SAÍMOS EM 20 DO DIRETÓRIO MUNICIPAL, MAS A MILITÂNCIA PETISTA CONTINUA MAIS AGUERRIDA QUE NUNCA
Matéria na edição de hoje do JC - Jornal da Cidade. Ou seja, a luta continua, sempre, ininterruptamente. Se tem algo contrário, mais forte, porém com incompatibilidades incontornáveis, não vamos perder mais tempo, seremos mais úteis fora da direção, militando dentro de um arrojado, vibrante e qualificado Núcleo de Base. Estaremos todos pela aí...
Conhecer pessoas é sempre algo grandioso, ainda mais quando essas são, de cara, expoentes de uma luz dessas com baita energia positiva. Senti isso hoje quando bati os olhos em Gysele Tuumm, em sua casa, lá naquela parte da cidade, onde ainda não existe um elo de ligação entre os bairros - a parte detrás do ex-Wal Mart, hoje Sam's e os costados lá dos altos da Getúlio Vargas. Fui até lá buscar a mana Helena, que havia me pedido carona e ao chegar, uma casa já preparada para se transformar num point de gente como eu. Olhei em volta e disse para ela, que é minha amiga no facebook e não a conhecia: "Isso aqui parece o meu lugar, é um verdadeiro Mafuá". Ou seja, ela junta coisas e vai espalhando pela casa, paredes cheias e tudo muito colorido. Astral divinal e rodeada de outras com o algo parecido. Me junto a elas e na mesa da sala duas caixas cheias de CDs. Fui arrebatado, não conseguindo me controlar. Fiquei a vasculhar, ela só observando. Disse ter ganho e vais espalhar num espaço quando abrir um bar ali. Ela já foi dona do Shiva, depois outros e agora, pensando num nome para manter a chama acesa. Me deixou lá, eu contando de minha coleção, os milhares juntados ao longo do tempo. Termino, ela vê que havia separado uns e disse se não quer me vendê-los. Não me deixou nem concluir a frase e me deu todos. Pronto, gamei. Prometo ser frequentador assíduo de seu novo bar e mana já arquiteta com ela um bazar para março. Agora conheço a Gysele e tum, tum, tum, gente que não sei nem porque demorei tanto para conhecer. deve ser uma dessas ótimas conversas, as quais a gente tem começo, meio e nunca tem fim.
desvendadando e destrinchando REINALDO CAFEO
O ORÁCULO DE BAURU: QUANDO SE TROCA O ECO DA BOLHA À HONESTIDADE INTELECTUAL, texto de Fernando Redondo
Reinaldo Cafeo, economista de renome local, se posiciona como uma voz influente no debate econômico regional e nacional. Mas, é curioso observar como sua narrativa parece cuidadosamente alinhada ao gosto de uma audiência específica – aquela que prefere a previsibilidade de críticas ao governo atual e a omissão de qualquer ponto que possa sugerir avanços ou conquistas.Enquanto se apresenta como um arauto da “austeridade fiscal”, silenciosamente poupa o governo anterior, que multiplicou emendas parlamentares e explodiu o orçamento em negociações políticas para se reeleger. Um exemplo claro é sua omissão diante da polêmica envolvendo a possível tentativa do atual governo de taxação do PIX, que era Fake (mentira), deixando de informar que tal proposta partiu na "verdade" do governo Bolsonaro, feita pelo seu então ministro da Economia, Paulo Guedes. Apesar de agora criticar qualquer suposição de gastos ou mudanças no sistema fiscal, Cafeo evita mencionar que Guedes, fundador de empresas como Pactual, JGP e BR Investimentos, foi quem primeiro sugeriu medidas que onerariam o sistema financeiro utilizado massivamente pelos brasileiros.A controvérsia Paulo Guedes
Vale lembrar que, além de sua gestão como ministro, Paulo Guedes carrega em seu histórico a polêmica da BR Investimentos, que captou mais de R$ 1 bilhão de fundos de pensão como Previ, Petros, Funcef, Postalis e BNDESPar. Esses investimentos, destinados a aplicações em educação, ainda são alvo de investigação da Operação Greenfield, conduzida pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal, que apuram indícios de gestão fraudulenta ou temerária. Apesar de negar qualquer irregularidade, Guedes permanece sob o escrutínio de investigações que lançam dúvidas sobre sua conduta ética.
Curiosamente, Reinaldo Cafeo nunca se debruça sobre esses temas em suas análises. Em vez disso, prefere perpetuar a narrativa de que o mercado e seus “heróis” são infalíveis, praticando um jornalismo que omite informações essenciais e distorce o debate público.
O economista “independente”
Cafeo gosta de se vender como um analista imparcial, guiado apenas pelos números. Mas as escolhas de suas narrativas dizem o contrário. Sua parceria com a elite econômica local, simbolizada pela atuação junto à Fundação Dom Cabral, reflete um alinhamento com os interesses daqueles que preferem ver o estado reduzido a um serviço de manutenção de seus próprios privilégios.
Quando o assunto era o ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por exemplo, a adulação é quase caricata. Para Cafeo, não há espaço para questionar a independência de uma instituição que, em teoria, deveria equilibrar interesses públicos e privados. Afinal, qualquer sinal de crítica poderia desagradar àqueles que ele busca agradar.
A bolha que sustenta o economista
O que torna Reinaldo Cafeo relevante não é sua capacidade analítica, mas sua habilidade em repetir aquilo que sua audiência espera ouvir. Ele não apenas ignora contextos – como o impacto global de crises econômicas e sanitárias –, mas também amplifica narrativas que reforçam o medo e a incerteza. O resultado é um discurso que, ao invés de esclarecer, obscurece.
Cafeo critica o governo Lula por ser “analógico em um mundo digital”, mas sua própria narrativa é um clichê que poderia ter saído de qualquer editorial conservador dos anos 1990. Sua visão econômica está presa a dogmas que ignoram soluções inovadoras e inclusivas. No fundo, seu discurso não é sobre economia – é sobre preservar uma hierarquia social que o beneficia.
Conclusão: O analógico no mundo digital
Reinaldo Cafeo é o retrato de uma elite econômica que prefere viver em uma bolha, alimentada por discursos que validam seu status quo. Ele não é um economista no sentido pleno do termo; é um artista da conveniência, um orador que entrega à sua audiência exatamente o que ela quer ouvir.
Mas a pergunta que fica é: até quando? Até quando a sociedade aceitará análises superficiais que só servem para perpetuar um ciclo de desinformação? Talvez seja hora de substituir os oráculos de sempre por vozes que realmente desafiem o status quo – e não apenas o critiquem quando convém.
Por enquanto, é isso que temos: um discurso previsível para uma bolha que se recusa a estourar.
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