quinta-feira, 1 de julho de 2021

BAURU POR AÍ (192)


COMO PODE O JORNAL DA CIDADE ENTRAR NESSA E NÃO PEDIR PRA SAIR?
Acompanho o Jornal da Cidade desde muito tempo e hoje o percebo num dos seus piores momentos. Não, não falo da questão do definhamento do modal impresso, algo acometendo e comendo pelas beiradas todos os órgãos da imprensa e sim, pelo fato de diante do desGoverno do ex-capitão, ter assumido escancaradamente sua face. O jornal fez estardalhaço dias atrás quando lançou junto com sua antes afiliada, a 96FM, um novo programa de rádio, das 6 as 8h da manhã, onde apregoava ali residir a esperança no jornalismo nativo, o 360º, mas quando fui assistir, tendo à frente como ancora o indefectível economista (sic) Reinaldo Cafeo, pura decepção. Enfim, nada pode existir de renovação tendo este economista à frente, pois como já é sabido até pelas pedras do reino mineral, o danado é um dos mais conservadores neoliberais destas plagas. Tempos atrás digladiava com outro da mesma estirpe, Alexandre Pittolli, este na rádio Jovem Pan, ops, digo, Velha Klan, cada qual com seu microfone, ambos perversos até a medula, mas inimigos a se cutucarem. Pois, não é que se uniram e até já trocaram juras de amor.

Cafeo saiu da 94FM e se bandeou para o projeto da 96FM, junto com o jornal e agora, enterram de vez o jornalismo naquela emissora. Impossível assistir aquilo e chamar de jornalismo. Como último feito trouxe a imPerfeita Suéllen Rosim e a tratou com chamegos e rarapés. Não satisfeito publica hoje na página 2 do Jornal da cidade um texto incompreensível para os pobres mortais, quando depois de quase toda a cidade se mostrar na oposição ao despreparo dela na frente da administração pública, a elogia e a apupa como “esperança” para a cidade. É quase o mesmo que o vereador Borgo faz neste momento, quando quer Título de Cidadão para Bolsonaro, justamente quando praticamente se descobre ser ele comandante mór de algo dantesco. Ou seja, quando tudo se perfila para defenestrar a prefeita, Cafeo e o JC junto a paparicam. Que nome se pode dar a isso? No mínimo, CONLUIO, para tentar ser diplomático e não querer buscar adjetivos mais turbulentos.

Enfim, daí chego ao ápice do que quero dizer com tudo isso. O JC ainda é reduto de bons e valorosos jornalistas, mesmo muitos deles tendo saído, por diversos motivos nos últimos meses. Restam alguns bons por lá e os vejo numa sinuca de bico. Como continuar sendo sensatos e atuando dentro de diretrizes totalmente anormais? Difícil. Enfim, tenho muitos amigos que aceitaram trabalhar para a imPerfeita e atuam nas hostes da Prefeitura Municipal. Não julgo ninguém, pois sei que o calo aperta e muito nestes tempos. Daí, lamento por eles e por tentarem fazer das tripas coração para o jornal não degringolar de vez. Luta insana. Essa escrevinhação toda para lhes apresentar o falacioso artigo do Reinaldo Cafeo na edição impressa e virtual do JC de hoje. Denominado “Bauru: há seis meses sob nova direção”, me senti envergonhado de ler aquilo e em muito pelos tantos valorosos amigos jornalistas que ali ainda continuam tentando tocar o pesado fardo adiante. Eis o link para quem estiver predisposto a ler: https://www.jcnet.com.br/.../765129-bauru--ha-seis-meses....

Se o JC não pede pra sair do projeto claramente direitoso do 360º na 96FM e continua bancando Reinaldo Cafeo como dos seus mais importantes articulistas, fica escancarado o lado onde estão e o que defendem. Todos já sabíamos, mas estão a um pulo, pequeno gesto a mais para o fazerem também a favor do fascismo e de tudo o mais que tanto rejeitamos. Para mim, o JC só tem um jeito de sair bem nessa história, mas com a atual direção, os donos da grana que tocam o produto, sei não o farão, mas vejo como saída dar um belo de um bicudo nesse Cafeo, assumindo jornalismo na acepção da palavra. Do contrário, quando anunciar o fechamento definitivo de suas portas, estará totalmente desacreditado. Mesmo conservador e diante de tudo o que já ali li, não gostaria de vê-lo, quando chegar o fim, ter de fazê-lo nestas condições. Será mesmo possível existir essa mínima possibilidade? Se querem saber minha modesta opinião, a exponho a seguir: mesmo crendo ser impossível, torço por ela. Onde tem Cafeo não pode existir bom jornalismo e os motivos já são mais do que conhecidos, ou seja, o JC embarcou num projeto furado desde o início nisso do 360º e até a velha e surrada 94FM soube buscar um caminho mais salutar e se saiu imensamente melhor.
 
QUALQUER PESSOA COM UM MÍNIMO DE SENSATEZ MORRERIA DE VERGONHA, MAS A DIREÇÃO DA SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE BAURU NÃO TEVE NENHUMA
Todo ano ocorre em Bauru, patrocinado pela Secretaria Municipal de Cultura o Festival de Inverno e nele, além de apresentações do que está em curso de possibilidades ocorrendo da própria secretaria, a cereja do bolo se dá sempre com convidados externos em algo presencial diferenciado. Com a pandemia, todos sabemos, dificuldades mil para algo presencial e ninguém quer ver artistas correndo risco nesse momento, quando a pandemia continua progredindo de forma brutal. Daí, o mínimo que se esperava era algo de criativo para atrair a atenção de tanta gente do lado de lá da telinha, em casa e esperando uma propositura alvissareira e eis que, ao ser divulgada a programação bolada a sete chaves, quando com certeza a secretária esquentou muito a moringa, demorando mais de um mês para tomar a difícil decisão, diante de uma diversidade nunca vista, enfim, cabedal incomensurável de possibilidades.

E eis que a secretária Tatiana Sá tira da cartola algo nunca visto e apresenta descaradamente para a população bauruense o inusitado, o nunca visto, uma entrevista feita com três funcionários de carreira da secretaria, seus managers: dia 06, Devanildo Balmant, maestro da Banda Sinfônica, dia 07, Paulo Gomes, maestro da Orquestra Sinfônica e dia 08, Sivaldo Camargo, Coordenador da Cia Estável de Dança. E como entrevistador, o jornalista Ademir Elias, lotado na Assessoria de Comunicação e Imprensa da Prefeitura Municipal. Gosto demais dos quatro, cujos nomes aqui divulgo com pompa, jubilo e contentamento, mas desculpa, finesse eu tenho só para com eles, pois com quem bolou essa catástrofe, jogaria uma merecida torta na cara, aos estilo de como fazem os europeus diante de aberrações totalmente fora do prumo. Eis o link divulgado pela Cultura Municipal: https://www2.bauru.sp.gov.br/materia.aspx?n=38682.

Fica escancarado mais uma vez que a Secretária não irá gastar um só centavo com nada, nem hoje, nem amanhã, nem neste ano, nem ano que vem ou qualquer outro dessa administração. Tatiana Sá está totalmente engessada e tendo que tirar leite de pedra. Por sorte possui um cabedal de gente competente e com histórico de trabalho e competência por lá, do contrário, estaria num mato e sem cachorro. Todos os quatro são grandes, mas a falta de criatividade dessa administração é algo assombroso, dantesco e vexatório. Poderia discorrer aqui por horas sobre possibilidades de trazer para atividades diversas e variadas, tudo pelo formato virtual, gente do país afora, mas sem nenhum contato externo, mão atadas, recaem sobre os próprios servidores. Isso tudo é pra rir, porém, como se sabe, a situação é mais que trágica. Por essas e outras, quando a constatação é de que a Cultura em Bauru com a imPerfeita (sic) e novíssima (sic) alcaide Suéllen Rosim acabou, alguns pedem tempo, mas para ela, TOLERÂNCIA ZERO. Desculpem aos envolvidos, mas Festival de Inverno é palco para outras atividades e por gostar demais dos quatro, posso até vê-los nos dias previamente agendados, mas estou cada dia mais envergonhado dos destinos culturais desta pasta e administração, num menosprezo total e absoluto para com a Cultura. Podíamos ficar sem essa, mas vindo de Suéllen, não esperava outra coisa.

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