COMO GUARDIÃO ENCARA A SITUAÇÃO DOS MENDIGOS, DROGADOS E MORADORES DE RUA Olhar para o lado social desse mundo com os olhos de quem quer ver aquilo tudo resolvido e solucionado e não ir empurrando tudo com a barriga ou
Pegando um caso das ruas, a de ANDREZA OLIVEIRA
CAETANO, vivendo nas ruas, dizendo ter 35 anos e três filhos. Conta uma história confusa, embaralha fatos. É uma das denominadas como “nóia”, fruto da entrada de cabeça no mundo do crack, essa perversa e cruel droga. Seu raio de ação são os trilhos na região central da cidade, moça bonita, andando na maioria das vezes sozinha e quando sem o efeito das drogas, palatável, pede comida e roupas. Quando sob o efeito e diante de recusas, atira pedras nas pessoas e
residências. “Vê-la nas ruas, coisa de um ano e pouco atrás ainda bela, cabelos pintados de loiro e hoje, deteriorada e suja é ir acompanhando a cada instante as possibilidades da verdadeira degradação humana. Sua mente está confusa, fala sozinha, inspira medo em muitos, rejeição na maioria. Segue sem rumo, dorme por aí e muitas vezes nas calçada defronte residências. É uma das tantas invisíveis dessa cidade, uma que a maioria só bota os olhos quando aprontam alguma, do contrário segue sua sina de destruição, cada dia com aspecto piorado. Vamos pensar juntos sobre essa questão”, continua na sua explanação.Esse texto foi escrito após um internauta, José Luiz Schubert postar em sua página um desabafo sobre a situação. Aqui um resumo do que escreveu: “Às 13 horas de ontem já tinha gente no "HOTEL", e muitos foram chegando, a noite mais de 20 já estavam deitados aí na
garagem (INVADIDA, claro!!!) dessa clínica psiquiátrica localizada na Rua Padre João esquina com a Rua 13 de maio, menos de 100 metros da Prefeitura, quase ao lado da SECRETARIA DA EDUCAÇÃO, em frente o muro lateral do ERNESTO MONTE... Acho que vai ser fácil acharem o lugar, a SEBES sabe onde é, eles levam comida e cobertas pro pessoal dormir na RUA... Estão despejando indigentes aqui na cidade por ser polo regional. (...) É verdade e contra os fatos concretos não existem argumentos, está aumentando o numero de pessoas perambulando pelas ruas da cidade pedindo uma ajuda, uma moeda, batendo nas casas, tocando as campainhas, nos semáforos, por todo canto tem pedintes... Onde estão as autoridades municipais que parece fingirem desconhecer esse problema que está aumentando a cada novo dia?(...) Todos eles portam uma coberta vermelha. Quem lhes
deu a coberta? Tem que existir uma solução para isso. O nosso Albergue Noturno já não comporta mais pessoas. Não adianta dar um cobertor e um lanche e achar que o problema está resolvido”.O texto pode ter, em alguns pontos, questionamentos de busca de uma solução, em outros algo resvalando no preconceito, mas no geral é bom para que se proceda a busca por soluções. Meses atrás a SEBES – Secretaria do Bem Estar Social, a responsável por essa questão na cidade, abrigava famílias no mesmo estado num hotel abandonado no cruzamento da Monsenhor Claro x Rodrigues Alves. E daí? Isso denota
que a solução ainda não existe na cidade. Guardião dá o tom final do que acha disso tudo: “Não devemos ser contra o alimentos e cobertas serem dados. Tudo pode ser paliativo, ameniza, mas não resolve. Não existe em Bauru um centro de ressocialização para essas pessoas. Existe o Albergue, entidade privada e mais o que? Existe o que a SEBES faz, pouca coisa além disso além disso? Igrejas, entidades e ONGs distribuem alimentos nos pontos de maior concentração. Mas para onde poderiam ser levados? Como o problema é tratado na esfera estadual e federal? Existe um consenso sobre o assunto, um modelo a ser seguido? Não existe no país todo, ou melhor no sistema capitalista num todo. O ser humano sendo um mero número, um coeficiente e não sendo levado em consideração
desemboca nisso. Quando é exposto o outdoor cubano na saída do aeroporto de Havana com os dizeres ‘A cada ano, 80 mil crianças morrem vitimas de doenças evitáveis. Nenhuma delas e cubana’, ironizam e chacoteiam a pequena ilha, mas lá, assim como não existem crianças nas ruas, muito menos mendigos e viciados largados ao deus dará. E por que, já se perguntaram isso? ”, afirma. E conclui: "O problema é o regime, sendo o nosso excludente e privilegiando uns poucos. Enquanto não mudar isso, essa situação nunca terá solução". E deixa uma proposta: "Não existe como discutir uma solução dissociada com a mudança de um regime que inviabiliza a solução". E aí?Obs final: Hoje, 31/05, na capa do caderno Cultura do JC, uma matéria com o desenhista Gonçález (meu parceiro nessa empreitada blogueira), sobre o lançamento do nº 2 do gibi/HQ com as aventuyras do intrépido Guardião, dessa feita envolvidos com as erosões na cidade. Na banca do seu Orlando, ali na 1º de Agosto tem gibi para vender a módicos preços. A matéria, o “Guardião está de volta”, foi escrita por Mariana Cerigatto, com fotos do Éder Azevedo (uma reproduzida aqui). Leia clicando a seguir a matéria: http://www.jcnet.com.br/Cultura/2013/05/o-guardiao-esta-de-volta.html



























