Este o maior problema dessa administração, sem tirar nem por. Ela não abrirá seus olhos, nem perceberá não está falando para os fiéis de sua igreja, como num culto, pois é esta sua forma, a única que sabe fazer. Se até agora, com dez meses de administração, tudo gira em torno da igreja e a cada gravação que faz pelas redes sociais enaltece isso com louvor, fica mais nítido isso, ela enxerga a cidade como uma continuidade de sua religião e ao se dirigir para a cidade expressa o que pensa, não a prefeita de todos, mas a pastora de uma igreja neopentecostal.
É simples assim. Não existe outra conclusão. Percebam o quanto isso traz resultados danosos para a cidade, pois dirigir uma cidade como se estivesse tratando especificamente para fiéis de uma determinada religião, acostumada a dogmas estabelecidos é bem diferente da diversidade laica de uma cidade, onde deve predominar o estabelecido por todas ou nenhuma delas, ou seja, um entendimento coletivo para se chegar numa solução justa, compreendendo uma linha de pensamento sem segunda intenções.
Nas restrições sendo impostas pela alcaide para a cidade, todas tem como pano de fundo isso, o seu preceito religioso, que na maioria das vezes não bate com o dos demais segmentos. Não esperem que ela irá abrir mão desta forma de pensar e agir, pois isso é bem próprio destes, guiados para agir desta forma e jeito. Vergar isso é algo a ser feito coletivamente, pois no campo das ideias não será possível. Ela foi criada assim.
Pode até dizer que vai atender isso e aquilo, mas não irá, pois fere o que teve como ensinamento dentro de casa e daí, sempre vai pender para o que manda sua seita religiosa, aquele pensamento restrito, estreito e limitado.
Esse o problema de Bauru no momento. Temos uma prefeita bitolada e assim sendo, tudo o que faz é dentro de algo pré-concebido. Não esperem nada além disso. Quando o ator Pedro Cardoso disse anos atrás que a "política não deve se misturar com religião" ou "o Estado não pode ser religioso", estava com toda razão. Eis no que dá. Aqui em Bauru não está só misturada, como é a própria administração.
PERDEU A GRAÇANo início do desGoverno da incomPrefeita Suéllen Rosim pouco eram os que afirmavam cetegoricamente ser ela inapetente para o exercício do cargo pelo qual foi eleita. Eu estive nessa trincheira desde o príncípio. Recebi pauladas e traulitadas por causa de ser contra a novidade - nada alvissareira, dizia desde sempre. Pois bem, aguentei junto de outros a pinimba e hoje, passados dez meses da travada administração, não me sinto mais sózinho. Muito pelo contrário, a máscara da alcaide caiu e continuará caindo dia após dia, pois não tem nada de novidade ou de alvissareiro para apresentar ao distinto público.
Aquilo que não se fazia necessário ser bidu para prescrever, o fato do engodo não resistir ao tempo, já é uma realidade. Hoje está chato ser oposição a ela, pois o fato já está se tornando uma unanimidade. Muitos dos funcionários públicos municipais acreditaram na novidade e achavam que ela seria a salvação da lavoura. Ledo engano e hoje, além da decepção, estão todos tendo que rever a posição e cabisbaixos concordar que aquilo no qual acreditaram era algo teatral, pueril, montagem de quinta categoria.
Pior que tudo é ver gente que demonstrou ser oposição no princípio, como esse pessoal da nefasta rádio Velha Klan, mas depois se alinharam com ela e passaram a rasgar elogios assim do nada, como que encantados por algo que não se sabe nascido de onde. Hoje, se até eles já estão desencantados, não quero estar perfilados com eles na oposição à ela e ao que representa, pois o meu interesse pelo desastre anunciado tem uma motivação e o desta rádio, como até as pedras do reino mineral sabem é bem outro. Como posso estar alinhado com o que representa Alexandre Pittolli e Reinaldo Cafeo, por exemplo. Perdeu a graça.
Suéllen representa esse bolsonarismo oco, desprovido de sentido social e sem nenhum cabedal de sustentação, algo surgido de um vácuo e surfando por um tempo, mas nada além disto. Para gente como eu, isso sempre esteve bem claro. Muitos se deixaram levar e se hoje, ela perdeu o encanto de todos, precisamos ver o que uns e outros querem desta cidade daqui por diante. Evidente que, o que gente como Pittolli, Velha Klan, Cafeo, FM96 querem não é o mesmo que a motivação da massa trabalhadora hoje sendo danada por um desGoverno fundamentalista e sem noção. Não me coloquem no mesmo barco que estes, por favor, pois tenho um nome a zelar. Sou do time dos que desde o princípio cutucam essa nhaca de neoliberalismo fundamentalista como uma desgraça para o povão, mas se hoje, ela também deixou de ser interessante para outros, estes ligados umbilicalmente com desgraças anteriores por estas bandas, continuo mantendo distância destes. O joio não se mistura com o trigo e quando isso acontece, sempre gera indigestação sem tratamento conhecido, quanto menos cura.
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