segunda-feira, 11 de novembro de 2013
PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (79)
O CHICO ME CITA, O FABRÍCIO SABIA QUE IA PERDER E AGUDOS NÃO É NADA TRANSPARENTE
E O CHICO FAZ QUESTÃO DE ME CITAR NA AURI-VERDE – O Chico Cardoso é radialista da rádio AM de Bauru, a Jovem Auri-Verde. Sua especialidade é referendar tudo o que a Polícia Militar faz. Praticamente não existem críticas para esses, só elogios. Criou um programa, sábados das 10 às 12h, o “Polícia Comunitária” só para enaltecer os feitos dos fardados. Faz isso com prontidão, presteza e competência. Mesmo que alguns dos atos desses mereçam críticas, faz lá seus contornos, em alguns casos verdadeiros malabarismos e os elogia. Acho um exagero, mas Chico não se altera, tem como se fosse uma missão (meio que inexplicável) ficar martelando para seus ouvintes das benesses de uma PM, que na realidade não é assim tão prestativa, atenciosa e ciente de sua verdadeira missão. E agora ele pegou outra mania, a de ficar me citando toda vez que quer dar um exemplo de como acha ter razão sobre o que prega nos conceitos embutidos sobre Direitos Humanos. Ele mesmo já fez programas sobre o tema, mas gosta de ver nesses os culpados pela polícia, por exemplo, não poder “bater” (ui...) como dantes nos suspeitos, detidos e mesmos os levados para os quartinhos nas delegacias. Sou citado novamente hoje, nome e sobrenome. Ele e Rafael Antonio apresentavam uma notícia hoje pela manhã sobre algo deplorável, a depredação de uma escola infantil no Jardim Ipiranga. Vândalos adentraram o lugar no final de semana e além de roubarem mantimentos e aparelhos eletrônicos, inutilizaram o local. Ninguém pode ser favorável a isso, mas Chico faz questão de em casos assim lembrar dos Direitos Humanos, como se fosse algo obrigatório e necessário. Quando quer justificar a indiscriminada ação policial, cita os DH como algo se contrapondo a isso. Lembrou novamente e disse algo como, se também fosse necessário quando identificados e detidos, os tais meliantes necessitassem assim como algo mais do que natural, levarem uma devida coça, ou seja, serem “moídos” pelos fardados. E daí me cita. Eu não referendo o bater, pois isso não está prescrito em nenhuma cartilha policial. Precisam é identificar e prender os vândalos, fazer com que paguem pelos seus atos. Se bater resolvesse, seria simples, bateríam e pronto. Está provado não resolver nada. Chico, pela forma como repassa a informação, prefere o prender e o bater. Pior, pelo visto, prefere também os que assim o façam e não precisem prestar contas dos seus atos. Menos, seu Chico. Se quer que os policiais saiam batendo nos outros a torto e a direito, defenda isso abertamente e sem delongas e deixe de me colocar no meio disso.
FABRÍCIO E O “PODE DEIXAR, MEU VOTO É TEU” – Fabricio Genaro perdeu a eleição para o Diretório Municipal do PT. Membro da Esquerda Marxista, um agrupamento ideológico encrustado dentro do partido, não nutria nenhuma esperança de vitória dentro da atual estrutura, vicejando após anos sob o comando mão de ferro de Estela Almagro, seu marido o ex-vereador Batata e do ex-assessor Sandro Bussola, hoje vereador, presidente da Câmara e fazendo jogo de cena, beicinhos como se possuidores de posicionamento distintos. O jogo é do poder pelo poder. Genaro não tinha pretensões e dia desses contou-me entre risos dos que dele se aproximaram dizendo: “Tô vendo a sacanagem que ocorre e não concordo. Tenha certeza, meu voto será seu”. Muitos fizeram isso e abertas as urnas obteve meros 38 votos dentre mais de mil votantes. Genaro deve ter rido novamente e mais ainda observando a quase briga entre os postulantes das duas outras chapas. Imagino a cara de dona Estela vendo vans e vans chegando cheias de eleitores evangélicos, todos ligados ao Sandro e votando cegamente no candidato do pastor. Ela, que fez isso até agora em repetidas eleições, sentia na pele o gosto do próprio veneno. E agora o partido está nas mãos de alguém que meses atrás quase saiu do PT, para ingressar num partido mais à direita (por indicação pastoral), voltou atrás e hoje comanda o Diretório, com a cabeça agindo igualzinho a de um Feliciano. Quem diria, o PT, o dito partido das transformações, hoje sendo comandado por alguém com a visão reducionista taleban dos conservadores fundamentalistas. Nada mudou com a troca do comando de Estela para Sandro, um é discípulo do outro e se mudou, afirmo sem medo de errar, foi para pior, pois o que Sandro representa hoje é muito pior do que tudo o que fez durante sua vida toda até bem pouco tempo atrás. Para mudar o PT hoje por aqui só na base de uma revolução (talvez tenha que ser armada). Do contrário, do jeito que as coisas andam, a credibilidade só tende a diminuir. Sandro hoje é fundamentalista e faz a defesa disso abertamente. Eu como não concordo com a baboseira pregada por esses, naturalmente não posso estar ao lado de gente pregando o que pregam.
AGUDOS NÃO É ESSE PARAÍSO APREGOADO POR ALGUNS – Escondido no meio do Caderno Regional do JC, edição de quinta, 07/11/2013, uma curta matéria, “Jornalista cobra divulgação de cargos e salários em Agudos”. Recortei e guardei o texto, pois é rara exceção num momento em que a maioria do que sai por aí na imprensa são fruto da Assessoria de Imprensa da vizinha cidade, pura babação de ovo em cima de feitos não tão edificantes ocorridos por lá. O texto foi baseado em denúncia do bauruense ELIAS BRANDÃO, solicitando e não conseguindo resposta para algo que deveria ser a coisa mais natural desse mundo, o fornecimento de listagem com nomes, funções e salários de todos os servidores municipais. Dizem que por lá existe uma gana imensa de gente ligada aos Octavianis e para comprovar isso ou não, nada como saber o quanto ganham. A Lei de Transparência parece não ter importância nenhuma por lá, pois fingem que a mesma inexiste. Não basta publicar nomes se não estiverem junto aos cargos e salários. A solicitação não é novidade, como não é novidade o não atendimento. Empurra-se com a barriga até não mais poder. Agudos vive um caso peculiar, terra onde a clã dos Octaviani domina tudo, desde a Prefeitura até a Câmara Municipal. Nem um mero peido é mais decidido sem a anuência da família, sempre tendo à frente Carlos Octaviani, pretendente de concorrer à deputado federal. A cidade vive num constante clima de pressão, pois poucos são os possuidores de coragem para se opor à família. Isso não é bom para a tal da democracia, pois na verdade, ela não existe ali. Gosto da coragem de Elias Brandão, Enoque Morais, João Lucio Balduzzi Pereira e Ronaldo Cesar Barbosa de Matos (leiam isso: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/search?q=enoque+morais), que tentam a seus modos e jeitos irem apontando o dedo para o que vem acontecendo nas questões de mando na cidade clamando: “O rei está nu”. O alento deles é que nada é eterno nessa vida, vide a saída de Estela Almagro após décadas comandando o PT bauruense. Só não queriam que por lá ocorresse como aqui, a troca fosse seis por meia dúzia. Eles são alguns dos que lutam para demonstrar que Agudos não tudo é isso que dizem por aí. Está difícil de ser oposição no Reinado dos Octaviani's, mas esses insistem e resistem.
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O domingo, que para muitos foi de descanso e lazer, para os petistas de Bauru foi de competição e estresse, muito estresse.
A eleição, que tinha como fim definir quem irá comandar o partido, a seguir, foi digna de uma eleição pra prefeito, deputado, senador.
Houve de tudo e o dia foi muito tenso durante o pleito eleitoral, com 757 petistas cumprindo com seu dever de votar e definir o comando do partido em nossa cidade, dando como resultado a transferência de mando de Estela Almagro, que tentava emplacar com seu marido, o ex-vereador Batata, para Sandro Bussola, que mostrou todo seu poder dentro do partido e elegendo Claudinho da Construção, num cenário de disputa que suscitou muitas dúvidas, a ponto da vice-prefeita e seu grupo insinuarem que houve interferência direta de partidos considerados de direita e compra de votos e que, em decorrência, deve levar o caso à direção estadual do partido. “Isso é inadmissível. A gente considerou uma grande vergonha. Só não paramos o processo eleitoral durante o dia em respeito aos filiados”, comentou ela. O grupo vencedor nega com veemência. Enfim, o grupo da vice-prefeita Estela Almagro, que esteve à frente do partido nos últimos 10 anos, não reconhece a derrota.
Os números apurados foram os seguintes:
Cláudio (Construindo um PT para todos): 402 voos
José Carlos Batata (Construindo uma Nova Bauru): 317 votos
Fabrício (Virar à Esquerda, Reatar com o Socialismo): 38 votos.
O resultado salta aos olhos alguns aspectos que não podem deixar de ser comentados, tais como:
1- Sandro Bussola, vereador e presidente da Câmara, de fato tem força no partido e em todo tempo em que atuou como assessor de José Carlos Batata, quando vereador, usou essa força pró grupo que em tese sempre fora liderado pela vice-prefeita Estela Almagro;
continua
2- A insinuação de que houvera força estranha, ligada à direita e sob comando exatamente daqueles que articulam a política na cidade como um todo, fazendo com que prefeito e maioria dos vereadores não mereçam a confiança do povo e que o caminho que toma a cidade é bem diferente do que sonham os autênticos bauruenses, pois interesses particulares de cunho econômico, sobrepujam os interesses da comunidade, se compactuou com o que sugere o grupo perdedor. O resultado faz com que Sandro Bussola passe a ficar sob completa suspeição e mira dos que se preocupam com Bauru e seus passos serão rastreados de quando acordar até quando deitar na intimidade de seu quarto;
3- Que Roque Ferreira, embora um tribuno eloquente e um socialista convicto, defensor do marxismo, não tem na urbe o prestígio que se imaginava, pelo menos dentro de seu partido;
4- Que o resultado, sugerido que se deu por intervenção de poder econômico ligado à direita (que na verdade sabe-se exatamente qual), interessa e muito com relação à atual administração, pois vice-prefeita sem o partido é uma vice com muito menos força política e isso irá refletir nas próximas eleições.
O resultado, que a princípio interessava apenas ao PT e seus filiados, passou a ser tema de preocupação de todos os bauruenses, eis que vemos que essa direita ora sugerida pelos integrantes do “Construindo um PT para todos” age mesmo em todos os meios e todos os instantes para se manter com a força que tem, poderoso em todos os mandatos de prefeitos e com forte influência junto a grande parte de vereadores (imagina-se oito ao todo) e que por através desses, exerce a força que precisa para ter o prefeito Rodrigo Agostinho em rédeas curtas e caminhando para onde é de seu interesse.
Se houve vício na eleição do último sábado, concluímos pelo seguinte:
continua
1- o petismo em Bauru é mesmo desunido e que, por aí, um partido que sai da eleição enfraquecido e com poder concentrado no atual presidente da Câmara, que afinal reflete na administração municipal, pois se já se imagina oito vereadores sob mando do poder econômico sabidamente identificado, agora com o PT desunido, teremos um vereador Roque Vereador com discurso bem acabado e consistente, porém sem força ou aval dos companheiros para fazer valer suas defesas na Câmara Municipal.
2- um presidente da Câmara que até aqui, em tese, esteve atrelado a Roque Ferreira, pode romper o compromisso firmado na sessão de eleição da mesa diretora e dos dois do PT, um para cada lado, e por aí, nem que de caso pensado, juntando-se aos oito que, em tese e por suposição, estão atrelados ao poder econômico que manda prá valer na cidade e na mesma direção há mais de 40 anos.
3- que fica absolutamente claro de que é fato que Bauru fora cercada com arame farpado e em suas divisas instalada a placa “propriedade particular”, com força o suficiente para continuar mandando nos políticos por muito tempo, talvez até pós morte do comandante em chefe.
Lamento muito pelos petistas autênticos e lamento mais por minha Bauru, que tem infiltrada em todos os setores importantes para sua movimentação, pessoas sem escrúpulo e que não medem consequências para que o objetivo identificado tenha continuidade e com os mesmos, por uma teia de pessoas sem caráter, presente em associações, partidos políticos, Câmara Municipal, Prefeitura, comunicação e onde mais se imagina ser determinante para que seus propósitos continuem a vingar.
Não acuso ou afirmo que houvera compra de votos, por através de uma ação comandada pela direita bauruense que na verdade equivale dizer “os de sempre”, visando enfraquecer a vice-prefeita, que até aqui era um grande risco para o “esquema”, dependendo apenas de uma diarreia mais acentuada do prefeito, a ponto de poder levá-lo à condição de licenciado e tudo isso que vemos aí tendo fim e ou tendo outro direcionamento, com uma vice sem qualquer elo ao esquema tradicional, porém nossa cidade revivendo o caos, como vimos em tempos de administração Nilson Costa, que praticamente não teve condições para impor seu estilo de gestão.
Se olharmos para o passado não muito distante, veremos em quase todos os mandatos um estado de desencontro entre os poderes e prevalecendo os interesses particulares em detrimento do interesse verdadeiro da comunidade. Na fase pós militarismo, o quadro que vimos foi:
continua
1- mandato de Tuga Angerami sofrendo forte pressão do poder econômico, com uma mídia poderosa fazendo sua imagem junto à população conforme seu interesse e atrapalhando de todas as formas a condução de sua gestão;
2- a seguir, quando assumiu a prefeitura o Izzo Filho, o poder econômico agindo diretamente para que desse no que se tem conhecimento, somado a tudo que fora feito desde a campanha eleitoral e com os representantes da Barra fazendo das suas e sendo monitorados o bastante para que houvesse a ação que redundou em cassação, prisão e muitos processos que até hoje correm em nosso judiciário;
4- no mandato de Tidei de Lima, não fosse a liderança que o ex-prefeito exerce na cidade, e Bauru teria ido ao caos, a exemplo do viaduto que até hoje é inacabado, por ingerência dos mesmos poderosos que foram lá em cima, no banco financiador da obra, fazer com que recursos deixassem de ser enviados para sua continuidade e Bauru perdendo e muito no aspecto viário e com desgaste considerável na imagem daquele que poderia ser a força oponente do eterno poder econômico de nossa cidade e região.
Na sexta-feira, um dia antes da eleição petista em Bauru, prefeito, secretário e todo time que aparentemente manda na cidade, esteve participando de uma estratégica reunião, na qual ficou muito claro a todos quanto a quem é quem no comando da cidade. Todos, do prefeito aos secretários, se submeteram a uma vergonhosa descompustura, pelo interlocutor do mando econômico e todos se quietaram e de cabeça baixa e rabos entre as pernas, saíram para suas casas cientes de que em Bauru não, em Bauru manda quem pode e tem que obedecer quem tem juízo, porque se não por aí, o final da novela já é sabido e se nesta condição, é porque há algo muito escuso em mãos dos poderosos que fazem desse rol (em forma de documentos), a arma poderosa que usa para dizer com todas as letras “aqui a cidade tem dono”. Dessa reunião, da qual participaram todos os secretários, saiu a sugestão a todos com elo indireto ao petismo, para que agissem para o time da vice-prefeita não saísse vencedor no pleito do sábado, a qualquer preço (imagina-se).
Infelizmente essa força chegou até ao partido que até aqui era a força antagônica capaz de derrubar o esquema muito bem montado, que vai de um simples funcionário da prefeitura e chega até onde nem se imagina, exatamente o PT da presidente Dilma.
O fato ocorrido na eleição é tão triste que não afetou apenas os petistas, … afetou toda cidade, que, por cidadãos sérios, continuará nas mãos dos poderosos e que, quanto ao fato, chega-se ao ponto desses mesmos cidadãos com propostas decentes, terem a vontade de jogar a toalha.
O esquema é muito forte!
(
*) Renato Cardoso, o autor, é jornalista, publicitário e bacharel em direito.
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