sexta-feira, 20 de maio de 2011

AMIGO DO PEITO (53)

EXTRA! EXTRA!, MAFUÁ IDENTIFICA O CASO 3 MIL DA DENGUE EM BAURU
Essa tragédia bauruense é algo de uma gravidade que poucos parecem dar o destaque necessário. Esse mafuento espaço brinca demais, ironiza em alguns casos, em outros mistura tudo, mas sempre fala sério, grosso e de forma incisiva. Com a dengue, que nessa semana atinge a casa de 3000 casos na cidade isso precisa ser cutucado, espezinhado e mostrado em todos seus detalhes. Antigamente aqui em Bauru não existiam famílias sem que ferroviários fizessem parte delas, hoje a dengue assume esse papel, muito triste por sinal. Tem denguista, dengoso e denguético por todos os lugares.

Fui conversar com um deles, aliás, meu melhor amigo, DUÍLIO DUKA DE SOUZA, professor de História na rede pública estadual. Sim, ele é mais um a contrair o tal do vírus advindo do "perigoso e insano" (sic) mosquito. Como seu processo dengoso está ocorrendo quase ao mesmo tempo em que se anuncia o caso 3000, acredito ser ele o número redondo. Pronto, Duka é o próprio. O que ouvi e me fez escrever sobre a doença. Duka passou pelo Pronto Atendimento do IAMSPE, junto ao Hospital de Base e lá, atendido pelo médico PLINIO C. DE CASTRO NETO, tomou uma verdadeira aula sobre o real problema da dengue, não só em nossa cidade, mas num todo. Numa espécie de reconhecimento pelo atendimento recebido, acabou por transmitir a mim o conhecimento adquirido e repasso no parágrafo abaixo um pouco disso:

O que ocorre com a dengue é uma inversão de conceito na cabeça das pessoas. Nós é que contaminamos o mosquito e não o contrário. Ele vive na natureza e picar, sugar sangue algo inerente à sua espécie. Ele não passa de uma vítima do ser humano. Nós acabamos exterminando os mosquitos, quando na verdade somos os doentes, pois tudo começou quando um mosquito sadio pica alguém doente e a doença lhe é transmitida. No seu habitat natural nas matas ele não possui o vírus dentro de si. Na cidade, com toda a degradação humana, sim. A cadeia de transmissão é intensificada nos centros urbanos. Daí a necessidade do paciente com dengue permanecer em casa, pois se ele está doente e é picado novamente por um mosquito sem a doença, ele a transmitirá nas próximas picadas e o negócio não terá mais fim. Uma corrente cruel e maligna. Pouca gente entende esse pequeno detalhe, revelador de como a doença é alastrada de forma avassaladora.

Essa a aula recebida por Duka, transmitida a mim e agora repassada para meus mafuentos leitores.

OUTRA COISA: E como nem tudo são tragédias humanas, deixo algo aqui para deleite de todos. Fui ontem ao show no SESC local, "Meu quintal", da cantora e compositora Ná Ozetti, uma paulistana da safra de Itamar Assumpção, aliás, discípula dele. Uma voz glamourosa, que admiro desde o primeiro LP que comprei dela, em 1988. Ontem estava acompanhada de um quarteto da pesada, comandado por Mário Manga, um aprontador de mão mais do que cheia. Escureceram a quadra com panos negros, dividiram o espaço em dois e impossibilitaram o acesso ao bar (uma crueldade). Mas foi ótimo, tudo para privilegiar a voz da Ná, que irradiou algo de muito bom em todos que lá estiveram. Paguei sabem quanto? Meros R$ 5 reais, uma bagatela perto do que se paga para ver qualquer sertanojo. Em seu CD anterior, "Balangandãs", um pouco dos grandes clássicos brasileiros, com uma interpretação e em versões mais do que divinais. Ná prova que, hoje, mesmo uma distinta senhora, do alto de 30 anos de carreira, está refinando a voz. Linda!!! Sempre estive na fila do gargarejo dessa magistral intérprete e mesmo com uma engasgadinha ao final, esteve insuperável.


5 comentários:

Helena Aquino disse...

Ô Dukinha querido !!!!!! Tá dengoso é ???? repouso, cama, muita água...rs.... somente água heim !!!!! Passei por isso, meu filho Marcus também foi uma vítima desse dengo ...rs... mas tudo passa, é como diz o poeta, até a uva passa ...rs...
Beijos de recuperação ....

Helena Aquino

Anônimo disse...

É Henrique e pensar que naquele "terrivel" país comunista Cuba a dengue foi exterminada há muito tempo. apenas mais uma comparação com nosso país do capital onde mais uma desgraça que aqui sempre convivemos lá eles estão livres. Graças ao Comandante!!

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

HENRIQUE,
já peguei a minha DENGUE...é de lascar...
A recuperaçào é bem lenta.
Estou nesse bolo de 3.000...
Abs.
MURICY

Anônimo disse...

Caro Henrique aqui em Limeira tb estamos com uma epidemia de dengue graças ao descaso dos governantes que nada fazem. E como nosso amigo Marcos disse que terrível esse pais cubano até com a dengue eles conseguiram acabar !!!!! Viva Fidel !!! e seu governo que tem como prioridade o povo cubano.
Hasta la victoria siempre !!!
bjss Fabi

Anônimo disse...

Prezados
Só para não ficar com as notícias ruins sobre a saúde em Bauru, quero enaltecer o trabalho de alguns profissionais dessa área, que não medem esforços para fazer o melhor para a população.
Essa carta saiu no Bom Dia de ontem, 26/05.
DUILIO DUKA DE SOUZA ZANNI


IAMSPE E DEPARTAMENTO DE SAÚDE COLETIVA: O TRABALHO DE ALGUNS PROFSSIONAIS


Há tempos tenho me servido do IAMSPE para consultas e exames e fiquei de escrever neste espaço a minha opinião a respeito do atendimento daquele órgão, mas não o fiz.


Desde o ano passado, quando precisei, fui ao posto ambulatorial na Rua Azarias Leite com a Primeiro de Agosto, e fiquei extasiado com o atendimento recebido, pelas atendentes e também pelo médico, um rapaz novo, o Dr. Júlio Cesar Vidotto. O tempo passou não esqueci e ainda em tempo faço aqui o meu reconhecimento. Trabalho exemplar!


Sábado dia 14 de maio, fui vítima da dengue e fiquei “de molho”, sábado e domingo. Na segunda e terça-feiras fui trabalhar “arrastado”, péssimo. À noite desse dia 17, não agüentando mais o estado em que me encontrava, fui novamente ao IAMSPE. Desta vez no Pronto Atendimento do Hospital de Base, onde fui igualmente muito bem atendido por uma eficiente recepcionista, enfermeiras e pelo médico de Plantão, Dr. Plínio C. de Castro Neto.


Novamente senti o quanto ainda existem pessoas do bem! O médico, Dr. Plínio, não só me atendeu muito bem como me deu uma aula sobre a dengue. Revelando alguns conceitos que eu desconhecia e a necessidade da conscientização de todos nós, população e autoridades, para o problema existente.


Em meio a tantas notícias ruins sobre a saúde em Bauru, é tão gratificante falar de quem faz um trabalho sério e muito bom nesta área, como é o caso da Ana no Departamento de Saúde Coletiva – DSC – da Prefeitura, onde fui retirar guia para exame sorológico. A Ana fez um rastreamento sobre onde eu estive quinze dias antes de me sentir doente. Dos lugares rastreados, já tive informações que a equipe de profissionais da Saúde Coletiva já havia visitado todos, ou seja, um dia depois. Isso mostra que nem tudo está perdido.
Parabéns a todos esses profissionais da saúde que apesar das precárias condições de trabalho e salário, fazem a diferença! A população e as autoridades também têm que fazer a sua parte.
(DUILIO DUKA DE SOUZA ZANNI – Professor – RG. 8023276 – Tel. 9755-5844)