sábado, 24 de fevereiro de 2018

CHARGE ESCOLHIDA A DEDO (129)


BRASIL DESACREDITADO NÃO É POR CAUSA DA AVALIAÇÃO DOS TAIS MERCADOS
A manchete do Jornal da Cidade de ontem, sexta, 23, é o que se pode chamar de uma “faca de dois gumes”: “Agência de classificação rebaixa nota do Brasil e culpa Previdência” (https://www.jcnet.com.br/…/agencia-de-classificacao-rebaixa…). Em primeiro lugar ela atende aos interesses dos atuais golpistas no poder, os que estão destruindo o país no mais curto espaço de tempo em toda nossa história. Favorecer aos interesses dos que dilapidam os reais interesses nacionais é, ao mesmo tempo, um sinal de estar alinhado a tudo o que vem sendo feito. Ponto. Não entro em mais detalhes de quem contribui mais ou menos, quem se vende a esses interesses, quem se cala diante das maldades, quem participa e mesmo se beneficia. Enfim, mais do que evidente que o país que temos hoje é infinitamente pior do que o que tínhamos ou éramos uma década atrás. O outro gume da faca é o que enobreceria qualquer publicação, ou seja, contar a verdade. E a verdade é desdizer dessa besteira de se dar importância para as avaliações dessas agências de classificação de risco.

Elas existem para enaltecer as leis do mercado e só isso, nada mais. Desprezíveis para tudo o mais. São financiadas pelos barões do mercado para servir aos seus interesses. Só isso já as desmerecem e as desacreditam, mas em países como o nosso, onde o neoliberalismo chegou ao poder através de um golpe e a mídia está toda atuando em casado acordo com o bando no poder, essas pululam nas manchetes e os tais rebaixamentos são acontecimentos, tudo para que o cerco se feche, a corda no pescoço do país não se afrouxe um só segundo. Crueldade é com eles mesmos. Em países ditos sérios, essas agências não dão as cartas, aliás, não existem como formadoras de opinião.

A bola da vez com esse bestial anúncio surge exatamente depois da inviabilização da aprovação da reforma da Previdência nos moldes como o bando de Temer estava pronto para impor ao país. Não conseguiram e com a prorrogação (o ministro Meirelles já aventa talvez aprovação somente para o ano que vem), eis que quase no mesmo instante a divulgação de mais um rebaixamento do país. Cai nessa quer quer e quem torce para um Brasil cada vez mais submisso e envolto nas tais leis indissolúveis do mercado, uma que o tornará cada vez mais submisso e subserviente aos interesses estrangeiros, principalmente dos grandes conglomerados internacionais, os que manipulam as tais agências.

A fala do senador Roberto Requião, último remanescente de um PMDB palatável, futuro candidato ao governo do Paraná é o freio que medidas de expropriação de bens públicos como essa precisam ter, principalmente no quesito privatizações. Sua declaração é a de todo político sensato e realmente pensando num país soberano. “Investidores, não comprem ações da Copel, Sanepar, na privatização de empresas públicas do Paraná, porque essa patifaria será revertida”. O mesmo deveria ser dito e já quanto as tais reformas da Previdência e da Legislação Trabalhista, ditas por Lula e por todos os candidatos à presidência que se opõe às leis de mercado como condutoras de tudo. O fato é somente um e está bem claro para quem quiser ver, ouvir ou falar: ser rebaixado ou subir na cotação dessas agências é o mesmo que continuar dizendo amém para quem lhe crava a faca nos costados. Enfim, o que é bom para o mercado, não o é para a maioria da população brasileira. O descrédito do Brasil é bem outro e reside justamente nas ações desse desGoverno Golpista do temerista inepto e chefe de uma verdadeira quadrilha a saquear o país.

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