quarta-feira, 1 de agosto de 2012

CENA BAURUENSE (100)

O NOROESTE PODERIA SER, FAZER E ACONTECER, MAS O ENFIARAM NUMA CONTRA-MÃO E O TIME NÃO PARA DE SER PENALIZADO
Hoje, 15h30, feriado em Bauru, 116 anos, data comemorativa de seu aniversário, meu escrito é sobre algo a ocorrer nesse dia e horário lá pelos lados do estádio Alfredo de Castilho, vila Pacífico, quando o aguerrido ESPORTE CLUBE NOROESTE estará entrando em campo pela quarta vez nessa famigerada Copa Paulista, esse torneio caça níquel, feito exclusivamente para encher lingüiça, enfrentando o Penapolense. Ganhamos uma e empatamos todas as demais em resultados inexpressivos, meros 0 x 0. Mais desestimulante impossível. Que dizer disso tudo? Nada. Não há o que dizer, pois tudo o que havia para ser dito sobre Noroeste, seus abnegados torcedores já o disseram e continuam a dizer. O time está bem das pernas financeiramente, com um grupo que lhe arrebatou às instalações e paga tudo certinho, contas em dia, essas coisas. Mas isso não basta.

Aparentemente bem com o caixa, em operações nunca reveladas, mas demonstrando sinais de normalidade. Isso uma coisa, outra é o isolamento dessa mesma diretoria com a cidade de Bauru, em algo cada vez mais escancarado e nebuloso. Nada contra gente de fora assumir os rumos do time, se os da cidade não se apresentam e se impõem. O que causa repulsa e aversão é o fato deles não fazerem questão nenhuma da cidade estar ao lado do time. Ou melhor, fazem tudo à revelia dos torcedores e da cidade. São permissionários, estão ali por tempo determinado, mas agem com arrogância, prepotência e pior que tudo, se achando os “reis da batata quente”, os ban-ban-bans. Na verdade, jogam dinheiro fora, para o alto e já são motivos de risos e ironias, pois não acertam uma. Deveriam fazer parte do staff dos Trapalhões ou até da Praça é Nossa, pois fazem tudo ao contrário do que uma diretoria com competência poderia fazer, se quisesse, de fato e de direito, construir algo duradouro ou até mais imediatista, ganhar dinheiro com algo producente e atuante.

Tudo isso para concluir com algo bem simples e direto. Ou estão perdidos no meio de um tiroteio ou gostam mesmo de jogar dinheiro pelo ralo ou desconhecem do metiê onde atuam ou estão brincando com toda uma cidade. Escrevo tudo isso como constatação de que não sabem contratar, não sabem dirigir, não sabem manter um bom relacionamento com a cidade, mas sabem muito bem como querem fazer as coisas, mantendo um distanciamento com tudo e todos, como se não existissemos. O técnico é uma ótima pessoa, fala bem, tem um relacionamento perfeito com tudo e todos (o único), mas não resolve, pois está no lugar certo e no momento certo (para eles), caindo como uma luva para os interesses dos dirigentes. Ele só fala o que os dirigentes querem, aliás é o único que pode ainda falar com a imprensa ou quem quer que seja. Um bagre ensaboado, como diríamos no jargão popular. Sempre com palavras bonitas, contornando o que lhe foi questionado e sem dar solução nenhuma para nada. Discurso e atitudes confiáveis, só isso. Falas bem construídas, resultado sempre pífio. Vigora um sepulcral silêncio nas hostes noroestinas, algo draconiano, onde quem paga manda e quem recebe obedece. Lei do silêncio total e absoluto. E tudo poderia ter outro destino, pois é tão fácil estar de bem com essa torcida (não de pede muito), mas não é isso que querem os dirigentes, reis do absolutismo e do poder de mando. Escolherem o pior caminho possível e metem os pés pelas mãos, sem tirar nem por. 

E poderíamos até rir muito da situação, mas acredito que não seja algo propício para o momento. Queríamos é sensibilizá-los que nós, os torcedores não somos bichos, nem mordemos e só queremos algo que talvez eles não consigam entender, queremos o bem do Noroeste, queremos que eles gastem melhor o rico dinheirinho empregado no time, queremos que seja feito algo duradouro dentro da estrutura administrativa, queremos transparência de atos e atitudes. Se fossem inteligentes estaríamos todos juntos, mas preferem ver o time patinando, ninguém podendo falar nada de nada e o time não vencendo meros joguinhos nesse torneiozinho para preencher lacunas de calendário. Imagine como poderia ser numa situação onde todos estivéssemos unidos, lutando pelo mesmo bem comum. Isso parece não interessar para eles, só a nós. E tenho dito.
OBS.: As fotos aqui publicadas são retiradas do site da Sangue Rubro, Canhota 10, Blog do Norusca e desse mafuá. O texto foi escrito originalmente para ser publicado aqui e no blog do Reinaldo Grillo, um noroestino de quatro costados, hoje presidindo a embaixada noroestina nos Estados Unidos da América, com sede atual em New Jersey, arredores de Nova York.

2 comentários:

Reynaldo disse...

Henrique…Parabens pelo otimo texto e muito obrigado pela sua consideracao pra comigo...O titulo do seu texto bem que poderia poderia ficar como “Cade o nosso Noroeste?”Voce e todos nos que gostamos dele sabemos que infelismente ele esta em maos erradas. O seu atual proprietario tem dinheiro e comprovadamente nao sabe como usa-lo. A nao ser que exista uma razao muito forte pra que este dinheiro seja queimado da forma como ele esta sendo feito. E com isto estamos vivendo nos ultimos anos um Norusca numa mesmice irritante. E o pior e que tem muitos torcedores que estao satisfeitos com tudos isto. Abracos.

Anônimo disse...

Noroeste empata de novo no Alfredão e segue sem vencer o Penapolense


Direto do Alfredão

A ‘síndrome do Alfredão’ continua. Com o empate em 2 a 2 com o Penapolense no dia do aniversário de Bauru, agora são cinco jogos seguidos sem vencer em casa – contando apenas partidas oficiais nesta temporada. E o Noroeste soma seu sétimo empate em 16 jogos na Vila Pacífico (além de sete vitórias e duas derrotas). É muito empate para quem teria que se impor como mandante.

Com uma invencibilidade enganosa na Copinha, o Norusca agora soma sete pontos de 15 possíveis e vai encarar dois desafios fora de casa: Santacruzense (dia 10) e Ferroviária (18), já abrindo o returno do grupo 1. Com vem se comportando melhor como forasteiro, quem sabe…

Em comparação com a partida de sábado, o sonolento 0 a 0 contra o América, pelo menos a partida proporcionou boas emoções para os 265 pagantes que testemunharam a partida, principalmente no segundo tempo, quando surgiram os gols.

Na primeira metade, um lá e cá tímido, que exigiu pouco dos goleiros, mas não permitiu que ninguém cochilasse. Na volta do intervalo, aí sim, os locutores voltaram a usar a garganta em Bauru depois de muito tempo. Como sempre se comportou contra o Alvirrubro, o CAP não atuou fechado e partiu pra cima, abrindo o placar, com Guaru, em bola mal rebatida do volante Kasado.

Pelo menos o Noroeste não se encolheu e foi buscar a virada, contando com uma tarde ruim do goleiro Washington. No primeiro, cortou mal escanteio cobrado por Velicka, espalmando na nuca do zagueiro Rodrigo Biro… No segundo, Romarinho (que entrou bem!) chutou de longe, o arqueiro rebateu e Fernando Russi, tranquilo, dominou e escolheu o canto – esse centroavante é bom, sabe o que faz na área e é bom pivô fora dela.

Mas Guaru estava com a canhota afiada. Em cobrança de falta próxima à meia-lua, cobrou no canto esquerdo de Walter e empatou, mantedo o tabu de não perder para o Norusca desde setembro de 2008.

A seguir, alguns cliques da partida (incluindo o exato momento em que o CAP empatou). Além do empate, a lamentar o fato de o Noroeste ter voltado a jogar de branco no Alfredão, o que não acontecia há algum tempo, após campanha do Canhota 10 (‘Seja Rubro, Norusca!’).

O Noroeste empatou com o Penapolense com Walter; Bira, Lima, Samuel e Ralph; Kasado, Johnnattan, Cesinha (Romarinho) e Velicka; Diogo (Daniel Grando) e Fernando Russi (Lauro César).


Fernando BH/ Site do Canhota 10