0 68º LADO B É NA MANHÃ DO DOMINGO COM ESTEVAN, O BARBA, DO BAR NA BOCA DE ENTRADA DA FEIRA DO ROLO – A HISTÓRIA DO RESGATE DE SEU ACORDEON
É com grande contentamento que apresento a tudo, todas e todos o 68º LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES, desta feita com alguém verdadeiramente das entranhas do que podemos denominar de rebarbas da cidade, o seu lado considerado desimportante, porém, altivo, resistente, persistente e cheio de gás, pronto para explodir e deixar marcas. Estou neste momento junto de outras pessoas mais do que envolvido com a campanha para trazer de volta o acordeon, que carinhosamente chamamos também de sanfona, peça chave de um dos locais mais emblemáticos hoje desta cidade, o Bar do Barba, no que chamo de boca de entrada da Feira do Rolo, o inusitado bar na confluência das ruas Júlio Prestes com Gustavo Maciel, encruzilhada que dá início à feira dominical, espaço mais democrático desta aldeia bauruense e também nosso popular Mercado de Pulgas, outro conglomerado onde acontece de tudo um pouco e tudo é possível. Uma rifa está em curso e na sua última semana, arrancada final para recompra do instrumento e devolução a quem de direito, seu herdeiro e proprietário, ESTEVAN APARECIDO DE MELLO, 71 anos, agricultor por profissão, mas atualmente dono de um bar, o que leva se apelido, o BAR DO BARBA. Estar ao lado dele neste momento me enche de orgulho e assim continuarei fazendo de tudo e mais um pouco para que no próximo domingo, 31/10, num furdunço desses inenarráveis, consigamos botar música no pedaço.
Portanto, o bate papo desta semana não poderia ser com outra pessoa, se não com ele, o BARBA e suas histórias de vida. Ele consegue chegar até aqui, muitas vezes aos trancos e barrancos, mas de cabeça erguida e rodeado de gente querida e lhe ajudando a tocar o barco adiante. Quero contar um pouco desse lugar, como nasceu esse bar, onze anos atrás e como persiste, resiste e insiste em sobreviver. Estevan veio de Cândido Mota e tem uma história de luta, como homem da terra, com muitas perdas e ganhos – mais perdas, algumas ainda em disputa. Ele vai nos contar algo dentro do espaço que irei cavar amanhã cedo, com o bar em pleno movimento. No domingo seu movimento começa no sábado, quando prepara tudo com antecedência, pois na verdade, ele ganha algum mesmo com o movimento de domingo, oriundo da feira e dos que por lá circulam – famoso seu caldinho de mocotó. Aos domingos ele abre antes das 6h da manhã, recebendo os feirantes e dali por diante não para mais, indo até a noite, quando pega clientes que vão pro bailão da Associação dos Aposentados e muitos daqueles que não querem ir embora, mesmo a feira tendo terminado. Decidimos gravar o bate papo às 9h da manhã, quando ele me reservará um tempo, eu circularei com ele pelo pedaço e seus amigos tomarão conta da casa até ele terminar a conversa.
Já escrevi dele muita coisa publicada no blog Mafuá do HPA – com textos diários desde 2007 -, pois desde descoberto o lugar por turma do barulho, virou ponto de encontro na feira. Marcávamos de nos encontrar ali, papo comprido, chopp ou cerveja, sucos feitos por ele, sempre com alguma coisa comprada na feira, como peixe de uma banca bem na esquina, sendo frito na hora. Ele nos cobrava só a bebida. Algumas vezes comia conosco. Ou seja, virou point dominical. Roque Ferreira, Aurélio Alonso, Fátima Brasília, Sivaldo Camargo, Oscar Sobrinho, Claudio Lago, Tatiana Calmon, Fátima Napolitano, Geraldo Bérgamo, Helena Aquino, Valquiria Correia, Ruben Colacino e tantos outros bateram ponto por ali. Veio a pandemia e dispersou a todos. Tudo o que fazíamos na feira, tinha como ponto de encontro as barrancas, ou seja, o paredão lateral do bar, cheio de cadeiras. Muita subversão foi ali tramada, mais um outro tanto de conspiração, tudo sob as barbas e consentimento do Barba. Eis bocadinho do que já escrevi deste bravo guerreiro e publiquei no blog Mafuá do HPA:
- Publiquei em 21/08/2017: “CHUVA, FRIO E FEIRA DOMINICAL – (...) O mais bonito, a cena mais impactante da manhã é a solidariedade entre esse pessoal todo que está e atua nas feiras. No final, mesmo com inclemente chuva, chegam os trabalhadores da EMDURB, os que farão a limpeza das ruas. Barba os chamam para o coberto e oferece a todos uma laranjada, um baita jarro disponibilizado para todos e eles ali se reúnem antes da contenda com pás e vassouras. Do lado de fora do bar, passam os com suas barracas desmontadas e sendo carregadas para seus carros, outros puxam tudo como esquimós e quase todos acenam, param para conversar com Barba e também com Carioca, que desmontando sua barraca, veio se juntar aos que estão buscando um esquenta peito antes de ir-se para casa ou mesmo comer algo. Vivenciei isso tudo como aprendizado de vida. Foi uma manhã e tanto. Não vejo ontem em Bauru outro lugar para obter todo o aprendizado a mim propiciado do que o adquirido na feira e juntos dos seus personagens. Tenho a sorte de estar junto a esses e desta forma, ganhar uma sobrevida. Momentos de um sabor inigualável para os que gostam de desfrutar o que de melhor a vida possui”.
- Publiquei em 16.10.2018: “O BAR DO BARBA, REDUTO LIBERTÁRIO JUNTO DA FEIRA FOI ATACADO NA MADRUGADA - Não tenho palavras adequadas para designar o que penso e como sinto a presença do Bar do Barba (ou do Estevan, seu proprietário), localizado ali na confluência das ruas Julio Prestes com Gustavo Maciel, centro velho da aldeia bauruense. Aos domingos, principalmente na sua parte matinal, enquanto rola a maior feira de Bauru, portão de entrada de outro local não só folclórico, como o espaço onde rola e flui democraticamente a maior concentração popular bauruense, a Feira do Rolo, na junção das duas feiras está localizado esse bar. Ponto de convergência de tudo o que de interessante e pulsante acontece por essas plagas, ali literalmente acontece de tudo um pouco, daí a riqueza e imenso valor, diria, incomensurável daquele reduto. Um dos frequentadores, o advogado Paulo Brito me disse ainda nesse domingo: "Esse o melhor lugar dessa cidade. Não passo bem no domingo se não permeço algumas horas por aqui, vendo isso tudo acontecer diante dos meus olhos". Concordo em genero, número e grau. Dito isso, vou aos tristes fatos ocorridos essa madrugada. O bar funcionou até por volta da meia noite e ao acordar Estevan sente um forte cheiro, desagradável, "nauseabundo", me disse. Ele mora junto ao local, num quartinho nos fundos. Foi verificar e encontrou uma quantidade grande de ovos quebrados do lado de dentro do seu portão. Espantado, ainda sem lavar os olhos, começou a imaginar: "Quem poderia ter feito tal coisa e por qual motivo?". Sua indignação cresce ao sair às ruas e ver duas pixações feitas com spray cor de prata na suas paredes. Uma frontal, bem defronte o estabelecimento, "LUGAR NOJENTO LIXO". Assim mesmo, entre aspas. Dobrou a esquina e outra inscrição, essa sem aspas, SALGADO ESTRAGADO É AQUI. Ficou sem entender, mas colocou a cuca para funcionar. Está revoltado e ao passar por ali hoje no meio da tarde, vendo as inscrições, parei e assuntei: "Que foi isso, Barba?". Ele me puxa para dentro, me faz sentar e diz: "Meu caro, tem quem goste e quem não gosta nem um pouco da gente. Quando você está em dificuldade, esses aplaudem e quando você começa a incomodar, trazer mais gente, fazer algo mais, pagar suas contas, daí incomodamos. Vejo por aí, não penso em outra coisa. Isso dos salgados não tem nada a ver. Minha cozinha é o quer mais cuido. O problema deve ser outro. (...)".
- Publiquei em 19/10/2018: “CUTUCARAM OS "NOJENTOS" E ELES SE UNIRAM MAIS AINDA AO BAR DO BARBA, REDUTO LIBERTÁRIO DE MUITA RESISTÊNCIA - A fachada do tradicional Bar do Barba, na confluência das ruas Gustavo Maciel com Julio Prestes, ela toda vermelha, abrigando tudo o que gravita nas beiradas dos trilhos e aos domingos recebe garbosamente um legião de libertários que descem para a feira e pululam ali naquele espaço mais que democrático foi profanada. Um lugar como poucos na modorrenta aldeia bauruense. Quem para ali comparece aos domingos, senta de frente para a feira, desfruta dos ares ali propiciados e sabe de tudo o que por aqui tento descrever. Só estando lá para saber de fato como tudo transcorre. Um maravilhamento só ali possibilitado. Choop do bom, cerveja idem, preços honestos, cozinha com uma casal desses saídos de algum paraíso, modea de viola, pessoas das mais simples, povão rodeando tudo e a possibilidade do sujeito comprar um tomate na banca da feira e o Barba preparar, servir na mesa para ser degustado com seus líquidos. Na frente uma banca de peixe e a mesma possibilidade. Alguns libertários da cidade descobriram o lugar e batem cartão todo santo domingo. Virou rotina, aquele bate papo prolongado e da forma mais democrática possível. A licenciosidade do lugar deve ter revirado os interiores de alguns mais carolas e a fachada do bar amanheceu pichada na segunda-feira passada. No principal escrito, algo sobre o lugar ser "nojento". Os frequentadores adoraram ser assim denominados e daí nasceu um LEVANTE, o dos assim taxados, culminando com a decisão de no próximo domingo marcar presença de forma ampliada e defender o espaço conquistado. Com duas faixas de papel fixadas no portão ali está feita a CONVOCAÇÃO para no próximo domingo, 21/10, a partir das 10h, estarem todos por lá e unidos defender o lugar, um oásis dentro da feira. Vamos todos os NOJENTOS marcar presença por lá no domingo e abortar a bestialidade presumida nas entrelinhas das pichações. Contamos com todos e todas, para além da união, aproveitarmos também o período pré-eleição, onde o país está um tanto dividido entre os defensores da democracia plena e os que querem tudo fechado, carolice estabelecida, daí nada como aquele apoio declarado e explícito também para Haddad Presidente. Juntada das duas coisas num mesmo grito. (...)”.
-Publiquei em 05/07/2021: “EU VI O ZORRO NA FEIRA DO ROLO - Era ele, tinha - e continuo tendo - certeza, a capa me é inconfundível. Li muito quando jovem e mesmo depois, já velhote, continuei fazendo. Nunca parei. O destemido e bravo capa e espada aportou ontem na Feira do Rolo bauruense, mais precisamente no Bar do Barba. Minha gente, confesso, minha vista não anda me pregando peças. Não costumo ter visões. Não sendo ele, nem uma visão do além, talvez o danado do Barba, dono do estabelecimento na boca de entrada da feira, talvez ele estivesse incorporando na manhã dominical o personagem clássico da HQ. O fato é ali estar, ao vivo e a cores, alguém merecedor do maior respeito e consideração destas plagas. Muito mais do que todos os vereadores juntos da Câmara Municipal de Bauru, quiça Congresso Nacional, lugares de perversidades e atrocidades sem fim. Um bravo guerreiro, como tantos outros, dando seus pulos para sobreviver e continuar com suas portas abertas. Como gosto dos valorosos, despojados cidadãos, fazendo das tripas coração, generosos, espadachins uma vida inteira. E pra piorar, agora sem sua sanfona, pois teve que vendê-la para pagar contas e continuar altivo, soberano, pescoço empinado, vergando mas não quebrando. Esses são para mim os ainda me movendo em escrevinhacões, do contrário já teria definhado e desfalecido estaria. A depressão nos espreita a todos e ao vê-los em ação, não posso me deixar levar, busco forças, me recarrego e me fortaleço. Se ele, ou gente igual a ele me move, por ele movo céu e terra, agora para devolver-lhe o instrumento musical. Vida que segue...
MANHÃ DE DOMINGO, CHOVE SOBRE A CIDADE E DESÇO PARA O 68º BATE PAPO LADO B, DESTA FEITA COM ESTEVAN, SUAS HISTÓRIAS DO BAR DO BARBA, VIDA DE RESISTÊNCIA E ENFRENTAMENTOS - Intercalando trabalho e a produção feita com seu visual para a conversa, algo sentido, pulsante e envolvente. Dos motivos da rifa estar sendo feita e de tantos estarem ao seu lado neste momento. Eis o link com os 35 minutos da gravação: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/582398886149410
OUTRA COISA
Já escrevi dele muita coisa publicada no blog Mafuá do HPA – com textos diários desde 2007 -, pois desde descoberto o lugar por turma do barulho, virou ponto de encontro na feira. Marcávamos de nos encontrar ali, papo comprido, chopp ou cerveja, sucos feitos por ele, sempre com alguma coisa comprada na feira, como peixe de uma banca bem na esquina, sendo frito na hora. Ele nos cobrava só a bebida. Algumas vezes comia conosco. Ou seja, virou point dominical. Roque Ferreira, Aurélio Alonso, Fátima Brasília, Sivaldo Camargo, Oscar Sobrinho, Claudio Lago, Tatiana Calmon, Fátima Napolitano, Geraldo Bérgamo, Helena Aquino, Valquiria Correia, Ruben Colacino e tantos outros bateram ponto por ali. Veio a pandemia e dispersou a todos. Tudo o que fazíamos na feira, tinha como ponto de encontro as barrancas, ou seja, o paredão lateral do bar, cheio de cadeiras. Muita subversão foi ali tramada, mais um outro tanto de conspiração, tudo sob as barbas e consentimento do Barba. Eis bocadinho do que já escrevi deste bravo guerreiro e publiquei no blog Mafuá do HPA:
- Publiquei em 21/08/2017: “CHUVA, FRIO E FEIRA DOMINICAL – (...) O mais bonito, a cena mais impactante da manhã é a solidariedade entre esse pessoal todo que está e atua nas feiras. No final, mesmo com inclemente chuva, chegam os trabalhadores da EMDURB, os que farão a limpeza das ruas. Barba os chamam para o coberto e oferece a todos uma laranjada, um baita jarro disponibilizado para todos e eles ali se reúnem antes da contenda com pás e vassouras. Do lado de fora do bar, passam os com suas barracas desmontadas e sendo carregadas para seus carros, outros puxam tudo como esquimós e quase todos acenam, param para conversar com Barba e também com Carioca, que desmontando sua barraca, veio se juntar aos que estão buscando um esquenta peito antes de ir-se para casa ou mesmo comer algo. Vivenciei isso tudo como aprendizado de vida. Foi uma manhã e tanto. Não vejo ontem em Bauru outro lugar para obter todo o aprendizado a mim propiciado do que o adquirido na feira e juntos dos seus personagens. Tenho a sorte de estar junto a esses e desta forma, ganhar uma sobrevida. Momentos de um sabor inigualável para os que gostam de desfrutar o que de melhor a vida possui”.
- Publiquei em 16.10.2018: “O BAR DO BARBA, REDUTO LIBERTÁRIO JUNTO DA FEIRA FOI ATACADO NA MADRUGADA - Não tenho palavras adequadas para designar o que penso e como sinto a presença do Bar do Barba (ou do Estevan, seu proprietário), localizado ali na confluência das ruas Julio Prestes com Gustavo Maciel, centro velho da aldeia bauruense. Aos domingos, principalmente na sua parte matinal, enquanto rola a maior feira de Bauru, portão de entrada de outro local não só folclórico, como o espaço onde rola e flui democraticamente a maior concentração popular bauruense, a Feira do Rolo, na junção das duas feiras está localizado esse bar. Ponto de convergência de tudo o que de interessante e pulsante acontece por essas plagas, ali literalmente acontece de tudo um pouco, daí a riqueza e imenso valor, diria, incomensurável daquele reduto. Um dos frequentadores, o advogado Paulo Brito me disse ainda nesse domingo: "Esse o melhor lugar dessa cidade. Não passo bem no domingo se não permeço algumas horas por aqui, vendo isso tudo acontecer diante dos meus olhos". Concordo em genero, número e grau. Dito isso, vou aos tristes fatos ocorridos essa madrugada. O bar funcionou até por volta da meia noite e ao acordar Estevan sente um forte cheiro, desagradável, "nauseabundo", me disse. Ele mora junto ao local, num quartinho nos fundos. Foi verificar e encontrou uma quantidade grande de ovos quebrados do lado de dentro do seu portão. Espantado, ainda sem lavar os olhos, começou a imaginar: "Quem poderia ter feito tal coisa e por qual motivo?". Sua indignação cresce ao sair às ruas e ver duas pixações feitas com spray cor de prata na suas paredes. Uma frontal, bem defronte o estabelecimento, "LUGAR NOJENTO LIXO". Assim mesmo, entre aspas. Dobrou a esquina e outra inscrição, essa sem aspas, SALGADO ESTRAGADO É AQUI. Ficou sem entender, mas colocou a cuca para funcionar. Está revoltado e ao passar por ali hoje no meio da tarde, vendo as inscrições, parei e assuntei: "Que foi isso, Barba?". Ele me puxa para dentro, me faz sentar e diz: "Meu caro, tem quem goste e quem não gosta nem um pouco da gente. Quando você está em dificuldade, esses aplaudem e quando você começa a incomodar, trazer mais gente, fazer algo mais, pagar suas contas, daí incomodamos. Vejo por aí, não penso em outra coisa. Isso dos salgados não tem nada a ver. Minha cozinha é o quer mais cuido. O problema deve ser outro. (...)".
- Publiquei em 19/10/2018: “CUTUCARAM OS "NOJENTOS" E ELES SE UNIRAM MAIS AINDA AO BAR DO BARBA, REDUTO LIBERTÁRIO DE MUITA RESISTÊNCIA - A fachada do tradicional Bar do Barba, na confluência das ruas Gustavo Maciel com Julio Prestes, ela toda vermelha, abrigando tudo o que gravita nas beiradas dos trilhos e aos domingos recebe garbosamente um legião de libertários que descem para a feira e pululam ali naquele espaço mais que democrático foi profanada. Um lugar como poucos na modorrenta aldeia bauruense. Quem para ali comparece aos domingos, senta de frente para a feira, desfruta dos ares ali propiciados e sabe de tudo o que por aqui tento descrever. Só estando lá para saber de fato como tudo transcorre. Um maravilhamento só ali possibilitado. Choop do bom, cerveja idem, preços honestos, cozinha com uma casal desses saídos de algum paraíso, modea de viola, pessoas das mais simples, povão rodeando tudo e a possibilidade do sujeito comprar um tomate na banca da feira e o Barba preparar, servir na mesa para ser degustado com seus líquidos. Na frente uma banca de peixe e a mesma possibilidade. Alguns libertários da cidade descobriram o lugar e batem cartão todo santo domingo. Virou rotina, aquele bate papo prolongado e da forma mais democrática possível. A licenciosidade do lugar deve ter revirado os interiores de alguns mais carolas e a fachada do bar amanheceu pichada na segunda-feira passada. No principal escrito, algo sobre o lugar ser "nojento". Os frequentadores adoraram ser assim denominados e daí nasceu um LEVANTE, o dos assim taxados, culminando com a decisão de no próximo domingo marcar presença de forma ampliada e defender o espaço conquistado. Com duas faixas de papel fixadas no portão ali está feita a CONVOCAÇÃO para no próximo domingo, 21/10, a partir das 10h, estarem todos por lá e unidos defender o lugar, um oásis dentro da feira. Vamos todos os NOJENTOS marcar presença por lá no domingo e abortar a bestialidade presumida nas entrelinhas das pichações. Contamos com todos e todas, para além da união, aproveitarmos também o período pré-eleição, onde o país está um tanto dividido entre os defensores da democracia plena e os que querem tudo fechado, carolice estabelecida, daí nada como aquele apoio declarado e explícito também para Haddad Presidente. Juntada das duas coisas num mesmo grito. (...)”.
-Publiquei em 05/07/2021: “EU VI O ZORRO NA FEIRA DO ROLO - Era ele, tinha - e continuo tendo - certeza, a capa me é inconfundível. Li muito quando jovem e mesmo depois, já velhote, continuei fazendo. Nunca parei. O destemido e bravo capa e espada aportou ontem na Feira do Rolo bauruense, mais precisamente no Bar do Barba. Minha gente, confesso, minha vista não anda me pregando peças. Não costumo ter visões. Não sendo ele, nem uma visão do além, talvez o danado do Barba, dono do estabelecimento na boca de entrada da feira, talvez ele estivesse incorporando na manhã dominical o personagem clássico da HQ. O fato é ali estar, ao vivo e a cores, alguém merecedor do maior respeito e consideração destas plagas. Muito mais do que todos os vereadores juntos da Câmara Municipal de Bauru, quiça Congresso Nacional, lugares de perversidades e atrocidades sem fim. Um bravo guerreiro, como tantos outros, dando seus pulos para sobreviver e continuar com suas portas abertas. Como gosto dos valorosos, despojados cidadãos, fazendo das tripas coração, generosos, espadachins uma vida inteira. E pra piorar, agora sem sua sanfona, pois teve que vendê-la para pagar contas e continuar altivo, soberano, pescoço empinado, vergando mas não quebrando. Esses são para mim os ainda me movendo em escrevinhacões, do contrário já teria definhado e desfalecido estaria. A depressão nos espreita a todos e ao vê-los em ação, não posso me deixar levar, busco forças, me recarrego e me fortaleço. Se ele, ou gente igual a ele me move, por ele movo céu e terra, agora para devolver-lhe o instrumento musical. Vida que segue...
OLHA QUEM VAI SER O 68º LADO B, ENTREVISTADO NESTE PRÓXIMO DOMINGO - ESTEVAN APARECIDO DE MELLO, 71 ANOS, O DO BAR DO BARBA, NA BOCA DE ENTRADA DA FEIRA DO ROLO
Domingo, 24/10, às 9h com feira rolando, entrevistaremos ele e quem por ali estiver, agitando um dos lugares mais movimentados da feira, ou seja, a encruzilhada, a curva de rio que dá início à feira.
Falaremos da última semana da rifa que lhe devolverá o acordeon, vendido durante a pandemia para saldar pendências. Muita história de como chegou até aqui. Eis a gravação de cinco minutos em 22/10, com Barba fazendo uma chamada para o que virá pela frente: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/851239838873905
Domingo, 24/10, às 9h com feira rolando, entrevistaremos ele e quem por ali estiver, agitando um dos lugares mais movimentados da feira, ou seja, a encruzilhada, a curva de rio que dá início à feira.
Falaremos da última semana da rifa que lhe devolverá o acordeon, vendido durante a pandemia para saldar pendências. Muita história de como chegou até aqui. Eis a gravação de cinco minutos em 22/10, com Barba fazendo uma chamada para o que virá pela frente: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/851239838873905
PRA IR COMEÇANDO A SEMANA COM ALGUMA PIMENTA - ESTILO DO VICE PREFEITO E SECRETÁRIO DE SAÚDE É A GROSSERIA QUANDO APERTADO
01. Quem já conhecia pessoalmente o atual vice-prefeito e também Secretário Municipal de Saúde de Bauru, o médico Orlando Dias, dos tempos quando foi diretor da Unimed local, diziam sempre foi pessoa tratando os funcionários meio que na lata, sem ouvir, pois sempre se achou um ser acima da patuléia, dos tais degraus de cima e daí, por que ouviria e daria ouvidos para os de baixo? Conversei com amigos (as) que trabalham na Unimed e todos, indistintamente, sempre repetiam a mesma coisa: "é uma pessoa difícil, cujo relacionamento conosco, os funcionários é na base do eu mando, eu determino e cabe a vocês o cumprimento, sem questionar". Deu para entender isso pela forma como o mesmo quando apertado, colocado contra a parede por alguns dos vereadores locais, não teve nenhum jogo de cintura, sem nenhuma diplomacia ou preparo, fez o mesmo como se estivesse tratando com os seus subordinados. Ou seja, não mudou a prática usual de como procede para com os semelhantes à sua volta. Ele simplesmente, num dos momentos de aperto, simplesmente diz estar diante de uma "palhaçada", nada menos que as diligências da CEI - Comissão Especial de Inquérito sobre procedimentos da scretária dirigida por sua pessoa. Fez mais e como estava acuado e sem saída, pois não está nem aí para responder questionamentos, postura de uma vida toda, simplesmente abandonou a reunião e os deixou falando sózinho. Despreparo dele, além é claro, da alcaide que, age da mesma forma e jeito quando apertada sobre questões problemáticas dessa administração. Estamos diante de um modal de reação bem ao estilo bolsonarista, o de quem fala muito, só eles são os detentores da razão e quando pegos no contrapé, fogem da raia, não comparecem, desdizem e quando sem saída, falam grosso, respondem aos berros e intimidam e escapam pela primeira porta que encontrarem pela frente. Este o estilo do sr Orlando e também da novíssima alcaide, especialista em falar de tudo e nada dizer.
01. Quem já conhecia pessoalmente o atual vice-prefeito e também Secretário Municipal de Saúde de Bauru, o médico Orlando Dias, dos tempos quando foi diretor da Unimed local, diziam sempre foi pessoa tratando os funcionários meio que na lata, sem ouvir, pois sempre se achou um ser acima da patuléia, dos tais degraus de cima e daí, por que ouviria e daria ouvidos para os de baixo? Conversei com amigos (as) que trabalham na Unimed e todos, indistintamente, sempre repetiam a mesma coisa: "é uma pessoa difícil, cujo relacionamento conosco, os funcionários é na base do eu mando, eu determino e cabe a vocês o cumprimento, sem questionar". Deu para entender isso pela forma como o mesmo quando apertado, colocado contra a parede por alguns dos vereadores locais, não teve nenhum jogo de cintura, sem nenhuma diplomacia ou preparo, fez o mesmo como se estivesse tratando com os seus subordinados. Ou seja, não mudou a prática usual de como procede para com os semelhantes à sua volta. Ele simplesmente, num dos momentos de aperto, simplesmente diz estar diante de uma "palhaçada", nada menos que as diligências da CEI - Comissão Especial de Inquérito sobre procedimentos da scretária dirigida por sua pessoa. Fez mais e como estava acuado e sem saída, pois não está nem aí para responder questionamentos, postura de uma vida toda, simplesmente abandonou a reunião e os deixou falando sózinho. Despreparo dele, além é claro, da alcaide que, age da mesma forma e jeito quando apertada sobre questões problemáticas dessa administração. Estamos diante de um modal de reação bem ao estilo bolsonarista, o de quem fala muito, só eles são os detentores da razão e quando pegos no contrapé, fogem da raia, não comparecem, desdizem e quando sem saída, falam grosso, respondem aos berros e intimidam e escapam pela primeira porta que encontrarem pela frente. Este o estilo do sr Orlando e também da novíssima alcaide, especialista em falar de tudo e nada dizer.
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