A REPETIÇÃO DO INCONCEBÍVEL PARA O CARNAVAL BAURUENSE - 45 DIAS DA FESTA E NEM CHAMAMENTO E EDITAIS SAIRAM, UMA VERGONHATodo ano se repete a mesma coisa, mesma ladainha e com os mesmos personagens. Até quando a SMC - Secretaria Municipal de Cultura, através de seu mandatário mór, o Paulo Eduardo Campos, vai continuar brincando de ser gestor e empurrar as decisões com a barriga e deixar tudo para a última hora? Se num ano ocorre um atraso, compreensível, se em dois seguidos, alguma coisa está errada, mas se todos os seguintes, nada foi feito para internamente corrigir os atrasos e tudo vai sendo levado ao deus dará, uma só certeza, a bagunça generalizada impera nas hostes internas da Cultura bauruense.
Hoje, 15/01, são 45 dias para o início do Carnaval 2025, marcado para ter seu pontapé inicial em 01/03, sábado e pasmem, nada até agora da grana do chamamento público para viabilizar parte importante dos blocos e escolas de samba. Tudo ainda no campo das promessas. Talvez dias, 16, se não der certo dia 17, ou mais tardar semana que vem e assim, todos são enganbelados. Quando perguntado sobre os motivos do atraso, a desculpa do sectário, ops, digo, secretário é sempre a mesma: "o Jurídico da Prefeitura obriga que o pagamento ocorra somente no ano do evento". Sim, porém, hoje já estamos no dia 15/01 e nada. E mais, se o tal do Jurídico não aceita, qual o papel digno de um secretário que luta pelas causas culturais? Ele não pode aceitar tudo de cabeça baixa, sem cobrar, exigir e mostrar o quanto de insanidade existe nessa distribuição de verba em cima da hora ou mesmo, chegando depois do Carnaval. Se é para continuar assim, creio, estamos precisando de outro secretário, um que lute verdadeiramente pelos interesses da Cultura. Tudo deveria estar pronto para o chamamento então ocorrer dia 02/1, mas pelo visto tudo foi deixado para o final do mês. Incompetência e desleixo.
Sabe-se de antemão, a festa carnavalesca não é do agrado da alcaide e só acontece por causa de certa pressão popular, aliás, essa a maior festa popular brasileira. E o secretário, que não diz um não pra alcaide e só está no cargo por seu posicionamento contemplativo, nada faz e só repete bordões, chavões e o mesmo discursinho cerca lourenço de sempre. Bauru está muito mal de agentes culturais, verdadeiramente lutando pelas causas necessárias da Cultura. Podem escrever, tudo continuará do mesmo jeito e maneira, feito nas coxas e para mudar, se faz necessário uma Liga das Escolas de Samba mais atuante, desatrelada dos interesses da alcaide e alguém com coragem para enfrentar as estruturas vigentes como dirigente maior do órgão. Se ainda vai abrir a chamada para o Carnaval, quando mesmo os blocos e escolas verão a cor de algum dinheiro? Façam suas apostas, eu já cravo que, com menos de cinco dias da festa, tudo ainda será promessa.
Obs: A foto do crachá da Cultura está todo embaçada de forma proposital, pois é como se dá tudo o que por lá acontece.
"Na condição de cidadão e advogado, apresentei à Prefeitura de Bauru a impugnação do edital de concessão do esgoto: são mais de R$ 3 bilhões em jogo, que sairão dos bolsos de todos nós que pagamos tarifa de água, que, não duvidem, vai disparar se esse projeto for adiante.
O principal ponto que justifica o cancelamento desse edital está nos critérios subjetivos para a escolha da empresa que assumirá o contrato, em vez de priorizar ou equiparar o peso da proposta econômica que resultaria em maior desconto na tarifa aos cidadãos.
Até agora, a transparência passa longe desse processo bilionário, que já nasceu marcado por estranhezas desde a aprovação na madrugada do projeto de lei que autorizou a concessão.
O principal ponto que justifica o cancelamento desse edital está nos critérios subjetivos para a escolha da empresa que assumirá o contrato, em vez de priorizar ou equiparar o peso da proposta econômica que resultaria em maior desconto na tarifa aos cidadãos.
Até agora, a transparência passa longe desse processo bilionário, que já nasceu marcado por estranhezas desde a aprovação na madrugada do projeto de lei que autorizou a concessão.
A impugnação apresentada à Prefeitura foi só o primeiro passo. Se a prefeita Suéllen ignorar esses apontamentos técnicos e muito claros, vamos ao Tribunal de Contas do Estado e até ao Poder Judiciário para barrar essa aberração", coronel Meira, até 31/12/2024, vereador em Bauru.
1880, UMA ENTREVISTA COM NADA MENOS QUE KARL MARX
"Em agosto de 1880, John Swinton, jornalista norte-americano, à época diretor do famosíssimo "The Sun", dirigiu-se a Ramsgate, em Inglaterra, com o propósito de entrevistar o grande Karl Marx (1818 –1883), então com 62 anos, crítico acérrimo do sistema capitalista, considerado já naquele tempo um dos principais expoentes do movimento operário internacional.O «Mouro» ou, em alternativa, «o velho Nick», como era chamado, divertida e carinhosamente, pelos familiares e pelos companheiros de luta mais próximos, residia no número 41 da Maitland Park Road, uma casa que arrendara em 1875, numa rua de prédios geminados na zona norte de Londres, com a mulher, Jenny von Westphalen, a filha mais nova, Eleanor, Helene Demuth, a fiel governanta que com eles morava havia quase quarenta anos, e os seus três cães, a cerca de um quilómetro de distância da casa do excecional amigo (e mecenas) Friedrich Engels.
Porém, nesse verão, o filósofo encontrava-se em Ramsgate, pequeno balneário de Kent, situado a poucos quilómetros do sudeste de Inglaterra, obrigado pelos médicos «a abster-se de qualquer trabalho» e a «curar os nervos com o ócio», em virtude dos problemas de saúde de que padecia (reumatismo, uma pleurisia e bronquite crónica), acompanhado da mulher, Jenny, que sofria de um cancro no fígado, e cujo quadro se havia «agravado subitamente, a ponto de ameaçar um desfecho fatal» (de facto, Jenny viria a morrer no ano seguinte, em 1881), de duas filhas e dos respetivos maridos e filhos.
O jornalista, que considerava o autor de "O Capital" (1867) «um dos homens mais extraordinários» da época, pelo seu notável papel na «política revolucionária dos últimos quarenta anos», ficou impressionado não só com a capacidade intelectual do filósofo, mas igualmente com os seus modos corteses, a sua forma de conversar «tão livre, cativante, criativo, incisivo, autêntico». Marx lembrava-lhe Sócrates, «pelo tom irónico, pelos lampejos humorísticos e pela sua jocosa alegria». Além do mais, percebeu estar diante de um homem «desprovido do anseio de exibição e sucesso, que não dava importância alguma às fanfarronices da vida ou à farsa do poder». Ficou também surpreendido ao constatar que apesar de Marx estar empenhado em «preparar o advento de uma nova era» estar, em simultâneo, «profundamente imerso no seu tempo», sendo um observador atento (e preocupado) da atualidade.
«Não tem pressa e não conhece repouso; homem de mente poderosa, larga e elevada, sempre às voltas com projetos ambiciosos, métodos lógicos e objetivos práticos. Foi e ainda é inspirador de muitos dos terramotos que convulsionaram nações e destruíram tronos. mais do que qualquer outro na Europa, ele hoje ameaça e apavora cabeças coroadas e charlatães oficiais», escreveria o jornalista nas páginas do jornal, a 6 de setembro desse ano.
A manhã decorreu tranquila, numa amena conversa muito prolífica. À tarde, Marx propôs ao jornalista do "The Sun" darem um passeio pela zona costeira de Ramsgate, e à noite os dois reuniram-se com a família do filósofo, descrita por Swinton como uma «adorável comitiva de aproximadamente uma dezena de pessoas». Foi aí, num ambiente descontraído, entre taças que «tilintavam num cenário que tinha o mar como fundo», que o jornalista, pensando «nas incertezas e nos tormentos do presente e das épocas passadas», tocado pelas palavras que ouvira e «mergulhando na profundidade da linguagem escutada», decidiu interrogar o grande homem que tinha diante de si.
– Marx, qual é para si a lei última do ser, a finalidade da vida?
Com um tom profundo e solene, «enquanto escutava o bramido do mar e observava a irrequieta multidão na praia», o filósofo revolucionário respondeu:
– A luta!", Paulo Marques.
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