ESTRADA, ALGO BOM E PREVENDO UMA CONTENDA PELA FRENTE
Meus pés doem nesse final de dia. Viagens longas me cansam
além da conta. A semana foi tão estafante, tão cansativa, que mal consegui
chegar Após a longa quilometragem rodada, um belo sono e ao acordar (ainda agorinha), a tristeza em ler algo sobre a menina afegã, apenas 10 anos, com carinha sofrida de muito mais, tão forte e corajosa, enfrentou o poderio do irmão que a indicou para ser explodida numa bomba num atentado da Al-Qaeda. A mulher vale pouco por lá e o mano de pouca coragem, quis colocar a mana na arapuca, a mesma que sua convicção o impediu de lá estar. Quanta bestialidade na cabeça das pessoas. A irracionalidade humana dos dias de hoje, essa mesma que ocorre lá no distante Afeganistão e parece nada nos dizer, tem tudo a ver com muito do que passamos hoje aqui. Veja a falta de coragem como um dos maiores problemas do mundo atual. Quanta bestialidade é comentada, parodiada, tanta perda de tempo para tanta boçalidade e quando é pedido um posicionamento mais duro, incisivo contra fatos, pessoas, acontecimentos aqui ao nosso lado, cada vez mais poucos são os que possuem a coragem para levantar a mão, elevar o tom de voz. Estamos cada vez mais medrosos, omissos, cumprindo magistralmente o papel do avestruz, aquele que no limiar de algo perigoso, enfia logo a cabeça no buraco para fugir.
Eu aqui dessa minha trincheira tento não ter medo. Como
sabem sou adepto de uma lapidar frase do amigo Carlos Latuff, o chargista que
bota a boca do mundo. “Perdemos essa guerra, a boçalidade ganhou,mas cá do meu
canto, enquanto viver estarei a demonstrar o quanto são ridículos”, diz. Tento
mais que isso, espezinho alguns, não por ser moralista ou algo do gênero. Vivo
na contramão, mas não sou bestial, venal e muito menos medroso. Compro algumas
brigas, algumas nas quais poderia passar batido. Alguns me dizem, “mas por que
foi se meter nisso?”. Não sei, só sabendo que deveria ter feito como o fiz,
apontando o dedo para alguns desses e dizendo para todos os que ainda me lêem: “O
Rei está NU”. Parece que terei novos problemas por causa de algo que disse e
estou pronto para justificar o dito. Recuar
é tudo o que querem que façamos. Quanto mais fracos, mas fácil seremos
dominados. Escrevi lá em cima de algo bom e de algo ruim. Se o ruim for brigar
contra um desses que se diz impoluto, mas cheio de defeitos de fabricação, que
mais posso fazer que dizer: “que venga el toro”. Só sei que propiciarei uma boa
contenda. Amanhã é outro dia e veremos de que se trata, mas isso se chegar em Bauru. Talvez
segunda, talvez terça, talvez outro dia qualquer. Essa menina afegã não me sai
da cabeça. Seus olhinhos corajosos me acompanharão durante essa noite.
6 comentários:
Henriqwue
Não se apoquente, enfrentar esses faz parte de nossa vida.
Aguardamos mais informações.
Ademar
Que foi, Henrique?
Alguém te processor por algo que escreveste?
Conte para nós.
Alvarenga
Henrique, meu amigo/irmão.
Tô sabendo de tudinho de quem está te ameaçando com processo.
Quero lhe dizer que estou contigo pro que der e vier.
A começar por uma campanha do tipo:
"O HENRIQUE É MEU AMIGO, MEXEU COM ELE, MEXEU COMIGO"
Não medirei esforços para contraatacar esses políticos safados que traem a confiança do povo, vivem à custa do dinheiro público e ainda se fazem de santinhos.
QUE VENHAM PROCESSOS! TEREI A IMENSA SATISFAÇÃO EM RESPONDÊ-LOS!
E PORQUE NÃO, REVERTÊ-LOS?
duiliodukadesouzazanni
Henrique, mais um texto magistral
Ricardo Coelho
Gente
Eu só tenho a agradecer o interesse por mim, pelo que faço e pela continuidade de um trabalho que só findará quando fechar definitivamente os olhos. Se mais um processo ocorreu, incomodei alguém que gosta de fazer e não gosta de ser cobrado pelo que faz. E cobranças precisam existir, sempre.
Henrique - direto do mafuá
Estimado Henrique, muito obrigado pela mensagem. Que neste ano, você e sua família, vivam com saúde, paz e alegrias. Fraterno abraço. Vicentinho
Enviado via iPhone
Vicente Paulo da Silva - deputado federal Vicentinho
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