QUANDO NÃO TENHO O QUE FAZER, ESCREVO DE PESSOAS, ELAS PREENCHEM MEU TEMPO
Estou novamente na estrada, tempo curto, afazeres de volante e com pouca disponibilidade para internetar. Assim sendo repito aqui algo que produzi para o facebook e do qual tenho muito apreço, escrevinhar sobre pessoas. Depois de produzir os Personagens sem Carimbo – O

CHARLES RAMSEY, DE CLEVELAND, O VIZINHO
Esse senhor negro, dentes imperfeitos na boca é o vizinho da casa onde três jovens permaneceram retidas numa casa nos subúrbios de Cleveland, EUA por mais de dez anos, sem que ninguém notasse algo de estranho por lá. Quando uma fugiu, deu de cara com Ramsey. Sua fala, horas depois, para a imprensa, ao ver a menina vindo em sua direção foi: “Entendi que tinha alguma coisa errada quando uma menina branca bonitinha correu para os braços de um preto”. Hoje, o jornalão paulista quatrocentão Estadão, num texto, o “Negros Braços Salvadores”, reproduzido pelo jornal e escrito por Lee Siegel, numa frase me faz começar a descrever personagens como esse mundo afora (além dos

RESHMA, SOTERRADA VIVA POR 17 DIAS EM BANGLADESH“Uma mulher foi encontrada viva nesta sexta-feira (10) após ficar 17 dias sob os escombros do prédio Rana Plaza, em Savar, em Bangladesh. O edifício, que abrigava cinco confecções, desabou em 24 de abril, deixando até o momento mais de mil mortos”, é dessa forma que essa mulher é conhecida hoje mundo afora, um rosto a mais, um nome desconhecido e alguns breves momentos de solidariedade. A mulher é RESHMA, assim sem sobrenome, não tinha ferimentos graves e chegou a conversar com as equipes de resgate. Ela foi levada

ENCERRO com minha amiga carioca, dona Leda Wilma Cantuária, mãe de dois e que não sai mais às ruas sem uma folhinha de Arruda, Cidreira, Alecrim (como na foto) atrás da orelha. Não o faz com uma Espada de São Jorge por causa do tamanho e peso. Diz ela que o olho gordo está cada vez mais atrevido e dessa forma precisa se proteger. Esse um dos seus escudos. Como não rezo, ela diz fazer isso por mim.
4 comentários:
Heheheheheh tá certa ela Henrique, alguma coisa tem que ser feita. Arruda já é um começo.
Paulo Roberto Proença
Henrcão
Esse seu olhar diferenciado para as pessoas mais simples, as que só possuem espaço na grande mídia com tragédias ou ao acaso, são a sensibilidade de quem nota o invisível e tenta mudar o estado de coisas que os tornam desprezíveis. Para tu, todos são mais do que importantes e isso é tão bonito.
Leio todos e te peço, não pare.
Rosana
Professor, parabéns temos que dar voz a aos ignorados. Abração
Henrique
Fale também dos que espezinham os poderosos de Bauru. Esses tem um sabor especial.
Alvarenga
Postar um comentário