sábado, 7 de maio de 2011

O QUE FAZER POR AQUI E NAS REDONDEZAS (01)

BAR DO BAIANO, NO GEISEL, TAMBÉM A "REPÚBLICA BAURUENSE DA ARGENTINA"
EXPLICAÇÃO ANTES DE LER O TEXTO PRINCIPAL: Tomei conhecimento da vinda de alguns professores da PUC carioca até Bauru no mês passado. Estiveram na UNESP num encontro interno lá deles e ficaram quase a semana toda hospedados em hotel da cidade. Ana Bia, minha alma gêmea conhecendo alguns deles, os instiga a conhecerem algo mais da cidade de Bauru. Cansados, fazem o roteiro prescrito pela universidade e retornam ao hotel. Num outro dia, após darem uma olhada mais minuciosa pela janela dos carros, lançam a ela um questionamento: “Mas o que teria para fazermos por aqui? Onde nos levaria?”. Boa pergunta. É o procurarei responder a partir de agora, numa nova seção que crio aqui no blog, a “O QUE FAZER POR AQUI E NAS REDONDEZAS”. Isso também me fez recordar de uma música do Celso Viáfora (cujo vídeo publiquei aqui dias atrás), quando hospedado numa cidadezinha perdida na imensidão interiorana brasileira, acorda no meio da noite, sem sono e com uma vontade louca de fazer algo diferente, lançando um refrão dos mais instigantes: “MAS O QUE QUE EU TÔ FAZENDO AQUI?”, iu seja, existiria alguma coisa interessante para se fazer num lugar desses. O Bauru e algo da região serão revistos na minha ótica, em lugares onde poderia levar esse tipo de gente, além de amigos. Ou seja, minhas dicas pessoais. Começo hoje com um lugar mais do que especial.

Já escrevi demais por aqui de um lugar dos mais simples na cidade, mas que passo sempre que posso e preciso recarregar energias e prolongar um papo além do trivial. É o Bar e Restaurante Barracão, localizado lá no Geisel, visto de quem circula na Nações Unidas. Um prédio amarelo por fora e verdadeiro museu por dentro. Um ajuntamento indescritível de peças desconexas a contar pedaços esparsos da história da cidade ou de qualquer outra coisa. Baiano e sua esposa servem uma comidinha simples, honesta e baratinha. Self-service, com a geladeira à disposição do cliente. Você mesmo pega o que quer e depois avisa o dono quanto bebeu na hora de pagar (ele afirma não levar muito tropeço com isso). E come olhando para uma imensidão de peças espalhadas por todos os cantos do bar. Qualquer dia uma cai dentro do seu prato de comida. Ninguém vai ali para reclamar. O negócio é curtir, aproveitar da hospitalidade. Baiano vem mesa por mesa, explica peça por peça se alguém assim achar conveniente. Ele é detalhista e uma pessoa das mais simpáticas que conheço. Abaixo as citações anteriores que fiz a ele aqui no blog: Baiano, o do Bar que virou museu (04/12/2010) e Um Bar ao estilo Parangolé (27/07/2008).

Agora quando volto ao Barracão nova surpresa (ali algo novo a cada retorno). Além de tudo o que possui por lá, um cantinho que denominei de REPÚBLICA BAURUENSE DA ARGENTINA. Tudo começou com umas fotos de viagem, que lhe trouxeram de lá e estão expostas coladas num guarda roupa antigo. Outras peças apareceram, como a famosa foto do tango dançado só entre homens, estandartes de couro e a peça mais hilária, uma casquinha de tinta, que está lá como UM PEDAÇO DA CASA ROSADA. Não resisti e levei nessa semana mais um adereço para o espaço, uma edição do jornal diário Página 12, de 17/01/2011, que já está devidamente incorporada ao acervo. Tudo isso é tratado com maestria no local e apresentado aos freqüentadores. Não param de chegar peças novas, não só da temática argentina, mas de viagens variadas ao redor do mundo. Tem quem já viaje pensando no que irá trazer para deixar depois aos cuidados do Baiano. Dele, o proprietário, nunca ouvi nenhuma palavra depreciativa a qualquer país latino, Argentina ou Cuba, que fosse. Trata realmente todos, como irmãos latinos, espécie de vizinhos parede-meia. Esse é o típico local onde faço questão de levar as pessoas que gosto e um dos principais motivos é essa receptividade calorosa e harmoniosa. Dias atrás, foi Rose Barrenha, uma das responsáveis pela Saúde mental no município. Hoje, precisando conversar com Marisa Basso e Kyn Junior, os levo para almoçar lá. Para quem não conhece ou vem de fora em busca dos lugares em destaque por aqui, esse um deles, o primeiro desta lista iniciada hoje. Outros virão.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Henrique

Concordo em gênero, número e grau com sua matéria publicada na última edição do Alfinete. Parabéns!

Sempre achei tudo muito ridículo e “absurdado” com relação ao Ozama, e que ele nunca deixou de ser uma farsa, mais um mito para servir de argumento para as intervenções estadunidenses em países produtores de petróleo. Segue abaixo um artigo que li no Cubadebate, acho q vc vai gostar:
Abraços fraternos
Rê - Rejane Maria Martins Busch


Opinión, Manuel E. Yepe – periodista en CubadebateLa ridícula farsa que trasciende de la noticia sobre el asesinato de Osama Bin Laden permite dar entero crédito a la versión de que la guerra contra el terror que desató la élite del poder de Estados Unidos contra el mundo ha sido una gran mentira de principio a fin.
Insulta la inteligencia humana que se pretenda hacer creer que el hombre más buscado por la potencia militar tecnológicamente más avanzada del planeta viviera tranquilamente, con su esposa y algunos hijos menores, en una mansión de Abbottabad, muy cerca de Islamabad, capital de Pakistán, un país que es estrecho aliado de Washington, a 3 kilómetros de una importante academia militar.
Mucho más cuando se informa que fue baleado, desarmado y solo, por un comando especializado estadounidense transportado en helicópteros que asaltó su morada, cuando pretendió resistirse al arresto, y que su cadáver había sido lanzado al mar porque presentaba un aspecto muy desagradable y podría servir para nuevas amenazas a la seguridad de los Estados Unidos.

Anônimo disse...

Henrique,

Que boa dica.
Frequento o bar di Baiano desde que comecei a estudar na Unesp.
Acabei meu curso, comecei a trabalhar ali perto e hoje bato cartão toda semana.
Simplicidade é o seu nome e algo delicioso que é tudo o que foi abrigando lá dentro.
É um lugar que não existe coisa igual no mundo.

Ele e a esposa merecem.
E voce por nos falar de tudo isso.

Márcio, da Perdigão

Anônimo disse...

ESSE BAIANO DEVE SER ARGENTINO DE FEIRA DE SANTANA, POR AÍ. GOSTO MUITO DELE E DO ASTRAL DO BAR.

AURORA

Anônimo disse...

Caro Henrique - grato pela mensagem e pela dica do Bar. Um novo póint. Isaias