MEUS TEXTOS NO BOM DIA BAURU (183, 184 e 185)
Ah, se eu fosse o Paulinho! – texto publicado Bom Dia Bauru, 14.07.2012
Esse Paulinho, título desse texto é o bancário e sindicalista Paulo Sérgio Martins, que no próximo pleito municipal estará concorrendo ao cargo de prefeito pelo PSTU. Esquerdista histórico e militante da resistência microfonal diante de instituições bancárias, foi o escolhido pelas hostes que defende, em sistema de rodízio, para se defrontar com os demais candidatos. Fora ele, Rodrigo Agostinho, Chiara Ranieri e Clodoaldo Gazzetta. Esse último, numa sacana tirada, tentou se livrar da pecha de conservador, seguidor do amém neoliberal, dizendo-se diferente dos outros dois, taxando-os de “farinha do mesmo saco”. Pegou mal, primeiro por ignorar o Paulinho e depois por tentar se safar de algo que não conseguirá, pois na verificação de sua postura ao longo dos anos, é tão enfarinhado quanto os que critica. De tudo, algo de bom, três enfarinhados e um isento do “pó de mico” (mais apropriado). E como esse poderia agir nessas eleições? Paulinho sabe das limitações do seu PSTU e da ideologia que professa diante de um mundo cada vez mais dominado pela massacrante mensagem consumista, do individualismo, do ter valendo mais que o ser, etc e tal. Pouco poderá avançar na campanha. Mas algo poderá marcá-lo para sempre. A foto do BOM DIA, com os quatro encostados na parede, lembra demais um “paredon”. E já que todos estarão ali, por que não aproveitar-se desse raro momento para demonstrar por A + B o quanto os três são iguais, suas propostas são por demais idênticas, defendem a mesmíssima coisa e no poder dançariam a mesma música, já orquestrada e com regência pré-definida? Não tem como nenhum dos três se mostrar diferente, discurso e programa de governo tirados na mesma máquina copiadora. Paulinho, durante os debates que virão alegrará a campanha os expondo a uma saia mais do que justa. Se ele não se aproveitar disso, jogarei farinha também nele. Obs.: A foto é a citada no texto, do BOM DIA.
Esse Paulinho, título desse texto é o bancário e sindicalista Paulo Sérgio Martins, que no próximo pleito municipal estará concorrendo ao cargo de prefeito pelo PSTU. Esquerdista histórico e militante da resistência microfonal diante de instituições bancárias, foi o escolhido pelas hostes que defende, em sistema de rodízio, para se defrontar com os demais candidatos. Fora ele, Rodrigo Agostinho, Chiara Ranieri e Clodoaldo Gazzetta. Esse último, numa sacana tirada, tentou se livrar da pecha de conservador, seguidor do amém neoliberal, dizendo-se diferente dos outros dois, taxando-os de “farinha do mesmo saco”. Pegou mal, primeiro por ignorar o Paulinho e depois por tentar se safar de algo que não conseguirá, pois na verificação de sua postura ao longo dos anos, é tão enfarinhado quanto os que critica. De tudo, algo de bom, três enfarinhados e um isento do “pó de mico” (mais apropriado). E como esse poderia agir nessas eleições? Paulinho sabe das limitações do seu PSTU e da ideologia que professa diante de um mundo cada vez mais dominado pela massacrante mensagem consumista, do individualismo, do ter valendo mais que o ser, etc e tal. Pouco poderá avançar na campanha. Mas algo poderá marcá-lo para sempre. A foto do BOM DIA, com os quatro encostados na parede, lembra demais um “paredon”. E já que todos estarão ali, por que não aproveitar-se desse raro momento para demonstrar por A + B o quanto os três são iguais, suas propostas são por demais idênticas, defendem a mesmíssima coisa e no poder dançariam a mesma música, já orquestrada e com regência pré-definida? Não tem como nenhum dos três se mostrar diferente, discurso e programa de governo tirados na mesma máquina copiadora. Paulinho, durante os debates que virão alegrará a campanha os expondo a uma saia mais do que justa. Se ele não se aproveitar disso, jogarei farinha também nele. Obs.: A foto é a citada no texto, do BOM DIA.
Greve das quengas – texto publicado Bom Dia Bauru, 07.07.2012
Eu sempre fui um fã escancarado da obra de Jorge Amado, texto infinitamente melhor (em todos os aspectos) do que o de Paulo Coelho, nosso atual campeão de vendas de livros. Na TV, uma novela da obra de Jorge, “Gabriela” e lá a demonstração da facilidade em solucionar muitos dos nossos problemas. Nada como uma boa e sadia Greve de Quengas. Na ficção, quando as damas da sociedade de Ilhéus insistiam em não aceitar as tais “da vida fácil” numa procissão religiosa, o jeito foi vergá-las através dos maridos. Afinal, todos são filhos de Deus, não? Esses convenceram suas esposas, diante de algo do qual não sabiam mais como contornar, pernas fechadas no Bataclan até elas terem seu clamor atendido. Isso tem um simbolismo fantástico. Na obra original grega, retratada em “Mulheres de Atenas”, a greve que certamente inspirou nosso Jorge, reuniu todo tipo de mulher, quengas e não quengas. Mulher unida jamais será vencida. Quando vi a hilária cena na TV, com a cafetina interpretada por Ivete Sangalo instigando suas partners para a “solucionática” do imbróglio, pensei logo em como são injustiçadas e como praticamos muito pouco do dito num antigo lema, “a união faz a força”. Eni Cesarino, nossa cafetina, talvez a mais famosa do Brasil, enfrentou os diabos com o conservadorismo bauruense. Filantropa de bolso disponível, entidades recebiam sua doação, mas suas dirigentes atravessavam a calçada ao cruzarem com ela pelas ruas. Tudo isso só para encerrar sugerindo como as mulheres, de todos os matizes, saberes e procedências poderiam dar um basta nesse desvario machista: imaginem partindo delas, uma proposta por um mundo novo. Não falo de mulheres que agem como homens, mesmo tipo de ação e pensamento, inclusive na política. Essas são tão abomináveis quanto os ditos machos. Falo de séria rebelião contra o jugo do insano e cabeça dura (sic), greve pela vergonha na cara. Não teria graça, venceriam fácil. Obs.: A foto é do site da TV Globo, Gabriela.
Falsear a verdade não vale – texto publicado Bom Dia Bauru, 30.06.2012
A raiva incontida de parte de missivistas, expressada em cartas na imprensa é condenável e demonstra um partidarismo a distorcer a realidade dos fatos. Tudo para favorecer o seu ponto de vista. Clássicos exemplos existem aos borbotões. Enrustidos conservadores soltam fogo pelas ventas, praguejam a qualquer avanço ou tentativa dos que nunca foram terem a mínima possibilidade de passarem a ser. Repudiam o momento de liberdade e lucidez da América Latina, preferindo o tempo das botinas e coturnos. Saudosistas da dependência e subserviência a um hoje decadente império. Quem lê a seção de cartas dos jornais percebe nitidamente esse latente ódio. Antipetismo declarado, ladeado de incontida devoção aos tucanos. Um o pecado, outro o próprio milagre. Promovem um vale-tudo, comparado a esse nojento UFC, onde ver o outro sangrando é o “must”. Falsear com a verdade para que seu ponto de vista prevaleça é café pequeno diante de golpes abaixo da linha da cintura. Revisam a história a seu bel prazer. Fatia dos brasileiros usa descaradamente disso e com a complacência de parte da mídia nativa. Pensar igual é ter eco garantido nessas páginas e o que menos importa é se o escrito é verdadeiro. O negócio é denegrir e causar estrago ao inimigo (antes adversário, hoje não mais). O mensalão é um bom exemplo. Todos falam, mas poucos sabem. Repetem como fantoches o que a mídia prega. E por que não fazem o mesmo com o estrago causado pelo Mensalão Mineiro e Privataria Tucana? Um é crime hediondo e outros passam batido. Ninguém faz justiça penalizado um e deixando o outro impune. Vergonhosa imparcialidade, escorada na falácia de uma tal liberdade de expressão, que só reproduz o que lhe interessa, age segundo conveniências, manipulando e escondendo provas. Santos do pau oco são os piores, pois “debaixo dos caracóis dos seus cabelos” estão ocultas inconfessáveis sujeiras ainda desconhecidas do público.
Eu sempre fui um fã escancarado da obra de Jorge Amado, texto infinitamente melhor (em todos os aspectos) do que o de Paulo Coelho, nosso atual campeão de vendas de livros. Na TV, uma novela da obra de Jorge, “Gabriela” e lá a demonstração da facilidade em solucionar muitos dos nossos problemas. Nada como uma boa e sadia Greve de Quengas. Na ficção, quando as damas da sociedade de Ilhéus insistiam em não aceitar as tais “da vida fácil” numa procissão religiosa, o jeito foi vergá-las através dos maridos. Afinal, todos são filhos de Deus, não? Esses convenceram suas esposas, diante de algo do qual não sabiam mais como contornar, pernas fechadas no Bataclan até elas terem seu clamor atendido. Isso tem um simbolismo fantástico. Na obra original grega, retratada em “Mulheres de Atenas”, a greve que certamente inspirou nosso Jorge, reuniu todo tipo de mulher, quengas e não quengas. Mulher unida jamais será vencida. Quando vi a hilária cena na TV, com a cafetina interpretada por Ivete Sangalo instigando suas partners para a “solucionática” do imbróglio, pensei logo em como são injustiçadas e como praticamos muito pouco do dito num antigo lema, “a união faz a força”. Eni Cesarino, nossa cafetina, talvez a mais famosa do Brasil, enfrentou os diabos com o conservadorismo bauruense. Filantropa de bolso disponível, entidades recebiam sua doação, mas suas dirigentes atravessavam a calçada ao cruzarem com ela pelas ruas. Tudo isso só para encerrar sugerindo como as mulheres, de todos os matizes, saberes e procedências poderiam dar um basta nesse desvario machista: imaginem partindo delas, uma proposta por um mundo novo. Não falo de mulheres que agem como homens, mesmo tipo de ação e pensamento, inclusive na política. Essas são tão abomináveis quanto os ditos machos. Falo de séria rebelião contra o jugo do insano e cabeça dura (sic), greve pela vergonha na cara. Não teria graça, venceriam fácil. Obs.: A foto é do site da TV Globo, Gabriela.
Falsear a verdade não vale – texto publicado Bom Dia Bauru, 30.06.2012
A raiva incontida de parte de missivistas, expressada em cartas na imprensa é condenável e demonstra um partidarismo a distorcer a realidade dos fatos. Tudo para favorecer o seu ponto de vista. Clássicos exemplos existem aos borbotões. Enrustidos conservadores soltam fogo pelas ventas, praguejam a qualquer avanço ou tentativa dos que nunca foram terem a mínima possibilidade de passarem a ser. Repudiam o momento de liberdade e lucidez da América Latina, preferindo o tempo das botinas e coturnos. Saudosistas da dependência e subserviência a um hoje decadente império. Quem lê a seção de cartas dos jornais percebe nitidamente esse latente ódio. Antipetismo declarado, ladeado de incontida devoção aos tucanos. Um o pecado, outro o próprio milagre. Promovem um vale-tudo, comparado a esse nojento UFC, onde ver o outro sangrando é o “must”. Falsear com a verdade para que seu ponto de vista prevaleça é café pequeno diante de golpes abaixo da linha da cintura. Revisam a história a seu bel prazer. Fatia dos brasileiros usa descaradamente disso e com a complacência de parte da mídia nativa. Pensar igual é ter eco garantido nessas páginas e o que menos importa é se o escrito é verdadeiro. O negócio é denegrir e causar estrago ao inimigo (antes adversário, hoje não mais). O mensalão é um bom exemplo. Todos falam, mas poucos sabem. Repetem como fantoches o que a mídia prega. E por que não fazem o mesmo com o estrago causado pelo Mensalão Mineiro e Privataria Tucana? Um é crime hediondo e outros passam batido. Ninguém faz justiça penalizado um e deixando o outro impune. Vergonhosa imparcialidade, escorada na falácia de uma tal liberdade de expressão, que só reproduz o que lhe interessa, age segundo conveniências, manipulando e escondendo provas. Santos do pau oco são os piores, pois “debaixo dos caracóis dos seus cabelos” estão ocultas inconfessáveis sujeiras ainda desconhecidas do público.
6 comentários:
HENRIQUE
Gostei dos seus três artigos para o Bom Dia. O das quengas é ótimo. E o dos candidatos com a foto deles parecendo aquele lugar num plantão policial onde ficam lá para serem identificados é ótima. Acho que o candidato Paulo, do PSTU até pode ter essa qualificação que cita no seu texto, mas não sei se terá capacitação para tal procedimento. Talvez lhe falte embasamento histórico para tanto. Veremos e ficaria contente e rindo muito se isso fosse mesmo possível. Ainda tenho comigo que muita coisa ocorreu em Bauru durante essa última gestão. É inegável vermos uma Bauru diferente d que foi com Izzo, Nilson, Tidei e até com a segunda gestão de Tuga, que estava amarrada, pagador de dívidas. Por isso não posso deixar Bauru cair nas mãos do conservadorismo que colocará tudo a perder, com privatizações e uma gestão muito próxima do PSDB, gestão discutível, que incentivou, por exemplo, o que ocorreu na Associação Hospitalar.Ainda voto no mesmos ruim e dificilmente agirei diferente, pois se está ruim, temo piorar.
um abraço de um leitor
Alvarenga
Tô fora desse negócio de menos ruim. Já sofri demais com isso e todos são mesmo muito parecidos, olha só o quadro PMDB e PT, DEM e PSDB e PV. Tudo com discursinho idêntico e nos apunhalando. Votar em quem, gente!!!
Seu Alvarenga, repense isso aí, pois estamos no caminho do Titanic afundar seguindo esse caminho.
Aurora
HENRICÃO
É VERDADE, A FOTO DO BOM DIA É O PRÓPRIO PAREDON, MAS DE UMA DELEGACIA.
SÓ VOCE MESMO.
PODE TACAR PEDRA...
ROSANA
HENRIQUE
SOU UM QUENGUIANO JURAMENTADO
PAULO LIMA
Henrique
Com um texto parecido voce jogou pesado com os candidatos de Pirajuí, publicação do jornal daqui, o Alfinete.
Julinho
caro Julinho:
Não peguei pesado com ninguém. É impossível eles todos não serem iguais, como é impossível os daqui serem diferentes dos daí. Não diferem em nada os dessa siglas todas. Leiam o texto que publiquei e veja se estou errado:
AH, SEU EU FOSSE O PAULINHO (EM BAURU) OU O JAMIL (EM PIRAJUÍ)!
Esse Paulinho, título desse texto é o bancário e sindicalista Paulo Sérgio Martins, que no próximo pleito municipal estará concorrendo ao cargo de prefeito pelo PSTU. Esquerdista histórico e militante da resistência microfonal diante de nossas instituições bancárias, foi o escolhido pelas hostes que defende, em sistema de rodízio, para se defrontar com os demais candidatos. Quatro no total, fora ele, Rodrigo Agostinho, Chiara Ranieri e Clodoaldo Gazzetta.
Esse último, numa sacana tirada, tentou se livrar da pecha de conservador, seguidor do amém neoliberal, dizendo-se diferente dos outros dois, taxando-os de “farinha do mesmo saco”. Pegou mal, primeiro por ignorar o Paulinho e depois por tentar se safar de algo que não conseguirá, pois na verificação de sua postura ao longo dos anos, é tão enfarinhado quanto os que critica. De tudo, algo de bom, três enfarinhados e um isento do “pó de mico” (mais apropriado).
E como esse poderia agir nessas eleições? Paulinho sabe das limitações do seu PSTU e da ideologia que professa diante de um mundo cada vez mais dominado pela massacrante mensagem consumista, do individualismo, do ter valendo mais que o ser, etc e tal. Pouco poderá avançar na campanha, tanto em termos de voto, como de projeção do seu partido.
Mas algo poderá marcá-lo para todo o sempre. Uma foto do Bom Dia com os quatro encostados na parede lembra demais um “paredon” ou até quem sabe aquelas dos fichados numa DP. E já que todos estarão ali, por que não aproveitar-se desse raro momento para demonstrar por A + B o quanto os três são iguais, suas propostas são por demais idênticas, defendem a mesmíssima coisa e no poder dançariam a mesma musica, já orquestrada e com regência pré-definida? Não tem como nenhum dos três tentar se mostrar diferente, discurso e programa de governo copiados na mesma máquina copiadora. Paulinho, durante os debates que virão alegrará a campanha os expondo a uma saia mais do que justa. Se ele não se aproveitar disso, jogarei farinha também nele.
Escrevi esse texto pensando nos candidatos aqui de minha cidade, sem ainda saber que em Pirajuí, uma idêntica situação estaria ocorrendo. Aqui como aí teremos debates e mais debates. A hilariedade do pleito será quando os três outros candidatos tentarão se mostrar diferentes um do outro (Cesar, Gil e Juliana), criticando agora o que fará logo a seguir se eleito e provavelmente isolando o Jamil - PSTU. Impossível mostrarem-se diferentes, pois me digam: em que PP, PSDB, PPS, PSD, PR e PV, além de outros coligados diferem um do outro? Se o Jamil não usar o espaço que terá para fazer a população de Pirajuí rir quando tentarem se passar por diferentes, correrá o risco de também ser enfarinhado no mesmo saco que todos os demais. Tanto aí como aqui esse poderá ser o momento mais interessante de toda a disputa que se avizinha.
hpa
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