domingo, 5 de agosto de 2012

PALANQUE – USE SEU MEGAFONE (27)
A BOLÍVIA DE EVO E O QUE OCORREU COM A COCA E O MC
Muitos dos meus amigos me enviam textos diários via internet. Alguns guardo, outros nem leio. Dos que li essa semana e faço questão de publicar com um breve comentário de minha lavra abaixo é o do carioca Pasqual Macariello. Veja seu teor:
McDonald's anuncia falência e Coca-Cola é expulsa da Bolívia – Rituais gastronômicos são mais fortes que a cultura do fast-food: O McDonald’s e Coca-Cola encerrarão todas as suas atividades na Bolívia até o final deste ano como resultado da oposição de Evo Morales ao que seu governo chama de 'imposições gastronômicas  norte-americanas'. A Coca-Cola foi formalmente expulsa do território e deve encerrar sua operação em dezembro. Já a fast food anunciou sua falência após '14 anos de tentativas infrutíferas de se instalar na cultura local'. A decisão 'estará em sintonia com o fim do calendário maia e fará parte das celebrações do fim do capitalismo e do início da cultura da vida', segundo o ministro das Relações Exteriores da Bolívia, David Choquehuanca. A Bolívia se tornará a segunda nação latino-americana a não possuir unidades do McDonald's (o primeiro é Cuba) e o primeiro país do mundo onde a companhia foi obrigada a fechar por conta de mais de uma década de contabilidade negativa. No país, rituais gastronômicos que vão desde a decisão do que as famílias irão comer até o preparo conjunto dos alimentos são considerados mais fortes que a cultura do fast food. Em resposta as declarações do ministro, o McDonald's disse que fechou suas unidades na Bolívia em 2012 por razões comerciais”.
Percebo a imprensa brasileira dando um destaque maior do que o caso merece. Se o McDonald’s não consegue emplacar suas atividades num país onde a preferência gastronômica do seu povo é o oposto do proposto como alimentação pela empresa, vejo nisso uma grandiosidade e algo que só reforça o apreço que possuo por esse povo. Todos nós sabemos dos malefícios de uma alimentação feita basicamente com lanches no estilo do Mc. E não houve pressão para o fechamento, o que não ocorreu e acho mais grandioso ainda é que o governo daquele país não tenha movido uma palha para que a empresa possa continuar aberta. Se o povo não compra seus lanches, que feche. Só isso e o que vier de discussão além disso é pura perda de tempo. Na expulsão da Coca, uma sucessão de atos desencontrados. O mesmo ministro disse textualmente que o povo do seus país prefere beber outros líquidos que o desse refrigerante, o que eu acharia ótimo se de fato estivesse ocorrendo, obrigando a Coca a fechar suas fábricas no país. Assim como o Mc, o refrigerante Coca, como sabemos não nos é benéfico. A notícia do fechamento, portanto, é falsa e promove um alarde gratuito e fora do contexto. Da forma como é difundida pela nossa imprensa, acirra algo desnecessário. É o que ocorre. E é assim que entendo o que ocorreu. Pasqual, tenho certeza, pensa do mesmo jeito.

5 comentários:

Anônimo disse...

Henrique
Tudo o que acontece com qualquer empresa do mundo capitalista é feito um aumento exagerado na repercussão, algo desproporcional. Imagine o contentamento de um povo que expulsa algo tão desprezível como uma rede de sandubas McDonald's por poucos entrarem em suas lojas para comprarem seus produtos. Esse é o desprezo maior que pode existir para algo tão condenável, mas que insistem em nos oferecer como prazeiroso. Depois dizem que é a Bolívia que é atrasada. Vejo avanços nisso, um avanço de mentalidade. Palmas para eles todos.
Aurora

Anônimo disse...

HENRIQUE

Voce sabe melhor do que eu como algumas coisas são tratadas no mundo do capital.

Aqui no Brasil, por exemplo, nessa semana não se fala de outra coisa do que os 38 sendo julgados no mensalão, mas ninguém dentre os que estão de boca aberta a espera de uma punição se dignam a abrir suas bocas para proclamar algo contra os outros tipos de mensalão, principalmente quando não divulgados de forma extensiva pela imprensa e quando de algum grupo político próximo da linha de pensamento de quem acusa.

Tem muito mensalão com maior vultuosidade do que esse aí e todos se calam diante dele. Que seria isso? Tempos bestiais esses.

Questionamentos do seu amigo
Alvarenga, o cruel

Anônimo disse...

senhor e a sua alimentação é saudavel?

Mafuá do HPA disse...

resposta ao anônimo do andar de cima:

não, tenho certeza que não, mas continuo tentanto, sempre...

Henrique - direto do mafuá

Anônimo disse...

Henrique
leia isso, de igual teor
veja se não acha ótimo.
por que incentivar quem o critica?
Pasqual Macariello

PRESIDENTE CORREA: POR QUE COM DINHEIRO DO POVO EQUATORIANO VAMOS BENEFICIAR SEUS NEGÓCIOS?
Quito, julho, 30 – O governo não colocará mais publicidade nos meios mercantis COM FINS LUCRATIVOS do país. Esse foi o anúncio que o presidente Rafael Correa fez durante o Enlace Ciudadano 282.



O presidente recordou que faz seis semanas instou os meios de comunicação que fazem oposição ao governo a rejeitar voluntariamente a publicidade que este divulga em seus espaços e páginas.



Nessa ocasião, pediu aos canais de televisão, rádios e jornais que constantemente questionam, sem fundamento, coisas como a suposta falta de liberdade de expressão no país, que enviassem uma comunicação manifestando sua vontade de não receber publicidade oficial.



Apesar do tempo transcorrido, essa comunicação não chegou e representantes dos meios como El Comercio ou Ecuadoradio (Radio Quito), afirmaram que não conheciam oficialmente o assunto.

Inclusive o presidente da Associação Equatoriana de Editores de Periódicos, Diego Cornejo, numa entrevista radiofônica, disse que os meios não enviarão nenhuma carta renunciando à publicidade oficial porque “vai contra a lógica do negócio" e acrescentou que em todo caso o governo pode fazer uso da opção de retirar seus anúncios.



O presidente se mostrou satisfeito de que Cornejo tenha reconhecido publicamente que os meios de comunicação são um negócio e sua lógica é fazer dinheiro e aceitou a opção do governo de retirar a publicidade oficial dos meios mercantilistas para ver se o fazem por convicção ou pelo negócio da comunicação.

"Para quê vamos seguir enchendo os bolsos de meia dúzia de famílias quando claramente nos dizem que antepõem seus negocios ao direito do público de estar bem informado. Então, por quê com o dinheiro do povo equatoriano vamos estar beneficiando esses negócios?”, insistiu Correa.



Diante disso, o gobernante indicou que efetivamente o Executivo fará uso dessa opção e que nesse contexto determina ao Secretário Nacional de Comunicação, Fernando Alvarado, que de agora em diante não se envie publicidade oficial aos meios mercantilistas pois não temos por quê, com o dinheiro dos equatorianos, beneficiar o negócio de seis famílias deste país.