Mafuá do HPA

AMIGOS DO PEITO (49)

ENVELHECI, MAS CONTINUO EM EXPOSIÇÃOEsse é um trechinho de um samba do Aldir Blanc, "Entre o torresmo e a moela" e serve para ilustrar o que andei fazendo nesses últimos dias. Ou seja, continuo em exposição, dentro de minhas limitações, mas procurando me divertir um pouco nesse mundo cada vez mais macambúzio e sorumbático. Hoje, sexta tem início o Carnaval, nossa maior festa popular. Nada escrevi sobre esse novo momento da festa aqui por Bauru e acabei não indo em nenhum dos três grandes bailes onde se realiza o verdadeiro e único Carnaval. São eles, "O Carnaval dos Carnavais", com a volta da Banda da Folia em 25/02, o "Carnaval dos Anos Dourados", na Luso em 26/02 e por fim o "Baile de Máscaras", no Espaço Bauru, amanhã dia 05/03. Além do que estará a rolar no Sambódromo, esses bailes são algo para comemorar na revitalização de Momo na cidade. Como bato as asas amanhã cedo de Bauru, passando a festa fora daqui, me abstenho de comentar o que não verei, nem poderei desfrutar. Muitos outros falarão disso e se quiserem, o espaço sempre estará a disposição, desde que não represente a voz oficial de plantão.

Vamos a uma varredura nas andanças desse desengonçado e caipira (além de pateta, para alguns) Sancho Pança. Primeiro o aniversário do Sivaldo Camargo, 49 anos, comemorado no Bar do Brecha, com brejas variadas e algo que meu colesterol adora, panceta. As duas primeiras fotos lá do alto são desse dia (10/02, até Elson Reis apareceu, dia após assumuir e não sumir como outros fizeram). Do Carnaval lá no Saudosa Maloca já escrevi aqui, mas posto mais duas fotos tiradas lá em 19/02 (na 3ª, eu e o Ricado da Seplan e na 4ª o Ademir Elias com umas na cabeça).

Das andanças em Reginópolis, no dia 17/02, com o Fausto Bergocce publico a foto de uma ave e explico a coisa. Ele falava para um sitiante debaixo de uma chuva de lascar ter visto um passarinho e não conseguia descrevê-lo. Como desenha como ninguém pegou uma caneta e desenhou o bicho. O sitiante bateu o olho, abriu um sorriso e disse ser um "Três Potes", do qual nunca havia ouvido falar. Ficou sendo esse o nome. A foto do lado da ave é para demonstrar o quanto sou corajoso. Estava bebericando e comendo umas na casa do Duka, com dona Enis fazendo uma mandiocada. Pança cheia, as mulheres (sempre elas, mais resistentes que nós) pegaram minha máquina e clicaram esse negócio do Duka e eu em pleno sono, um no colo do outro. Acredito ser pura montagem, mas como não estava acordado não sei o que aconteceu. O que sei é que sobrevivi para relatar isso aqui.

Agora um evento a merecer um parágrafo só para ele. Foi o ocorrido na Oficina Cultural em 22/02, o "Noite com Arte", que divulguei aqui. Um amontoado de atrações todas reunidas no mesmo lugar e horário. De uma balbúrdia mais do que certa, acabou saindo algo de muito proveitoso. O secretário atual de Cultura, Elson Reis marcou presença e ficou com o ouvido doendo de tanto ouvir reclamações e pedidos variados. Ponto positivo, pois esse circula. De tudo o que vi por lá, o mais encantador foi Lázaro Carneiro, nosso poeta caipira reunindo novamente os catireiros de Bauru. Esses haviam divulgado terem encerrado as atividades. Foi bonito ver o retorno deles, e nem o fato de chamarem o Carneiro de Carvalho serviu para tirar o sorriso da cara do agora agenciador de caiporas. Isso vai dar samba, ou melhor, vai dar festança da boa por aí. Precisamos pensar juntos e reunir essa trupe numa noite só para marcar esse retorno. Os poetas Brandão e Martinello abrilhantaram a noite com interpretação de suas poesias e um deles com uma catavento azul e amarelo estava sorrindo mais que os demais (quem seria esse?). Por lá teve muito mais coisas, tudo capitaneado pela nossa musa maior do teatro, a Regina Ramos. Podia escrever muito mais desse dia, uma terça onde o Paulinho, chefe mór da Oficina mostrou mais uma vez que está acertando a mão. Do Lázaro, mais uma (não me canso de futricar dele): Gravou um piloto de um programa sobre cultura rural e caipira para a TV Preve e essa será uma das novidades a abrilhantar Bauru nesse primeiro semestre. Falo mais disso depois.

No dia 22/02 um belíssimo show a lotar o Ginásio do SESC com o guitarrista Nuno Mindellis e lá estive a babar na fila do gargarejo. E na sexta, 25/02, para fechar o mês com chave de ouro o aniversário da Ana Bia, comemorado lá na Chácara do Orlando. Foi festa para ficar de molho mais uns três dias depois, mas valeu a pena. Tudo deu certo, cantoria boa e uma pá de gente amiga em torno de um papo dos mais agradáveis. Varamos a noite e só não ficamos mais porque os corpinhos dos presentes estavam que não mais aguentavam. Tem mais história, mas por hoje chega, tá bom de mais. O que não está nada bom é o Norusca (fui em dois jogos no mês), o cinema deu uma melhorada (Cisne Negro é muito bom) em sua programação na cidade, consegui ler quatro livros no mês e o livro de Reginópolis anda de vento em popa. E vamos ao Carnaval, de um jeito ou de outro, tô no clima.