domingo, 22 de maio de 2011

FRASES (76)

MINHA CIRCULADA NA REVIRADA BAURUENSE NO VITÓRIA RÉGIA – REVER PESSOAS (parte 1)
"A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros nesta vida." (Vinícius de Moraes)

Foi rápida, mas fui conferir a Revirada bauruense. Eu e o filho, no sábado, 17h e diante do imenso palco, muito espaço, dia ainda claro e tocando do outro lado muitos amigos, na denominada BANDA BACK, quatro anos juntos e fazendo uma releitura de clássicos do rock. Dois dos integrantes, Marco Belinasi e Regina Mancebo, um lindo casal que toca MPB o ano quase que inteiro, mas divertem-se maravilhosamente nos acordes do velho e bom rock, juntos de verdadeiras feras, Paulo Saca, Lilo Zuim e Mr. Fabian. Eu, que venero nossa MPB, tenho poucas oportunidades de vê-los cantando outros ritmos e gostei muito do que presenciei. Tomaram conta do palco e tocando mais a noite, teriam casa cheia e seriam vistos por mais pessoas. Acabei presenciando o momento em que saiam por detrás do palco e iam comer algo na esquina, quando todos abraçados foram fotografados por mim. Decisão tomada: preciso vê-los mais vezes.

Esse negócio de festa na praça, no gramado do Vitória Régia é a possibilidade de reencontros mil. Quem parece que estava à minha espera era o amigo Ademir Elias, fila do gargarejo, presenciando tudo atentamente. Fizemos uma roda alegre bem na boca do palco e por ali revejo o Sivaldo Camargo, meu chapa de todas as horas, junto de um bauruense radicado há décadas em Salvador. No palco Vágner Silvestre, da rádio Unesp era quem comandava o microfone. O artesão Celsão montou sua toalha de brincos e colares ali ao nosso lado e alegre como é, ficou radiante ao ver o prefeito Rodrigo aproximar-se da roda. Foi logo dizendo: “Preciso marcar hora para falar algo contigo”. Rodrigo riu e disse “fale agora”. É que Celsão diz ter a solução para os problemas do seu local de trabalho, a praça Rui Barbosa, que afirma estar abandonada. Ademir estava falante sobre o debate ocorrido sexta à noite na USC sobre o golpe de 64. Não fui e quem estava na mesa eram João Jabbour, Pedroso Jr, Darcy Rodrigues,Isaias Daiben e Milton Dota. Um militar da ativa, comandante do Exército na cidade, Henrique Rodhen, disse: “Mas isso não era para ser uma mesa redonda, tô vendo que é quadrada, pois só tem debatedor da esquerda”. Eu não estava lá para ver, mas para mim, nem todos que estavam lá ainda podem ser considerados de esquerda, tem gente que faz da vida partidária a negação do que se pregava lá atrás. Mas esse é outro assunto.

Fui papear com o Celsão num canto e sou chamado pelo
Sergião
, meu ex-colega lá na Cultura. Ele passou por problemas de saúde e deu à volta por cima, radiante, sorridente e fazendo o que gosta e sabe, bastidores elétricos do evento. Conheço por seu intermédio outra servidora, a Daniela, junto à ambulância ali estacionada e a postos para qualquer emergência (ela me atende todo mês do PS Vila Cardia, onde busco insumos diabetes meu pai). Relembramos histórias, eu e Sergião de trabalhos vividos em Viradas outras, lá na Estação da NOB, madrugada adentro. No palco a Orquestra de garotos de Agudos e depois a de Lençóis Paulista. Sair de casa, estar na rua é isso, o rever pessoas, a convivência alegre e prazerosa. Sou um animal de fácil convivência, quando fora da toca é isso que me anima.

"Não caminhe atrás de mim; eu posso não liderar. Não caminhe na minha frente; eu posso não seguir. Simplesmente caminhe a meu lado e seja meu amigo." (Albert Camus)

Mais da revirada, na terça quando faço um Retrato de Bauru com o Celsão e na quarta quando relato meu retorno à noite na Revirada para ver CHICO CÉSAR e gravar o encantamento ODEIO RODEIO (compro seu CD por meros R$ 10 reais). Amanhã desço a lenha na decisão do presidente da Câmara de Vereadores de Bauru em não mais se instalar no prédio da antiga Estação da NOB. Aguardem por aqui...

4 comentários:

Anônimo disse...

Henrique, tambm passei pelo Vitória na REVIRADA e fiquei chocada com o número de adolescentes e adultos se drogando ao ar livre, livremente, na escada do Vitória...vários carros da Policia zanzando pra lá e pra cá (procurando carros para multar?)
Ví também va´rias autoridades, inclusive da área social e da saúde, todo mundo fingindo que é normal...vivemos uma sociedade drogadita e maldita. Vou descer a lenha também no meu blog, no Facebook e no JC, que publicou materia sobre o assunto neste final de semana...vamos falar sério e tentar fazer algo mais decente aí, gente???Sem moralismo nenhum, tá...Abracitos. Rosangela Barrenha (Rose Louca...por alegria...de verdade...)

Mafuá do HPA disse...

Rose querida:
Não vi nada disso. Só circulei do carro até a frente do Vitória e fiquei a conferir o show. O triste espetáculo das escadarias do anfiteatro não é privilégio da Revirada, pois, pelo que sei acontece por lá todos os dias. A denúncia é mais fo que válida, mas não a associaria ao espetáculo e sim, ao que já ocorre no local faz muito tempo.

Qto a Revirada, gostei do que vi e bato palmas pela Cultura municipal ter conseguido buscar uma boa alternativa para fazer frente ao que a Cultura estadual aprontou com Bauru.

Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

O comandante do exercito acertou ao dizer que a mesa era quadrada, mas errou o lado, todos lá hj são limpadores das privadas direitistas. TODOS. Chamar esses caras hj pra falar de 64 é muito perigoso pois pelegaram para a inercia ideologica, estão todos no mundo das negociatas politicas do estado burgues, esquerda?? só se for pra rainha da inglaterra ver.

Marcos Paulo
Comunismo em Ação

Anônimo disse...

Henrique...vc é um querido mesmo!! Esperamos por vc mais vezes, seja na MPB ou no rock. A revirada musical teve um resultado animador. É tão bom ver aquele espaço cheio de música e houve muita troca de enegia entre musicos e público. A cultura de Bauru está de parabéns e o quanto ao estado espero que para os próximos anos a cidade não seja prejudicada pelos frutos colhidos da politica do PSDB.
Regina (Banda Back)