domingo, 17 de outubro de 2021

RETRATOS DE BAURU (257)


ATÉ QUEM PEGAVA LEVE COM A ADMINISTRAÇÃO SUÉLLEN JÁ PERDEU A PACIÊNCIA - A LIGA DAS ESCOLAS DE SAMBA JÁ NÃO TEM MAIS ESPERANÇAS DA REALIZAÇÃO DO CARNAVAL 2022
Allison Carlos é o presidente da Liga das Escolas de Samba de Bauru. Pessoa ponderada, ouve muito, fala pouco, tem o dom de saber escutar, refletir antes de emitir sua opinião, mas mesmo com todos esses predicados, não aguentou mais e jogou a toalha, com um texto publicado ontem em grupos ligados ao Carnaval, onde desanimado, já tem a certeza de que não existe a menor boa vontade da administração fundamentalista de Suéllen Rosim em realizar o Carnaval ano que vem. Tiveram outros fatores. A prefeita tentou dinimuir a força da Liga quando iniciou contato individualmente com representantes de escolas e bloco, tentando impor que o valor cedido, o somente possibilitando a estrutura e nada mais era o suficiente. Quando a Liga tomou conhecimento, instruiu todos para não responderem, pois a resposta quem daria por todos seria ela e assim está sendo feito. A prefeita não leva em consideração o período de pandemia, quanto todos permaneceram sem atividade, daí propor só entrar com a estrutura é apostar numa pífia festa. Os carnavalescos não só não caíram nessa, como no brilhante texto do presidente da Liga, a melhor resposta, após perder a paciência:

"Boa tarde pessoal. Não sou muito de postar aqui, mas tenho que externar minha indignação, um desabafo sobre a atual administração e o trato com a cultura.
Estamos passando por um período sombrio na administração municipal, vivendo numa Teocracia Talibã, onde tudo que não é compatível com a religião deles é destruído.
Precisamos ficar cada vez mais firmes e unidos nesta batalha.
Espero também que todos os artistas e fazedores de cultura se lembrem da Tatiana Pereira, como a que destruiu tudo traindo a categoria, e que doravante esqueçam a Tati Sá artista e não a convidem para nenhuma parceria e participação em seus espetáculos.
Fomos pacientes, abertos ao diálogo, fundamentamos opiniões, mostramos caminhos e simplesmente fomos ignorados e atropelados.
O desdém, a indiferença, desprezo, cinismo e a mentira, frente pela categoria artística e movimentos culturais de forma geral, é a real política deste governo.
Sinto por isso e também por saber que a economia criativa foi a primeira parar na pandemia e até o momento continua praticamente parada, muitos pais e mães tiveram que mudar sua profissão e se submeter a muita coisa para ter um alimento digno na mesa de suas famílias. E a atual prefeita e secretária que se dizem cristãs, sequer estenderam a mão para essa categoria neste momento tão difícil, Tudo que fazem é se empenhar para o fim do ofício de muitos em nossa cidade, tudo em nome da religião e de forma ditatorial absolutista.
Temos que reagir com força, energia e acima de tudo inteligência.
Se na diplomacia não houver resultado, a "guerrilha" é a resistência dos movimentos culturais de Bauru, e é assim que temos que agir diante da atual "milícia teocrática" aqui instalada.
Cobrem os seus representantes na Câmara Municipal um posicionamento e uma represália a isto que está acontecendo, em defesa da cultura local.
Fica aqui minha indignação e minha solidariedade a todos que estão sendo massacrados pela atual administração".

Compartilho com louvor o texto pessoal do Alisson, consequentemente externando o posicionamento da Liga. Eu alertei desde o início, que desse mato não sairia coelho algum. Alisson cumpriu seu papel, fez o que tinha que ser feito, tentou até o último instante, mas cansou e agora tem certeza, a teocracia instalada no Palácio das cerejeiras veio para destruir e não para construir algo.

RETRATOS DO QUE FAZEM COM BAURU - A CIDADE DERRUBADORA DE ÁRVORES
Sem muitas palavras. Depois do que foi feito na praça Portugal, tudo o mais é possível e infelizmente, tendo Bauru como pano de fundo. Uma outra na beirada da pista lá pelos lados da vila Dutra, também sem explicações, depois outra catástrofe quando alteram um projeto já existente só para facilitar o trabalho e com isso, devastam toda arborização exisitente na beirada de um bairro, o Araruna. Por lá, árvores são catalogadas, numeradas e assim são demarcadas para corte, poda e o sumiço do mapa. Depois de tudo isso, o que mais virá pela frente neste desGoverno insensível e desumano, não só para com os semelhantes, mas também para com a natureza, enfim, o que vai sempre como justificativa é favorecer esse tal de "Progresso", sujeito danado de insensível. O fato concreto é o que vai pela boca de todos que por aqui aportam, uma cidade "pelada", desflaldada e sem cobertura, nenhuma penugem, desprotegida, porém muito bem concretada.

As futuras falecidas ainda se encontram por lá, expostas para visitação, como numa exposição de curta duração, pois em breve nada mais restará. Exige-se neste momento pressa, pois para todos interessados em ainda vê-las ou ao menos tocá-las - isso ainda é possível, nada como uma tarde de domingo. Vá com toda sua família, leve as crianças e comente na frente deles, de como ali estiveram por décadas e de uma hora para outra, por exigência de alguns poucos, tudo sumirá do mapa e nunca mais delas se terá notícia.

Tudo devidamente legalizado, com papel recheado de carimbos e assinaturas relevantes. Foram ouvir os que irão dar cabo das árvores e assim como no caso da praça, a justificativa é idêntica, sem tirar nem por: "Nada do que está sendo executado é incorreto, pois preenche todos os requisitos básico prescritos pela legislação vigente. Nada foi infringido, muito menos serão executados procedimentos desautorizados e fora das normas. No lugar serão, dentro das possibilidades plantadas outras em áreas ainda sendo definidas. Nossa empresa está simplesmente prestando um favor em nome do avanço das cidades, de sua pujança e desbravamento rumo ao emparedamento do mundo, revestimento de primeiro mundo". Na verdade, algo assim: "Não temos nada a ver com isso, fomos simplesmente contratado e não respondemos por nada disso. Só somos os donos do facão. Procurem quem de fato nos investiu desse poder absoluto de corte, as autoridades de plantão".

Para embaralhar ainda mais as cartas existem os eternos defensores dos cortadores de árvores, os que acham que o asflato deve mesmo prevalescer sobre o verde e que a devastação é algo naturaldiante do eminete progresso. Estes são provocadores e espezinham os defensores das árvores, numa clara invresão de valores, como se nada suplante o avassalador poderio econômico, "única fonte de progresso". Na maioria das vezes, todos estes, são também defensores do bolsonarismo em curso, quando não também fundamentalistas, todos neoliberais predatórios e dos que fazem uso da camisa da seleção de futebol como indumentária e ostestam bandeiras do Brasil em seus carros e fachadas de suas residências. Na conclusão mais simplista, objeto de constatação mais que nítida, a perversidade está intimimamente realcionada com o bolsonarismo, ou seja, desenfreada DEVASTAÇÃO.






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