Mafuá do HPA

PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (49)

A CÂMARA MUNICIPAL DE BAURU NA PAUTA DO DIA, REINADO DE SAKA AHI, Ó MEU!
Segundas-feiras aqui em Bauru, salvo nos dias de força-maior é de sessão semanal da Câmara de Vereadores de Bauru. Seria um dia de muita pompa, onde os nobres edis discutiriam como estão a fiscalizar os trabalhos do Executivo, mas na atual legislatura isso fugiu um pouco do controle. A grande maioria está preocupada com outras coisas, fala-se que em problemas relacionados ao próprio umbigo. Acredito, pois dois assuntos parecem dominar a atenção da opinião pública (o que seria isso?), em detrimento de tantos outros, muito mais urgentes e necessários.

Desde que Roberval Pinto Sakai, também pastor evangélico assumiu o cargo de presidente, algo de muito estranho acontece por aquelas paragens. Pior que tudo é algo que li de soslaio nos jornais de hoje, a de que ele concorre ao postulamento de ser vice numa chapa tendo o atual prefeito concorrendo à reeleição à Prefeitura Municipal. Não vejo isso com bons olhos e explico em pouquíssimas linhas. Estive na Câmara semana passada e constatei algo mais do que preocupante. Todos os serviços contratados pela casa, os de manutenção, obras, comprinhas rotineiras estão sendo feitos, tendo como pano de fundo firmas com proprietários e funcionários evangélicos. Isso não é denúncia, é constatação. Qualquer jornalista mais aguçado poderia esmiuçar isso com maior precisão. Nada contra evangélicos, mas tudo contra benefícios exclusivos só a esses. Imagine isso extensivo a toda Prefeitura? Mais, leio que Sakai acerta com a Prefeitura o ajeitamento dos súditos seus, os que tinham sido demitidos. Todos reempregados. Aqui uma pergunta: COMO FISCALIZAR UMA ADMINISTRAÇÃO TENDO TANTOS EMPREGOS SUBORDINADOS À SUA PESSOA DENTRO DA MESMA?

Citei lá no alto dois assuntos e escrevo deles agora. A questão do aumento ou não do número de vereadores é algo ruim nesse momento, mas não o mais preocupante. Se existisse algum tipo de pressão popular isso seria resolvido num vapt-vupt, mas quando estive lá na posse de Sakai, ostentando cartazes e clamando por ética, eu e mais dois fomos taxados de “três patetas” e agitadores. Algo me toca, dentro de tantas insanidades e essa precisa ser esmiuçada em todos os seus meandros. A Prefeitura foi instigada a comprar o prédio da Estação Ferroviária e o fez. Agora, quando leio que a segunda parcela já foi paga, vereadores (instigados por quem e por qual motivo?) já não querem mais ir de mala e cuia para aquele local. Informo que um andar do prédio da estação dá quase o dobro do espaço da atual Câmara, mas isso parece pouco. Leio que já existe projeto pronto para levantar edificação onde hoje está localizado o estacionamento da Câmara e mais, estudam também outra alternativa, o levantamento de um prédio novo, num local distante e afastado da população, no meio do mato (longe de qualquer possibilidade de participação popular), imenso, megalomaníaco. Nessas duas últimas hipóteses a fonte de todas as preocupações. Explico. Na estação, uma mera reforma, gastos controlados e contidos. Na construção de anexo e de prédio novo, dinheirama em abundância, verdadeira enxurrada a assustar gregos e troianos, justo num momento de austeridade.

A pergunta que não quer calar e poderia estar na pauta de todos: E NADA FAREMOS? DEIXAREMOS QUE TUDO OCORRA DIANTE DE NOSSOS OLHOS, SEM MOVER UMA SÓ PALHA? Acredito que aquele megafone utilizado lá na Câmara em 01/01/2011 voltará a circular em breve e no mesmo local. E mais: QUEM FISCALIZARIA QUEM É PAGO PARA FISCALIZAR A PREFEITURA? DEUS? O DE QUEM, O DELES, O NOSSO... MAS ELE EXISTE?