTREANDO (EM BAURU, NEM PENSAR!)
Adoro ir a cinemas, mas isso está cada vez mais difícil. A programação não tem ajudado. Ou eu sou mesmo um chato e só gosto de coisas que não passam por aqui ou não entendo mais nada de cinema, de bom gosto e de coisas que valham realmente a pena. É que ando fugindo do padrão hollywodiano de cinema. E para quem foge disso, no interior paulista, não resta quase mais nada. Ou melhor, restam algumas locadoras e uns poucos canais a cabo, em horários totalmente alternativos. Faz tempo que não pronuncio uma frase que adorava fazer em alto e bom som: ESSE EU NÃO PERCO POR NADA NESSE MUNDO. Meus últimos filmes foram o “Tropa de Elite 2”, aqui em Bauru e o “Dois Irmãos”, argentino, em Sampa. Perdi o “Comer, Rezar, Amar”, do qual acho que gostaria. Semana passada quase fui no “Um parto de viagem”, mas nesse caso faltou tempo disponível. No mais, nada.
Adoro ir a cinemas, mas isso está cada vez mais difícil. A programação não tem ajudado. Ou eu sou mesmo um chato e só gosto de coisas que não passam por aqui ou não entendo mais nada de cinema, de bom gosto e de coisas que valham realmente a pena. É que ando fugindo do padrão hollywodiano de cinema. E para quem foge disso, no interior paulista, não resta quase mais nada. Ou melhor, restam algumas locadoras e uns poucos canais a cabo, em horários totalmente alternativos. Faz tempo que não pronuncio uma frase que adorava fazer em alto e bom som: ESSE EU NÃO PERCO POR NADA NESSE MUNDO. Meus últimos filmes foram o “Tropa de Elite 2”, aqui em Bauru e o “Dois Irmãos”, argentino, em Sampa. Perdi o “Comer, Rezar, Amar”, do qual acho que gostaria. Semana passada quase fui no “Um parto de viagem”, mas nesse caso faltou tempo disponível. No mais, nada.
O preço em Bauru é outra coisa cara. Tanto no Cine’n Fun, como nos do Shopping, preços mais ou menos unificados. Sempre para cima, diga-se de passagem. Estive em Marília nessa semana e no Shopping Esmeralda me assustei com os preços. R$ 6 inteira e R$ 3 meia. A metade do que pago aqui. Se bem que no Rio, da última vez, o preço de lá é o dobro do de Bauru. Escrevo sempre do preço porque acho que se fosse mais barato iria mais gente. Será? Não sei. E mais, aqui em Bauru teremos mais salas no novo Shopping Nações aqui pertinho de casa, no cruzamento da famosa avenida com a rua Marcondes Salgado. Como será a programação de filmes e preços desse? Aguardo de dedinhos cruzados.
Já cansei de martelar sobre programação. O Shopping nunca se interessou por filmes de arte e cults. O Cine’n Fun no início, sim, depois ficou igual ao outro. Lembro que sai de casa certo dia às 3h da manhã para assistir um “Caché” lá na lonjura do Alameda. Acho que isso não mais irá se repetir. Uma pena. Será que somos mesmo uma minoria a gostar de filmes de arte, europeus, brasileiros, os cults, latinos, etc.
Encerro essa fala cinéfila escrevendo sobre um lançamento que ocorre hoje nos cinemas brasileiros, “MACHETE” , do Robert Rodríguez, um diretor endiabrado, a fugir do trivial. O seu “Balada de um pistoleiro” é um épico dentro da excentricidade do que gosto de ver. Agora vem com outro na mesma linhagem, nem pior, nem melhor do que os lançamentos de hoje, só diferente e irreverente. Reverencia um fictício herói mexicano, desses a enfrentar inimigos intransponíveis, gente do lado de lá da fronteira, residência do cruel vizinho fronteiriço, os EUA. Uma frase famosa que meu filho lembra sempre versa sobre isso: “Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos EUA”. Machete, um exímio manipulador de armas brancas (seu nome vem da lâmina a lhe conferir o nome) enfrenta o sistema mantido pelo vizinho parede meia, muito mais poderoso, por sinal. Só mesmo um imaginário herói, cheio de poderes sobrenaturais para fazer frente ao baú de maldades despejado diariamente sobre o pobre México. E quando alguém faz isso e vence, basta para cair nas graças do público mais pobre, no caso o mexicano e o latino, do qual estamos incluídos (Ou não? Se for perguntar para certos paulistas dirão que “nunca”). O filme é uma ação cômica, mas para mim já é também um Manifesto Político. Verão um banho de sangue ao estilo Tarantino, mas lá no fundo altas reflexões, ainda mais depois do último massacre em terras mexicanas.
Hoje muda a programação de cinemas na cidade. Algo novo vem por aí. Alguém aí acha que um filme como MACHETE tem alguma chance de passar por aqui?
ASSISTAM AO TRILLER: http://www.youtube.com/watch?v=MsIvgK5E-2Y&feature=related
Hoje muda a programação de cinemas na cidade. Algo novo vem por aí. Alguém aí acha que um filme como MACHETE tem alguma chance de passar por aqui?
ASSISTAM AO TRILLER: http://www.youtube.com/watch?v=MsIvgK5E-2Y&feature=related
OU ACESSEM O SITE: http://www.machete.com.br/
5 comentários:
Oi Henrique!
Dias atrás numa reunião no PSOL, surgiu uma esperança: multiplicar os cineclubes. E reforçar a necessidade de debate após as sessões.
Quero ver se o Sindicato dos Radialistas apoia essa ideia.
Abração
W.Leite
Henrique
Vi esse trailer indicado e outros na internet. O filme não é lá essas coisas, mas a mensagem política que voce ressalta talvez o seja. Sabe do que gostei mais, voce vai dar risada. O padre que ele pede ajuda para eliminar os inimigos, quando está diante de alguém e com a arma apontada, o cara pede para o padre tenha piedade e esse impiedoso lhe diz: DEUS TEM PIEDADE, EU NÃO TENHO.
E atira sem dó e piedade.
Vou te ajudar e fazer uma coisa que sei não gostar. Vou ver se baixo ele da internet e te convido para assistirmos juntos.
Daniel Proença
CARO WELLINGTON:
Em Bauru existe um antes ativo Cine Clube. As atividades por lá são sempre em função do tempo que cada um dispõe e como o pessoal mais ativo anda com outras ocupações, ele está um tanto desativado. Possuem equipamentos de ponta e aguardando sempre a chegada de novos interessados em impulsionar suas atividades. Quando mais gente interessada nesse setor, mais filmes e mostras interessantes poderíamos desfrutar.
CARO DANIEL:
Acho que é isso mesmo. O filme é daqueles sem compromisso, rir e refletir observando atentamente as entrelinhas. Mas nem isso chega por aqui. A opção do donwload meu filho também já tinha me passado. Veremos lá na frente. Mas nada é igual a ver o filma na telone, que aprendi a gostar desde menino.
Abracitos do Henrique - direto do mafuá
Henrique,
Na verdade o Cineclube continua ativo, mas repensando suas atividades. No ultimo dia 28/10 exibimos uma mostra de filmes de animação em homenagem ao dia internacional da animação. O evento aconteceu, simultaneamente,em mais de 400 cidades do Brasil. Em Bauru utilizamos as dependências do Sindicato do Comércio Varejista (um apoio do amigo Wallace).No sábado 30, foi a vez dos desenhos infantis, dessa vez no Automóvel Clube. E, por fim, no último dia 9/11, uma mostra específica para pessoas portadoras de deficiência (no auditório do Centro Cultural). Na mostra principal, a do dia 28, o público não passou de 30 pessoas...
Estamos concorrendo a um dos pontos de cultura de Bauru. E caso sejamos contemplados, a população vai ter muitas novidades em relação a atividades envolvendo o audiovisual.
Enquanto isso, vamos tocando...
Abraço.
Lindo, lindo o:
"POBRE MÉXICO, TÃO LONGE DE DEUS E TÃO PERTO DOS EUA".
Pascoal Macariello
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