domingo, 1 de julho de 2012

CENA BAURUENSE (99)
A VOLTA DO SIND-BAR DOS BANCÁRIOS E UMA CARTILHA DE FÉ (ATÉ PARA OS SEM FÉ, COMO EU)
Sextas à noite são sempre dias especiais. Entrada do final de semana, um dia para comemoração do ócio do descanso que virá. Sempre tem alguma coisa de muito importante acontecendo nesse dia da semana. Nesse último não foi diferente. 29/06/12, vou ver in loco a reabertura de um projeto bancado pelo Sindicato dos Bancários de Bauru, o velho e bom SIND-BAR. O Sindicato aqui de Bauru, todos sabem está nas mãos do PSTU desde que foi retomado das mãos do famoso pelego (ou seria grileiro?) João do Crime. Sua localização também conhecida por todos, na rua Marcondes Salgado, imediações da linha férrea, poucos metros da famosa Feira do Rolo. O projeto uma forma de aproximar o sindicato dos trabalhadores e da comunidade em geral. Assim sendo, “tô dentro”.
 
A divulgação dessa reabertura foi mais entre a categoria dos bancários e alguma coisa (mínima) via imprensa. O nome da banda escolhida foi a famosa aqui no pedaço no quesito rock and roll, a “Acústicos & Calibrados”, um quarteto da pesada e garantia de som de elevada potência (decibéis graduados e ampliados). Fico sabendo do ocorrido por acaso, esbarrando na cidade com o sindicalista LENHARO, da velha e boa cepa dos que ainda defendem seus assistidos. Resolvo aparecer e não me decepciono. Casa lotada, muitos bancários (como tem bancário “bicho grilo”, acho que a maior concentração desses nas categorias profissionais brasileiras) e gente conhecida da cidade, como a amiga e professora Nima Remildes e a filha Marília Duka. Revejo também o amigo PAULINHO (será o candidato à prefeito esse ano pelo PSTU),  detrás do balcão no improvisado bar do evento.
Curti o evento, que Lenharo diz será uma atividade mensal, sempre na última sexta de cada mês e com uma renovada novidade, sempre alvissareira e peripatética. Lembro-me de ter presenciado Cássia Eller, Luiz Melodia e Jorge Mautner em  evento similar ainda nos tempos do sindicato na rua Araujo Leite, num quintal nos fundos do mesmo. Já imagino na nova formatação alguém como Edvaldo Santana e Filó Machado abrilhantando qualquer sexta dessas. Os preços dos mais honestos, com cervejinha a R$ 2 reais.O engraçado da noite foi pelo fato do barulho provocado pelo evento ter acordado um morador da região, o DOMENICO, que mantém um estabelecimento, o Tem Tudo Usados, na esquina da Gustavo com a Julio Prestes. Ouviu o barulho de rock no ar e o seguiu para ver de onde vinha. Ao se deparar com a festa entrou e não queria mais ir embora. Se dizendo uma espécie de “Dr dos frascos e comprimidos”, dançou, cantou e teve uma sexta diferente de todas as outras. “Quero isso aqui toda semana. Esse pedaço da cidade é muito esquecido e pouca coisa acontece por aqui”, disse. E assim como ele, estamos torcendo para que o projeto vingue e tenha solução de continuidade.

ALGO DOMINGUEIRO: Hoje, 01/07, no hall do Teatro Municipal de Bauru o lançamento de uma CARTILHA, a “Liberdade Religiosa – A proteção da Fé”, projeto do umbandista Ricardo Barreira e do diretor acadêmico da paulistana Faculdade Zumbi dos Palmares, Hédio Silva. O subtítulo apregoa que faz a defesa dos “direitos e prerrogativas das religiões afro-brasileiras”, porém afirmam ser mais que isso, um baluarte para todas as discriminadas no contexto da fé. Ricardo, que conheço do Umbanda Fest e por compartilharmos um espaço semanal no Bom Dia, sabe que fujo desse negócio de credo religioso, profecia de fé em algo divino e maravilhoso, mas não desmereço a luta dos que o fazem de forma honesta (poucos, por sinal) e com o algo interno vindo e pulsando de dentro para fora. O que admiro na Umbanda é a batida bem feita do tambor, o traje do ritual, letras musicais lindas em seu louvor e alguns dos seus deuses, como São Jorge, que faço questão de mesmo não crendo no teor, crer na imagem e força de algo criado e mantido como sempre ao lado dos fracos e oprimidos (uso uma camiseta com sua imagem). Isso me liga a ele e a luta contra o dragão é a que me ponho a fazer de segunda a segunda. Já o uso mercantilista da religião e enganatório da fé humana, para mim, não deve ser tratado a pão-de-ló, como algo discutível. É um caso de polícia e não existe outro meio de resolver o problema. Quem engana o semelhante merece "cana dura". O debate é hoje e a distribuição da cartilha gratuita, 16h.

3 comentários:

Ricardo Barreira disse...

Valeu Henrique, muito obrigado. Também considero muito você e sua luta pessoal contra o dragão, ou melhor, dragões. Que possamos nos libertar de cada um deles, e assim não termos a necessidade de vencê-los. Grande abraço! Axé!

Anônimo disse...

caro CAMARADA HENRIQUE! Gostei muito da sua cobertura do nosso evento e principalmente de sua presença.
Agradeço em nome de toda a nossa diretoria e pode ficar tranquilo que já comuniquei a todos da sua iniciativa e parabéns pelo blog. Desculpa não ter ido a sua festa pois ficamos até muito tarde e imagina como o dia seguinte...
Isso mesmo, aquela ressaca duca. Mais não faltará oportunidade para nos encontrarmos, pois daqui por diante as atividades irão se firmar, assim espero. Parabéns pelos 52. Para saber mais de nossas atividades, visite o nosso site www.seebbauru.;org.br .


Abração e vai aí uma carta convite, ajuda divulgar.
SAUDAÇÕES CLASSISTAS
LENHARO


GM - Carta Convite para Campanha em Defesa dos Empregos

Carta Convite














Companheiros(as),








Estamos encaminhando anexo uma carta convidando a todos os ativistas e sindicatos para reunião no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos para discutirmos o problema da GM e iniciativas unitárias.


Por favor, ajudem a divulgar e a ampliar a convocatória.


Abraços,








SIND METAL SAO JOSE DOS CAMPOS

Anônimo disse...

abaixo a carta convite citada acima:


São José dos Campos, 2 de julho de 2012.

A General Motors pretende fechar, em curto prazo, o setor do MVA, em São José dos Campos, o que resultaria na demissão de cerca de 1.500 trabalhadores.

Esse duro ataque é parte da reestruturação produtiva que a montadora está aplicando em todo o mundo, como fez nos Estados Unidos e mais recentemente na Europa. Até agora a empresa já eliminou cerca de 2.200 postos de trabalho no país no último ano. A fábrica de São José dos Campos foi a mais atingida.

Os trabalhadores estão vivendo em clima de tensão, sob o risco de perderem seus empregos a qualquer momento. Somente este mês, a empresa já abriu dois Programas de Demissão Voluntária (PDV). A próxima etapa será a demissão em massa.

É lamentável que esses ataques aconteçam mesmo depois de o governo brasileiro ter beneficiado as montadoras com redução de impostos.

A General Motors está em São José dos Campos há mais de 50 anos e é a segunda maior metalúrgica da cidade. Hoje trabalham cerca de 7.700 funcionários na fábrica. Há ainda dezenas de empresas que alimentam o setor automotivo e que dependem diretamente da GM para continuar em atividade.

O Sindicato tem realizado, junto com os metalúrgicos, uma série de iniciativas e mobilizações para manter os empregos na planta.

Somente a unidade e a solidariedade da classe trabalhadora podem combater os ataques da montadora e evitar uma tragédia.

Por isso, fazemos um chamado a todos os sindicatos da classe trabalhadora a se somarem à Campanha em Defesa dos Empregos na GM. Chamamos todos para uma reunião no Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região (Rua Maurício Diamante, 65), na próxima quarta-feira, dia 4 de julho, às 18h.

Sua presença é fundamental para fortalecer essa luta.

Saudações classistas

Antonio Ferreira de Barros, Macapá
Presidente