ALFINETADA (100)
MAIS TRÊS TEXTOS PUBLICADOS N’O ALFINETE NO ANO DE 2000
Como venho fazendo de três meses para cá, estou disponibilizando todos os meus textos publicados no semanário de Pirajuí, três por mês.
Como venho fazendo de três meses para cá, estou disponibilizando todos os meus textos publicados no semanário de Pirajuí, três por mês.
NOVO FEBEAPÁ (10) – publicado edição nº74, de 28/07/2000
Passei o final de semana lendo crônicas de Sérgio Porto, codinome Stanislaw Ponte Preta (1923/1968). Como pude constatar na releitura, Stanislaw continua sendo uma das melhores encarnações do espírito carioca, só comparável às comédias de Artur Azevedo, no século passado e as atuais aventuras lítero-musicais de Aldir Blanc. Stanislaw Ponte Preta sempre foi especialista em debochar dos trotes e foxtrotes desse país pitoresco e extravagante, cujo nome começa com a letra “b”, de bye-bye. Para anarquizar os delírios da imaginação carnavalesca, escreveu o “Samba do Crioulo Doido”, espécie de resumo desvairado da história do Brasil, na qual se misturam gregos e baianos. Como resposta às tolices inspiradas pelo golpe militar de 64, escreveu dois volumes do FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País). Se fosse vivo, Stanislaw certamente escreveria notáveis episódios com inspiração nos nossos atuais mandatários. O próprio FHC fornece copioso material de mancadas, cujas vítimas mais frequentes são os aposentados, a quem nosso príncipe já chamou, entre outros desaforos, de vagabundos. Pode crer, caro leitor, no capítulo do besteirol, FHC só perde para Emília, a Marquesa de Rabicó. Mas os grandes fornecedores do futuro Febeapá, por incrível que pareça, são os atuais estudantes de jornalismo. Mês passado os jornais publicaram algumas pérolas, escritas por alguns candidatos a estagiários. Perguntado sobre quem foi Mahatma Gandhi, por exemplo, um dos jovens postulantes ao emprego respondeu: “Foi o líder de uma seita africana, que tinha como filosofia o Candomblé. Muito respeitado em sua nação, Gandhi chegou ao Brasil pela Bahia, onde conquistou adeptos religiosos, atualmente conhecidos como Filhos de Gandhi”. Pois é, caro leitor, tomara que o Mahatma Gandhi, esse novo baiano não esteja metido nas mamatas do Banco Central...
Passei o final de semana lendo crônicas de Sérgio Porto, codinome Stanislaw Ponte Preta (1923/1968). Como pude constatar na releitura, Stanislaw continua sendo uma das melhores encarnações do espírito carioca, só comparável às comédias de Artur Azevedo, no século passado e as atuais aventuras lítero-musicais de Aldir Blanc. Stanislaw Ponte Preta sempre foi especialista em debochar dos trotes e foxtrotes desse país pitoresco e extravagante, cujo nome começa com a letra “b”, de bye-bye. Para anarquizar os delírios da imaginação carnavalesca, escreveu o “Samba do Crioulo Doido”, espécie de resumo desvairado da história do Brasil, na qual se misturam gregos e baianos. Como resposta às tolices inspiradas pelo golpe militar de 64, escreveu dois volumes do FEBEAPÁ (Festival de Besteira que Assola o País). Se fosse vivo, Stanislaw certamente escreveria notáveis episódios com inspiração nos nossos atuais mandatários. O próprio FHC fornece copioso material de mancadas, cujas vítimas mais frequentes são os aposentados, a quem nosso príncipe já chamou, entre outros desaforos, de vagabundos. Pode crer, caro leitor, no capítulo do besteirol, FHC só perde para Emília, a Marquesa de Rabicó. Mas os grandes fornecedores do futuro Febeapá, por incrível que pareça, são os atuais estudantes de jornalismo. Mês passado os jornais publicaram algumas pérolas, escritas por alguns candidatos a estagiários. Perguntado sobre quem foi Mahatma Gandhi, por exemplo, um dos jovens postulantes ao emprego respondeu: “Foi o líder de uma seita africana, que tinha como filosofia o Candomblé. Muito respeitado em sua nação, Gandhi chegou ao Brasil pela Bahia, onde conquistou adeptos religiosos, atualmente conhecidos como Filhos de Gandhi”. Pois é, caro leitor, tomara que o Mahatma Gandhi, esse novo baiano não esteja metido nas mamatas do Banco Central...
E PARA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE ELEIÇÕES (11) – publicado na edição nº 75, de 05/08/2000
Elas estão aí em nossas ruas. Mesmo quando não queremos, estamos esbarrando a todo instante com esse assunto. Tanto Bauru, como Pirajuí, saíram de uma situação de calamidade, com prefeitos cassados, denominados de “iôs-iôs”, pois saiam e entravam nos cargos com uma frequência de espantar. Felizmente, eles já são parte do passado, mas estamos agora, diante de nova escolha e se não quisermos sofrer nos próximos quatro anos, teremos que pensar muito antes de escolher nosso candidato. Aqui em Bauru, a polêmica que ganha as ruas é se ainda vale a pena a gente acreditar em promessas, pois muitas delas depois não são cumpridas. Bauru e região elegeram um deputado estadual que havia prometido ir até o fim do seu mandato, mas agora nem bem chegando ao meio de sua administração já é candidato a prefeito. E quem acreditou que ele ficaria até o fim? É por essas e outras que não dá para ir acreditando em tudo o que essa gente nos promete em campanha. Nessa época fala-se muito, mas na hora do vamos ver muito pouca coisa de concreto sai disso tudo. O eleitor, por mais escolado, corre sempre o risco de cair no conto do político de fala bonita, aquele que gasta muito em campanha e logo após a eleição vira-lhe às costas, esquecendo-se de tudo. Uma coisa é certa: aquele que tem para gastar em excesso, deve ser olhado com uma certa desconfiança, pois, certamente, com seu salário no mandato não receberá o que gastou na campanha. Aquele que vive distribuindo e pagando coisas, desaparece depois. O melhor mesmo é ficar com aquele que tem um passado de trabalho, que nunca esteve envolvido em fatos escusos e que promete coisas que pode realizar. Não acredite em milagres, nem em super-homem, pois só assim estaremos tentando não errar. Votar branco e nulo não ajuda nada no processo, pois mesmo sem querer estaremos beneficiando alguém. Analise muito, pois ainda temos candidatos honestos, basta procurarmos cuidadosamente. Mãos à obra e boa escolha, para você, para mim e para todos nós!
O GRAFITE EM NOSSAS PAREDES (12) – publicado na edição nº 76, 12/08/2000
Elas estão aí em nossas ruas. Mesmo quando não queremos, estamos esbarrando a todo instante com esse assunto. Tanto Bauru, como Pirajuí, saíram de uma situação de calamidade, com prefeitos cassados, denominados de “iôs-iôs”, pois saiam e entravam nos cargos com uma frequência de espantar. Felizmente, eles já são parte do passado, mas estamos agora, diante de nova escolha e se não quisermos sofrer nos próximos quatro anos, teremos que pensar muito antes de escolher nosso candidato. Aqui em Bauru, a polêmica que ganha as ruas é se ainda vale a pena a gente acreditar em promessas, pois muitas delas depois não são cumpridas. Bauru e região elegeram um deputado estadual que havia prometido ir até o fim do seu mandato, mas agora nem bem chegando ao meio de sua administração já é candidato a prefeito. E quem acreditou que ele ficaria até o fim? É por essas e outras que não dá para ir acreditando em tudo o que essa gente nos promete em campanha. Nessa época fala-se muito, mas na hora do vamos ver muito pouca coisa de concreto sai disso tudo. O eleitor, por mais escolado, corre sempre o risco de cair no conto do político de fala bonita, aquele que gasta muito em campanha e logo após a eleição vira-lhe às costas, esquecendo-se de tudo. Uma coisa é certa: aquele que tem para gastar em excesso, deve ser olhado com uma certa desconfiança, pois, certamente, com seu salário no mandato não receberá o que gastou na campanha. Aquele que vive distribuindo e pagando coisas, desaparece depois. O melhor mesmo é ficar com aquele que tem um passado de trabalho, que nunca esteve envolvido em fatos escusos e que promete coisas que pode realizar. Não acredite em milagres, nem em super-homem, pois só assim estaremos tentando não errar. Votar branco e nulo não ajuda nada no processo, pois mesmo sem querer estaremos beneficiando alguém. Analise muito, pois ainda temos candidatos honestos, basta procurarmos cuidadosamente. Mãos à obra e boa escolha, para você, para mim e para todos nós!
O GRAFITE EM NOSSAS PAREDES (12) – publicado na edição nº 76, 12/08/2000
As paredes e muros de todas nossas cidades estão cada vez mais emporcalhadas. Escreve-se e desenha-se de tudo nesses lugares. Na grande maioria das vezes, são aquelas grafias ilegíveis feitas por grupos de jovens, sem sentido algum. Não passam de disputas de grupos para ver quem picha num lugar mais difícil e arriscado. Uma grande bobagem. Por outro lado, tem grafite, que é o desenho bem feito, com acabamento e tentando passar alguma mensagem. Tem até cidades que já dedicam áreas somente para que os grafiteiros exercitem sua arte. Discutível ou não, não dá para misturar num mesmo balaio tudo o que vemos por aí. Tem muito desenho bem feito e por verdadeiros artistas do spray, que respeitam certos lugares, só o fazendo nos permitidos. Outra coisa que tem muito por aí são as frases soltas, escritas pelas mais diferentes motivações. Tem declaração de amor. Tem palavrão. Tem provocação e também muita ironia com assuntos ligados ao nosso dia-a-dia. Tem muita coisa que nos faz dar uma paradinha para lê-las. Sou daqueles que, quando vê uma que vale a pena, paro e copio. Fui até guardando algumas, que passo agora para os leitores: “O Brasil não está doente. Está é bêbado”, “Desta vez vote nas putas. Nos filhos não resolve...”, “Camisinha, preserva ativos”, “OTAN no Kosovo dos outros é refresco”, “Gema, mas fique bem clara”, “Os ouvidos têm paredes” e “Brasil? Fraude explica. Terra do 1º de Abril”. Nem nossos políticos escapam. Numa dessas eleições passadas, vi um muro denunciando Paulo Maluf como “cara de Paulo”, e num outro, quando Quércia concorria à presidência, madou pintar em muros pelo Brasil afora: “Quércia vem aí...”, mas o gaiato foi lá e completou com sua sabedoria “pra roubar”. Tem disso e muito mais por aí.
DICA DOMINICAL: Uma infernal gripe me pegou de jeito. Estou prostrado numa cama, mas busco forças para fazer algo nessa manhã de domingo. Abdiquei da Feira do Rolo e da habitual passada na Banca do Carioca, mas não tenho como deixar de comparecer no SESC, 11h30, projeto Choro na Praça, quando o QUARTETO CAFÉ a cada domingo de julho convida uma celebridade para divisão do palco. Hoje, o monstro sagrado da bateria, WILSON DAS NEVES. Tenho dele dois CDs aqui no Mafuá e mesmo febril, lá estarei aplaudindo esse senhor que já tocou ao lado de todos os monstros sagrados da nossa MPB. Para mim mais do que imperdível.. Uma notícia do pós show: Tudo foi divinal, o mestre das batutas agora canta, virou "canário" como mesmo diz e trouxe para o acompanhar o sambista CLÁUDIO JORGE, da nova linhagem e representante da fina flor do samba. Os presentes, dentre os quais muitos músicos da cidade, a possibilidade de conhecer pessoalmente um senhor de 76 anos, cantante e encantante. A seguir, uma pequena amostragem dele cantando sua mais conhecida música "O Samba é meu Dom":
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