MODUS OPERANDI TUCANO - publicada na edição de 05/09/2009
Reencontro no show ‘Opinião’ o amigo Luis Vitor Martinello. Diz me ler aqui e que “pego muito no pé do PSDB”. Explico a ele que não é bem isso. Foi uma longa conversa. É que os tucanos criticam e cutucam muito os defeitos alheios, não enxergando os próprios. Santos do pau oco. Detesto os que se arvoram impolutos sem o serem. Esses os piores. Vejam isso. O mensalão começou com eles lá em MG, com o senador Azeredo, trazendo Marcos Valério para o butim. Dos governadores já cassados, o da PB é tucano e na fila do gargarejo, Yeda Crusius, do RS. Fingem não terem ajudado a livrar a cara de Sarney, mas votaram ao lado dele e fazem jogo de cena retirando-se do Conselho de Ética. E os pedágios, a farra do Rodoanel e o Metrô paulista com aquela cratera no meio da capital? Isso sem falar nas privatizações, num momento em que, incentivado por esse partido, quem periga são os Correios e a Petrobras. Quase 600 processos foram engavetados por um Procurador da República, também conhecido como “Engavetador”. Quem não se lembra do eterno pires na mão junto ao FMI e a subserviência aos EUA. Isso teve fim. Dariam belos textos e bafafás idem, porém, a mídia prefere ficar discutindo se alguém entrou ou não num Ministério a desvendar as contas no exterior geradas pela corrupção tucana junto à francesa Alstom, gigante dos trens. Imagine se fosse com Lula? Eu até quero parar de falar dos tucanos, mas eles não param de me dar motivos para escrever mais e mais.
CULTURA SEM ‘cultura’ - publicada na edição de 12/09/2009
Algo de muito estranho acontece na Secretaria Municipal de Cultura de Bauru. Ela segue em descompasso, causando um problemão para o prefeito. Ele já deixou bem claro que, algumas seriam comandadas por partidos que lhe dão sustentação política. Essa no caso está sob o tacão do PSB. Se essa foi a sua opção de “governabilidade”, que assim seja. O que não pode ocorrer é uma emperrar e dificultar o trabalho das demais. O atual secretário já assumiu com forte rejeição e está se mostrando incapaz de resolver os problemas pendentes na pasta. Deveria ter feito exatamente o oposto, porém promoveu um afastamento quase total com a classe artística. Isolado no poder, não recebe as pessoas e segue sem propostas, chegando quase ao fundo do poço. Infelizmente, selou seu próprio destino. Hoje, artistas procuram diretamente o prefeito e outros secretários assumiram funções que anteriormente eram da Cultura. Um vexame. Até quando? Muitos se omitem em externar sua opinião, igual na história do menino que aponta para o rei nu, enquanto a turba segue calada. Por que o que se ouve em todas as rodinhas da cidade não é discutido com maior abrangência e clareza? Se não deu certo e o escolhido demonstrou não possuir aptidão para o exercício da função, a troca deveria ser meio que automática. E já que diante de barbaridades poucos estão se pronunciando, deixo minha sugestão de um substituto dentro do PSB, talvez o único: Isaias Milanesi Daibem. Pela restauração da dignidade cultural.
OBSERVAÇÃO FINAL: Queria muito ter ido ontem numa passeata de jovens estudantes, lá na Getúlio Vargas, em mais um 'Fora Sarney'. Convidei até um amigo para me acompanhar. Iriamos constatar como anda o grau de entendimento do atual público estudantil com as mazelas do país. Fui desaconselhado, mesmo tendo confeccionado cartaz para empunhar no ato. Quando ouvi a entrevista de uma das jovens organizadoras na rádio ("Não sabíamos do evento, mas quando tomamos conhecimento de que está ocorrendo no Brasil inteiro, resolvemos fazer também o nosso"), desisti de vez, pois falta consciência política. O grande motivador é a 'festa', ninguém foi lá para discutir se quem apóia hoje a saída de Sarney, foi quem lhe deu sustentação até pouco tempo e qual seria o motivador disso. Seriamos peixes fora d'água. Guardei meu cartaz aqui no mafuá, em busca de oportunidade mais propícia. E assim sendo, preferi gastar sola de sapato em algo mais consistente, como a ida ao jogo do Noroeste, nessa manhã dominical (10h, contra o Sertãozinho), agora com o carro devidamente paramentado com um sachê com o emblema do clube, presente de alguém que prezo muito. E lá vamos nós, empunhando a bandeira do "FORA HIPOCRISIA!".
17 comentários:
Tá desesperado jovem? Achas mesmo que um golpe te levarás ao poder? Deixastes de hipocrisias e mostre que não abandonastes o gostinho por holerite público, nunca pensou no povo, achas mesmo que terias chances com o Isaias? O que fazeis para te achar acima do bem e do mal?
Meu caro Anônimo de Plantão:
Veja como são as coisas. Quem eu queria que me respondeste o questionamento é justamente quem aparece por aqui.
Fora de cogitação essa volta ao holerith público, esqueça isso. Fora de cogitação. Nenhuma possibilidade.
Passemos então a discutir os questionamentos desferidos no texto sobre os atuais desmandos lá na Cultura. Quando quer começar a fazer uma "mea culpa" por ter instalado lá pessoa tão despropositada? Quer começar a discutir já? Releia o texto e comecemos o debate. Quer que explicite melhor os problemas, ou da forma que fiz já é suficiente?
Procure não mudar de assunto, nem desvie para despropósitos.
Quanto ao Isaias, não existe outro nome dentro do tal PSB. Ele terá condições de montar algo que, no mínimo, entenda o que venha a ser a Cultura em Bauru. Você teria alguma coisa contra esse nome?
Em tempo:
Agradeço o tratamento me chamando de "jovem". Lisonjeado e do alto dos meus 49 anos, mesmo que externamente o aspecto deixe a desejar, internamente me acho assim.
Volte sempre e entre na discussão do tema proposto, sem distorções e desvios. Inté...
Abracitos do Henrique, direto do HPA
Juventude rebelde, jovens de 68, geração Woodstock, são expressões em desuso para os dias de hoje. Hoje o termo mais exato a se aplicar é "juventude politicamente correta".
Politicamente correta porque ela atua conforme o sistema determina as regras, como, quando e devem pensar e atuar. Prefiro ser politicamente incorreto do que andar preso as correntes do Estado imperialisticamente correto, até porque não sou político, e ser correto politicamente neste estado é ser incorreto com as lutas realmente revolucionárias. Vamos lembrar que ser nazista na Alemanha de Adolf era politicamente correto.
Escrevo esta reflexão após observar o "manifesto" feito por adolescentes ontem nesta cidade chamado de "Fora Sarney". Tal ato foi tratado com louvor pela imprensa burguesa, pois está dentro dos padrões de juventude que nosso sistema quer, um jovem alienado, num mundo virtual do faz de conta e critico apenas quando do interesse de um sistema banal.
Esta mesma imprensa que elogia é a mesma que "descobriu" somente agora que o Sarney é corrupto, por que será??? Faz mais de 20 anos que conheço as "aventuras" da familia Sarney e só agora a imprensa descobriu??? Será que o fato do partido desta cobra ser base do governo Lula e estar a pouco mais de um ano das eleições é pura coincidência??? Não, é jogo sujo de um sistema hipócrita e imundo, e que faz jovens sem nenhum idealismo, base teórica e consciência de classe irem as ruas para protestar o vazio das insanidades desta forma de Estado. É a celebração do nada.
Para quem viu jovens engajados numa luta revolucionária, jovens do movimento 26 de julho, jovens da RAF, jovens que tinham o endurecimento e a ternura juntos expressos em seus olhos, que compreendiam a realidade da filosofia sã e pegavam em armas para lutar contra um sistema, chega a ser patético ver tal cena de patricinhas e mauricinhos de caros colégios particulares protestando da forma que faz a alegria daqueles que tentam manter as coisas como estão.
A entrevista de uma menina que ajudava a organizar tal ato numa rádio local mostrava a total falta de base para fundamentar tal atitude, que qualquer um observando bem, via que nem ela sabia ao certo o que estava fazendo.
Questionar o sistema, ganhar consciência, lutar ferozmente contra ele e defender os trabalhadores nos momentos mais criticos, estaremos juntos, qualquer outra coisa é pura frescura dos que lustram as jóias das mesmices elitistas.
Marcos Paulo
Movimento Comunismo em Ação
Sempre achei, e continuo achando, que quando colocamos nossas opiniões à respeito de qualquer assunto ao qual nos propomos a discutir, é que no minímo a "pessoa anônima" tenha a coragem de se identificar.
Ficar nessa de "escondido" demonstra, acima de qualquer coisa, que esse "anônimo" é um tremendo de um cara de pau.
Tens medo do que? Se tens medo ou vergonha de suas opiniões, não se esconda, faça como muitos, dê a cara para bater, meu caríssimo "anônimo de plantão".
Abraços!
Antonio Carlos Pavanato
HENRIQUE
Aguente firme os de sempre, já conhecidos de todos nós, que virão com socos e pontapés. Sabem que nada fizeram e não tendo como responder às críticas, saem socando tudo o que encontram pela frente.
Só temos a agradecer pela coragem com que tem exposto os problemas aqui da Secretaria Municipal de Cultura. Todos os problemas já são conhecidos por todos, mas o debate para solução dos mesmo parece não começar nunca. Não estamos entendendo os motivos da continuidade da destruição de uma das mais importantes e destacadas Secretarias municipais.
Precisamos de uma mudança urgente por aqui, para que ela não feche de vez ou acabe servindo a interesses que a querem ver acoplada com outra, talvez a de Turismo, Esportes, Educação. Seria o caos. Sua proposta com o nome apresentado é boa. É claro que queríamos que fosse colocado um nome sem qualquer vinculação partidária, que representasse a Cultura num todo, mas dentro do que o prefeito está agindo, com o loteamento de secretarias, o mais viável é a escolha de um nome dentro do PSB, pessoa mais sensível, menos ditatorial, que possa olhar por tudo isso aqui com olhos culturais.
Você é corajoso e coloca o dedo na ferida. Outros, que só falam, dizem que irão iniciar campanhas, irão procurar o prefeito, não o fazem, ficam com receio. Só temos a agradecer. Que esse espaço continue livre e democrático, onde possamos colocar nossa opinião e descarregar nossa insatisfação coletiva. Você sabe o caos que está instalado aqui na Cultura bauruense.
Não pare, por favor.
E.
Henrique
O Cláudio Petroni, na FM 87 desceu a lenha no Secretário e disse que o seu texto era algo que eles já vinham comentando na rádio há muito tempo. Disse assim: Aquilo que diziamos aqui, o Henrique veio a confirmar no Bom Dia.
É só para você ficar sabendo que mais gente está preocupada com esse tema.
Rosana
Só achei errado vc lançar o Professor Isaias publicamente. exemplo de retidão, etica e carater, não pode ser fritado publicamente.Todos sabem que nome lançado é nome queimado. Isaias não merece isso.
Vcs apoiaram o Clemente para vereador em 2004, para vice-prefeito em 2008 e agora querem nomear secretário para o Rodrigo?
Brincadeira!!!!
RESPOSTA A ESSE DOIS ÚLTIMOS COMENTÁRIOS, FEITOS DE FORMA DE ANÔNIMA:
1. Ninguém mais do que eu nutre uma profunda admiração por Isaias Daibem. Não lancvei ninguém de forma despropositada e desconheço isso de nome lançado ser queimado. Isso é algo sem sentido. O que precisa ser discutido, não o é. A Cultura está a deriva e se ela está sob o jugo do PSB, que surja um nome dentro do partido para assumir a pasta. O nome do Isaias é para mim o único em condições para tanto. E falo em meu nome e só.
2. No segundo comentário novamente a utilização de termo no plural, "vocês". Eu escrevo aqui por mim e mais ninguém. Assumo o que escrevo, certo ou errado, critique a mim e não a grupo nenhum, pois nem filiado a partidos estou. Você e todos os demais sabem muito bem que nutro admiração pelo trabalho do Clemente como vereador e como presidente do DAE e só. Nunca assinaria ficha nenhuma ao DEM, umdos piores partidos brasileiros, que denomino de DEMÔNIO. O Clemente sabe disso, o que não impedia que continuasse a admiriar seu trabalho à frente da autarquia. E só. Esse negócio de futrica sem pé nem cabeça serve só para confundir incautos. Você pensa que engana a quem? A mim e a outros tantos, não mais. Tome tento. Discuta dentreo do seu partido a situação atual da Cultura e prováveis substitutos, pois o que estão fazendo de mal à Cultura é histórico e décadas depois será lembrado como uma passagem ineficaz e que atravancou avanços nesse stor na cidade. É dessa forma que querem ser lembrados?
O meu texto no BOM Dia foi escrito sem nenhum pretensão. Guarde isso: NÃO VOLTO A TRABALHAR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. Dei minha contribuição, certa ou errada, sai ciente de que acertei bastante e errei outro tanto. E o faço de cabeça erguida.
Vejam o caso do atual secretário. Façamos uma discussão séria. Tods nós, quase ou cinquentões lutamos contra a Ditadura, os desmandos e os autoritarismos. Pois ele assunmiu o cargo e faz exatamente o cobntrário de tudo aquilo que pregamos a vida toda: é autoritário a extremos, exerce o poder pelo medo, faz um trabalho de general, vigiando horários, não cumprimenta as pessoas, faz questão de ser arrogante, afastou-se da classe artística, etc. deveria fazer exatamente o contrário. O partido deveria chamá-lo e tentar rever sua atuação, pois é o partido que ficará com a mancha de atuação precária, de não possuir quadros qualificados para o exercício da função.
É isso que devemos discutir. Esqueça rivalidades. Pense um pouco na cidade e na Cultura num todo. Vocês podem mais, mas estão fazendo muito pouco. Tenham coragem e proponham algo novo. Ele já provou sua desqualificação para o cargo, pois rejeita atuação diferente. Discutamos isso. Provocações para mim não resolvem a questão. Não servem para nada e abomino fazer isso nesse momento. Ajudem o Rodrigo a encontrar outro nome e resolver a situação. Eu não represento nada e não tenho pretensão de influenciar em nada. Quero e continuarei a falar, pois fui muito criticado num blog que acho que nem mais existe. Ficaram cutucando o tempo todo, desqualificando de forma irônica. Faço diferente, escrevo e assino. Não fujo da raia.
Abracitos e volte sempre, mas para discutir algo concreto, sem provocações.
Henrique, direto do mafuá
Henrique
Leio seu blog com uma certa regularidade. Na maioria das vezes gosto do que encontro por aqui, eis o motivo de voltar. A discordância é salutar, faz parte do debate e deve ser travado. Você não foge dele e até se exalta nas respostas. Gosto disso também, sangue italiano, evervescente.
Escrevo aqui para alguns comentários sobre os três textos publicados juntos. Gostaria de comentar sobre o primeiro, o que voce escreve sobre o PSDB. Concordo com tudo, mas diante da grande participação de gente quase que só falando sobre os problemas lá na cultura, eu fico meio acanhado. Acho que meu comentário pode até passar batido.
É isso. Você poderia não postar tudo junto, pois possibilita que as pessoas só comentem sobre aquele assunto. Gostei dos tres temas e da forma como foram abordados, mas ressalto isso.
Não sei como voce encontra folêgo para escrever no ritmo que faz.
Como voce mesmo diz, um abracito do Paulo Lima
Gozador e cara-de-pau, além de tudo. Onde, quando e como vc lutou contra a Ditadura. Vc mesmo cansou de afirmar que era um bancário burocrata e nada fez pela redemocratização neste país.
Meu caro Anônimo:
Te conheço melhor que ninguém. Para os que me vêem conversando com ti, te direcionando a palavra diretamente é porque sei o teu estilo, sei como pensa e como age. Tu me conhece e eu a ti.
Continuas fugindo do cerne da questão levantada? Nada sobre isso? Quem cala assume publicamente, meio que implicito, que nada mesmo pode ser feito e que o que foi dito é a mais pura expressão da verdade. Continuo aguardando...
Quanto à baboseira levantada por ti, continuas o mesmo, fraco na argumentação e sem precisão histórica. Você é mais velho que eu e poderia ter tido participação melhor, mas fez o que mandou sua conciência. Age assim até hoje. Disso falo num outro texto. Eu, 49 anos, em 1970 tinha meros 10 anos. Aos 16 no Christino Cabral comecei meu envolvimento estudantil (1986) e depois na ITE e na USC (que chamo de FAFIl até hoje), pode perguntar para todos que estudaram comigo como foi minha atuação. Daí para frente você sabe. O banco fez parte e dentro dele nunca deixei de militar.
Quero muito falar sobre essa tal de redemocratização tão propalada e tão pouca entendida. Vivemos uma democracia de fato? Vivemos algum dia numa democracia? E os que se dizem militantes de esquerda e fazem acordos contínuos com a parte contrária. O que dizer destes? Conheço vários e alguns em plena atividade. Se dizem de esquerda, se intitulam vanguarda, só que fazem acordos de bastidores, tipo na calada da noite com tudo o que lhe traga proveito. Esses os piores. Santos do pau oco. É desses que quero escrever num texto próximo. Me aguarde...
Posso não ter uma militância de ponta, mas fiz e faço a minha parte. Nunca trai princípios, como alguns. Entendeu onde quero chegar, não?
Quando responder a isso aqui, por favor, procure ao menos dar uma breve resposta para o questionamento do texto postado. Era sobre os desmandos contínuos na Cultura, patrocinados e bancados pelo partido que detém o crivo da caneta por lá. Se quer falar de Ditadura, o que acontece por lá cai como uma luva num exemplo fantástico para ilustrar nossa conversa.
Henrique, direto do mafuá
ATO FALHO
Na resposta do Comentário que fiz acima, onde cito uma data de 1986, o correto é que completei 16 anos em 1976. Feita a correção, tudo permanece mantido.
Henrique, direto do mafuá
Henrique, não esquenta. O que falar de alguém que deu apoio irrestrito ao extinto Garotinho?
Creio que me confundem. Nunca apoiei Garotinho ou Clemente. Também, por formação de berço nunca cantei mulher alheia.Minha caneta nunca teve tinta para nomear ninguém. Não admito hipocrisia. Só isso!
E a Cidinha do Azulão do Morro já conseguiu receber?
Não só apoiou Garotinho, como o Otavianni, o mandarim de Agudos,que nunca esteve perto de ser alguém da esquerda e hoje praticamente está dentro do ninho tucano.
Henrique, direto do mafuá
Gozado e estranho alguém falar de hipocrisia escondido pelo anonimato...
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