AINDA SOBRE A POSSE ONTEM DOS VEREADORES E ALCAIDE, DESCOBRI TUDO, FOI UM VELÓRIO, COM ENTERRO E TUDONão pode ser outra coisa. Deve ter sido de caso pensado, pois nada nesta vida ocorre assim por acaso. Chego na Câmara ontem e antes de fixar meu cartaz dando luz à denúncia do que teremos pela frente nos próximos quatro anos, o tal do 17 x 4, me deparo com algo lá em cima da mesa da direção da Casa. Tudo estava devidamente preparado e as flores ali postadas, diziam mais do que as palavras sendo repetidas ao leo pelos microfones da casa. Pela forma como foram dispostas, estavam todos velando um corpo ainda insepulto, deitado na horizontal e colocado num caixão, encoberto pelas flores, sob a mesa.
Explicações até poderão dar para essa antecipada preparação e depois, logo a seguir, consumação, pois o ocorrido foi de fato um VELÓRIO. Até pelo número excessivo de presentes, não existe outra alternativa. O que estavámos todos fazendo ali naquele fina ldo primeiro dia do ano era velar o que ainda restava de vida pública sadia dentro da Casa de Leis bauruense. Com as duas votações ocorrida e em ambas, sendo sacramentado 15 x 6 e 16 x 5, algo muito próximo do vaticinado por mim, o tal do 17 x 4. Sem tirar nem por, nestes próximos anos, com algo diferente dessa votação estando já decretado como impossível de se realizar, nada mais resta a fazer do que, sepultar o cadáver e tocar a vida. Muitos a farão como se nada estivesse a acontecer e ainda terão a audácia de levar e tentar debater projetos por lá, mas isso, como já se viu e se sabe, tudo infrutífero, pois o tal do ROLO COMPRESSOR está sacramentado e já passou por cima de toda e qualquer possibilidade de algo ocorrer de forma diferente do projetado, decidido, sacramentado e oficializado lá nas hostes do Palácio das Cerejeiras. Depois, entre eles, democraticamente (sic), elegeram quem irá dirigir a parte burocrática do cemitério nos próximos dois anos.
O enterro como se sabe, foi finalizado ontem mesmo, quase 21h30,quando as luzes foram todas apagadas e desta forma, creio eu, será puro regramento ordinário e pueril querer promover algum tipo de discussão salutar de projeto por lá, quando se sabe que, as decisões não ocorrerão desta forma e jeito. Nem deu tempo do cadáver cheirar mal e já foi devidamente insinerado. Participar de algo com tentativa de se alcançar resultados fora do script, mero fogo de cena e jogo de bola pra torcida. Como os torcedores não são bobos nem nada, a partida está definitivamente encerrada, a bola furada, o árbitro detido para verigações e o cadável já em seu jazigo. Não existe mais nada a ser feito por lá. Fala-se agora em reformar salas, ampliar espaços, enfim mais gente, porém, nada disso se faz necessário. Sugiro que fiquem todos em casa e tudo o mais, seja resolvido via virtual, evitando a perda de tempo.
O KYN JR CONTINUA SUA SAGA EM BUSCA DE UMA VAGA PARA MAIS UM TEMPO DE VIDAQuem sou eu para querer julgar a atitude de alguém como meu amigo Kyn Jr, ainda mais depois de tantas provações pelas quais passou nos últimos tempos? Flor que se cheire, nem ele, nem eu, nem a maioria dos mortais. Cada qual com seus problemas e como se safa para ir resolvendo-os. O que vejo o Kyn fazendo hoje é tentar ganhar uma sobrevida, para continuar sendo o Kyn a ssim, prolongar a estadia neste mundo. Só quem sabe o que é subir e descer a pé do Santa Edwirges sentido cidade, ida e volta, conseguer imaginar e reconhecer algo nisto tudo. Euenxergo muito além. Ele passou por poucas e boas. Quado perdeu a filha, ela seu esteio, alicerce e travesseiro quando precisava dar um breque em tudo, ficar quietinho num canto. Perdeu isso e precisou ser forte, reagir e continuar botando o bloco na rua. Abrigou um amigo, deixado em seu portão, e já em condições precárias, abriu as protas a este e assim seguiram até conseguir um canto para ele no Lar Vicentino. Foram tempos de muita labuta e cada dia se transformou num roteiro destes indescritíveis, que muitos nem acreditam ser possíveis de serem vivenciados. Depois veio os tumores e as cirurgias, onde o vi em vários momentos saindo lá do Estadual e caminhando pela Nações, a pé, até sua casa. Isso foi um algo mais que o afetou e mexeu demais da conta com sua consistência física e psicológia. Teve mais, pois numa casa abrigando cachorros, que um dia foi de um parente, que se foi do país deixando-os aos seus cuidados. Na sequência, o filho acabou vindo morar com ele e juntos tocam até hoje o barco, cada qual lutando e muito para que o raiar de um novo dia consiga ser melhor do vivenciado hoje. Sua luta parece não ter fim. Ele emagreceu demais, se alimenta mal e por fim, foi assaltado em cima do viaduto da Treze de Maio, dias atrás, quando retornava pra casa, sempre a pé. Perdeu o contato que tinha com o resto do mundo. Conseguiu um outro celular, doado por amiga, mas ele não funciona e sua labuta continua. Eu não me canso de escrever dele, pois o acompanho há algumas décadas e mesmo quando erra feio, não tenho mais como chamar sua atenção, pois ele já suplantou o estágio da normalidade. Ele está vivendo nas nuvens e desta forma, qualquer tipo de cobrança nem mais é assimilado. O danado no último domingo, quando tirei sua foto, após amiga me ligar e perguntar por ele. Tirei para lhe enviar e ele, lindão, reagindo ao seu modo e jeito. Ele fala a todo instante em reagir, começar de novo, algo que pode fazer, uma chance, uma oportunidade, um bico ali, uma coisinha acolá e assim segue sua sina. Eu torço muito e sei que, ele ainda vai conseguir dar a volta por cima. Não tem como a gente querer esmorecer e deixá-lo sózinho neste momento. Eu não consigo. Agora mesmo, sem celular, ligo para o de seu filho, vou até lá em sua casa, procuro saber faço o que posso. Kinzão é de luta, aroiera, dessas que verga, mas não quebra. Quando me perguntam dele, como agora, muitas pessoas, escrevo isso, que nem sei se pode ser considerado uma resposta, mas é o que posso dizer. Ele continua pela aí, aprontando das suas, resistindo como consegue e lutando muito para continuar sendo o KYN JR. A cada reencontro ouço histórias que dariam mais que um filme. Comparo o que passa com as vivencidasa pelo escritor norte-americano Charles Bukowski e sei, se colocadas no papel, dariam um roteiro que muitos diriam ser de ficção, mas na verdade é de alguém enfrentando deus e o diabo, tudo ao mesmo tempo. Esse danado é mais forte do que se imagina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário