PARA SABER COMO SE DÁ DE FATO O ATENDIMENTO NAS UPAS, COMANDADAS PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE SAÚDE, SÓ MESMO OUVINDO QUEM DELE FAZ USO
- Oi Henrique, tudo bem? Estou estreitando no UPA, no Geisel, esperando há 1h30 transporte pra tirar raio X no UPA Mary Dota, porque o daqui tá quebrado. Conhece alguém que trabalha em denúncia com essas questões da saúde? - me escreve na terça, 14/01 uma considerada amiga.
- Eu mesmo posso repercutir. Tire fotos e me conte algo mais, mandamos bala – respondo.
- O pessoal atende bem aqui, mas tem que cobrar a Secretaria da Saúde esse absurdo de máquina quebrada e essa dependência da outra UPA. (...) Chegou agora. (...) Quero falar com você sobre tudo isso, fiquei lá até 14h, minha rotina ficou de cabeça pra baixo, não parei ainda, quando conseguir te falo, OK?
- Sim. Vamos conversar amanhã ou depois, quando tudo estiver amenizado em tua cabeça – respondo.
Ela teve seu problema resolvido, confirma ter sido muito bem atendida, porém, escancara de uma evidente deficiência no atendimento, pela precariedade do equipamento disponível. Não querendo polemizar, ficamos de conversar. Passaram-se três dias e hoje, sexta, 17/01, um baita amigo me escreve em forma de desabafo:
- Meu amigo, Henrique, como está. Tudo certo? Tem um assunto que eu gostaria de comentar contigo, porque sei você sempre faz suas matérias com denúncia de irregularidades. É o seguinte: eu precisei ir na UPA – Unidade de Pronto Atendimento -, pois há uns dez dias eu estou com uma infecção urinária e está me incomodando, porque dói e também porque não é normal. Eu para não ir na UPA do Mary Dota fui na UPA do Geisel, porque me disseram que lá o atendimento seria mais rápido. Resumindo, eu cheguei lá mais ou menos umas 19h e meu atendimento foi concluído por volta das 22h. Você senta, passa por triagem, espera, até passar pelo médico. Ele me explicou, sai fui fazer o exame, sai do consultório dele e fomos pra outra sala, porque a dele não tinha porta e na outra tivemos que encostar uma cadeira pra mim deitar numa maca e ele me examinar. Mas isso não é a questão. O que eu queria te dizer e te mostrar é uma coisa que acontece toda hora nessas UPAs e ninguém presta a atenção e você pode denunciar. Não precisa citar meu nome, mas escuta só isso. Quando chegou as 22h, depois do meu atendimento, tirou o sangue, coletou a urina pra fazer o exame e na hora que acabou a moça falou pra mim: olha, o ser vai ter que agora esperar sair o resultado. Disse se não poderia pegar o resultado depois, Sua resposta foi não, pois com o resultado na mão o médico iria me dizer o que de fato acontece e me receitar. Perguntei quanto tempo iria demorar e ela me disse, de duas horas e meia a três horas. Como já eram 22h30, mais três horas, tudo ficaria pronto lá pela 1h30 da madrugada. Que fiz? Peguei o carro e fui pra casa, voltando à 1h da manhã. Sai de lá 2h30 e não tinha resultado nenhum. Você vê, cheguei na UPA 18h30 e até 2h30 da manhã, nada resolvido, pois só havia passado pelo médico e tomado uma Dipirona. Isso não seria nada, porque a gente sabe como se dá a história nas UPAs, mas queria te chamar a atenção para isso, você poderia ir lá e registrar isso. Tinha uma senhora e uma criança bem do meu lado e ela puxou conversa, me perguntando se também estava esperando exame e que horas havia chegado. Chegamos quase no mesmo horário e ela me questiona se achava que ainda iria sair naquele dia, ela com uma criança que não é mais de colo, morrendo de sono, cansados, esperando resultado de exame, que foi mandado para um laboratório, que iria mandar de volta e não chegava nunca. Eu falei, não sei que hora vai chegar ou não, eu sei que eu vou embora, a senhora quer uma carona. No momento chovia muito. Ela disse que iria esperar mais um pouco, “quem sabe, chega”, me disse. Absurdo o tratamento que estão dando nessas UPAs, fazendo as pessoas esperar um tempo indeterminado, neste caso mais de sete horas, para obter um resultado de exame e depois, aguardar pra voltar a falar com o médico. Ninguém te dá satisfação de nada, não sabem o que te dizer, nem sabia mais se o médico ainda estava lá. Então, isso é fato, você que sabe levantar o assunto, presta muito bem atenção nisso que estou te falando, isso está acontecendo em todas as UPAs de Bauru. Você vai, tem o atendimento, precisa dos exames e você fica lá esperando o resultado, com ninguém te falando mais nada. Eu ainda peguei o carro, vim pra casa e depois voltei lá. Estou voltando hoje pra ver se consigo pegar o exame, pra passar pelo médico, se não, não vai adiantar nada ter feito consulta. Absurdo Henrique, absurdo.
Então, dois relatos, um sem saber os detalhes, mas neste último, um longo e triste relato. Essa a demora padrão hoje quando se trata de exames. Nos dois, vejo que isentam os funcionários e criticam a burocracia, a demora para resultados dos exames. E pior, o desleixo para todos os que por lá permanecem por muitas horas, olhando para as paredes. Luta insana e doentia. Transcrevo seu relato em forma de denúncia e espalho não só o publicando, mas enviando para quem dele possa fazer algo, buscar realmente uma solução. Portanto, quando algum de vocês passar diante de nossas UPAs e ver aquela quantidade de gente lá dentro, tenha certeza, estão, em sua maioria, esperando, esperando e esperando. Muitos desistem e nem se sabe como fazem para resolver seus problemas de saúde. Desistem pelo cansaço de esperar sem solução. Essa a Bauru de Suéllen Rosin, de fato e de direito, num script onde as aparências enganam e se quisessem, algo realmente poderia acontecer de forma diferente, mas pelo que se vê, numa das Secretarias onde circula um dos maiores orçamentos municipais, uma solução para problemas como o aqui levantado, não são as prioridades.
Obs final: Quando terminava a transcrição, meu amigo volta a me enviar áudio. Eis seu desabado: “Henrique, eu não estou nem tanto reclamando por mim, mas é o crime que se faz com uma mulher com criança, esperando na madrugada. Isso me cortou o coração e parece não sensibilizar a prefeita. O que me adiantou em ter ficado lá aquele tempo todo. Eu desde aquele dia, tomei uma dipirona e não sei o que tenho. Hoje estou voltando lá novamente, tudo feito novamente, preencher ficha, triagem, medir pressão, esperar ser chamado pelo médico e dizer pra ele, que já fui atendido e ver se meu exame ainda está na tela, aí vai me informar o que tenho. Neste tempo, se eu estivesse com algo grave, já teria morrido. Pegue no pé mesma, pois essa prefeita, consegue consumir com toda verba de Saúde e pouco é feito. Alguém precisa responsabilizar essa mulher. E agora não adianta mais contar com esses novos vereadores, pois não fiscalizam nada. Vejam, eu recorro a você, pois sei vai botar a boca no trombone e assim, ver se algo pode mudar. O certo era eu estar recorrendo aos vereadores, à própria Prefeitura. Vou voltar hoje depois da 1h da manhã, pois sei vai ter pouca gente e só assim vou ficar sabendo o que tenho, essa infecção e dor me acompanhando”.
- Eu mesmo posso repercutir. Tire fotos e me conte algo mais, mandamos bala – respondo.
- O pessoal atende bem aqui, mas tem que cobrar a Secretaria da Saúde esse absurdo de máquina quebrada e essa dependência da outra UPA. (...) Chegou agora. (...) Quero falar com você sobre tudo isso, fiquei lá até 14h, minha rotina ficou de cabeça pra baixo, não parei ainda, quando conseguir te falo, OK?
- Sim. Vamos conversar amanhã ou depois, quando tudo estiver amenizado em tua cabeça – respondo.
Ela teve seu problema resolvido, confirma ter sido muito bem atendida, porém, escancara de uma evidente deficiência no atendimento, pela precariedade do equipamento disponível. Não querendo polemizar, ficamos de conversar. Passaram-se três dias e hoje, sexta, 17/01, um baita amigo me escreve em forma de desabafo:
- Meu amigo, Henrique, como está. Tudo certo? Tem um assunto que eu gostaria de comentar contigo, porque sei você sempre faz suas matérias com denúncia de irregularidades. É o seguinte: eu precisei ir na UPA – Unidade de Pronto Atendimento -, pois há uns dez dias eu estou com uma infecção urinária e está me incomodando, porque dói e também porque não é normal. Eu para não ir na UPA do Mary Dota fui na UPA do Geisel, porque me disseram que lá o atendimento seria mais rápido. Resumindo, eu cheguei lá mais ou menos umas 19h e meu atendimento foi concluído por volta das 22h. Você senta, passa por triagem, espera, até passar pelo médico. Ele me explicou, sai fui fazer o exame, sai do consultório dele e fomos pra outra sala, porque a dele não tinha porta e na outra tivemos que encostar uma cadeira pra mim deitar numa maca e ele me examinar. Mas isso não é a questão. O que eu queria te dizer e te mostrar é uma coisa que acontece toda hora nessas UPAs e ninguém presta a atenção e você pode denunciar. Não precisa citar meu nome, mas escuta só isso. Quando chegou as 22h, depois do meu atendimento, tirou o sangue, coletou a urina pra fazer o exame e na hora que acabou a moça falou pra mim: olha, o ser vai ter que agora esperar sair o resultado. Disse se não poderia pegar o resultado depois, Sua resposta foi não, pois com o resultado na mão o médico iria me dizer o que de fato acontece e me receitar. Perguntei quanto tempo iria demorar e ela me disse, de duas horas e meia a três horas. Como já eram 22h30, mais três horas, tudo ficaria pronto lá pela 1h30 da madrugada. Que fiz? Peguei o carro e fui pra casa, voltando à 1h da manhã. Sai de lá 2h30 e não tinha resultado nenhum. Você vê, cheguei na UPA 18h30 e até 2h30 da manhã, nada resolvido, pois só havia passado pelo médico e tomado uma Dipirona. Isso não seria nada, porque a gente sabe como se dá a história nas UPAs, mas queria te chamar a atenção para isso, você poderia ir lá e registrar isso. Tinha uma senhora e uma criança bem do meu lado e ela puxou conversa, me perguntando se também estava esperando exame e que horas havia chegado. Chegamos quase no mesmo horário e ela me questiona se achava que ainda iria sair naquele dia, ela com uma criança que não é mais de colo, morrendo de sono, cansados, esperando resultado de exame, que foi mandado para um laboratório, que iria mandar de volta e não chegava nunca. Eu falei, não sei que hora vai chegar ou não, eu sei que eu vou embora, a senhora quer uma carona. No momento chovia muito. Ela disse que iria esperar mais um pouco, “quem sabe, chega”, me disse. Absurdo o tratamento que estão dando nessas UPAs, fazendo as pessoas esperar um tempo indeterminado, neste caso mais de sete horas, para obter um resultado de exame e depois, aguardar pra voltar a falar com o médico. Ninguém te dá satisfação de nada, não sabem o que te dizer, nem sabia mais se o médico ainda estava lá. Então, isso é fato, você que sabe levantar o assunto, presta muito bem atenção nisso que estou te falando, isso está acontecendo em todas as UPAs de Bauru. Você vai, tem o atendimento, precisa dos exames e você fica lá esperando o resultado, com ninguém te falando mais nada. Eu ainda peguei o carro, vim pra casa e depois voltei lá. Estou voltando hoje pra ver se consigo pegar o exame, pra passar pelo médico, se não, não vai adiantar nada ter feito consulta. Absurdo Henrique, absurdo.
Então, dois relatos, um sem saber os detalhes, mas neste último, um longo e triste relato. Essa a demora padrão hoje quando se trata de exames. Nos dois, vejo que isentam os funcionários e criticam a burocracia, a demora para resultados dos exames. E pior, o desleixo para todos os que por lá permanecem por muitas horas, olhando para as paredes. Luta insana e doentia. Transcrevo seu relato em forma de denúncia e espalho não só o publicando, mas enviando para quem dele possa fazer algo, buscar realmente uma solução. Portanto, quando algum de vocês passar diante de nossas UPAs e ver aquela quantidade de gente lá dentro, tenha certeza, estão, em sua maioria, esperando, esperando e esperando. Muitos desistem e nem se sabe como fazem para resolver seus problemas de saúde. Desistem pelo cansaço de esperar sem solução. Essa a Bauru de Suéllen Rosin, de fato e de direito, num script onde as aparências enganam e se quisessem, algo realmente poderia acontecer de forma diferente, mas pelo que se vê, numa das Secretarias onde circula um dos maiores orçamentos municipais, uma solução para problemas como o aqui levantado, não são as prioridades.
Obs final: Quando terminava a transcrição, meu amigo volta a me enviar áudio. Eis seu desabado: “Henrique, eu não estou nem tanto reclamando por mim, mas é o crime que se faz com uma mulher com criança, esperando na madrugada. Isso me cortou o coração e parece não sensibilizar a prefeita. O que me adiantou em ter ficado lá aquele tempo todo. Eu desde aquele dia, tomei uma dipirona e não sei o que tenho. Hoje estou voltando lá novamente, tudo feito novamente, preencher ficha, triagem, medir pressão, esperar ser chamado pelo médico e dizer pra ele, que já fui atendido e ver se meu exame ainda está na tela, aí vai me informar o que tenho. Neste tempo, se eu estivesse com algo grave, já teria morrido. Pegue no pé mesma, pois essa prefeita, consegue consumir com toda verba de Saúde e pouco é feito. Alguém precisa responsabilizar essa mulher. E agora não adianta mais contar com esses novos vereadores, pois não fiscalizam nada. Vejam, eu recorro a você, pois sei vai botar a boca no trombone e assim, ver se algo pode mudar. O certo era eu estar recorrendo aos vereadores, à própria Prefeitura. Vou voltar hoje depois da 1h da manhã, pois sei vai ter pouca gente e só assim vou ficar sabendo o que tenho, essa infecção e dor me acompanhando”.
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