Eis o link do Bate Papo com ele: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/posts/3671222779574371
HOJE ESTOU NUM DAQUELES DIAS...
Se existe estado depressivo, nele me encontro hoje, prostrado e não querendo reagir. Tentei sair pela manhã, fazer algo, vi que não iria ter velório do falecimento do amigo LÁZARO CARNEIRO e fiquei rodando pela cidade, subi até o alto do Bela Vista, lá pelos lados do Clube do Vovó, dei duas voltas diante da casa do amigo e não vi movimento algum. Depois fiquei sabendo que, o enterro se deu com poucos familiares, tudo reservado como manda o figurino nesses casos. Não, esse não foi um caso sem querer, ou seja, foi mais dessa insanidade vivida nestes tempos doentios e perversos. Seu Lázaro já tinha passado pelo pior e quando foi para o hospital, ele mesmo sentia estar passando por um outro momento. Liguei e conversei com ele, estava animado, falante, coisa que não estava antes. Foi lindo ouvi-lo dizer dos planos para quando sair, da viagem que estava planejando fazer pra praia com o amigo Dangio quando tudo isso passasse e do livro que me disse estava pronto e cujo nome, desses compridões, me fez anotar numa folha e hoje passo adiante: "Em meio a eucaliptos e canaviais ouvi o último uivo do lobo paulista".Falou com tanta empolgação, ali estava contidos 100 versos sobre o cerrado paulista, algo pelo qual esse danado entendi muito bem. Quando desliguei o telefone aquele dia, tinha a certeza dele ter dado a volta por cima, ter passado uma rasteira da depressão e que estaria em campo, batendo um bolão num curto espaço de tempo, mas havia me esquecido dessa bosta hoje, onde vejo cada vez mais gente repetindo, "entrou vivo no hospital, de lá não sai mais vivo". Ele empreendeu uma luta, das maiores de sua vida para vergar a tristeza acumulada dentro do peito, motivada pela desgraceira do ser humano destruidor, em todos os sentidos e meios e quando voltou a enxergar uma luz no final do túnel, sobre ele se abateu a implacável covid. Ele tomou as vacinas, mas elas não o salvaram, não por não fazerem efeito, elas fazem, mas a gente sabia que, a pessoa quando pega a coisa e já está debilitado, daí dificilmente escapa. Seu Lázaro não segurou essa e deixa uma legião de gente meio que órfã. Eu hoje estou imprestável, não querendo fazer nada, não prestando atenção em nada, zonzo e tontão, também de pavio mais do que curto. Até por causa disso, entrei pouco nas redes sociais, pois não quero me indispor com ninguém. Pelo que me conheço, por pouca coisa hoje explodo e subo nos tamancos, daí após as voltas que dei pela manhã, gastei gasolina, vim pra casa e me tranquei. Fiz um almoço e este só saiu depois das 14h. Tudo estava mais lento, devagar quase parando, comi, sentei no sofá, a televisão falava das Olimpíadas e nem prestei atenção. Sentei ao lado do computador e dormi sentado. Um livro aberto na minha frente e nada me entra na cachola. Por duas vezes, Ana veio me chacoalhar, fazer com que volte pra realidade, mas sei, hoje será difícil. Hoje fui acometido pela tristeza e ela está dentro de mim, pelo visto encruada e não querendo ir embora nem com reza braba, ainda mais porque, nem eu, nem Lázaro rezamos. Hoje eu só produzo isso, abobrinhas. A cabeça não está atinando lá muito bem. Sentei agora e tentei fazer uma homenagem pra ele, uma das pessoas que mais admirava nessa cidade, uma fonte de inspiração e sei, só sai coisas sem sentido. Preciso ficar mais um tempo quieto, calado, aqui no meu canto. Preciso buscar forças pra continuar remando contra essa maré perversa aí fora e talvez agora, com mais essa porrada, o faça com mais intensidade. Isso tudo talvez sirva pra me fazer enxergar que, o tempo que me resta de vida é pouco e daí, preciso aproveitá-lo ao máximo, até porque gente como eu e Lázaro acreditamos nisso aqui, nessa vida e daí se algo precisa ser feito é aqui, já, agora e amanhã, como se vê já é tarde demais. Eu sei, preciso ser mais duro, inflexível, implacável com tudo isso diante de nós. É o que me resta fazer. Acho que essa é a lição que tiro com o passamento do amigo Lazinho: não dourar mais a pílula e partir pras cabeças. Lazinho ficaria contente se me visse soltando as amarras e esbofeteando a hipocrisia reinante com toda força. Farei isso por ele e por tantos, de igual teor que se foram. A gente não pode mais esperar e nem tem tempo a perder. À luta, mas só quando baixar essa tristeza dentro de mim. Ela há de passar, mas não sei como. Eu já escrevi tanta coisa dele no meu blog, o Mafuá do HPA e aqui o link para reler algumas delas, pois escrever mesmo algo mais, sei nada sairá: https://mafuadohpa.blogspot.com/search...
Em Tempo: Tirei muitas fotos dele e estas duas, na feira dominical, são as consideradas por mim as mais vistosas e majestosas.
A CULTURA BAURUENSE NÃO PODE SE APEQUENAR, NEM SE AQUIETAR......se uma menina de 13 anos sozinha enfrentou as grandes potências na pista de skate e venceu, o que a classe artística de Bauru está esperando para soltar a voz e lutar contra a inércia, inoperância, incompetência e a paradeira que só irá ter fim quando este desGoverno for aniquilado?
O escrito é de pequena monta, mas diante do imenso paredão lateral do Teatro Municipal, sede da SMC - Secretaria Municipal de Cultural, se faz notar e representa ipsis litteris o que de fato se passa dentro da nossa casa cultural, um sono profundo, tempos de inércia e justificativas para tudo, principalmente para a inoperância, que na verdade é também descaso para uma classe artística totalmente no abandono, sem projetos que os movam e sem atividades. A própria secretária foi conduzida ao local, mas nada pode fazer, diante da mais pura verdade ali contida, ou seja, o sono é profundo e com os atuais medicamentos ministrados sem nenhuma possibilidade de abertura de olhos. Dizem o estado letárgico perdurará pelos quatro anos do mandato da incomPrefeita Suéllen Rosim.
Ontem ouvi na rádio bestial e desgraçando com o país, a Velha Klan, os pérfidos fazendo uso daquele microfone desdizendo da desgraça mundial do clima ocorrer em decorrência da ação de gente como esse ex-capitão, criminoso miliciano a nos governar. Esse cara mata e muito, hoje mesmo acordo e vejo que uma baita amigo antecipou sua partida e dentre todos os motivos pelos quais se foi está de depressão, quando aliada a outras incidências é mais que fatal. E esse amigo, Lázaro Carneiro, o poeta do cerrado, se foi por tristeza, mais por isso, por ver tudo o que ocorre com este país e nada poder fazer. Ele escreveu muito, produziu muito, mas neste momento, diante de tanta atrocidade, carnificina sendo produzida aos borbotões pelos desGoverno Federal e seus asseclas, se via inerte, de mãos atadas e vendo o grande mal avançando. Feneceu e ninguém conseguiu segurar e aplacar seu desgosto. Portanto, tenho a mais absoluta certeza, Bolsonaro não só personifica o mal, como mata e muito, muito mesmo. E agora, diante de tudo o que vejo, talvez sua vinda até Bauru para uma cavalgada é o fim da picada. Jogar ovos nesses, se o negócio ocorrer, é o mínimo que posso fazer para não enlouquecer de vez, até para lembrar esses mortos todos em decorrência de seus atos.
HOJE ESTOU NUM DAQUELES DIAS...
Se existe estado depressivo, nele me encontro hoje, prostrado e não querendo reagir. Tentei sair pela manhã, fazer algo, vi que não iria ter velório do falecimento do amigo LÁZARO CARNEIRO e fiquei rodando pela cidade, subi até o alto do Bela Vista, lá pelos lados do Clube do Vovó, dei duas voltas diante da casa do amigo e não vi movimento algum. Depois fiquei sabendo que, o enterro se deu com poucos familiares, tudo reservado como manda o figurino nesses casos. Não, esse não foi um caso sem querer, ou seja, foi mais dessa insanidade vivida nestes tempos doentios e perversos. Seu Lázaro já tinha passado pelo pior e quando foi para o hospital, ele mesmo sentia estar passando por um outro momento. Liguei e conversei com ele, estava animado, falante, coisa que não estava antes. Foi lindo ouvi-lo dizer dos planos para quando sair, da viagem que estava planejando fazer pra praia com o amigo Dangio quando tudo isso passasse e do livro que me disse estava pronto e cujo nome, desses compridões, me fez anotar numa folha e hoje passo adiante: "Em meio a eucaliptos e canaviais ouvi o último uivo do lobo paulista".Falou com tanta empolgação, ali estava contidos 100 versos sobre o cerrado paulista, algo pelo qual esse danado entendi muito bem. Quando desliguei o telefone aquele dia, tinha a certeza dele ter dado a volta por cima, ter passado uma rasteira da depressão e que estaria em campo, batendo um bolão num curto espaço de tempo, mas havia me esquecido dessa bosta hoje, onde vejo cada vez mais gente repetindo, "entrou vivo no hospital, de lá não sai mais vivo". Ele empreendeu uma luta, das maiores de sua vida para vergar a tristeza acumulada dentro do peito, motivada pela desgraceira do ser humano destruidor, em todos os sentidos e meios e quando voltou a enxergar uma luz no final do túnel, sobre ele se abateu a implacável covid. Ele tomou as vacinas, mas elas não o salvaram, não por não fazerem efeito, elas fazem, mas a gente sabia que, a pessoa quando pega a coisa e já está debilitado, daí dificilmente escapa. Seu Lázaro não segurou essa e deixa uma legião de gente meio que órfã. Eu hoje estou imprestável, não querendo fazer nada, não prestando atenção em nada, zonzo e tontão, também de pavio mais do que curto. Até por causa disso, entrei pouco nas redes sociais, pois não quero me indispor com ninguém. Pelo que me conheço, por pouca coisa hoje explodo e subo nos tamancos, daí após as voltas que dei pela manhã, gastei gasolina, vim pra casa e me tranquei. Fiz um almoço e este só saiu depois das 14h. Tudo estava mais lento, devagar quase parando, comi, sentei no sofá, a televisão falava das Olimpíadas e nem prestei atenção. Sentei ao lado do computador e dormi sentado. Um livro aberto na minha frente e nada me entra na cachola. Por duas vezes, Ana veio me chacoalhar, fazer com que volte pra realidade, mas sei, hoje será difícil. Hoje fui acometido pela tristeza e ela está dentro de mim, pelo visto encruada e não querendo ir embora nem com reza braba, ainda mais porque, nem eu, nem Lázaro rezamos. Hoje eu só produzo isso, abobrinhas. A cabeça não está atinando lá muito bem. Sentei agora e tentei fazer uma homenagem pra ele, uma das pessoas que mais admirava nessa cidade, uma fonte de inspiração e sei, só sai coisas sem sentido. Preciso ficar mais um tempo quieto, calado, aqui no meu canto. Preciso buscar forças pra continuar remando contra essa maré perversa aí fora e talvez agora, com mais essa porrada, o faça com mais intensidade. Isso tudo talvez sirva pra me fazer enxergar que, o tempo que me resta de vida é pouco e daí, preciso aproveitá-lo ao máximo, até porque gente como eu e Lázaro acreditamos nisso aqui, nessa vida e daí se algo precisa ser feito é aqui, já, agora e amanhã, como se vê já é tarde demais. Eu sei, preciso ser mais duro, inflexível, implacável com tudo isso diante de nós. É o que me resta fazer. Acho que essa é a lição que tiro com o passamento do amigo Lazinho: não dourar mais a pílula e partir pras cabeças. Lazinho ficaria contente se me visse soltando as amarras e esbofeteando a hipocrisia reinante com toda força. Farei isso por ele e por tantos, de igual teor que se foram. A gente não pode mais esperar e nem tem tempo a perder. À luta, mas só quando baixar essa tristeza dentro de mim. Ela há de passar, mas não sei como. Eu já escrevi tanta coisa dele no meu blog, o Mafuá do HPA e aqui o link para reler algumas delas, pois escrever mesmo algo mais, sei nada sairá: https://mafuadohpa.blogspot.com/search...
Em Tempo: Tirei muitas fotos dele e estas duas, na feira dominical, são as consideradas por mim as mais vistosas e majestosas.
- "Nessa altura do campeonato, a pandemia segue, isso é certo, nem sabemos se com vacinas ela terminará. O que eu sei é que em várias cidades as ações estão acontecendo com protocolos. Expliquem por que Bauru está tão parada. Eu expus em maio em São Paulo e agora a mostra irá pra Pinacoteca de Botucatu. Essa paradeira aqui é que não cola mais. É fiquemos fé olho, pois em setembro deverá abrir as inscrições para o PEC", Ronaldo Gifalli.
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