quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

DICAS (253)


ELES ESTÃO ENTRE NÓS...
Se queres encontrar um Donald Trump, saiba, aqui o temos. Se querem econtrar um Elon Musk, com certeza, o temos bem aqui e atuante junto de nós. Se querem se deparar com um Marc Zuckerberg, destes que se apresentam como bonzinhos, mas na verdade são tão cruéis como todos os demais, com certeza, os temos e vários deles aqui atuando ao nosso lado, quando não muito, também junto. Querendo buscar alguém como Steve Bannon, o mago da crueldade, agora se mostrando além disto, com viés marcadamente nazista, não se espantem, muitos deles estão bem aqui ao nosso lado. Isso, não demonstrando nenhuma dificuldade em encontrar, não só adeptos como gente como a mesma linha de pensamento e ação do comandante da polícia paulista, o tal do implacável capitão Derrite ou mesmo do governaAdor Tarcísio de Freitas. São facilmente encontrados em todas nossas esquinas, bares, vielas e ruas movimentadas. Bolsonaristas então, se encontram aos borbotões. Matadores e ocultadores de corpos, como o de Rubens Paiva, temos vários, assim como variados e múltiplos cabos Anselmos, se fingindo de amigos, mas sempre na espreita para nos delatar e apunhalar pelas costas. Aqui, na verdade, temos todos estes e muito mais. Não precisamos, portanto, ir muito longe, como lá nos EUA, em busca de exemplos de vilania e soberba, brutalidade e ignorância, pois estes estão por toda parte, tanto lá, como também aqui. Não os reconhece? Fácil. Tente conversar pelas ruas e lugares comuns. Não se surpreenda. Eles estão entre nós e não é de hoje...

EU ATÉ QUERIA ESCREVER ALGO A RESPEITO, MAS O FERNANDO REDONDO DISSE TUDO E ASSIM, ME RENDO A ELE E O COMPARTILHO: PARABÉNS PELA PRECISÃO DO TEXTO
Quando a prefeita Suéllen Rosim trocou os bastidores políticos pela frente das câmeras, muita gente achou que estávamos diante de uma revolução. Afinal, quem precisa de experiência administrativa quando se tem carisma de youtuber e uma bancada legislativa moldada para aplaudir cada “performance ao vivo”? Só que, no reality show da gestão pública, o que conta não é o número de visualizações, mas a capacidade de transformar projetos em algo que não vire fumaça no primeiro teste sério.

A prefeita, conhecida por sua habilidade em gravar vídeos explicando o óbvio ou desviando de perguntas incômodas, montou um cenário perfeito no Legislativo. Uma bancada de apoio tão dócil e obediente que parecia mais uma plateia de fãs. Entre os vereadores, nenhum ousava desafiar o script. Leis eram aprovadas com rapidez quase assustadora, sempre com aquele clima de "confiança cega" que beira o constrangedor. O Legislativo virou uma extensão da assessoria de comunicação do Executivo, com aplausos coordenados e selfies de brinde.

Mas eis que, quando a estrela principal do espetáculo finalmente apresenta seu grand finale — o edital de concessão da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) —, o que acontece? A realidade bate à porta. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) resolve jogar o balde de água fria e barra o show, apontando irregularidades básicas que nem a bancada mais leal conseguiu maquiar.

A ironia? Não é apenas a incompetência técnica do Executivo que brilha nessa tragédia. É o silêncio ensurdecedor de sua tropa de choque legislativa, que, quando deveria exercer seu papel fiscalizador, preferiu a postura de “carimbadores de luxo”. Afinal, o que seria mais importante do que aprovar a pauta da “prefeita youtuber”, não é mesmo? Só que agora, com a obra desmoronando, quem vai encarar os eleitores que ainda têm coragem de perguntar: “Vocês aprovaram isso como?”

O pior de tudo é a inversão de papéis. Em vez de servir como contrapeso ao Executivo, o Legislativo de Bauru foi reduzido a um balcão de homologações — um eco de “sim, prefeita!” em todos os tons possíveis. E, enquanto isso, Suéllen se especializava no discurso do “não é culpa minha” com a maestria de quem já sabe qual filtro do Instagram usar para parecer indignada. Tudo muito bem ensaiado, é claro.

E agora? Agora a prefeita e sua bancada enfrentam um cenário onde até o TCE decidiu lembrar que existem limites para o improviso administrativo. O edital, anunciado como a solução mágica para os problemas da cidade, foi barrado por problemas técnicos e falta de transparência. Quem poderia imaginar que a pressa para aprovar algo sem o devido cuidado resultaria nesse fiasco? Ah, sim, qualquer pessoa com o mínimo de bom senso.

Enquanto isso, os vereadores que se acotovelavam para aparecer ao lado da prefeita nos eventos agora fazem malabarismos para se desvincular da lambança. É como se, de repente, ninguém tivesse lido a pauta antes de votar. Um mistério que rivaliza com os melhores roteiros de ficção, mas sem o final feliz.

A prefeita, no entanto, segue firme em sua narrativa, pronta para gravar mais um vídeo, talvez culpando o TCE por “perseguir” sua gestão ou, quem sabe, lançando mais uma pesquisa no Instagram para decidir a próxima desculpa oficial. A questão é: quanto mais tempo vai levar até que o roteiro mude? Até quando o Legislativo vai servir de figurante na novela que é a gestão pública de Bauru?

Por enquanto, o que temos é isso: um Legislativo que abdicou de seu papel de guardião da cidade, uma prefeita que transforma erros grotescos em narrativas criativas e um edital que deveria iluminar Bauru, mas acabou iluminando a falta de seriedade que marca esta gestão. No final das contas, o único brilho que restou foi o da maquiagem da prefeita, ajustada para mais uma gravação.

Bauru merecia mais. Mas, por enquanto, tudo o que temos é um espetáculo de improviso onde o público paga caro, mas sai sempre insatisfeito.

QUANDO UM RELIGIOSO TEM O DEVER DE COLOCAR O POLÍTICO NO SEU DEVIDO LUGAR
Discordar da religião no todo é uma coisa, porém, concordar com o posicionamento e a fala de alguns dos religiosos é outra coisa. Este um destes momentos.

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