quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (66)


ÔBA, CHOVEU! HOJE É DIA DE ENCHER AS CAIXAS D’ÁGUAS
Choveu hoje por toda Bauru. “Ufa!”, poderiam dizer muitos. “Sim, esse é um dos meios mais fáceis da água chegar lépida e fagueira na casa dos contribuintes bauruenses. Se não nas torneiras, pelo menos nos baldes, bacias e tirando as tampas, enchendo suas caixas d’águas”, resume de forma catastrófica Guardião, o super-herói bauruense diante da continuidade dos intermináveis problemas com a falta do precioso líquido nas residências dos moradores da periferia.

“A solução mais rápida é o cidadão ampliar os seus reservatórios particulares, ou seja, adquirindo mais de uma caixa d’água e ter em estoque grande quantidade do produto em sua casa para os casos de falhas na distribuição”. Essa a fala do presidente do DAE – Departamento de Água e Esgoto, Giasone Cândia em várias entrevistas à imprensa no final do ano passado. O argumento é baseado em que a solução definitiva dos problemas atuais está distante e chegou até a confirmar que, poderia fazer uma campanha com essa finalidade.
  
“Tudo bem, todos sentimos e sabemos das boas intenções do presidente da autarquia, mas é insuficiente para resolver a questão. Os problemas do DAE hoje refletidos na secura das torneiras deixa exposto que o buraco é muito mais embaixo. Algumas respostas mais precisam ser dadas, afinal, Bauru não entende dos motivos das repetidas explosões nas estações de tratamento, as tais que deixam bairros inteiros desprovidos de água. O que seria isso? Ocorre só por causa do desgaste dos equipamentos? O que mais poderia estar ocorrendo por detrás disso?”, questiona Guardião.

Giasone é valente, percorre os locais onde as explosões ocorreram, fala com a população por todos os lugares, ouve com atenção todas as reclamações, usa de boas justificativas, mas elas parecem que o perseguem e brincam com ele, pois mal justifica uma aqui e outra já está ocorrendo ali adiante. “E por que?”, continua Guardião. “A boca pequena a cidade inteira comenta da existência de um forte grupo opositor ao DAE público, um poder paralelo e atuando internamente, favorável à privatização e à entrega da autarquia para a SABESP. Existe mesmo esse grupo? Quem são? O que de fato querem? E se existem, não querendo estabelecer nenhuma relação do fato dele existir com a ocorrência das explosões, ambos necessitam serem entendidos. A explicação das explosões contínuas de um lado e do outro a própria existência desse agrupamento de insatisfeitos, se existindo, por que continuam agindo como se não existisse e não exercessem influência nenhuma na solução dos problemas internos e constantes vividos pela autarquia? O que é impossível de continuar ocorrendo é a população ter água quando das chuvas e não nas torneiras. E por que essa falta d’água é crônica na periferia e não ocorre nos bairros mais abastados (só nos afastados)? Enfim, será que a água escolhe o lugar onde vai faltar?”, conclui.

Obs.: Guardião é criação do desenhista Leandro Gonçalez, com pitadas sem sal e sem açúcar do mafuento HPA.

5 comentários:

Anônimo disse...

Aqui na minha casa n tem uma gota de agua desde o meio dia.
Kelli Franco

Mafuá do HPA disse...

Kelli, a solução hoje era colocar a bacia na janela. Quem não fez isso ficou sem água. Seria para ir se não fosse trágico.
Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Pois eh Henrique bem tragico! Uma colega jornalista copiou a nota do dae dizendo que a culpa eh nossa aqui da zona sul que estamos gastando mta agua! Por fim, promete o retorno do abastecimendo ateh o início da noite, mas ateh agora nada! Eh revoltante!
Kelli Franco

Anônimo disse...

É impressionante, por anos a fio, o poder público não investe, só enrola, polui os rios, não trata o esgoto, acaba com as nascentes , a cidade cresce em função da especulação imobiliária, sem planejamento urbano e a culpa é das pessoas que não economizam água??? é isso???
Maria Cristina Zanin Sant'Anna

Anônimo disse...

Ele ( Giasone ) podia dar o exemplo construindo grandes reservatórios de água nas partes altas de Bauru.

Adriano Coelho Hernandes