sábado, 31 de julho de 2021

REGISTROS LADO B (56)

NO 56º LADO B, UM PAPO COM UM REVOLUCIONÁRIO NA ACEPÇÃO DA PALAVRA, ARTHUR MONTEIRO JUNIOR

É com imenso prazer e contentamento que neste 56º LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, tenho o imenso prazer de propiciar uma conversa das mais agradáveis e com uma pessoa que, verdadeiramente é de luta, resistência e está na lida desde que o conheço, ou seja, persiste, insiste e resiste na trincheira dos que, como apregoava nosso eterno companheiro Roque Ferreira, “nas ruas e nas lutas” por dias melhores e na defesa dos interesses populares. Falar é uma coisa e realmente, não só mostrar, apontar, dizer, mas praticar o que é dito da boca pra fora é bem outra coisa e aqui um destes, possuidor de imensa folha corrida pela defesa de um ideal, ARTHUR MONTEIRO FILHO. Conversas com quem as pratica no seu dia-a-dia é a revelação de experiências concretas, não só possíveis, como realizáveis.

Eu acompanho o advogado Arthur desde muito tempo e o que tem para nos contar é de grande valia. Começou muito cedo, algo que já veio do seio familiar, depois veio o movimento estudantil, quando se deu os primeiros embates e desde então, quando concluí os cursos de Advocacia e Jornalismo, tudo o mais. Foi durante bom tempo um dos advogados do combativo Sindicato dos Bancários de Bauru e com eles comprou brigas homéricas e inesquecíveis nesta cidade e paralelo a isso, Arthur tem uma história de envolvimento com um dos mais dignos revolucionários desta terra, seu Alberto de Souza, alguém que abriu mão de tudo e foi lutar por dias melhores para todos, isso na Coluna Prestes e depois em tudo, tanto que, empobrecido e enfraquecido, tempos depois não tinha onde ficar e daí, não só possibilitando-lhe um abrigo, mas o enriquecimento com a aproximação, histórias mil ouvidas a partir daí, só reafirmando o que já era uma certeza em sua vida, a de estar no lado certo nas contendas da vida. E depois, Arthur com suas quatro viagens à ilha de Cuba, não para para fazer turismo, mas para de forma voluntária participar dos grupos que lá aportam, vindos de todas partes do planeta, dando sua contribuição para manter o ideal e chama revolucionária em efervescência. Só isso já daria uma conversa infindável, mas com ele nada se finda nisso e seu envolvimento se dá com todas as demais lutas.

Alguns textos que dele escrevi e publiquei no meu blog pessoal, o Mafuá do HPA, desde 2007 em diante:

- Em 10/12/2012 escrevi: “ARTHUR MONTEIRO JUNIOR é um plantonista no quesito Direitos Humanos, pau para toda obra, pronto para auxiliar amigos e as pessoas com bons propósitos, em estado de contínuo alerta. Defensor intransigente das causas sociais, dentre as quais a dos Direitos Humanos, uma de suas especialidades, vive envolvido com essas questões e delas não mais consegue se separar. Como advogado trabalha para entidades sindicais, estudantis e atua predominantemente em causas a envolver imbróglios entre o que denomino aqui de Lado B versus o Lado A. O lado do oprimido e o do opressor, do fraco e do forte, do empregado versus o do patrão. Recentemente quando da demissão dos cinco funcionários da rádio Veritas, seu recado curto e preciso para um dos demitidos foi dessa lavra: “Patrão é sempre patrão”. Sem tirar nem por, assim como todos Arthur possui um lado, mas o diferencial é não esconder esse lado, exposto como um osso à flor da pele. Esse seu cartão de visitas, tanto que recentemente estudantes de Bauru o procuraram para fazer a defesa deles no caso de um processo movido por um professor a exigir indenização sobre seus escritos em informativo estudantil. Essa sua rotina, esse o motivo de brincar chamando-o de “nosso plantonista”. Hoje seu envolvimento é que, dia 10/12 é consagrado como Dia Internacional dos Direitos Humanos e estará à frente de muitas atividades para lembrar que a discussão desse tema é primordial nos tempos atuais. Nisso tudo ARTHUR é nosso ponta de lança, titular absoluto na posição”.

- Quando do falecimento do Roque Ferreira, 06/09/2020 ele escreve algo a respeito e reproduzo no blog: ““Roque partiu, pegou um trem fora do combinado e seguiu, rumo ao infinito, em busca de outros mundos, a prosseguir na sua missão histórica de denunciar as mazelas do capitalismo e da necessidade da Revolução. Foram quase quatro décadas de amizade, histórias em comum, algumas aventuras e muita luta, sempre na mesma trincheira, sempre ao lado da classe trabalhadora. Maior liderança popular surgida em Bauru, trouxe sempre consigo a coragem, a dignidade e a coerência. Os dois mandatos que o povo de Bauru lhe outorgou jamais transformaram o companheiro em alguém arrogante ou que sucumbisse ao agrados da burguesia. Ao contrário, abriu a porta do seu gabinete e da Câmara Municipal aos anseios populares, contribuindo enormemente para muitas lutas. Sem dúvida, Roque foi um daqueles imprescindíveis de que falava Brecht, em uma de suas poesias, figura única, insubstituível. A dor da sua partida faz-se forte e cruel, o desencanto com a realidade, que já era grande, se torna quase insuportável. É como, nas palavras de um amigo, perdêssemos nosso Comandante em meio a uma batalha. Ainda atordoados, olhamos perdido para o horizonte, sem rumo. Roque, nossa estrela fulgurante, integra a constelação dos grandes revolucionários que sempre nos guiará. E chegará o momento que enxugaremos nossas lágrimas, espantaremos a poeira e mesmo ainda alquebrados com a derrota que o destino nos impôs, voltaremos a levantar nosso punho cerrado, a gritar as nossas palavras de ordem e a honrar o exemplo de vida do companheiro Roque, colocando todas as nossas energias na construção de uma nova sociedade. Companheiro Roque, presente! Agora e sempre”.

- em 09/11/2011, só para terem uma ideia, veja como ele escreve de Valéria Garbelotti, quando do seu falecimento e entenderão algo de seus amigos e militância: “COMPANHEIRA VALÉRIA - Conheci Valéria no ano de 1986, quando, militantes do PT, fizemos a campanha e ajudamos a eleger Florestan Fernandes deputado federal constituinte. Ali nascia nossa amizade, terna e eterna. Com orgulho partilhei com ela alguns de seus momentos. Foi assim com nossa passagem pela Casa da Cultura; a participação no grupo “Treze de Maio”, de servidores municipais; o curso de jornalismo na UNESP; a militância estudantil; ou ainda a campanha à Câmara Municipal em 1988, quando fomos candidatos pelo PT e a primeira campanha presidencial do Lula em 1989. Tempos de muitos sonhos e muitas lutas. Socialista, sempre lutou sem jamais perder a ternura; feminista, fez da prática seu melhor discurso; libertária, teve na alegria seu modo de vida e revolucionária, trazia consigo a maior das qualidades: a solidariedade. Dona de um belo texto, certamente herança genética, tornou-se para mim inesquecível o artigo contundente, irônico e bem elaborado que publicou nos jornais locais, vetado pela revista Veja, rebatendo mais uma daquelas mentirosas matérias do obscuro semanário da Abril atacando Che Guevara. Se não fez a revista se retratar ao menos nos redimiu. Dela guardo dois livros emprestados que como amigo relapso jamais foram devolvidos: “Os anjos mascam chicletes” do nosso amigo Luiz Vitor Martinello e “Marxismo e revolução sexual” da marxista russa Alexandra Kollontai. Dois livros tão diversos que bem a resume: a doce menina e a mulher engajada. Agora Valéria, como diria meu sobrinho, virou estrela e de algum ponto do universo nos ilumina e nos guia. A nós, enquanto por aqui fiquemos, cabe o compromisso de continuar na luta por uma sociedade melhor, justa, livre e igualitária: a sociedade socialista. Companheira Valéria Cristina dos Santos Garbelotti! Presente! Agora e para sempre!”.

- Em 21/04/2017, quando ele venceu um problema de saúde e estava embarcando para cuba, eis algo escrito por mim: “Dia desses vi aqui pelas redes sociais um foto que muito me entristeceu. Meu caro amigo, o advogado e militante social, Arthur Monteiro Junior estava hospitalizado. É sempre muito triste ver a fisionomia de quem está com a saúde debilitada. Eu mesmo, com a minha pela hora da morte, penso logo nas consequências todas de uma vida desregrada (não a dele, mas a minha) e sei que hospital, não é lá um lugar dos mais seguros para tratamentos variados e múltiplos. Sou adepto do que fez um dia bem lá atrás, o grande Darcy Ribeiro, que ciente de que sua cura não seria mais possível, fugiu do hospital e foi viver seus últimos dias ao sabor do vento. Mas o Arthur é novo e, sabíamos todos que, mais dia menos dia estaria de volta ao nosso convívio. E está. De lá para cá não tive mais notícia dele. Nessa semana um amigo me diz ter se encontrado com ele pelas quebradas do mundaréu e a alvissareira notícia: “Domingo próximo ele embarca para Cuba. Vai participar de mais uma Brigada Cubana”. De imediato, a alegria pelo seu pronto restabelecimento, depois, outra alegria, também incontida, a de vê-lo participar de mais uma Brigada Anual, o encontro de gente do mundo todo para juntos, estudar, praticar decência, ajudar Cuba e ser mais humanos a cada reencontro. Se me perguntarem sobre um sonho de consumo, não me verão dizendo que desejo conhecer o coração do mundo capitalista, mas somente ter o prazer de voltar mais algumas vezes para Cuba (fui uma e quero fazê-lo em outras tantas). Conhecer a vivência possibilitada por uma Brigada deve algo indescritível para uma vida humana enfronhada dentro dessa concepção capitalista. No post que leio do Arthur só isso: “Mala pronta. É hora de rever Cuba! "Havana-me / Não esqueço teu povo em momento algum / Havana-me / Bota uma cubalibre, limão e sal / Quero ouvir teu som caribenho / Teu par ainda é o Brasil, havana-me/ Havana-me / Acho mesmo que temos muito em comum / Cubana-me / É o povo, é a pele, esse batecum / Cubana-me / Me ‘havana’ de amor num abraço igual / Irmana-me / Mostra que nossa raça é sentimental, havana-me" (Joyce e Paulo César Pinheiro”.

Só por essas citações, sei que a conversa de logo mais será mais do que alvissareira, daí estendo o convite para tudo, todas e todos. Vamos juntos?

EIS O LINK DO BATE PAPO, COM DURAÇÃO DE 1H15: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1007733636653030

COMENTÁRIO FINAL: Conversar e reviver a história do querido Arthur é mais que um luxo. Começamos o papo com ele fazendo questão de homenagear quatro pessoas que fizeram parte da história de sua vida: Roque Ferreira, Francisco Tidei de Lima, Antonio Pedroso Junior e Lázaro Carneiro. E depois sua história, paulistano, veio para Bauru com cinco anos e daqui não mais saiu. A militância estudantil, as amizades, os nomes que o incentivaram e de quem esteve ao lado. O Direito e depois o Jornalismo, a Casa da Cultura, o INSS, o Sindicato dos Bancários, o PT, a candidatura a vereança, o PSOL e algo mais dos tempos atuais, seu amor à Cuba e seu Alberto de Souza. Mais que gratificante ouvir e reverenciar algo tão rico, uma retidão tão intensa. Imperdível...



SÓ A MÁQUINA DE COMUNICAÇÃO FUNCIONA NOS DESGOVERNOS FUNNDAMENTALISTAS*
* 24º texto deste mafuento HPA para o semanário DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, edição nas bancas hoje:

Existe hoje uma verdadeira máquina de propaganda do mal em pleno funcionamento. Ela não nasceu assim do nada. A coisa cresceu, ganhou corpo, recebeu incentivo e com o conluio tirando do poder Dilma Rousseff por algo tão fora do sentido, eles cresceram. Antes veio Aécio, que ao não aceitar o resultado das urnas, acendeu o estopim de abilolados que encontravam-se amoitados, contidos e reclusos. Esses afloraram, saíram do submundo e hoje pululam pela aí com assustadora desenvoltura. Com estes nas ruas, acontece de tudo e mais um pouco. Ameaças, antes veladas, hoje ocorrem às claras, em plena luz do dia e das mais diferentes formas e jeitos.

Despontaram por todos os lados candidatos que surfaram na onda mais que conservadora, diria mesmo, de ultradireita e cada um com um discurso pior que o outro. Muitos foram assim eleitos. Dentre os que chegaram, muitos sem nenhuma qualificação para o exercício de qualquer cargo público. A maioria nem sabe o que venha a ser esse tal de Programa de Governo. Por detrás, destes, uma máquina de moer gente. Inegável que, estamos diante de uma geringonça tecnológica, funcionando pelas redes sociais, circulando freneticamente pelas ondas internéticas e espalhando mentiras adoidado. O descalabro vivenciado hoje é fruto disso tudo.

Exemplos pululam pela aí e no maior deles, os filhos do presidente da República, deixaram pegadas, digitais que até hoje ainda não foram punidas, mesmo já praticamente tudo esclarecido. Essa mesma rede que favoreceu a eleição do capiroto, continua em pleno funcionamento e hoje, mais velada, mas não fora de combate, continua fazendo o mesmo serviço para outros ligados umbilicalmente ao mesmo ideal e conduta. Dentre todos os candidatos declaradamente e assumidamente bolsonaristas, talvez o maior exemplo hoje é o vivenciado por Bauru e a única prefeita do partido Patriotas em todo interior paulista. Ela, assume ser o que é e além da intimidade com os atuais gendarmes palacianos, se afasta de tudo o mais de qualquer outra corrente. Rejeita aproximações, mera conversa, diálogo com algo fora do seu pequeno mundinho.

Essa rejeição é a cara do bolsonarismo. Por aqui, digo Bauru, já aconteceu de tudo um pouco em sete meses de desGoverno. O menos escabroso é a prefeita se fazer comunicar pela mesmíssima forma de seu mentor, através de uma página pessoal, que divulga preliminarmente tudo o que a Prefeitura executará depois. Trata tudo e todos como seus seguidores e para os demais, a indiferença. Existe algo sendo construído e por demais perigoso. Tudo na cidade parado, contingenciado e não é por causa do frio e sim, por ação centralizadora e assim como o exemplo de Brasília, projetos paralisados, abortados, emperrados, esquecidos e, pasmem, o incentivo para que entidades religiosas neopentecostais assumam a função que é pública, até de recuperar instalações de Saúde. Tudo sem fiscalização, enquanto no mais, nada acontece.

A única coisa que realmente funciona e continua em franca expansão é essa rede de comunicação alternativa, paralela e com intuito de enaltecer, apregoar loas elogiosas para quem, na verdade, deixa a desejar. Ela aprendeu direitinho e a máquina de propaganda é seu carro chefe. Se faz primordial entender o que está por detrás deste esquema, como funciona e abortar sua continuidade, até para que a administração comece a funcionar de fato. Dia 01 de agosto Bauru faz anos, mas não existe o que comemorar, pois tudo gira em torno da alcaide e se bolo houver, será lá na igreja onde ela canta e cujos convidados serão determinados por divulgação antecipada em sua rede social. E nada muda, enfim, como li numa inscrição numa parede qualquer: “O lobo é mau porque as ovelhas são mansas”.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

FRASES DE UM LIVRO LIDO (167)


“OS MEUS LIVROS”, O POEMA DO BORGES E OS MEUS ESPALHADOS E SENDO LIDOS AO MESMO TEMPO
"Os meus livros (que não sabem que existo)
São uma parte de mim, como este rosto
De têmporas e olhos já cinzentos
Que em vão vou procurando nos espelhos
E que percorro com a minha mão côncava.
não sem alguma lógica amargura
Entendo que as palavras essenciais,
As que me exprimem, estão nessas folhas
Que não sabem quem sou, não nas que escrevo.
Mais vale assim. As vozes desses mortos
Dir-me-ão para sempre", Jorge Luis Borges.

Quando li esse poema hoje nas redes sociais, postado pelo também poeta José Brandão, oriundo de Dois Córregos e radicado aqui na terra “sem limites”, logo me lembrei do meu incomensurável amor pelos livros. Não sei o que seria de mim nestes tempos sem eles aqui ao meu lado, embalando o desenrolar dos meus dias. Já li muito mais do que consigo fazer hoje. Escrevinhar diariamente me toma muito tempo e juntando com os afazeres doméstico, mais alguns resquícios profissionais, sobre pouco tempo para o deleite da leitura. Espio o jornal impresso aqui da cidade, leio junto semanalmente a melhor revista do nosso mundo, a Carta Capital e junto dela, a mensal Piauí. Elas permanecem abertas aqui do meu lado, com uma caneta marca texto na página onde me encontro. Intercalo tudo o que faço com as leituras. Atendo um telefone, falo com um cliente, um amigo e leio mais um bocadinho. Vou ao banheiro cagar, sento no vaso e leio. Só não cozinho lendo ou dirijo o carro lendo, pois acho muito perigoso, mas ultimamente não saio de casa sem estar com um livro ou revista nas mãos. Não consigo me imaginar numa fila, por exemplo, de banco, casa lotérica ou mesmo caixa de mercado e eu sem nada nas mãos para ler. Fico com comichão quando sem nada pra ler nesses lugares. Nem me imagino numa sala de espera de médico e sem uma boa leitura, ainda mais porque a maioria do que encontro por lá é sempre porcaria. Levo de casa. E aqui do meu lado, da mesa onde batuco essas mal traçadas um sofá e nele a extensão do meu Mafuá, ou seja, uma bagunça generalizada que só eu entendo e com leituras variadas e múltiplas. Adoraria ter insônia, pois levantaria de bom grado e leria com sofreguidão até o sono voltar. Mas disso não padeço, pois deito e durmo, isso em qualquer lugar, se bobear até nas paradas do carro nos semáforos. Ler é tudo.

Pois bem, agora mesmo tenho alguns aqui além das revistas. Nenhum assim com temática acadêmica, rebuscado, mas todos para mim, imprescindíveis. O que mais está me dando tesão por estes dias é uma biografia da Leila Diniz. O livro leva seu nome e faz parte da coleção Perfis Brasileiros, esse escrito pelo Joaquim Ferreira dos Santos. Leila era encantadora e já no começo do livro me interesse mais ainda quando li: “...aquela menina que falava palavrão sem qualquer agressividade, numa época em que aquilo saía apenas da boca das putas”. Ela era mesmo apaixonante. Outro que comecei e estou quase no fim, lendo em drops é a biografia do Paulo Neves, nosso homem do teatro. O livro é Mireveja, “Palco de Memórias”. Ganhei este do próprio Paulo e uma das frases que fiz questão de grifar (grifo todos meus livros com canetas marca textos, minha marca registrada), demarca bem ele e como devemos agir na vida: “Pensando bem, nunca tive medo das coisas difíceis e não será agora, já idoso, que terei”. Tem um terceiro livro aqui no sofá, comecei e quero ir logo até o fim, pois sempre tive muita curiosidade na vida do revolucionário uruguaio Raul Sendic. Encontrei o livro “As ideias de um líder Tupamaro”, da editora Tchê pela bagatela de R$ 5 reais num sebo e a traria naquele dia nem que custasse R$ 100 reais. Ele, num trecho me fez grifar isso: “Não nos confundamos, nem todos os desempregados tecnológicos andam encurvados e de boné na cabeça vendendo quinquilharias: este bem vestido vendedor de paletó e gravata que desce de um luxuoso carro para oferecer um terreno que o senhor (a) jamais sonhou em comprar é também uma vítima d oavanço tecnológico que o priva de fazer algo mais útil em sua vida”. Da pilha esperando para serem devidamente devorados, o livro do Maklouf sobre a vida do Bolsonaro nos quartéis e outro que não vejo a hora de começar, o de contos do Sérgio Sant’Anna, “O homem-mulher”. Lá na cabeceira da cama tem outro que podem achar um horror, mas dou espiada todo dia antes de deitar, um com os textos que o Paulo Francis escreveu pra Folha e o Estadão. E no Mafuá, sendo livro bocadinho por dia, a biografia do velho Martinello, que ganhei do Pedroso Jr. Pudesse ficava só lendo até o fim dos meus dias, mas tenho que conspirar e fazer ainda o que tiver ao meu alcance para tentar derrubar esse capiroto desgraçado, depois quando o intento for alcançado, aí sim, lerei até não poder mais. Espero esse dia chegue logo.

DEPOIS DA FRASE NA PAREDE NO TEATRO, A "CULTURA" ESTÁ ACORDANDO
Unidos vergaremos os que a querem contida, calada e sem voz ativa, enfim, SUÉLLEN ROSIM e TATIANA SÁ na berlinda. O fundamentalismo e o negacionismo não podem vencer...

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (146)


SÓ FALTA MESMO COLOCAR A PLACA NA ENTRADA DA CIDADE
Que a Bauru de hoje anda desajustada, desorientada e desnorteada, poucos contestam, mas pelas últimas notícias, algumas dessas mais que inacreditáveis, na somatória de tudo, Guardião, o sempre atento super-herói dessas plagas, resolve se posicionar e dar o seu pitado. Claro, este mafuento foi ouvi-lo e aqui repercute algo de seu desabafo diante de acontecimentos que, se alguém contasse como piada faria rir, mas no caso é pra chorar, pois se tratam da mais cruel e insana realidade.

"A eleição da novíssima (sic) já um atestado da insanidade reinante hoje no país, pois mais que inconcebível uma pessoa sem dizer nada de nada, fugindo de confrontos, pois evidente a não existência de proposta de trabalho e sim, aquilo que se viu, uma tentativa, infelizmente bem sucedida de enrolar. Estamos sendo enrolados até hoje, sete meses e o seremos, como já é mais que evidente, até quando puderem. Tomara não o seja até o final do mandato, pois como no caso do seu tutor e mentor, o ex-capitão, se vê a desgraça onde meteram o país e aqui, só mais um lugar onde o resultado não pode ser outro que a catástrofe", afirma ele.

Guardião propõe a tudo, todas e todos uma triste comparação. Muito conhecido de todos essas placas na entrada de muitas cidades e nelas, a inscrição para o vendedor ambulante de rua, como deve ser o procedimento seu ao adentrar aquela, no caso sempre se dirigir à sede da Prefeitura local para receber as instruções locais. Pois bem, ele vê o mesmo em curso em Bauru hoje, como se uma placa estivesse já fixada - e não está? - na principal entrada da cidade e ali o surreal do que o bauruense está sendo obrigado a presenciar. São tantas coisas, ele tenta resumir algumas das últimas: "A última mesmo foi isso de camisetas sendo anunciadas pela incomPrefeita, ela indicando algo de onde o interessado pode adquirir, com gente de seu círculo se beneficiando de algo totalmente fora de propósito para um administrador de algo público. São dessas pequenas coisas que, se juntando a tantas outras, a nítida certeza de que estão brincando não só com a nossa cara, mas com a da Justiça, pois ao se fazer algo assim, existe a certeza da impunidade. Ninguém age assim, ciente de ser uma loucura, sem saber onde pisa. Ela, a que hoje dirige a cidade, age assim desde o começo de seu mandato, governa para seu grupo, se dirige a eles, tem seu meio de comunicação, seu blog e página pessoal e ali, como a tal placa dita regras, normas e segue praticando um jogo cujas regras são as ditadas, pelo que se percebe, muito parecidas com as que o Senhor Inominável dirige o país, daí uma só certeza, existe um meio único de fazer as coisas, algo com uma central direcionando, ditando como seguir adiante. É a placa mostrando como a coisa acontece daqui por diante, enfim, regras nada usuais", prossegue.

Boquiaberta Bauru assiste a tudo meio estupefata e ainda sem reação condizente com o que está em curso. "Hoje, já parece consenso dela e da administração, os serviços públicos serão gerenciados por pastores, as UPAs reformadas por estes, os prédios públicos pintados por estes e daí, eles ditando as regras, ou seja, fixando a placa dos procedimentos daqui por diante. O contingenciamento de quase tudo hoje para a finalidade da pandemia é também parte disso, pois ao usar isso como justificativa para tudo, a desculpa da hora, se vê setores inteiros da cidade ao deus dará e esperando pela presença de salvadores, os tais que nada fazem de graça, pois não existe entre esses, nada de dever cívico, o doar-se sem o algo mais por detrás. Estamos sendo governados pelo ditado e prescrito na placa, essa muito bem fixada na entrada da cidade e quer queiram ou não, os que já perceberam ou não, existe um modal, uma norma de conduta, uma forma bem evidente e é a mesma do terra arrasada imposta ao país pelos hoje encastelados em Brasília. Se a placa não for derrubada e sem pressão popular, outras serão fixadas e nas futuras, algo ainda mais escabroso. Será ver para crer e daí pergunto aos bauruenses: Vamos esperar isso acontecer?". Guardião propõe a derrubada da placa, mas clama para que outros o sigam no intento.
OBS.: Guardião é cria da verve do traço de Leandro Gonçalez, com pitacos escrevinhatórios deste mafuento HPA.

quinta-feira, 29 de julho de 2021

CENA BAURUENSE (216)

AS CENAS SOB O OLHAR DO MAFUENTO HPA E DOIS TEXTOS, UM PARA COMEÇAR OUTRO PARA ENCERRAR O DIA

PRA COMEÇAR

"PRECISAMOS SER MAIS AGRESSIVOS NA DEFESA DA VIDA"

Ontem, após tomar conhecimento da causa da morte do poeta Lázaro Carneiro, em tratamento por outro problema médico, se infecciona por Covid dentro do Hospital de Base, vindo a falecer rapidamente e daí, a advogada Maria Cristina Sant'Anna Zanin posta algo, servindo de séria reflexão de tudo e todos dos entornos desta questão:

"Como jurista profissional do direito, sempre … só consigo pensar nos tantos erros médicos, que estão sendo cometidos nesses hospitais, erros de procedimentos, avaliação… etc… essa medicina ortodoxa mercenária, que visa o capital e não o ser humano (capaz de apoiar fascista, receitar de forma irresponsável e criminosa ivermectina, tratamento precoce que não existe … que privilegiam laboratórios e não o ser humano. Esses representantes NÃO DEVEM FICAR IMPUNES… Só consigo pensar que a submissão a essa categoria (raras exceções) não aceito. Desculpem nada trará mais a vida de volta dos nossos filhos, irmãos, amigos, parentes … tenho dentro de mim a certeza de que diante dessa guerra que estamos, não podemos mais sermos subservientes, submissos a muitas situações e Chega!!! É tempo de luta, muita luta contra determinados inimigos. O tempo urge….. nada será como antes. Exige determinação, mudança força, muita força… tb enfrento com meu filho à sua sobrevivência e vida. Como mãe e profissional tenho visto, questionado médicos, procedimentos e exijo relatórios por escrito de tudo que fazem. Algumas pessoas que tomaram a vacina estão sendo infectados por culpa direta das administrações, hospitais, médicos, governo, laboratórios, malditos covardes. Privilegiam o dinheiro e o poder. Façamos da nossa tristeza, angústia, virar indignação e resistência para lutarmos e mudar nosso modo de agir. Precisamos ser mais agressivos na defesa da vida".

Lhe respondi: "nós enquanto povo, nação, não sabemos lutar e se defender. Na imensa maioria das vezes, como agora, aceitamos o que o hospital usa de justificativa e sem querer ao menos ver o prontuário de como tudo transcorreu. Temos que exigir isso e não o fazemos. Simplesmente aceitamos".

Ela conclui: "Se for o hospital Estadual saibam que existe um surto imenso de COVID ali, médicos, enfermeiros infectados, sem equipamentos e muitos procedimentos negligentes. Quero saber quais medidas urgentes foram adotadas pela administração do hospital, governo, secretaria estadual, prefeitura".

Não foi no Hospital Estadual e sim, no Hospital de Base. De todos os nos devendo muitas explicações, excluo e sei, Zanin também o faz, está a categoria profissional que atua nos hospitais, não os médicos, alguns coniventes com tratamentos totalmente ineficazes, mas enfermeiras, técnicas em enfermagem e todos os demais no entorno, propiciando ambiente com um mínimo de condições de funcionamento. O quadro servidor é bom, merece elogios e os questionamentos feitos valem para os dos degraus acima. Discutir procedimentos e o paciente passar a ser informado de fato de tudo o que lhe acontece, algo primordial nas internações, algo ainda insipiente no Brasil, principalmente no de hoje.
Em tempo: A ilustração deste texto é "O sono da razão produz monstros", de Francisco José de GOYA.

CENAS MAFUENTAS
01. Em 22.06.2021 publiquei: "Ontem Ruben Souza havia postado uma foto de casarão sendo destalhado no cruzamento das ruas Rio Branco com Bandeirantes e com os dizeres: "aparenta estar sendo demolida". Fui conferir hoje pela manhã e pela foto, isso mesmo, demolição, algo pelo qual a tal da "modernidade" bauruense e brasileira não escapa, a irreversibilidade dos proprietários de imóveis antigos, preferindo por abaixo do que manter algo com os olhos do passado. Hoje ainda está indo, amanhã já foi".
02. Em 23.06.2021 publiquei: "Hotel Avenida, avenida Rodrigues Alves esquina com rua Monsenhor Claro e o varal nas janelas, algo trivial com novos moradores".
03. Em 24.06.2021 publiquei: "Muitas oferendas, pedidos, clamores e orações, filas de gente em busca do algo mais salvador neste mundo cada vez mais envolvo num véu obscurantista. Na vitrine da Casa 7 Linhas, na Gerson França, bocadinho da esperança buscada por muitos".
04. Em 30.06.2021 publiquei: "Esquina esquecida da praça Gomes de Araújo com rua Pedro de Toledo, beirada dos trilhos da Sorocabana, local bucólico, esquecido e de mera passagem, quando os olhares são meramente de soslaio, quando muito de indagação sobre o que já se foi e o que se é no presente".
05. Em 01.07.2021 publiquei: "Se existem pequenos negócios, desses inexplicáveis de continuarem com suas portas abertas, eu sempre que passo pela gare ainda imponente da estação da NOB e vejo ali do lado, junto ao ponto dos ônibus circulares, uma diminuta banca, quase defronte o hoje fechado Hotel Cariani, funcionando vendendo tão pouca coisa, tenho a certeza de estar diante de um gigante, desses que consegue realmente extrair água de pedra. Estes eu valorizo até a medula, pois são imensamente grandes, pela resistência demonstrada".
06. Em 08.07.2021 publiquei: "Nos tempos atuais, a maioria das mudanças cabe inteira na carroceria de uma pequena pick-up e assim atravessam a cidade de um lado a outro. Aqui quando uma delas passava pelo viaduto João Simonetti, o desembocando na rua Treze de Maio, caminho de novo lar".
07. Em 15.07.2021 publiquei: "Os "enjaulados" de Bauru - Com estes a gente faz assim, passa diante da casa, buzina é acionada e quando saem no quintal, acenamos e conversamos mantendo distância. Aqui defronte residência de Ana Maria De Carvalho Guedes e sua calorosa recepção. Revendo amigos e considerados dessa forma e jeito".
08. Em 19.07.2021 publiquei: "Triagem Paulista, ao lado do Jardim Guadalajara é o sinal do abandono férreo em Bauru, aqui numa foto tirada do outro lado, vista do Mary Dota e pelo que se observa, muitos itens móveis tombados ainda na administração Nilson Costa, como vagões, guindastes, locomotivas sumiram, desapareceram com o tempo. Existiria ainda hoje meios de levantar o que ainda existe de fato preservado ou desistimos de tudo e deixamos mesmo o tempo ir dando sumiço dessa parte de nossa rica história? Enfim, como querer discutir preservação quando tudo vai se perdendo e poucos ainda estão dispostos a meramente discutir esse assunto?".
09. Em 22.07.2021 publiquei: "Ontem, esquina da presidente Kennedy com Luiz Bagnol, vila Cardia, o gato na espreita e os pombos comendo sua ração. Esperei para ver o resultado e ao fim, ele me pareceu não querer dar o bote fatal. Só assustou, os pombos se foram e ele ficou ali só olhando para eles, que não voaram longe, mas só esperando ele virar novamente a esquina para se aproximar da comida grátis na calçada".
10. Em 23.07.2021 publiquei: "O pai da aviação, Santos Dumont está registrado com seu 14 Bis, na parede de barbearia, bem ao lado - de fora - do Aeroclube de Bauru, este homenageando outro no quesito mundo áereo, o hoje claudicante astronauta brasileiro - este do lado de dentro. O dândi Dumont nos representaria melhor em todas circunstâncias".


PRA ENCERRAR
POR QUE NEM TUDO É PUBLICADO? POR QUE ALGUNS TEMAS E PESSOAS SÃO PRIVILEGIADAS E OUTRAS (OS) NÃO?
Penso na questão ao ler pelo jornal DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, algo ocorrido em Bauru, mas aqui pouquíssimo divulgado. O jornal da cidade vizinha produziu matéria sobre o fato de uma ex-juíza que havia ali atuado estar sendo investigada por ter tomado vacina com suposto atestado falso. O fato não se deu lá e sim aqui, caso bauruense, onde a juíza hoje atua e aqui, a imprensa massiva nada diz, escreve ou fala. Por que tive que ler algo sobre o tema no jornal de fora e nada na imprensa local, a bauruense? Eis o link da matéria: https://www.debatenews.com.br/.../ex-juiza-de-santa-cruz...

Enfim, a matéria não merece publicação? Sim, merece, mas além da questão do ocorrido, se faz necessário entender e analisar algo no entorno de questões similares. Estou neste momento ouvindo a rádio argentina 750AM, programa matinal "La mañana", como Victor Hugo Morales e ele no editorial do dia versa sobre o tema. Dizia ele do "medo brutal contra a mídia hegemônica, o pouco ou quase nada de alguns e tudo e mais um pouco de outros. Temas não são publicados, mas os mesmos envolvendo outras pessoas, são dissecados à exaustão. Hoje, o medo é paralisante na conduta das pessoas. Poucos querem cair em desgraça com o poder estabelecido e no caso da imprensa, poucos são os que fazem algo para cair em desgraça com publicações hegemônicas". Penso e reflito sobre o assunto. Victor Hugo dizia sobre sua luta contra o diário argentino O Clárin e nada seu positivo ali é publicado, só negativo, enquanto o oposto ocorre com outros políticos, que fazem e produzem barbaridades, mas são endeusados.

Misturo as duas situações e tento concluir na mesma linha. Podem me dizer que, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Sim, pode ser, mas se juntam no atacado - e também no varejo. Noticiar um fato como o da juíza me parece normal, mas quando não o fazem e o fariam sendo outros os personagens é algo mais do que preocupante e diz respeito aos tais dos limites e do jornalismo praticado dentro da "verdade factual dos fatos" (termo muito usado por Mino Carta). Enfim, de que vale um jornalismo que informa parcialmente e magistrados não são deuses, mesmo que alguns assim o tratem? Boa questão para conversa de longa duração...

quarta-feira, 28 de julho de 2021

AMIGOS DO PEITO (188)


HOJE É DAQUELES DIAS QUE NÃO DEVERIA TER LEVANTADO DA CAMA...
... e ao fazê-lo, a primeira notícia que leio é a pior possível, se foi meu baita amigo, poeta do cerrado LÁZARO CARNEIRO. Estou sem palavras, com tudo engasgado na garganta, olhos lacrimejando, corpo perdido no mundo, vagando nos cômodos da casa como barata tonta. Perda irreparável, sem possível peça de reposição por aí. Insubstituível e imprescindível demais da conta. Relembro aqui a conversa que tive com ele em 26 de julho de 2020, exatamente um ano atrás, o meu 5º entrevistado no Lado B, conversa que revejo e rememora a vida deste que foi grande em tudo. Ele estava tentando, mas não deu tempo.

Eis o link do Bate Papo com ele: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/3671222779574371

Ontem ouvi na rádio bestial e desgraçando com o país, a Velha Klan, os pérfidos fazendo uso daquele microfone desdizendo da desgraça mundial do clima ocorrer em decorrência da ação de gente como esse ex-capitão, criminoso miliciano a nos governar. Esse cara mata e muito, hoje mesmo acordo e vejo que uma baita amigo antecipou sua partida e dentre todos os motivos pelos quais se foi está de depressão, quando aliada a outras incidências é mais que fatal. E esse amigo, Lázaro Carneiro, o poeta do cerrado, se foi por tristeza, mais por isso, por ver tudo o que ocorre com este país e nada poder fazer. Ele escreveu muito, produziu muito, mas neste momento, diante de tanta atrocidade, carnificina sendo produzida aos borbotões pelos desGoverno Federal e seus asseclas, se via inerte, de mãos atadas e vendo o grande mal avançando. Feneceu e ninguém conseguiu segurar e aplacar seu desgosto. Portanto, tenho a mais absoluta certeza, Bolsonaro não só personifica o mal, como mata e muito, muito mesmo. E agora, diante de tudo o que vejo, talvez sua vinda até Bauru para uma cavalgada é o fim da picada. Jogar ovos nesses, se o negócio ocorrer, é o mínimo que posso fazer para não enlouquecer de vez, até para lembrar esses mortos todos em decorrência de seus atos.

HOJE ESTOU NUM DAQUELES DIAS...
Se existe estado depressivo, nele me encontro hoje, prostrado e não querendo reagir. Tentei sair pela manhã, fazer algo, vi que não iria ter velório do falecimento do amigo LÁZARO CARNEIRO e fiquei rodando pela cidade, subi até o alto do Bela Vista, lá pelos lados do Clube do Vovó, dei duas voltas diante da casa do amigo e não vi movimento algum. Depois fiquei sabendo que, o enterro se deu com poucos familiares, tudo reservado como manda o figurino nesses casos. Não, esse não foi um caso sem querer, ou seja, foi mais dessa insanidade vivida nestes tempos doentios e perversos. Seu Lázaro já tinha passado pelo pior e quando foi para o hospital, ele mesmo sentia estar passando por um outro momento. Liguei e conversei com ele, estava animado, falante, coisa que não estava antes. Foi lindo ouvi-lo dizer dos planos para quando sair, da viagem que estava planejando fazer pra praia com o amigo Dangio quando tudo isso passasse e do livro que me disse estava pronto e cujo nome, desses compridões, me fez anotar numa folha e hoje passo adiante: "Em meio a eucaliptos e canaviais ouvi o último uivo do lobo paulista".
Falou com tanta empolgação, ali estava contidos 100 versos sobre o cerrado paulista, algo pelo qual esse danado entendi muito bem. Quando desliguei o telefone aquele dia, tinha a certeza dele ter dado a volta por cima, ter passado uma rasteira da depressão e que estaria em campo, batendo um bolão num curto espaço de tempo, mas havia me esquecido dessa bosta hoje, onde vejo cada vez mais gente repetindo, "entrou vivo no hospital, de lá não sai mais vivo". Ele empreendeu uma luta, das maiores de sua vida para vergar a tristeza acumulada dentro do peito, motivada pela desgraceira do ser humano destruidor, em todos os sentidos e meios e quando voltou a enxergar uma luz no final do túnel, sobre ele se abateu a implacável covid. Ele tomou as vacinas, mas elas não o salvaram, não por não fazerem efeito, elas fazem, mas a gente sabia que, a pessoa quando pega a coisa e já está debilitado, daí dificilmente escapa. Seu Lázaro não segurou essa e deixa uma legião de gente meio que órfã. Eu hoje estou imprestável, não querendo fazer nada, não prestando atenção em nada, zonzo e tontão, também de pavio mais do que curto. Até por causa disso, entrei pouco nas redes sociais, pois não quero me indispor com ninguém. Pelo que me conheço, por pouca coisa hoje explodo e subo nos tamancos, daí após as voltas que dei pela manhã, gastei gasolina, vim pra casa e me tranquei. Fiz um almoço e este só saiu depois das 14h. Tudo estava mais lento, devagar quase parando, comi, sentei no sofá, a televisão falava das Olimpíadas e nem prestei atenção. Sentei ao lado do computador e dormi sentado. Um livro aberto na minha frente e nada me entra na cachola. Por duas vezes, Ana veio me chacoalhar, fazer com que volte pra realidade, mas sei, hoje será difícil. Hoje fui acometido pela tristeza e ela está dentro de mim, pelo visto encruada e não querendo ir embora nem com reza braba, ainda mais porque, nem eu, nem Lázaro rezamos. Hoje eu só produzo isso, abobrinhas. A cabeça não está atinando lá muito bem. Sentei agora e tentei fazer uma homenagem pra ele, uma das pessoas que mais admirava nessa cidade, uma fonte de inspiração e sei, só sai coisas sem sentido. Preciso ficar mais um tempo quieto, calado, aqui no meu canto. Preciso buscar forças pra continuar remando contra essa maré perversa aí fora e talvez agora, com mais essa porrada, o faça com mais intensidade. Isso tudo talvez sirva pra me fazer enxergar que, o tempo que me resta de vida é pouco e daí, preciso aproveitá-lo ao máximo, até porque gente como eu e Lázaro acreditamos nisso aqui, nessa vida e daí se algo precisa ser feito é aqui, já, agora e amanhã, como se vê já é tarde demais. Eu sei, preciso ser mais duro, inflexível, implacável com tudo isso diante de nós. É o que me resta fazer. Acho que essa é a lição que tiro com o passamento do amigo Lazinho: não dourar mais a pílula e partir pras cabeças. Lazinho ficaria contente se me visse soltando as amarras e esbofeteando a hipocrisia reinante com toda força. Farei isso por ele e por tantos, de igual teor que se foram. A gente não pode mais esperar e nem tem tempo a perder. À luta, mas só quando baixar essa tristeza dentro de mim. Ela há de passar, mas não sei como. Eu já escrevi tanta coisa dele no meu blog, o Mafuá do HPA e aqui o link para reler algumas delas, pois escrever mesmo algo mais, sei nada sairá: https://mafuadohpa.blogspot.com/search...
Em Tempo: Tirei muitas fotos dele e estas duas, na feira dominical, são as consideradas por mim as mais vistosas e majestosas.

A CULTURA BAURUENSE NÃO PODE SE APEQUENAR, NEM SE AQUIETAR...
...se uma menina de 13 anos sozinha enfrentou as grandes potências na pista de skate e venceu, o que a classe artística de Bauru está esperando para soltar a voz e lutar contra a inércia, inoperância, incompetência e a paradeira que só irá ter fim quando este desGoverno for aniquilado?


A FRASE NA PAREDE
O escrito é de pequena monta, mas diante do imenso paredão lateral do Teatro Municipal, sede da SMC - Secretaria Municipal de Cultural, se faz notar e representa ipsis litteris o que de fato se passa dentro da nossa casa cultural, um sono profundo, tempos de inércia e justificativas para tudo, principalmente para a inoperância, que na verdade é também descaso para uma classe artística totalmente no abandono, sem projetos que os movam e sem atividades. A própria secretária foi conduzida ao local, mas nada pode fazer, diante da mais pura verdade ali contida, ou seja, o sono é profundo e com os atuais medicamentos ministrados sem nenhuma possibilidade de abertura de olhos. Dizem o estado letárgico perdurará pelos quatro anos do mandato da incomPrefeita Suéllen Rosim.

- "Nessa altura do campeonato, a pandemia segue, isso é certo, nem sabemos se com vacinas ela terminará. O que eu sei é que em várias cidades as ações estão acontecendo com protocolos. Expliquem por que Bauru está tão parada. Eu expus em maio em São Paulo e agora a mostra irá pra Pinacoteca de Botucatu. Essa paradeira aqui é que não cola mais. É fiquemos fé olho, pois em setembro deverá abrir as inscrições para o PEC", Ronaldo Gifalli.

terça-feira, 27 de julho de 2021

COMENDO PELAS BEIRADAS (105)


O FRIO CHEGANDO E O POVO DA RUA?
Aqui foto do Ginásio de Esportes Darci César Improta, no Geisel, avenida Luiz Edmundo Coube, entre o Hospital Estadual e Unesp Bauru, que por alguns meses, durante a pandemia serviu de abrigo para pessoas em situação de rua. O lugar era deslocado do centro urbano, dificultava em muito o acesso dessas pessoas, mas era um "porto seguro", hoje desativado e com toda a instalação sendo guardada em lugar incerto e não sabido, justamente quando as notícias de última hora apregoam de um intenso e inusitado frio para os próximos dias, destes nunca vistos, daí, a Prefeitura novamente finge não ser com ela o problema, mas pecando por muita omissão e pela não antecipação de catástrofes que poderiam muito bem ser evitadas.

REPERCUSSÃO:
- "Ouvi no rádio agora que instituições religiosas e igrejas irão oferecer abrigo a população em situação de rua nessa onda de frio que está chegando. Apenas o Ceac, Esquadrão da Vida e Bom Pastor abrigarao animais também. Uma vergonha a PM de Bauru delegar a proteção dessas pessoas às instituições sociais e religiosas. Além das manutenções prediais das Upas e Ubs, agora o município "terceiriza" mais essa obrigação sob o olhar conveniente da Câmara Municipal. Lamentável", Regina Célia Furlanetto.
- "Plano para supervalorizar as ações das igrejas e instituições religiosas deixando elas sozinhas no campo do apoio as pessoas necessitadas. E sintomático o fato de ter o "fundo de solidariedade" do município nas mãos da mãe pastora da igreja da bolsuelen", Eric Schimitt.
- "Já é surreal pensar que alguém chegue no auge da estupidez colocar um albergue nessa região, sabendo que a população de rua encontra se na região central, poderia chamar esse gestor de energúmeno, desorientado, boçal. Contudo , acredito que isso é proposital, então cabe melhor chamar de canalha mesmo", Amanda Helena.
- "A localização em si já era uma loucura, o descaso com a população em vulnerabilidade é absurda. Se Bauru fizer - 2 graus como previsto, provavelmente teremos óbitos e esses óbitos estarão no nome da Prefeita, no nome da Prefeitura. Não tem nota de pesar que justifique esse desinteresse", Giovana Rosalino Melanda.
- "Primeiro foram as Upas/PSs e agora se isso realmente proceder é melhor alguém começar a agir, de verdade, porque a nossa cidade se tornará um reduto evangélico "universal". E se as pessoas começarem a se debandar para esse lado, além das que já estão, Bauru nunca mais sairá desse abismo. É justamente pelo que vc citou que a Constituição menciona que o Estado deve ser laico e cumprir com suas responsabilidades. Minha esperança é que Bolsonaro perca a eleição ano que vem e enfraqueça seus aliados, tanto no âmbito estadual qto municipal", Mary Moretto.

A REPETIÇÃO DA MENTIRA - PREFEITURA NAS MÃOS DA incomPREFEITA SUÉLLEN É PERSONIFICAÇÃO PINÓQUIANA, A DO NARIZ NUM CRESCENDO
A mentira como mola mestra de tudo. Circula pela cidade rumores da não realização disso e daquilo em vários setores do serviço público por causa do orçamento deste ano não ter previsão para os gastos. Balela, mentira deslavada. Podem inventar outra justificativa para acobertar a falta de iniciativa, pois essa não cola. Podem acusar o ex-prefeito Clodoaldo Gazzetta de muita coisa, mas neste caso, de omissão no quesito previsão orçamentário é muita cara de pau, pois o trabalho dele foi bem feito e tudo já está mais do que divulgado, sendo aqui neste momento, somente confirmado. A culpa neste caso não é da administração passada e sim, totalmente da atual.

Se o dinheiro que antes seria utilizado para uma finalidade, foi contingenciado e hoje é utilizado totalmente para outra finalidade, isso é outra coisa e precisa ser melhor entendido e analisado. Em alguns casos é relevante essa transferência, em outros nem tanto e em alguns, inadmissível, pois zera a participação de pastas inteiras, como a da Cultura, que hoje não tem grana nem para gastos mínimos, daí a paradeira generalizada, total e absoluta. Na verdade, o que ocorre é a total inoperância e falta de critérios, pois quando se faz uso de argumento pueril para justificar as próprias falhas, jogando sempre a culpa no outro, pode ter certeza, algo de errado ou anormal está em curso. Publico aqui algo do orçamento previsto e deixado pelo ex-prefeito, como manda a legislação em vigor. Disto tudo, algo bem simples: a prefeita e alguns secretários não se utilizam da verdade dos fatos, pois na fala de alguns destes, muito mais fácil e conveniente jogar a culpa no outro do que assumir a sua própria. Ou seja, Bauru desgovernada e em processo de ladeira abaixo. O choque lá na frente será inevitável, pois não batem os argumentos, em algum momento eles terão quer ser confrontados e a culpa recair sobre a quem de direito.


PRIVATIZAR A ÁGUA É PAU MANDADO, TUDO PARA PIORAR A VIDA DO POBRE - AUDIÊNCIA PÚBLICA ESCRACHA O QUE ESTÁ POR DETRÁS DA INICIATIVA
Nesta terça-feira (27/7), às 9h, a Câmara Municipal de Bauru promove uma Audiência Pública Virtual para discutir sobre os riscos e impactos da PEC n.º 32/2020, como também o eminente risco de privatização do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru, Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobras), Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ou simplesmente Correios. A iniciativa é da vereadora Estela Almagro (PT).
Foram convocados a prefeita Suéllen Rosim; o presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), Marcos Saraiva e o presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb), Luiz Carlos Valle.
Também foram convidados os representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm); da Central Única dos Trabalhadores (CUT) - Subsede Bauru; do Sindicato dos Empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Similares de Bauru, Araçatuba, Botucatu, Presidente Prudente e Região (Sindecteb) e do Sindicato dos Servidores Públicos do Sistema Penitenciário Paulista (Sindcop) Subsede Bauru. Também foram convidados os deputados federais Alexandre Padilha (PT), Carlos Zarattini (PT) e Nilto Tatto (PT) e os deputados estaduais Márcia Lia (PT), Professora Bebel (PT), Enio Tatto (PT) e Paulo Fiorilo (PT).
Para participar acesse o link da Plataforma Zoom:
https://us02web.zoom.us/j/87029734059
ID da reunião: 870 2973 4059

ENCONTRO NA RUA O MAIOR GUARDA METAS DE BAURU E SURGE BATE PAPO AO VIVO:
Luizão, eterno guarda metas do glorioso e centenário Noroeste, falando do Amantini, Facioli, histórias da bola, sua nova casa e a saúde. Registro de improviso deste mafuento HPA

segunda-feira, 26 de julho de 2021

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (151)


EU E MEUS AMIGOS (AS), AÇÃO CONCRETA DE UMA VIDA INTEIRA
Confabulando com um destes, que não identifico, mas cito a frase, pois numa conversa online destes dias, quando um se justificava ao outro pelo não comparecimento num ato público ao qual fora convidado, sua justificativa foi das mais plausíveis e me preencheu totalmente de satisfação por conviver com pessoa tão altiva, resoluta, sincera e decidida: "Não pude. Estava recluso (a) fazendo uma concentração de esforços para ação nos próximos dias. Um caso em particular que me levou a estudar cinco dias até a madrugada. Adoro ferrar com empresários, sonegadores, estelionatários que adoram lesar os mais pobres e para executar isso a contento, se faz necessário estudo, concentração, para acertar o alvo em cheio". Plenamente justificada a ausência. Esses são meus amigos (as). Com eles a vida se torna mais leve, pois sei estarem do lado certo e agindo para desancar e desmontar a falcatrua em curso. Minha resposta para ele (a): "Exatamente por isso que te adoro de montão".
HPA, desejando boa semana para tudo, todas e todos

PRATA OLÍMPICA COM SKATE E OBRA PARADA EM BAURU
Em foto de Pedro Romualdo, cenário do Mary Dota, onde até bem pouco tempo estava sendo construído mais uma pista de skate na cidade, mas as obras foram paralisas e agora, quiçá, por obra dos resultados da modalidade nas Olimpíadas de Tóquio, com duas medalhas de prata, a Prefeitura crie vergonha na cara e termine o começado e propiciado à Bauru através de emenda parlamentar do deputado federal Nilto Tatto PT/SP. Agora, sob pressão a incomPrefeita deverá inaugurar em breve e com falatório a seu favor.

A moradora do bairro Karen Romano me atualiza como vai a obra: "Já tá concretado aí esse buraco mas tem muito ferro pontiagudo ali e as crianças brincam lá sem supervisão ... Vai ficar bom qdo acabar mas eqto isso obra parada é perigoso e um estorvo".

Outra moradora, Regina Célia Furlanetto vai na mesma linha: "É um absurdo estar paralisada a obra. O que será que aconteceu? Algum vereador não poderia cutucar o Dep. de Obras da PM Bauru? Alô vereadores do Mary Dota!".

BAURU E ALGO SOBRE A CAVALGADA COM AQUELE QUE RECEBE NAZISTAS ENTRE ABRAÇOS E BEIJOS
Qualquer ato que seja, por mais pequenino que for, tendo a participação do ex-capitão acaba se tornando uma aberração, pois a simples presença de pessoa tão ignóbil, quando anunciada previamente num localidade, deve ser envolta de toda repugnância possível. Mais do provado, não só a crueldade, malvadeza, mas o teor criminoso de tudo o que faz este cidadão. Foi um dos maiores erros da História brasileira ter sido possibilitada a ascensão de alguém tão vil a cargo tão significativo. Nunca o Brasil esteve tão degradado como está neste momento e Bauru se inserindo neste contexto quando um deputado federal, expurgado de Ourinhos e região, esse tal de capitão Augusto, propõe receber para uma cavalgada este ser desprezível em todos os sentidos. Não existe como contemporizar, passar o pano, remediar e postergar. Bauru não pode receber esse cidadão nessa semana como se nada estivesse em curso e acontecendo. Este ser totalmente no desvio acaba de receber entre beijos e abraços um casal representando o nazismo alemão e entre outras afirmações, diz que se vivesse na Alemanha naquele período teria se perfilado junto ao nazismo. Chega de tudo e vamos pras ruas repudiar a vinda deste bestial em território bauruense. Este ser já passou de todos os limites e continuar babando ovo para ele é o mesmo que afirmar, só pode ser da mesma laia e sordidez. Repúdio total para essa cavalgada, se é que ela ainda irá acontecer. Nada é mais importante do que isso neste momento, rejeitar essa cavalgada, ale´m de denunciar sua realização, como essa paparicação para alguém que só nos envergonha com sua presença em Bauru.

CONFIRMAÇÃO - Em entrevista, Bolsonaro admite ter simpatia por Adolf Hitler e confirma que se pudesse, teria sido soldado nazista. ESSA É A PROVA MATERIAL DE QUE BOLSONARO É NAZISTA.

HOJE MAIS UM QUERIDO QUE SE VAI - CASOU A CIDADE INTEIRA E DANÇAVA COMO NENHUM OUTRO, UM SER ADMIRÁVEL E MUITO BEM RESOLVIDO, DE BEM COM A VIDA
"ARTHUR GUEDES NETO, DE CASAMENTEIRO A DANÇARINO
Com o devido respeito, Arthur Guedes Neto é Juiz de Paz na comarca de Bauru, ou seja, também conhecido como casamenteiro. Já deve ter casado mais da metade da cidade e continua em plena atividade, com seus quase dois metros de altitude (sic) e outros tantos de simpatia. Um belo sorriso é algo que não sai fácil de sua face. Esbanja simpatia, estando sempre irradiando alegria pelos quatro cantos da cidade. Se já é figura das mais populares pela sua atividade como "santo casamenteiro", é também muito conhecido por outra atividade paralela, a de voraz dançarino nos salões da cidade. Adora música popular brasileira de qualidade e faz questão de circular por variados locais, dançando ou assistindo a shows. Seu negócio parece ser um só, não ficar em casa vendo o tempo passar e por onde anda, sempre o acompanha a cara-metade, a bela esposa. Vê-lo deslizando pelas pistas da cidade é de encher os olhos. Arthur é uma pessoa a irradiar sensatez nesse turbulento mar dos tempos atuais. Vai em busca do que quer e só por isso, é figura de destaque na cidade, da forma mais positiva possível", publicado por este HPA em seu blog Mafuá do HPA, 17/02/2019.

BOLEIROS ENTRISTECIDOS, JOÃO CARLOS FACIOLI, GOLEADOR NOROESTINO SE VAI AOS 68 ANOS
Em tempos de pandemia, quando o futebol a gente só vê pela TV ou ouve pelo rádio, há mais de ano e meio sem botar os olhos num jogo ao vivo, isso é mais que uma tortura para os amantes da bola, dentre os quais me incluo. Dois dias atrás quem parte e me faz ficar aqui no meu canto, relembrando de quando fui descobrindo os jogos no Alfredo de Castilho, alguns escretes noroestinos que davam gosto de torcer, vibrar e gritar pelo time de nossa aldeia. Nele, nesse timaço dos meus tempos de juventude, estará sempre JOÃO CARLOS FACIOLI, um cara que sabia fazer gols como ninguém. Lembro muito bem dele e de suas diabruras com a bola nos pés. Era um cara irreverente, jovial, cabelos e barba comprida, fez parte daquele time montado pelo Amantini em 1978, tendo Jairzinho como o astro maior. Jogou numa pá de times, começando em Araçatuba, depois circulando por aí, São bento, XV de Jaú, Marília, Universidade Católica do Chile, Coritiba e Atlético PR. Quantas histórias e agora, 68 anos, se foi, deixando muita saudade nestes eternos admiradores, gente como eu que, aprendeu a gostar de futebol, não só vendo seus astros na TV, mas ao vivo, principalmente no campo da cidade, no Alfredão de Castilho. Hoje, cá sózinho em meu canto, bate aquela lembrança doída, primeiro pela perda do seu Cláudio Amantini e depois, pela João Carlos. Parece um filme rodando na cabeça, desses revivendo coisas que pensava já ter esquecido, mas agora revigorados e bem vivos na memória.

domingo, 25 de julho de 2021

RETRATOS DE BAURU (254)


SOU DE UM TEMPO ONDE ABUNDAVAM LIVRARIAS, MAS TUDO SE REVERTEU... - MARÍLIA, OURINHOS, JAÚ, BARRA BONITA E A RESISTENTE DE SANTA CRUZ DO RIO PARDO
Muitos anos atrás, creio que mais de vinte, viajava muito pelo interior, tempos quando era supervisor de seguros. Boas lembranças e em cada cidade, algo que sempre fazia era procurar pelas livrarias. Trabalhei e morei por dois anos em Marília e bem na frente do Bradesco, não na avenida Sampaio Vidal, mas na lateral, tinha um imensa, só com saldos. Tinha pra todos os gostos. Era uma delícia, comprava livros ali todas semanas. Ela foi definhando, acompanhei isso anos depois e hoje, pelo que sei, não resta mais nenhum de rua por lá e somente um sebo no centro da cidade. Em Ourinhos também tinha uma livraria no mesmo estilo dessa de Marília, junto da praça central, do lado de baixo, lojão grande e com imensa variedade de livros. Fazia a festa nas idas e vindas ali. Com grande tristeza acompanhei também, não só o fechamento desta, mas de todas as demais e nem sei se alguma resiste por lé. Creio que não, o que é de uma tristeza de doer. Não existe coisa mais triste do que cidades do porte dessas duas sem sequer uma livraria de rua ou um bom sebo. Inconcebível. E por que antes tínhamos e hoje não temos mais? O que aconteceu com esse público leitor, que antes consumia e hoje deixou de fazê-lo? São perguntas de difícil resposta. Tento entender, enfim, são tantas coisas.

Dias atrás folheando o jornal DEBATE, de Santa Cruz do Rio Pardo, cidade de aproximadamente 60 mil habitantes, uma matéria sobre professora da cidade que lançou seu primeiro livro e lá, num cantinho da matéria a informação que ele também poderia ser encontrado na Emporium, a única livraria da cidade, bem ao lado do supermercado Avenida, numa das mais movimentadas avenidas da cidade. Pensei cá comigo, como pode, passo sempre por lá e nunca a vi. Como pode não ter reparado numa livraria e ainda mais num cidade do tamanho de Santa Cruz? Sempre que vou lá ia num sebo, ali perto da praça da igreja matriz, depois leio que ele estava para fechar, o único da cidade. Li também que a maior banca da cidade, numa loja, quase ao lado do prédio da Prefeitura, seu proprietário anunciava ter aumentado o movimento com a pandemia, enfim, as pessoas estavam lendo mais. Achei aquilo ótimo. E agora essa, novidade mais que alvissareira, uma resistente livraria na cidade. Escrevo para o André, do DEBATE e pergunto da mesma e o questiono: vocês já escreveram deles, não? Ele me responde e confirma, sim, já haviam escrito. Envia um áudio e nele conta das dificuldades e que quase fecharam. Pudera, diante de tudo o mais, eles merecem algo mais além do reconhecimento. o faço de força espalhafatosa e creio, por conseguirem se manter com as portas abertas nestes tempos, merecem um título de reconhecimento da Câmara de Vereadores local.

Encerro com o link da matéria do jornal local, final do ano passado, quando contaram o algo mais da Emporium: https://www.debatenews.com.br/.../detalhes/cultura-em-ruina. Se pudesse ia lá ainda hoje e comprava tudo o que conseguisse, só para vê-los com incentivo para não desistir. Livraria é como um oásis nestes tempos, algo mais que grandioso em tempos de emburrecimento coletivo. Daí, por mais que tentem me explicar e com mil justificativas, creio ser incompreensível uma biblioteca pública como a nossa central de Bauru, junto ao Teatro Municipal, permanecer fechado durante toda a pandemia e não ter emprestado sequer um livro nesse período, justamente o que o leitor mais tempo permaneceu em casa e ávido por leitura. Alguma forma teriam que ter encontrado, buscado uma solução da China, mas não ter quebrado esse vínculo do leitor com os livros. Deixaram quebrar e quando voltar, tomara esse algo mais, não tenha se dissipado, se perdido com o longo afastamento. Por fim, lembro de outro abnegado, o Sander, do Sebo Garagem, lá nos altos de Jaú, pertinho do Hospital Amaral Carvalho, hoje a única livraria de rua na cidade, quando também dos tempos quando lá trabalhei - morei também dois anos em Jaú -, tinham algumas e a banca do Valim, tinha banca de livros. Hoje sei, deve ainda ter uma livraria mais chique dentro do shopping, mas nada se iguala a das ruas. Gosto de sentir o cheiro dos livros na beira das calçadas e não em lugares mais refinados. E antes de fechar este texto, me lembro de outra, essa da Barra Bonita, outro lugar que sempre entro quando passo por lá, cidade quase do mesmo tamanho de Santa Cruz e com uma maravilha lá na rua principal, um desses lugares mais que encantados numa cidade pequena.
Em tempo: Não vejo a hora de dar com os costado em Santa Cruz, só para ir conhecer a Emporium, ver seus donos, olhos nos olhos e conversar sobre isso tudo, dessa loucura que deve ser manter algo aberto em tempos quando tudo conspira contra.

SEU CLAUDIO AMANTINI SE FOI...
Eu sempre tive muito respeito pelo "comendador" Claúdio Amantini. Cheguei a viajar ao seu lado e fazer muitas entrevistas para um futuro livro, que não chegou a vingar e daí, o conhecendo melhor, sei pessoalmente do seu verdadeiro amor pelo Esporte Clube Noroeste, o clube desta aldeia bauruense e tudo o que fez para vê-lo nas alturas. Fez parte de um seleto grupo de dirigentes esportivos do interior paulista, destes não mais possíveis e nem existentes. Os tempos eram outros, o futebol do interior muito mais valorizado que hoje, mas o dirigente daquela época amava o time da cidade e fazia misérias por ele. Seu Cláudio fez misérias pelo Noroeste, todos sabemos. Tenho muitas fotos dele e das viagens que fizemos juntos, todas inesquecíveis e dessas que, nunca mais sairão de minha memória. Aqui três delas do ano de 2016. Estou muito triste e dele só posso escrever as boas coisas, pois as demais, além de folclóricas, não são diferentes de tantas outras da construção da vida empresarial país afora. Fico com a de seu envolvimento com o Noroeste, algo com o elo indissolúvel já pelo apelido de ambos, a forma como ambos são chamados, "vermelhinhos". Ele pela coloração de sua pele e o time pela cor de sua camisa. Vai deixar muita saudade, pois não se faz mais dirigentes tão apaixonados pelos times de uma cidade, a ponto de misturar tudo, seu patrimônio com o do clube. Misturava e não retirava, não sacava, só colocava. São tantas histórias. Algumas dessas inesquecíveis. Grande figura humana. Ele é ele e pronto, o Noroeste sempre terá sua cara. Ele sabia como poucos dessas coisas de bola, boleiros e hoje por aqui, ninguém dentre todos os que se arvoram apaixonados pelo Noroeste, não chegam nem perto dele.
Em tempo: Eu poderia ficar sem escrever dele, mas não posso, pois durante pelo menos dois anos estivemos bem próximos. Viajamos juntos por várias cidades, acompanhamos jogos, fui à sua casa em Ilha Comprida, gravamos muita conversa e após isso tudo, inevitável e impossível, conhecendo-o melhor, não ter por ele muito carinho.

VISITA ILUSTRE PARA CONVERSAR COM DNA - ALEXANDRE PADILHA
Ex-ministro Saúde e hoje deputado federal PT SP, ALEXANDRE PADILHA em bate papo exclusivo com Núcleo Base DNA Petista.

Foi na última sexta-feira, 23/07, quando de sua passagem por Bauru e região, compromissos agendados o dia todo e ao final, antes do retorno para capital, um encontro reservado de última hora com militantes do Núcleo de Base DNA Petista, quando falou aos presentes sobre a conjuntura, sua área, a médica e conversou com todos os presentes, num claro entendimento de que, com pessoas assim construiremos a recuperação que este país precisa. 

O DNA mostrou a ele o compromisso com a cidade e suas questões e ele, se posicionou favoravelmente a estreitar os contatos para ações em conjunto na cidade e região. Foi um bate papo dos mais auspiciosos, com gente que nos representa dignamente nas hostes políticas deste país. Este é dos nossos...