segunda-feira, 23 de julho de 2012

INTERVENÇÃO SUPER-HERÓI BAURUENSE (41)
ALGO SOBRE UMA CAMPANHA PARA SALVAR A “APAE” E OUTRAS QUE VIRÃO
No Brasil muito dinheiro corre (e escorre) através de entidades assistenciais. O Governo Federal injeta muito, o ano todo e mesmo assim algumas vivem no aperto e sempre clamando por mais e mais. “A APAE - Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Bauru pode e não ser enquadrada nas que recebem muito, mas não saberia se o faz com esbanjamento. O que falta é a publicação com regularidade dos seus balanços. Isso seria ótimo para dirimir dúvidas. Todos ficamos sabendo anos atrás, via imprensa, do rombo na APAE de Jaú, que quase teve suas portas fechadas. Sem analisar o organograma da entidade, a verificação da destinação exata do dinheiro recebido, não dá para fazer campanha pelo seu fortalecimento. O trabalho que executam é primoroso, dona Olga Bicudo é um baluarte à frente da entidade, mas não trabalha sozinha. Meses atrás a entidade mantida pelas Mães da Praça de Maio, na Argentina, de reconhecido valor e importância passou por algo a macular sua credibilidade. Um capô promovia desvios e aplicações à revelia da direção e quando tudo veio a tona, por pouco tudo não explodiu”, com essas palavras Guardião, o super-herói de Bauru inicia sua análise sobre uma campanha em curso de levantamento de recursos para sanar um buraco financeiro na APAE. “Deveríamos aproveitar esse problema atual na APAE e inspecionar, exigir os balancetes de todas as entidades que recebem verbas públicas, sejam municipais, estaduais ou federais. Quem não deve não teme”, conclui Guardião.

Alguns podem dizer que a entidade APAE é intocável. Tudo bem, concordamos todos que ela tem atividade primordial, essencial e executa algo com qualidade reconhecida, mas isso não a isenta de fiscalização, assim como todas as demais que recebem valores elevados dos cofres públicos. Outra entidade, o CIPS – Consórcio Intermunicipal de Promoção Social, atendendo uma legião imensa de jovens também deveria passar pelo mesmo crivo. Essa, diferente da APAE não apresenta problemas periódicos de quebra de caixa. Não seria o caso de verificar dos motivos de uma não ter problemas com as mudanças de ano, interrupção de créditos e outra apresentar esse problema? “Executar um bom serviço é uma coisa, demonstrar o quanto são idôneos é outra. Não vejo publicado na imprensa local os balancetes dessas duas entidades e nem de nenhuma outra. E por quê? E quando isso não ocorre é natural que ocorram comentários, tanto de uma como de outra, versando sobre algo no campo das hipóteses. E isso não é bom para nenhuma delas. Quem faz a fiscalização nessas entidades, como é feita e quando é feita? Nada disso a cidade toma conhecimento, ficando sempre com a parte pior, ou seja, só chamados para cobrir seus buracos, para que não feche suas portas. É doloroso ver dona Olga na imprensa com o pires nas mãos, mas somente isso não basta. Querer ajudar a APAE todos querem. A cidade pode se mobilizar, mas por que não se publica todos seus balancetes? E também o de outra, o CIPS, que hoje anda bem das pernas, mas não demonstra como anda sua vida financeira (a entrada e saída de valores recebidos). E fazer isso seria algo tão natural como dois e dois são quatro”, define Guardião, como seu posicionamento, o do escrevinhador HPA e do desenhista Gonçález (www.desenhogoncalez.blogspot.com).
Guardião e seus idealizadores não querem com esse texto criar caso, nem provocar a ira de alguns num momento aflitivo para a APAE, mas são perguntas e explicações que precisam ser feitas e mais, respondidas. E o questionamento, como deixa claro, não é exclusivo para essa ou aquela entidade, mas para todas que recebem dinheiro público.

6 comentários:

Anônimo disse...

Henrique
E as entidades de saúde, uma de Botucatu e agora outra de Jaú que esrão administrando a SAÚDE toda da cidade de Bauru. Quem fiscaliza esse povo? Quem pode me dizer se eles também publicam regularmente seus balancetes? Tá tudo meio complicado, hen Henrique.
Saudações pela coragem na abordagem do tema
André Ramos

Anônimo disse...

Henrique, conheci a revista Samuel através do seu blog. Tenho todas as edições, incluindo a número zero (que não foi vendida em banca), mas não consigo encontrá-la mais em nenhuma banca. Gostaria de saber onde você compra. Grande abraço e obrigado.
Gabriel Garcia Martinão

Mafuá do HPA disse...

Caro Gabriel - Eu assinei a revista e recebo aqui em casa. A última número 4 faz um apanhado de tudo o que saiu na imprensa alternativa mundial sobre "DITADURAS: Quem tem medo da verdade". Acredito que aqui em Bauru vc pode encontrar na banca do meu amigo Cláudio, a Banca Duque, ao lado de uma farmácia, na Duque, quase esquina com a Gustavo Maciel. Antes de assinar eu comprova lá e ele nunca falhou. Confira depois me diga. Um abracito do HPA - direto do mafuá

Anônimo disse...

Henrique
Não fique preocupado, seu texto não é ofensivo, nem agressivo. A única coisa que pede é o mínimo exigido para quem atua com dinheiro público, que comprovem onde foi gasto o dinheiro recebido. Bauru viveu momentos grotescos com o caso AHB, onde até agora, mesmo sabendo de todos os nomes dos envolvidos, nada além de acusação formal. Quando tem gente graúda, tudo demora muito mais. Acho tão escandaloso quando vejo um vereador como o Marcelo Borges na TV, como ontem vi, dizendo que se existem culpados, quesejam punidos pela aplicação da lei, mas não move uma palha nesse sentido, pois tem gente grauda do seu partido no meio. E como a cidade está escolada, gato escaldado, todo e qualquer tipo de campanha deveria só acontecer após uma verificação muito minuciosa de sua situação financeira. Ninguém macula uma atuação como a de dona Olga, mas como disse ela não está sózinha. E ela mesma deve ser a primeira interessada em divulgar os balancetes da APAE. Fez o correto.
Um abraço do
Paulo Lima

Anônimo disse...

HENRIQUE,
bom dia.
Minha filha, Fabiana, de 43 anos é frequentadora da APAE há anos e sofreu dois prejuízos "tucanos" :
1. a supressão (para os acima de 30 anos) do confortável ônibus (pelo Serra) que transportava minha filha diariamente, em companhia de seu colegas DM. Quantos puderam pagar uma van ?
2. a supressão do teste do pézinho com prejuizo mensal superior a R$ 200.000,00.
Soluções quais ? Cadê os políticos que representam a cidade ?
Minha filha começou sua caminhada no "Rafael Maurício". Algumas pessoas desejam que a APAE tenha o mesmo destino. Na Câmara Municipal propuzeram a desapropriação do prédio da Rodrigo Romeiro para equilibrar as finanças (que não é a solução - o deputado não é médico e presidente de partido do governo)... por quê esses vereadores não lutam pela volta dos ônibus e do teste do pézinho ? Agora estão discutindo o teste do coraçãozinho (VÁLIDO ao lado do pézinho).
Olhando para a História, cada vez mais vejo pessoas despreparadas para a política.
Desculpe e abraços.
MURICY DOMINGUES
(pai de uma aluna da APAE).

Anônimo disse...

TODOS SÓ FALAM EM SALVAR AS INSTITUIÇÕES, MAS NÃO LI EM NENHUM LUGAR ALGO COMO O QUE ESCREVEU. QUEM ESTÁ ERRADO? QUEM NÃO PROCURA SABER DE TUDO OU QUEM QUER SABER DE TUDO?
VALÉRIA