quinta-feira, 3 de julho de 2014

CENA BAURUENSE (121)


EU E OUTROS TIRANDO UMA BOA LASQUINHA DA MELHOR “BICHA VÉIA” DE BAURU E ADJACÊNCIAS, O INTRAQUEJÁVEL ESSO MACIEL
Inquieto, sou desses sempre a procurar por onde é que as coisas continuam a acontecer. Ontem em Bauru, circularam pela cidade bolivianos e peruanos, perdidos após desencontros na Copa do Mundo, vagando de um lugar para outro, acabaram aportando no nosso albergue, depois contaram suas histórias para a TV e o jornal. Logo em seguida bateram asas, não de volta para seus países, mas para São Paulo e se possível, o Rio, ou seja, queriam continuar no furdunço, na agitação, no esfrega e em contato com gente. E fazem sem nenhuma grana nos bolsos. Encantadora história, gente em movimento, não em busca da satisfação que vêm do vil metal, mas de uma inexplicável satisfação interior, inebriante necessidade de estar onde as coisas estão acontecendo. A história deles se mistura exatamente do mesmíssimo jeito de como busco esse lado onde tudo acontece de um jeito mais ouriçado. Conto algo a seguir de ontem à noite.

Pelo facebook fico sabendo que na casa/estúdio de MARIZA BASSO estaria ocorrendo a gravação de um mini curta metragem, com nada menos que ESSO MACIEL, o intrépido e muito querido guerreiro da não mesmice bauruense, cujo nome estava mais do que decidido “BICHA VÉIA”. Aquilo me fermentou por dentro e disse para mim mesmo: Preciso espiar isso pessoalmente. Contato com KYN JUNIOR, também no elenco de gravação e recebo autorização para lá comparecer. Na hora aprazada, lá estou e me deparo além desses três já citados, mais três, JOSÉ VINAGRE, encarregado da gravação em vídeo, EZEQUIEL ROSA, o insuperável maquiador e ALEXANDRA AYELLO, uma espécie de faz tudo na produção. De Ezequiel consigo a melhor definição para o que estaria ocorrendo por ali: “A cidade pode ferver em outros lugares, mas aqui é o melhor fervo dessa cidade na noite de hoje”. Concordei e fiquei fotografando tudo e a todos.

O bicha veia, como evidenciado era (e é), o Esso, todo produzido, magrinho como o diabo gosta e nem por isso sem um charme só seu, mais do que peculiar por onde circule. Arrebatador e brilhante, não pelo efeito da purpurina, mas pela luz própria que irradia de seus sessentões poros. Esso sempre teve vida afora coragem suficiente para ser, fazer e acontecer. Continua causando e botando pra fora o que lhe dá na telha. Dos papéis do Kyn e da Mariza nada escrevo, nem da fala do Esso, pois ainda é um segredo o roteiro do que foi ali gravado e em breve estará explodindo por aí. Foi mais do que ótimo rever esse povo todo, colocar um bocadinho de conversas em dia, bebericar um vinho, ver o caras e bocas das gravações e fotografar o que ia sendo expelido pelos menestréis da desorganizada bagunça criativa, o melhor furdunço numa modorrenta noite de quarta. Ainda de Ezequiel outra sobre o mesmo assunto: “Na periferia muito desse fervo, no centro quase mais nada. O melhor dessa cidade hoje ocorre nos bairros, nos cantinhos mais sórdidos e imundos que temos. E como são maravilhosos”. Fiquei com eles até meu celular tocar e me chamar de volta para o mundo dos ditos normais, o qual retornei muito a contragosto. Em breve, aguardem, “BICHA VÉIA” nas paradas de sucesso.

Conto um segredinhos particulares, mas nada ocultos dessa maravilhosa "bicha véia". Para surpresa de todos ele confessa que sexo não faz mais e faz um bom tempo. Querer ele até quer, mas evita e o que não evita de jeito nenhum é continuar praticando sempre que a vontade pinta é o velho cinco contra um, ou seja, a masturbação. Ninguém riu, pois a prática deve ser comum entre todos os presentes. Disse mais e isso sim espantou, que está fazendo um novo exame de HIV, como faz todos os anos. Justo ele que não pratica mais sexo faz e todos os demais ali que o praticam não fazem. Coçamos todos nossas cabeças. Para encerrar com chave de ouro, solta uma pérola divinal dentro de sua despojada maneira de viver e encarar a vida rolando fora de sua casa da Campos Salles: "Sabe, sexo não faço, mas dependendo da oportunidade posso até praticar algo como uma prazerosa chupeta, mas para isso precisa calhar de juntar um amontoado de coisas e no momento ajustado". Os desajustados todos ali fingiram que nem ouviram direito. Esso não tem medo de nada e escancara tudo, como poucos ainda com a coragem que sempre lhe foi peculiar. Exatamanete por isso gosto demais da conta dele. Diria ser uma espécie de paixão recolhida.

Um comentário:

Mafuá do HPA disse...

COMENTÁRIOS DO MEU FACEBOOK:

Silvio Selva Henrique, você se lembra do papo meu e do Esso no Carnaval: é melhor uma ótima perneta do que uma péssima barqueta....
3 de julho às 14:53 · Descurtir · 1

Henrique Perazzi de Aquino Nós, sócios vitalícios do Clube dos Pernetas, não somos muito adeptos da tal da barqueta, né Silvio Selva?
3 de julho às 15:04 · Curtir · 1

Silvio Selva prefiro fazer escultura, dá mais grana e prazer mais duradouro huhasuhuhsauhsauhusa
3 de julho às 15:05 · Descurtir · 1

Mariza Basso Formas Animadas Nada do que Esso diz me espanta, pra mim soa como dramaturgia, poesia maldita, crônica, até parece que essa pessoa-personagem caiu mesmo foi do filme do Almodovar. Uma convivência de 30 anos com belas memórias e muitas confidências!
3 de julho às 15:13 · Descurtir · 4

Helena Aquino Esso é único, autêntico ...é o que é e pronto , sem se importar com o que os outros possam pensar ou dizer ...
3 de julho às 15:45 · Descurtir · 3

Silvio Selva este papo a que me refiro, foi um meu e do Esso, no dia do desfile do bloco em que falávamos que fazer namorar, ficar e fazer sexo é muito trabalhoso. E havia outras opções mais confortáveis, hsauhuhsauhuhsauh