RETRATOS DE BAURU (141)
ALDO WELLICHAM É A CARA DOS QUE NÃO ABREM MÃO DA OUSADIA
ALDO foi um radialista diferenciado aqui em Bauru, pois
tocava só clássicos mundiais nos seus programas, coisas do tipo como venerar Henri Salvador e Toots Thielemans. Com o passar do tempo e as transformações nas programações faltou-lhe
espaço. Deixou de irradiar música de boa qualidade pelas ondas do rádio (é da escola do João Dez e Meia), mas
não abandonou o que sempre gostou e faz com categoria e finesse, viver e deixar viver. Esse já fez de
tudo um pouco na vida, tendo começado muito cedo lá na sua Junqueirópolis, onde
diz ter sido um craque de futebol. Bateu nas onze, não só no futebol, mas nas
atividades onde atuou. Nos últimos tempos, filhos criados, foi morar sózinho no Bela
Vista, cercado pelas suas lembranças musicais e de lá, uma espécie de
embaixada da picardia, soltava as suas. Bate cartão na Tribuna do Leitor do JC,
sempre preciso e duro com os vendilhões da cidade, foi corretor de imóveis,
noroestino de quatro costados, frequentador assíduo da feira do Rolo e
macrobiótico na alimentação. Uma figura controvertida, singular dentro da névoa que circunda
os bate papos de botequins e afins. Criou um tipo, um personagem onde ninguém
consegue atuar como ele, pois é único. Sempre circula com camisetas tendo
inscrições boladas por ele mesmo, uma grife só sua. Semanas atrás bateu asas e
foi morar nas barrancas do Tietê, na vizinha Arealva, deixando saudade nos
lugares onde gostava de bater cartão diariamente. A ironia e a picardia, junto
do bom humor agora tem novo endereço. Olhe só onde ele já mostrou a cara no
mafuá: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=aldo+wellicham
Um comentário:
Oi, HPA!
Aldo é figuraça!
Abração pra vocês dois!
W.Leite
Postar um comentário