Este LADO B – A IMPORTÂNCIA DOS DESIMPORTANTES chega neste final de semana ao seu 65º bate papo. Neste período começado ano passado, creio ter somente por uma semana não feito a conversa da semana. Foi quando o Roque Ferreira faleceu e, decididamente, não teria clima para tocar uma conversa adiante. Nas demais, driblei adversidades e as fiz das mais diferentes formas. Tem quem não podia no sábado, fiz no domingo, também vice-versa. Quem não podia nem sábado, nem domingo, fiz na sexta ou mesmo na segunda. Neste período, todo ele dentro da pandemia, na imensa maioria das vezes estávamos impedidos de saracotear pelas ruas e daí, tudo foi feito de forma virtual, não presencial. Um do lado de lá e eu do lado de cá. Para aqueles com dificuldade dessa possibilidade tecnológica, fui até ele e assim vim tocando o barco como pude. Neste final de semana, pela primeira vez eu estou bem longe de Bauru, mais precisamente em Sampa, onde por quatro dias, escapulo de Bauru junto de Ana Bia, a cara metade e assim mesmo acabo dando meu jeito. Contatei meu amigo Fausto Bergocce, reginopolense que comigo publicamos um belo livro sobre sua cidade – ele desenhando e eu escrevinhando -, marcamos um encontro pelas ruas da metrópole e de lá alinhavamos para domingo, 10h da manhã a troca de figurinhas por este batcanal.
FAUSTO BERGOCCE é considerado por mim como o maior “Embaixador de Reginópolis”, pois mesmo tendo escapulido de lá muito jovem, ele nunca abandonou sua cidade natal e a reverencia em toda sua vasta obra. Chargista de mão cheia, com um conhecido traço, está hoje dentre os 50 mais importantes desenhistas do país e com mais de 50 anos de carreira, é desses que não consegue parar. Fez charges para muitos jornais, aquele trabalho diário e sem tréguas, mas desde que se aposentou, ocorre também um declínio do modal impresso nos jornalões, muitos como ele se debandam para outros ofícios e afazeres. Ele também se desdobrou, procurou ser versátil e criativo. Fez de tudo, ilustrações para livros, publicou livros um atrás de outro – marca considerável de ao menos um por ano -, ou seja, jogou um bolão nas onze posições, como todo bom coringa. Vamos conversar muito sobre sua aldeia natal e fonte contínua de retornos para se recarregar e só depois voltar pra cidade grande – mora em Guarulhos, ao lado do famoso aeroporto. Possuidor de vasta trajetória jornalística, tem muito a contar e com seu jeito manso, calmo, reflexivo, sem querer entrar em divididas desnecessárias e pueris. Está hoje com 69 anos completos e ano que vem, quando completará mais uma data redonda, espera conseguir bater asas para um lugar bem longe, dessas viagens que só ele consegue fazer.
Ele se tornou meu amigo desde que, eu atuando nas hostes da Secretaria Municipal de Cultura de Bauru, administração Tuga Angerami – 2005 a 2008, fizemos algumas parcerias, rendendo exposições dele por aqui e daí bateu uma empatia, conversa vai, conversa vem e desde então somos diletos amigos. Um livro juntos e outro no prelo. E dessas conversas intermináveis via fone ou mesmo quando ele baixa por aqui, acaba não resistindo e vou desaguar com ele em Reginópolis, onde temos cadeira cativa em alguns botequins na pequena cidade, além de conhecermos pessoalmente do delegado ao padeiro. É também dele a marca que estampa todo publicação semanal anunciando quem será o novo Lado B.
Abaixo compartilho algo que já publiquei dele no blog Mafuá do HPA (www.mafuadohpa.blogspot.com):
- Em 09/10/2007 publiquei: “FAUSTO BERGOCCE, O TAMBÉM CARTUNISTA - Quando o que mais se ouve por aí é o sobre o fim do cartum, eis que ele ressurge num livro ricamente elaborado, por nada menos que um dos cobras do traço tupiniquim, Fausto Bergocce, ou simplesmente Fausto, que é como uma imensa legião de fãs e admiradores se acostumou a vê-lo nas mais diferentes publicações brasileiras. O livro chama-se "Viva Cartum..." e essa remada contra a maré demonstra, mais uma vez, que as expressões culturais não costumam desaparecer enquanto existirem pessoas como Fausto. E olhem que o que ele fez não á algo tão inusitado assim (talvez um pouco ousado), porque enquanto seus colegas de ofício seguem um caminho oposto, publicando livros de charges, caricaturas, ilustrações, HQs e tiras, com esse lançamento observamos a reunião de trabalhos mais amenos, suaves, naquela linguagem de ainda querer fazer graça com qualquer situação, onde ela estiver. "Viva Cartum..." são 96 páginas de um humor descompromissado, como só esse segmento é capaz, mas não desengajado. Fausto sabe escolher muito bem os temas e deles extrai verdadeiras preciosidades. O livro é isso, jóia rara, que só saiu do prelo devido à sua dedicação pessoal, empenho de amigos e um outro tanto de apoiadores, que acabaram comprando a idéia e bancaram a impressão. A distribuição fica por conta do próprio autor, naquilo que denominamos de "ossos do ofício", afinal a cria é dele. A vitória de Fausto é ter conseguido imprimir mais um livro, ainda mais de cartum, quando todos ficam nesse falatório de que isso é coisa para uns poucos abnegados ou verdadeiros "heróis da resistência". Fausto não desiste nunca de suas idéias e o livro está aí. O autor, mesmo sendo velho conhecido da imprensa brasileira, é merecedor de algumas linhas a mais. Foram anos de muita luta, desenhando desde a adolescência, quando sai de sua Reginópolis, no interior de São Paulo e ganha o mundo. Publicou em vários órgãos da nossa imprensa e é possuidor de um nome dos mais respeitáveis no quesito traço. Hoje, continua em plena atividade, no jornal Olho Vivo, de Guarulhos e n'O Alfinete, de Pirajuí, além de muito trabalho como ilustrador. Recentemente descobriu um novo filão, o de desenhar caricaturas para clientes em eventos e dele extrai o melhor de si, como sempre fez tudo em sua vida. (...)”.
- Em 27/11/2011 Rita Cornelio publicou no Jornal da Cidade e eu reproduzi: “Fausto nasceu em Reginópolis em 1952 e lá viveu até os 12 anos. Saiu da cidade em 64. “Foram os melhores anos de minha vida. Eu era uma criança muito feliz. Ser moleque numa cidade com uma natureza exuberante, cheia de encanto e simplicidade é tudo de bom.” Para definir o que seria retratado no livro, Fausto Bergocce usou critérios. “Eu escolhi três itens para guiar o trabalho: natureza, arquitetura e pessoas. A natureza porque em Reginópolis ela é vigorosa. A arquitetura para que as pessoas possam ter noção dos prédios, e as pessoas porque são elas que dão vida à cidade. No início escolhi os mais próximos, depois quando o livro tomou forma, comecei a desenhar personalidades e as pessoas simples que deram valorização maior ao livro. Não só registrar as pessoas importantes, as pessoas simples retratam a comunidade. Fotografei e desenhei todo tipo de pessoa, desde o gari, ex-prefeito, professor, engenheiro da cidade.” Durante as idas e vindas a Reginópolis, Fausto conversou com muita gente, fotografou lugares e recordou o período de infância.(...)”.
- Em 11/12/2011 Thiago Roque publicou dele no jornal Bom Dia e eu reproduzi: “CARVÃO, TIJOLO E VIDA – Matéria do diário bauruense BOM DIA, caderno Viva, edição de 11/12/2011 Fausto Bergocce desenha história de Reginópolis em novo livro, parceria com Henrique Perazzi de Aquino - Texto de Thiago Roque (thiago.roque@bomdiabauru.com.br ).
Quando Fausto era o filho pequeno do seu Antônio Bergocce, fazia de Reginópolis, sua terra natal, sua grande tela em branco. Já pendendo para as artes, Fausto fazia do carvão, a tinta preta; dos tijolos, a cor laranja; da terra, a cor marrom; da cal, a cor branca. Nas calçadas da cidade, fez seus primeiros desenhos, muitos deles retratando a própria Reginópolis. Não parou mais. Passou por diversos veículos de comunicação (inclusive o “Diário de S.Paulo”, integrante da Rede BOM DIA na Capital), ganhou prêmios, reconhecimento. Deixou o carvão e o tijolo para trás para usar aquarela, nanquim e outras técnicas. Mas não esqueceu Reginópolis. Tanto que, na terça-feira, lança em Bauru “Reginópolis – Sua História”, livro no qual conta, com a ajuda do professor, jornalista e blogueiro bauruense Henrique Perazzi de Aquino, a história e as histórias da cidade. Cada folhear de páginas é uma jornada de cores em aquarela, lugares, pessoas, lembranças. As placas, os cachorros, as mesas de bar, estão todos lá. Com eles, um pouco de Fausto também, menino que aprendeu a...”.
- Em 12/02/2012 publiquei: “ZIRALDO FALA SOBRE O LIVRO DE REGINÓPOLIS E DE UMA PASSAGEM POR BAURU - Eu e Fausto Bergocce estivemos com Ziraldo em seu apartamento/escritório ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, cidade do Rio de Janeiro na tarde da última terça, 07/02 e por lá permanecemos por quase duas horas. Fausto e ele se conhecem de longa data, desde os áureos tempos d'O Pasquim, capitaneado por Ziraldo. Todo livro lançado pelo meu amigo reginopolense, ele faz questão de levar um de presente para o velho amigo. Fizemos isso com o "REGINÓPOLIS - SUA HISTÓRIA" e não esperávamos a calorosa recepção. Foi de cair o queixo. Foi do balacobaco. Babei na fronha com tudo o que presenciei. Aguardamos um certo tempo pela presença do mesmo, pois beirando os 80 anos, Ziraldo tenta manter um ritmo incessante de trabalho sem abrir mão de uma descansada no meio da tarde. E o faz com uma galhardia bem peculiar. Quando lá chegamos tirava uma soneca após o almoço e nos atendeu após um banho. Chegou todo sorridente e sua fala é algo já gravado em minha memória: "Tô velho. Já não sou o menino de antes, tenho que dar um breque e repor energias senão não aguento". Feitas as apresentações, quiz saber de mim, minha trajetória e foi ver o livro. Pegou nas mão ainda em pé e ao abri-lo uma surprea. Olhou para o Fausto meio que incrédulo, precisou sentar e ficou a folhear cada página, comentando uma por uma. Quiz saber dos detalhes todos e em certo momento cravou: "Você é um louco, Fausto. O que é isso? Nunca vi nada igual feito para nenhuma outra cidade brasileira. Essa é maior DECLARAÇÃO DE AMOR que já vi na minha vida. Como você fez isso? Quanto tempo levou?". Foram tantas as perguntas e indagações e ele cada vez mais espantado. (...)”.
- Em 09/07/2013 publiquei: “TEM FAUSTO NOVO NA PRAÇA - Release escrito por mim para novo livro de cartuns do amigo FAUSTO BERGOCCE, brevemente lançado em Bauru e Reginópolis, sua cidade natal: - Fausto Bergocce é desses persistentes. Matuto do interior paulista, caipira assumido de Reginópolis, uma pequena cidade encravada no oeste paulista, pouco mais de 3 mil habitantes. Saiu dali muito cedo e ganhou o mundo. Desenhava nas calçadas de sua terra natal com cacos de telhas e esse gosto nunca mais o abandonou, persistiu e é até hoje sua fonte de renda e sustento. Ganhou fama pelo traço, já tendo trabalhado em vários órgãos de comunicação e desenhos publicados nas mais diferentes publicações país afora e também algumas do exterior. Além disso, sua fama cresce por outros motivos. Um deles é a de quase sempre com uma baita de um esforço próprio conseguir ir produzindo um livro atrás do outro. Fausto é meticuloso nesse quesito. Vai juntando, segundo uma concepção só sua, formas mirabolantes de apoios, patrocínios, verbas, conseguindo de tempo em tempo colocar outro produto (ou seria filho?) com algo de sua intensa verve em praça pública. A regularidade é tanta, chegando a algo assim: ano sim, ano não, Fausto tem algo novo no seu portão. E tudo feito com esmero, dedicação e com o que de melhor possui. (...).
Eu escrevi muito mais coisas dele. São páginas e páginas no meu Mafuá e aqui o link para os interessados em investigação mais aprofundada: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=fausto+bergocce.
- Em 09/10/2007 publiquei: “FAUSTO BERGOCCE, O TAMBÉM CARTUNISTA - Quando o que mais se ouve por aí é o sobre o fim do cartum, eis que ele ressurge num livro ricamente elaborado, por nada menos que um dos cobras do traço tupiniquim, Fausto Bergocce, ou simplesmente Fausto, que é como uma imensa legião de fãs e admiradores se acostumou a vê-lo nas mais diferentes publicações brasileiras. O livro chama-se "Viva Cartum..." e essa remada contra a maré demonstra, mais uma vez, que as expressões culturais não costumam desaparecer enquanto existirem pessoas como Fausto. E olhem que o que ele fez não á algo tão inusitado assim (talvez um pouco ousado), porque enquanto seus colegas de ofício seguem um caminho oposto, publicando livros de charges, caricaturas, ilustrações, HQs e tiras, com esse lançamento observamos a reunião de trabalhos mais amenos, suaves, naquela linguagem de ainda querer fazer graça com qualquer situação, onde ela estiver. "Viva Cartum..." são 96 páginas de um humor descompromissado, como só esse segmento é capaz, mas não desengajado. Fausto sabe escolher muito bem os temas e deles extrai verdadeiras preciosidades. O livro é isso, jóia rara, que só saiu do prelo devido à sua dedicação pessoal, empenho de amigos e um outro tanto de apoiadores, que acabaram comprando a idéia e bancaram a impressão. A distribuição fica por conta do próprio autor, naquilo que denominamos de "ossos do ofício", afinal a cria é dele. A vitória de Fausto é ter conseguido imprimir mais um livro, ainda mais de cartum, quando todos ficam nesse falatório de que isso é coisa para uns poucos abnegados ou verdadeiros "heróis da resistência". Fausto não desiste nunca de suas idéias e o livro está aí. O autor, mesmo sendo velho conhecido da imprensa brasileira, é merecedor de algumas linhas a mais. Foram anos de muita luta, desenhando desde a adolescência, quando sai de sua Reginópolis, no interior de São Paulo e ganha o mundo. Publicou em vários órgãos da nossa imprensa e é possuidor de um nome dos mais respeitáveis no quesito traço. Hoje, continua em plena atividade, no jornal Olho Vivo, de Guarulhos e n'O Alfinete, de Pirajuí, além de muito trabalho como ilustrador. Recentemente descobriu um novo filão, o de desenhar caricaturas para clientes em eventos e dele extrai o melhor de si, como sempre fez tudo em sua vida. (...)”.
- Em 27/11/2011 Rita Cornelio publicou no Jornal da Cidade e eu reproduzi: “Fausto nasceu em Reginópolis em 1952 e lá viveu até os 12 anos. Saiu da cidade em 64. “Foram os melhores anos de minha vida. Eu era uma criança muito feliz. Ser moleque numa cidade com uma natureza exuberante, cheia de encanto e simplicidade é tudo de bom.” Para definir o que seria retratado no livro, Fausto Bergocce usou critérios. “Eu escolhi três itens para guiar o trabalho: natureza, arquitetura e pessoas. A natureza porque em Reginópolis ela é vigorosa. A arquitetura para que as pessoas possam ter noção dos prédios, e as pessoas porque são elas que dão vida à cidade. No início escolhi os mais próximos, depois quando o livro tomou forma, comecei a desenhar personalidades e as pessoas simples que deram valorização maior ao livro. Não só registrar as pessoas importantes, as pessoas simples retratam a comunidade. Fotografei e desenhei todo tipo de pessoa, desde o gari, ex-prefeito, professor, engenheiro da cidade.” Durante as idas e vindas a Reginópolis, Fausto conversou com muita gente, fotografou lugares e recordou o período de infância.(...)”.
- Em 11/12/2011 Thiago Roque publicou dele no jornal Bom Dia e eu reproduzi: “CARVÃO, TIJOLO E VIDA – Matéria do diário bauruense BOM DIA, caderno Viva, edição de 11/12/2011 Fausto Bergocce desenha história de Reginópolis em novo livro, parceria com Henrique Perazzi de Aquino - Texto de Thiago Roque (thiago.roque@bomdiabauru.com.br ).
Quando Fausto era o filho pequeno do seu Antônio Bergocce, fazia de Reginópolis, sua terra natal, sua grande tela em branco. Já pendendo para as artes, Fausto fazia do carvão, a tinta preta; dos tijolos, a cor laranja; da terra, a cor marrom; da cal, a cor branca. Nas calçadas da cidade, fez seus primeiros desenhos, muitos deles retratando a própria Reginópolis. Não parou mais. Passou por diversos veículos de comunicação (inclusive o “Diário de S.Paulo”, integrante da Rede BOM DIA na Capital), ganhou prêmios, reconhecimento. Deixou o carvão e o tijolo para trás para usar aquarela, nanquim e outras técnicas. Mas não esqueceu Reginópolis. Tanto que, na terça-feira, lança em Bauru “Reginópolis – Sua História”, livro no qual conta, com a ajuda do professor, jornalista e blogueiro bauruense Henrique Perazzi de Aquino, a história e as histórias da cidade. Cada folhear de páginas é uma jornada de cores em aquarela, lugares, pessoas, lembranças. As placas, os cachorros, as mesas de bar, estão todos lá. Com eles, um pouco de Fausto também, menino que aprendeu a...”.
- Em 12/02/2012 publiquei: “ZIRALDO FALA SOBRE O LIVRO DE REGINÓPOLIS E DE UMA PASSAGEM POR BAURU - Eu e Fausto Bergocce estivemos com Ziraldo em seu apartamento/escritório ao lado da Lagoa Rodrigo de Freitas, cidade do Rio de Janeiro na tarde da última terça, 07/02 e por lá permanecemos por quase duas horas. Fausto e ele se conhecem de longa data, desde os áureos tempos d'O Pasquim, capitaneado por Ziraldo. Todo livro lançado pelo meu amigo reginopolense, ele faz questão de levar um de presente para o velho amigo. Fizemos isso com o "REGINÓPOLIS - SUA HISTÓRIA" e não esperávamos a calorosa recepção. Foi de cair o queixo. Foi do balacobaco. Babei na fronha com tudo o que presenciei. Aguardamos um certo tempo pela presença do mesmo, pois beirando os 80 anos, Ziraldo tenta manter um ritmo incessante de trabalho sem abrir mão de uma descansada no meio da tarde. E o faz com uma galhardia bem peculiar. Quando lá chegamos tirava uma soneca após o almoço e nos atendeu após um banho. Chegou todo sorridente e sua fala é algo já gravado em minha memória: "Tô velho. Já não sou o menino de antes, tenho que dar um breque e repor energias senão não aguento". Feitas as apresentações, quiz saber de mim, minha trajetória e foi ver o livro. Pegou nas mão ainda em pé e ao abri-lo uma surprea. Olhou para o Fausto meio que incrédulo, precisou sentar e ficou a folhear cada página, comentando uma por uma. Quiz saber dos detalhes todos e em certo momento cravou: "Você é um louco, Fausto. O que é isso? Nunca vi nada igual feito para nenhuma outra cidade brasileira. Essa é maior DECLARAÇÃO DE AMOR que já vi na minha vida. Como você fez isso? Quanto tempo levou?". Foram tantas as perguntas e indagações e ele cada vez mais espantado. (...)”.
- Em 09/07/2013 publiquei: “TEM FAUSTO NOVO NA PRAÇA - Release escrito por mim para novo livro de cartuns do amigo FAUSTO BERGOCCE, brevemente lançado em Bauru e Reginópolis, sua cidade natal: - Fausto Bergocce é desses persistentes. Matuto do interior paulista, caipira assumido de Reginópolis, uma pequena cidade encravada no oeste paulista, pouco mais de 3 mil habitantes. Saiu dali muito cedo e ganhou o mundo. Desenhava nas calçadas de sua terra natal com cacos de telhas e esse gosto nunca mais o abandonou, persistiu e é até hoje sua fonte de renda e sustento. Ganhou fama pelo traço, já tendo trabalhado em vários órgãos de comunicação e desenhos publicados nas mais diferentes publicações país afora e também algumas do exterior. Além disso, sua fama cresce por outros motivos. Um deles é a de quase sempre com uma baita de um esforço próprio conseguir ir produzindo um livro atrás do outro. Fausto é meticuloso nesse quesito. Vai juntando, segundo uma concepção só sua, formas mirabolantes de apoios, patrocínios, verbas, conseguindo de tempo em tempo colocar outro produto (ou seria filho?) com algo de sua intensa verve em praça pública. A regularidade é tanta, chegando a algo assim: ano sim, ano não, Fausto tem algo novo no seu portão. E tudo feito com esmero, dedicação e com o que de melhor possui. (...).
Eu escrevi muito mais coisas dele. São páginas e páginas no meu Mafuá e aqui o link para os interessados em investigação mais aprofundada: https://mafuadohpa.blogspot.com/search?q=fausto+bergocce.
Eis o link para assistir bate papo de 1h30: https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1104918840040226
COMENTÁRIO FINAL: Fausto é dileto amigo, parceiro em algumas empreitadas e daí, portanto, suspeito para desdizer ou contratriar. Baita sujeito, dos mais simples que conheço e sempre no mesmo batidão, sem empolgações, pés no chão, mas sempre ali, sem nunca desistir ou se entregar. Sua história é de superação, descobertas e revelações. Por desenhar desde muito cedo, conquistou espaço no mundo dos maiores chargistas/cartunistas deste país. Foi um conversa franca e cheia de lembranças. É gostoso ouvir Fausto porque ele tem uma cara de credibilidade, de gente que faz e acontece. Só por conseguir editar um livro seu por ano já é mais que vitorioso. Vale a pena conhecer sua história.
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