Mafuá do HPA

DICA (75)

AMENIDADES – SHOW DE LECI, QUADROS DE BACCAN E UMA DAMA INCOMENSURÁVEL, A MARIA FUMAÇA
Domingo por aqui é assim. Ou eu escrevo e publico algo logo cedo ou o dia rola e depois tudo fica mais complicado. Foi o que ocorreu. Aqui na região de casa está uma confusão, movimentação devido ao VITINHO PARK que extrapolou dessa vez, trazendo as novidades e junto dela um djay, que agita uma meninada nuns brinquedos que não entro nem que a vaca tussa, promovendo uma gritaria de endoidecer. Aos finais de semana tudo começa às 16h e só termina às 22h. Na sexta escapuli disso e fui conferir o show da LECI BRANDÃO na casa noturna DOLCE. Não gosto de shows que anunciados para um horário só acontecem no meio da noite. Minha praia são shows em locais mais maneiros, onde os horários não são tão dilatados e existe a possibilidade de, para os que quiserem, possam desfrutar sentados. Lá na Dolce não. Lá parece que sempre é assim. Cheguei pela meia noite e a Leci só subiu no palco mais de 2h da manhã. Subiu e arrasou, como sempre.

Meu domingo sempre tem que ter Feira, a do Rolo. Adoro esse "Rolo" dominical e atendendo a um chamamento lá compareci. O chamamento era o do apito da Maria Fumaça, que hoje, Dia das Mães promovia passeios gratuitos dentro de mais uma Estação Arte. Aldo Wellinchan passou em casa por volta das 9h30 e me arrastou para a fuzarca. Passamos no Bar do Hélio, junto aos trilhos da rua Antonio Alves. Ali uma parada não para bebericar, mas para fotografar dois quadros do BACCAN ainda expostos naquelas paredes. Foram vendidos e antes de irem para uma parede paulistana fotografei a ambos. Retratam paisagens à margem do rio Batalha em Reginópolis. De Baccan e seu Hélio uma historinha curta. O pintor morou ali, pertinho de onde é a feira e gastava ali no bar, a conta cresceu e ele não tinha como pagar o montante. Tudo foi acertado e quitado com os dois quadros, que semana que vem irão para Sampa. Virei uma ali no balcão em homenagem ao Baccan e continuamos no caminho da feira.

Na feira dou a passada rápida e obrigatória na banca do Carioca, compro um Umberto Eco por R$ 5 reais (A ilha do dia anterior) e vejo ali exposto um gibi que me fazia muito a minha cabeça nos tempos de moleque, o do FANTASMA. Adentro a Estação Arte, lotada de gente querendo andar de trem. Querem coisa mais gostosa e prazerosa do que ser reconhecido, parado na rua por gente simples, trabalhadores como eu a me falarem de coisas ferroviárias, que me lêem e aprovam o que escrevinho nos jornais de Bauru. Paro primeiro na barraca do Chico Cardoso, o dos trenzinhos de madeira e depois na de livros, ali comandada pelo Murilo, promovendo um troca-troca de livros. Sai com três, um sobre nosso poeta Rodrigues de Abreu, um sobre a história de nossa Câmara (do memorialista Gabriel Ruiz Pellegrina - emprestei para o Roque Ferreira ali no ato) e um do Mário Prata. Com tudo isso embaixo do braço vejo a imensa fila de gente diante de uma composição férrea que, inicialmente iria fazer 5 passeios dali da Estação da Paulista até a Central, com monitoria dentro do Museu Ferroviário. Não suportaram a pressão popular e promoveram mais três passeios extras. E fizeram com grande felicidade. Elson Reis, o secretário (esse atuante, de fato e de direito, um que não foge do pau, nem da raia) estava lá para dirimir dúvidas e viu a reação popular diante de um trem lotado. Foi lindo presenciar as negociações dele com a vizinha do local, a professora Isolina Bresolin Vianna, que queria passear de tudo quanto é jeito, mesmo em pé. Acabou indo, mas sentada. Deu para perceber que a problemática está mais do que posta: o povo quer a Maria Fumaça funcionando. Finquei o pé por ali numa animada roda de amigos a discutir os problemas de Bauru. Se tivéssemos um dia todo acredito que muitos deles seriam solucionados (sic). Do encontro ocorrido, com muita gente debatendo, algo de concreto, um grupo novo está sendo parido e proposto a discutir Bauru, sem esse negócio de ONGs, Institutos, Fundações, Associações, Pró isso ou aquilo, nada disso. Vamos é cutucar alguns desses que só fazem algo com verba pública, ganham muito, comprovam pouco e enchem os bolsos. Vem pau puro por aí. Tô enchendo meu enbornal com pedras pontiagudíssimas.

Tive que sair às pressas, pois tinha almoço familiar com meus pais lá no Barracão Restaurante, o bar museu do Geisel, comemorando o Dia das Mães. Quer coisa mais dadivosa do que desfrutar de dias assim ao lado deles. Sou um felizardo. Foi uma esbórnia e depois da comilança só acordei quando o jogo do Corinthians e do Santos (um 0x0 de doer) estava no fim. Amanhã volto à carga sobre algo que, felizmente teve boa repercussão semana passada aqui nesse mafuento espaço, o vai-e-vem, entra-e-sai, tira-e-põe de SAKA AHI, Ô MEU! Hoje só amenidades, como reza os preceitos de um bom final de semana.