HERMANN, UM ADVOGADO NADA USUAL E O CASO DE BARIRI
Advogado é algo que existe muitos por essa Bauru afora. Cada um com sua especialidade e peculiaridade. Gosto mais desses, os que se mostram desde a apresentação como inusitados, diferentes, ousados e provocativos. Uma grande amiga de uma cidade vizinha me ensinou uma frase, “boi preto anda com boi preto”, daí talvez gostar muito do jeito diferenciado desse aqui.
Aquele comportamento todo certinho, gravata no lugar, escritório dentro do padrão, essas coisas, JOSÉ HERMANN SCROEDER, 53 anos, foge disso tudo. Chama a atenção por um monte de coisas. Seu escritório está localizado numa das principais ruas do centro da cidade de Bauru, no último andar do edifício Caravelas, O 17º. “Não estou no último andar, assim você me deprecia. Eu estou no topo, por cima. Aqui é um local de tranqüilidade e preciso disso para raciocinar”, diz. Hermann é formado em Direito pela ITE, turma de 1989. Divide o escritório com a ONG da esposa, a Naturae Vitae e quando lhe é pedido seu cartão, saca logo três e pergunta: “Qual vai querer”. Uma das paixões é a moto, que costuma vir trabalhar por ser mais fácil estacionar. Adora se meter em polêmicas, sempre lembrando das intervenções para que os rodeios do Mary Dota deixem de acontecer e algo pelo qual ri muito, uma de suas últimas especialidades, clientes de Agudos, contrários a uma infinidade de irregularidades que andam ocorrendo por aquela cidade. Muito bom de conversa, se o deixam falar vai longe e não para mais. Nos fundos de sua mesa rádios eletrônicos, outra de sua especialidade e como peculiaridade, nada melhor do que citar uma placa na entrada do escritório: “Não atendemos pessoas de Bariri”. Essa a terra da esposa, cansou de ir e vir de lá, alegando que por lá não dão valor nenhum para o trabalho intelectual e assim sendo, não lhes dá valor algum. Bem humorado, está sempre pronto para os embates com os poderosos que gostam de se eternizarem no poder. Para esses usa uma estratégia só sua, mas não conta para ninguém, só a executando quando estritamente necessário.
Um comentário:
Lembro do Hermann indo almoçar em nossa república de Bariri! Gente boa!
Luiz Francisco M. Campos - Cingapura
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