quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

UM LUGAR POR AÍ (105)


ÍMOLA, ITÁLIA - TRÊS MOMENTOS

1.) TRIUNVIRATO SOCIALISTA REVERENCIADO NO CENTRO DA CIDADE
Com grande contentamento vejo reverenciado nas vias e praças centrais de Ímola, Itália as figuras de três importantes socialistas ou dignos representantes das mudanças sociais impostas ao mundo tempos atrás.

Cito os três:
1.) Giacomo Matteotti (1885-1924) foi um político socialista italiano nascido em Ímola. Em 1924, como deputado, formulou no parlamento um discurso em que denunciava, sustentado com provas, a violência fascista que originou a falsificação dos resultados das eleições de abril de 1924. A 10 de junho desse ano foi assassinado em Roma por um comando fascista.

2.) Antonio Gramsci (1891-1937) foi um filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político italiano. Escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia e linguística. Foi membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista da Itália, e deputado pelo distrito do Vêneto, sendo preso pelo regime fascista de Benito Mussolini. Gramsci é reconhecido, principalmente, pela sua teoria da hegemonia cultural que descreve como o Estado usa, nas sociedades ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder.

3.) Giusseppe Garibaldi (1807-1882) foi um general, guerrilheiro, condotiero e patriota italiano. Foi alcunhado de "herói de dois mundos", devido à sua participação em conflitos na Europa e na América do Sul. Uma das mais notáveis figuras da unificação italiana, projectada pela organização republicana Jovem Itália da qual fazia parte ao lado de Giuseppe Mazzini e do Conde de Cavour.

Ao andar por essas vias, de alguma forma tento reviver o passado e me colocar no lugar deles, no tempo e no espaço. Viajo no tempo olhando para todos os lados.

2.) IL BORGO DI DOZZA E O MUSEO DELLA ROCCA
A história eu conto com a ouvi e depois a li nesse curto espaço de tempo entre a ida para Ímola, hoje por volta das 14h e o retorno, ocorrido agora, por volta das 23h. Conhecemos um lugar mais que incrível e que nos remete à época do período medieval. um castelo, hoje transformado num museu, o Museo Della Rocca, localizado no alto de uma colina e no seu interior tudo o que um castelo dessa dimensão pode possuir, desde o calabouço mais sórdido ao s aposentos mais rebuscados.

Além de estar localizado no lugar mais alto da colina, ao seu redor uma vila, hoje transformada num ponto turístico, o ""Il borgo di Dozza". Imaginem o castelo lá no alto e ao seu redor a vila com tudo o que sobrevive ao seu lado, o povoado que gravita ao lado da família abastada, ali sendo a morada de todos os serviçais do castelo. Cercando tudo, outro muro, esse rodeando a vila toda. Impossível não fazer uma volta no tempo e imaginar como se dava a vida naquela situação. Uma viagem para ser feita com alguma pesquisa.

A referida vila hoje toda linda tem uma característica que a torna sui generis. Todas as casas da vila possuem grafites em suas fachadas e feitas por famosos artistas locais e também internacionais. Muito lindo passear na rua que leva ao castelo e na do retorno, olhando para todos os lados, observando cada pintura. Tirei fotos da maioria das fachadas e as publico como reverência a tudo o que ali presenciei.

Para mais detalhes da história do lugar recomendo os sites: www.fondazionedozza.it e www.comune.dozza.bo.it. No interior do castelo, além da visita normal, local de inúmeras exposições e na sua parte inferior, uma ampla loja com todos os vinhos da região, na Via Emília - www.roccadelvino.com  Boa viagem acompanhando nosso passeio ou pelos sites indicados para pesquisa.


3.) NO AUTÓDROMO ONDE AIRTON SENNA MORREU
Ímola é uma bela cidade, com aproximadamente 70 mil habitantes e dentre as várias atrações turísticas, uma é o autódromo que leva o nome da cidade e nele, naquela fatalidade triste para o Brasil, foi o lugar onde o piloto de Fórmula 1, Airton Senna veio a falecer na curva que também se tornou famosa para todos nós, a de Tamborello (ela não mais existe e no lugar hoje um retão). Arnaldo, nosso anfitrião na cidade (ele ano passado pulou Carmaval conosco numa festa do bloco do Tomate junto da esposa, Carla Turrini no Mafuá) dentre os tantos lugares em que nos levou na tarde de hoje, fez questão de caminhar conosco no imenso parque junto ao autódromo e junto a uma estátua levantada pelos italianos na entãocurva, local também de peregrinação de muitos brasileiros e gente do mundo todo, admiradores de Fórmula 1, algo bem brasileiro, com muitas lembranças lá depositadas em homenagem ao ídolo ali falecido. Foi quando também pudemos perceber a emoção com a qual os italianos tratam o Senna. Algo triste, mas um canto brasileiro no meio de uma cidade italiana. Diante de tantas lembranças com características bem brasileiras depositadas no lugar, se tivesse âs mãos uma camisa do glorioso Noroeste, lá teria deixado com alguma inscrição sobre o grupo hoje em visita, o time de minha aldeia e é claro, sobre Senna.

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