Mafuá do HPA

INTERVENÇÕES SUPER-HERÓI BAURUENSE (40)

DESCOBERTA EM BAURU A PARTÍCULA FARINÁCEA DO MESMO SACO, ORIGEM DO PENSAR E AGIR DA MESMÍSSIMA FORMA

“Esse negócio de dizer que nossos candidatos à
Prefeitura são farinha do mesmo saco não é invenção minha. Um deles, esquecendo-se de incluir o seu próprio nome na lista dos farinheiros (ou enfarinhados, ou até mesmo enfarinhentos), o fez e gerou uma discussão na Câmara de Vereadores. Eu só pego o boi andando e dou aqui minha demonstração de como esse termo cai como uma luva para três dos quatro postulantes ao cargo de prefeito nas eleições desse ano”, dessa forma Guardião, o super-herói bauruense dá início a sua modesta comprovação de ter sido encontrada em Bauru a partícula farinácea, comprovando a existência e a formação de uma matéria onde seus componentes todos, mesmo que com alguma diferença no discurso (só da boca para fora) são todos mesmo “farinha do mesmo saco”. Na versão bauruense, não se trata de “Princípio do Universo”, como os cientistas tratam a descoberta do bóson de Higgs, mas do princípio da similaridade, muito comum em tempos de pensamento único (ações idem).

Gazzetta (PV) disse no dia da convenção do seu partido que Rodrigo (PMDB/PT) e Chiara (DEM/PSDB) são “farinha do mesmo saco”. A melhor resposta quem lhe deu foi o vereador Renato Purini (PMDB): “essa farinha deve ser muito boa, pois muitos querem dela”. Serviu para enquadrar e ensacar, trazer para junto dos demais o que postulava ser diferente, tendo demonstrações explícitas de pertencer ao mesmo time. “Querem uma prova disso? Dou. Ele primeiro tentou ser vice do Rodrigo, depois queria que a Chiara fosse sua vice, depois procurou o PTB para compor e agora se arvora de diferente. Quer retirar os trilhos da cidade, aplaude Alckmin onde esse estiver, tendo já postulado até cargo na administração tucana e diz ser diferente. De Chiara, alguém com a pecha do DEM nos ombros, nada de novo, tudo de velho e uma atuação mais carcomida do que os próceres de sua sigla. Adicionando a isso o que representa hoje o PSDB, tudo assume estratosféricos ares de puro extrato bolorento. De Rodrigo, alguma ação, mas a nítida escolha e preferência pelo lado mais conservador de suas alianças, deixando esses tomarem as rédeas do caminho trilhado. Daí serem todos como uma espécie de irmãos gêmeos, daqueles que brigam um bocado entre si, mas no frigir dos ovos, quando diante do espelho, não existe mais como esconder a semelhança”, dessa forma Guardião coloca todos no mesmo balaio. “O mote da campanha não pode ser esse, pois não tem como esconder da população todos eles terem as mesmas ideias e soluções para os problemas da cidade. São neoliberais, apoiam o sistema vigente, possuem pensamentos privatistas e atendem mais os interesses de uma minoria aos da maioria”, conclui.

E do quarto candidato, o sindicalista Paulo Sérgio Martins (PSTU), o Paulinho dos Bancários, qual seria seu papel na campanha? Essa pergunta é de fácil resposta e Guardião a dá na bucha: “Simples assim como dois e dois são quatro. Não deve possuir a pretensão de vencer o pleito nas condições atuais. Querendo ampliar o conceito do seu partido na cidade, basta demonstrar em todos os encontros, o quanto cada um dos demais é por demais parecido com o outro, projetos semelhantes, distantes dos anseios populares. Ligação umbilical e consanguínea. Fazendo isso, demonstrará o quanto os três apregoam algo e agem de forma oposta. Será o momento mais edificante da campanha se o Paulinho conseguir e puder proporcionar isso para os cidadãos bauruenses”. Aguardemos, pois quando a farinha é mesmo do mesmíssimo saco, tudo é nivelado por baixo. Para esses, que enxergam a realidade das ruas com um "óculos para ver melhor" (igual o da tira do argentino REP, sacada do Página 12), só mesmo o enfarinhamento no mesmo saco.