HISTÓRIA DE REGINÓPOLIS É CONTADA EM AQUARELA - JC REGIONAL, EDIÇÃO DE HOJE
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TEXTO 1 - Reginópolis poderá ser vista em aquarela
Quem ainda não conhece o município de Reginópolis (70 quilômetros de Bauru) poderá conhecê-lo por meio do livro “Reginópolis, sua história”, de autoria de Fausto Bergocce e Henrique Perazzi de Aquino. A obra, que terá lançamentos em Reginópolis, Bauru e São Paulo, retrata a cidade natal do cartunista Fausto Bergocce por meio de textos, fotos e aquarelas. São 270 desenhos intercalados por textos que dão uma noção bastante próxima da realidade.
Em Reginópolis, o lançamento será no dia 9 de dezembro, e em
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Após conquistar o patrocinador Washington Umberto Cinel, que é natural da cidade, Fausto convidou o historiador Henrique de Aquino para escrever os textos que intercalam as aquarelas. “Escolhi a técnica de aquarela porque é um encantamento fazer um desenho com ela. A aquarela é uma técnica fantástica, além de ser um trabalho feito no papel. Foram 10 meses de trabalho. Fiz
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Fausto nasceu em Reginópolis em 1952 e lá viveu até os 12 anos. Saiu da cidade em 64. “Foram os melhores anos de minha vida. Eu era uma criança muito feliz. Ser moleque numa cidade com uma natureza exuberante, cheia de encanto e simplicidade é tudo de bom.” Para definir o que seria retratado no livro, Fausto Bergocce usou critérios. “Eu escolhi três itens para guiar o trabalho: natureza, arquitetura e pessoas. A natureza porque em Reginópolis ela é vigorosa. A arquitetura para que as pessoas possam ter noção dos prédios, e as pessoas porque são elas que dão vida à cidade. No
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TEXTO 2 - Uma bela viagem pelo tempo
Folhear ou ler o livro “Reginópolis, sua história” é uma verdadeira viagem ao município que fica, em linha reta, a 325 quilômetros de São Paulo e a 70 quilômetros de Bauru. Logo nas primeiras páginas, as aquarelas, que mais parecem fotografias, retratam o mercado, a drogaria, a óptica, o escritório de advocacia e a loja de
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O hotel pousada, o ex-mascote da pousada, o gato Bentoca, o Terminal Rodoviário e o posto de combustível dividem a página com a mangueira e os moradores que jogam baralho. O texto passeia pelas informações que marcam o município. A agricultura, base da economia da cidade - 80% dos moradores vivem dela - é composta de cana-de-açúcar, pimentão, café, laranja e gado. “O pimentão desponta como propulsor de excelentes negócios na região, onde a horticultura é uma forte fonte de renda de aproximadamente 250 famílias. O café resiste, a laranja ocupa parcela significativa de terras. O gado não tem a mesma pujança de antigamente.” O cenário é dominado por pequenos e médios proprietários, poucos arrendatários e algumas grandes fazendas. “Presença perceptível no
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Na área comercial, uma pedreira fez a fama da cidade, conhecida por pavimentar residências e vias País afora. O município, que se gabava por possuir mais mulheres que homens, hoje é a 5ª cidade em porcentagem de população masculina, com 63,93%, graças a implantação de dois presídios que abrigam 1.800 detentos. Em Reginópolis, os poucos mais de 7 mil habitantes vivem melhor do que a média nacional. Contam com serviço de água, luz elétrica e rede de coleta de esgoto. “São aproximadamente 1.400 residências, mais de mil contam com telefone.” A não existência de campainhas nas residências é
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Reginópolis foi visitada por pesquisadores europeus - O livro “Reginópolis, sua história” está repleto de curiosidades, registro de fatos que ocorreram nos anos 30 e que até hoje está na memória dos antigos moradores. “Até hoje se comenta muito de uma luminosidade que percorre os viajantes na estrada e tem muito a ver com a questão rochosa da região. Ali tem pedreiras famosas e nos anos 30 o jornal “O Estado de São Paulo” fez até reportagens sobre a luminosidade que emanava das escavações. Pesquisadores europeus ficaram cerca de um ano na região escavando”, comenta Henrique de Aquino.
Os pesquisadores cercaram a região, contrataram pessoas da
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Vitrais de 1950 estão na igreja - A Igreja de Nossa Senhora Rainha dos Anjos ocupa um lugar de destaque na praça central de
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Cultura - O encontro semanal com audições ao vivo de violeiros, declamadores de poesia e contadores de histórias na rádio local, aliado a atuação constante de uma Banda Marcial, confirma a antiga tradição musical iniciada com grandes maestros. Na memória dos moradores, as artes plásticas permanecem como forte referência, com telas de dois grandes pintores, Jurandir Montanher e José Bacan, além das caricaturas de Fausto Bergocce expostas em suas paredes.
TEXTO 3 - Fanatismo religioso marca o passado de Reginópolis
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Fatos curiosos estão registrados na ‘vida’ de Reginópolis, antes mesmo do município ter este nome. O “Deus da Serra” é um episódio ocorrido entre os anos 20 e 30 do século passado, na zona rural da ainda Batalha, denominação antiga de Reginópolis. Depois de décadas, não se sabe se o desfecho é parte do folclore ou foi real. O fanatismo religioso de dois líderes no comando de uma seita pentecostal que arrebatavam fiéis e prometia dias melhores aos seguidores deixou marcas profundas na população. Entre os moradores mais antigos, a história ainda é relembrada porque foi passada de pai para filho, ressalta Henrique Perazzi de Aquino, que escreveu os textos do livro.
“O nome de Joaquim Lourenço Xavier pode não significar nada para os antigos moradores, mas o personagem religioso conhecido por Joaquim da Serra traz lembranças nada agradáveis. Um morador disse que o pai dele, à época, quando via o tal religioso
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Para participar da seita, as pessoas não podiam usar ternos, joias ou qualquer ostentação na vestimenta. Tudo o que poderia simbolizar ostentação era queimado numa imensa fogueira. “Com vestimentas longas, tipo batas, quando os seguidores chegavam à
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Os rumores de mortes ocorridas entre os ditos fanáticos, relatos feitos por pessoas que conseguiram fugir, mas que tinham familiares ainda na
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5 comentários:
Henrique
Voce merece.
Quero ler e ter meu exemplar.
Parabéns, meu amigo
Daniel
Querido amigo HENRIQUE, que orgulho para quem te admira e sabe do seu talento de "escrivinhador", que tira de pequenas coisas, o que tem de mais poético e verdadeiro, como ao descrever o filme "O PALHAÇO" ou nos brinda com textos que faz com que acreditemos estarmos ali, contigo, vivenciando cada momento! Alguém um dia disse que o Homem (Mulher também), se sentirá realizado quando casar, ter um filho (filha) e escrever um livro (nosso amigo Dukinha também disse), e você escreveu o seu. Agora não tem jeito, muitos outros virão! A matéria ficou maravilhosa. Parabéns meu querido amigo e sucesso nas vendas.
Um grande abraço,
Luiza
Henrique
Que grande e bela novidade ontem ao ler sobre esse livro no Jornal da Cidade. Por que não outros com outras cidades? Pensem nisso, você e o desenhista Fausto.
Leandro e Regina
Caro Henrique.
Parabenizo você e Fausto pelo trabalho. Sou nascido e criado em Reginópolis e, ao ler no seu blog sobre o Deus da Serra, resolvi te escrever.
Havia mais 02 irmãos, o Lázaro e o Marcílio Serra. Ambos se casaram com 02 tias minhas, pelo lado de meu pai, também irmãs, Eufrozina e Maria Gouvêa. Os casais foram morar na seita e só saíram de lá após a interdição da polícia.
Minha tia Eufrozina, após isso, se tornou uma católica fervorosa, porém manteve até o fim da vida o ofício de benzedeira e parteira. Nenhum deles gostava de comentar sobre o fato. Somente Tia Eufrozina, às vezes, contava algo p/ minha mãe, que ainda lembra de um ou outro fato, apesar dos seus 86 anos de vida.
Sempre disse à ela que deveria registrar a história, para que não se perdesse.
Assim, creio que esta lacuna esteja preenchida.
Estarei no Ipê Club prestigiando o evento.
Novamente, parabéns.
Ola! Sou de Guarulhos e estou escrevendo a historia de uma senhora que nasceu em 1915 nesta cidade, isto é bem antes dela ser Reginopolis. Onde poderia encontrar um exemplar deste livro?
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